domingo, 29 de abril de 2018

Moro e o sistema de propinas da Odebrecht

Por Jeferson Miola, em seu blog:

São fortes as suspeitas de que o sistema de gestão de propinas da Odebrecht, conhecido como mywebday, foi fraudado com o objetivo de produzir provas falsas para incriminar Lula no processo do sítio de Atibaia.

A manipulação no mywebday teria ocorrido após a Odebrecht entregar o sistema com as senhas e códigos de acesso aos procuradores da Lava Jato. Ou seja, quando o material já estava sob a custódia da Lava Jato.

A crise econômica e o "efeito Lula"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Brasil da classe média que aparece nos jornais é algo bem diferente do Brasil real do povão, onde as dificuldades, que nunca se atenuaram de forma significativa nos últimos anos, voltaram a crescer de forma vertiginosa.

Nos jornais, basta a sua própria observações, anuncia-se a toda hora “fatos positivos”: queda dos juros, índice de inflação mais baixo deste “X” anos, crescimento nas vendas de automóveis e disto e mais aquilo.

Crise política até o último round

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

É exagerado o nervosismo dos procuradores da Lava Jato e seus arqueiros com a decisão da Segunda Turma do STF, de enviar para São Paulo, e não para o juiz Sergio Moro, as delações da Odebrecht relacionadas com outros dois inquéritos contra o ex-presidente Lula. Sua defesa não perdeu tempo e pediu a remessa à Justiça paulista dos processos que tratam do sítio de Atibaia e da compra inconcluída, pela construtora, de terreno que abrigaria o Instituto Lula. Moro negou. Afinal, o acórdão nem foi publicado.

Tiros contra acampamento atingem todos nós

Foto: Neudicleia de Oliveira/Brasil de Fato
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os 20 tiros contra o acampamento de Curitiba colocam a crise política num novo patamar de gravidade.

Está claro, agora, que a violência - em grau homicida - deixou de ser um lance episódico para se incorporar ao cotidiano como um instrumento de ataque às forças que resistem a miséria, à perda de direitos e à entrega do país aos senhores do capital financeiro e ao império norte-americano.

Não vamos perder a lucidez. Um ataque com tamanho grau de periculosidade só ocorre quando os seus autores têm certeza de que jamais serão encontrados. Sabem que poderão contar com a conivência - se não for coisa pior - de autoridades que tem obrigação de proteger uma população pacífica, que batalha 24 horas por dia para defender suas condições de vida e não abandonou o sonho de construir um país melhor para filhos e netos.

O golpe do impeachment em Minas Gerais

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O golpe tentado contra o governador Fernando Pimentel é da mesma natureza do que foi aplicado contra a presidente Dilma Rousseff. Os motivos são os mesmos, os personagens, os mesmos, e os álibis são os mesmos.

O golpe está sendo articulado a partir de Brasília, com a coordenação de Michel Temer e Romero Jucá, em cima da tecnologia de golpe desenvolvida por Eduardo Cunha, avalizada pelo Supremo Tribunal Federal, incorporada pelo PMDB, comprovando que a Lava Jato conseguiu entronizar no poder o maior sistema de corrupção política da história.

Para entender:


A Globo e o terror em Curitiba

Por Bajonas Teixeira, no blog Cafezinho:

Desde duas semanas, vem sendo pedido pela PF e pela prefeitura de Curitiba, a transferência de Lula da sede da Polícia Federal. O atentado a tiros contra o acampamento em que se encontram os manifestantes pro-Lula é uma manobra ridícula e criminosa para forçar essa decisão. E que, justamente por ser ridícula e criminosa, tem tudo para dar certo. Como ocorreu em todos os estados fascistas, atos programados de terrorismo para justificar decisões políticas (como o incêndio do Reichstag logo após a ascensão de Hitler na Alemanha) nunca são punidos. Há, é verdade, uma lei antiterror no país, mas ela não será usada. De todo modo, o pior terrorismo é a insistência, sem qualquer motivo a não ser o desejo de degradar as condições de aprisionamento de Lula, em sua transferência da sede da PF.

Atentado no Paraná incrimina Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O nome do deputado Jair Bolsonaro apareceu nos ataques a tiros à caravana de Lula no Paraná e ao acampamento próximo à prisão em que está o ex-presidente. No caso do atentado ao acampamento, a polícia colheu testemunhos e vídeos que revelam que os atiradores gritavam “Bolsonaro 2018”.

O STF precisa juntar incitação à violência ao processo por racismo que conduz contra o candidato fascista. E, em seguida, precisa tirá-lo da eleição.

Eduardo Azeredo e a blindagem da mídia

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

É absolutamente patética a tentativa da mídia comercial de comparar a condenação do tucano Eduardo Azeredo no mensalão com a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava-Jato. Não vou nem falar sobre a diferença de estatura entre as duas figuras: um, ex-governador mineiro e político obscuro do PSDB; outro, uma das personalidades brasileiras mais prestigiadas mundialmente no século 21 e ex-presidente que continua à frente das pesquisas mesmo na cadeia.

Tiros no Paraná e a frente antifascista

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Mais de 20 tiros foram disparados nesta madrugada contra o Acampamento Marisa Letícia, em Curitiba. Atingido no pescoço, o sindicalista Jeferson Lima de Menezes, 39, foi levado à UTI do Hospital do Trabalhador, onde respira por aparelhos. Uma mulher também ficou ferida, mas sem gravidade. Conforme a polícia, cápsulas de pistola 9 mm foram recolhidas no local pelos peritos. Um inquérito foi aberto.

Relatos dos participantes do acampamento afirmam que um homem desceu de um carro e fez os disparos. Eram 4 horas da manhã. Antes, rojões tinham sido disparados e um carro circulara pelo local ameaçando os acampados. “Vou voltar para te matar!”, ouviram.

sábado, 28 de abril de 2018

Fascistas apertam o gatilho mais uma vez

Por Kelli Mafort, no site do MST:

Na madrugada deste sábado (28), o Acampamento Marisa Letícia, localizado próximo a Polícia Federal, no bairro Santa Cândida em Curitiba (PR), onde estão os integrantes da vigília Lula Livre, foi atacado por tiros disparados a partir de carros que há horas rondavam o local. Sob gritos de “Bolsonaro 2018”, as forças fascistas apertaram o gatilho mais uma vez, atingindo uma mulher e dois homens, sendo que um deles, de forma mais grave, com um tiro no pescoço. Os feridos são sobreviventes de uma evidente tentativa de homicídio de caráter político, que revela a absurda situação que estamos vivendo atualmente no Brasil.

Globo e militares atacam a democracia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Na véspera da votação do habeas corpus de Lula no STF, as ameaças explícitas do comandante do Exército, general Villas Bôas, ao fiapo que ainda resta de democracia no país foi uma jogada política sincronizada com a Globo. Tanto que a vociferação da caserna, segundo a qual os militares não aceitam a impunidade e outras bobagens do gênero, logo seria reverberada à exaustão pelo Jornal Nacional.

Um balanço crítico da comunicação

Foto: Danielle Penha
Por Felipe Bianchi, no site do Centro Estudos Barão de Itararé:

Não basta fazer a disputa de ideias apenas para ganhar eleições. É preciso que a comunicação seja o coração dos governos progressistas, defendeu Franklin Martins, na abertura do Seminário Os desafios da comunicação nos governos progressistas, na noite desta sexta-feira (27), em Maricá/RJ. "Quando um governo é conservador e está na mão das elites tradicionais, não precisam se comunicar, pois a grande imprensa já faz o trabalho para eles", opina o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Por isso, opina, é urgente que as administrações públicas entendam a importância estratégica da disputa política na comunicação.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

A comunicação nos governos progressistas

Boechat e a misoginia nossa de cada dia

Por Nathalí Macedo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em mais uma demonstração de seu jornalismo opinativo duvidoso, Ricardo Boechat não fez questão de esconder a misoginia ao comentar a proibição de visitas ao ex-presidente Lula, determinada pela juíza Carolina Moura Lebbos – que, aliás, concedeu liberdade condicional a Pedro Barusco, ex-executivo da Petrobras e condenado a 18 anos em regime fechado, dispensando até a tornozeleira eletrônica.

Rigidez seletiva: a gente vê por aqui.

A mais longeva ditadura de nossa história

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Completaram-se, no último 1º de abril, 54 anos da implantação da mais longeva ditadura de nossa história, com todo o seu acervo de tragédias sociais e individuais, e profundo atraso político. Suas consequências ainda se fazem sentir, pois estão na raiz dos dramas de nossos dias, cujo desfecho não podemos divisar: em alguns momentos a ‘luz no fim do túnel’ nos enche de esperanças; noutros sugere um trem na contramão.

Clima de horror contra a Eletrobras

Editorial do site Vermelho:

A pressa do presidente usurpador Michel Temer em entregar a Eletrobras para o grande capital privado, sobretudo estrangeiro, move uma tentativa de negociata com ingredientes semelhantes àqueles que quase sempre foram cometidos em iguais atentados contra a economia brasileira, o Estado nacional e a soberania do país.

Metrô já registrou 57 falhas graves em 2018

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

No dia em que completou 50 anos, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) registou a 57ª falha grave – chamada oficialmente de "incidente notável', quando a circulação é afetada por mais de 5 minutos – ocorrida este ano. Em apenas quatro meses, esse tipo de falha já superou metade do número total de incidentes notáveis ocorridos em 2017, quando foram registradas 102 ocorrências do tipo. Na terça, a linha 1-Azul (Jabaquara/Tucuruvi) chegou a ser totalmente fechada pela manhã, com reflexos e lentidão atingindo também as linhas 2-Verde (Vila Prudente/Vila Madalena) e 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera/Palmeiras-Barra Funda).

Economia mexicana: lições para o Brasil?

Por Nathalie Marins, no site Brasil Debate:

Muitos economistas acreditam que políticas liberalizantes e de ampliação do grau de abertura comercial e financeira resultam, necessariamente, em maior crescimento econômico. No Brasil, por exemplo, esta visão respalda o argumento de que o excessivo intervencionismo estatal e o grau de abertura internacional (visto como insuficiente) são entraves ao crescimento e ao desenvolvimento econômico. Contudo, se assim fosse, o “modelo mexicano” estaria destinado a ser o garoto-propaganda desta visão.

Educação é direito e não mercadoria

Por Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:

No último dia 17 de abril o Senado aprovou um empréstimo do governo federal no valor de US$ 250 milhões do Banco Mundial para financiar ações do novo ensino médio brasileiro. A aplicação do recurso tem previsão de cinco anos e ele será destinado a fundações ligadas a empresas e bancos, que deverão coordenar a capacitação de gestores públicos para a implementação dos novos currículos – os itinerários formativos – atualmente em fase de discussão.

Os empréstimos não obtiveram grande repercussão, não viraram notícia, por assim dizer. Mas deveriam.

Os descaminhos da globalização

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

CartaCapital nasceu em 1994, ano do Plano Real, com o mundo e o Brasil em êxtase desde os 80 com as pregações da nova economia. Crises financeiras fustigaram o Japão em 1989, o México em 1994, iriam abalar a Ásia em 1997 e o Brasil em 1999, mas, na visão de muitos, a economia global vivia os confortos da “Grande Moderação”.

Essa senhora exibiu seus brilhos nos 90 e chegou ao narcisismo autocongratulatório na primeira década do Terceiro Milênio. A “Grande Moderação” alimentava certezas pacificadoras que garantiam o caráter benfazejo da globalização e de seus frutos sociais, bons para todos. Eram celebrados os benefícios da abertura comercial e da liberalização das contas de capital.