É compreensível o espanto com o resultado do primeiro turno. Afinal, o desempenho de Bolsonaro foi 5% superior ao detectado nas pesquisas de opinião ao longo de meses, a diferença pró-Lula em MG não se confirmou e o bolsonarismo foi exitoso em SP e no RJ.
Além disso, a extrema-direita – especialmente a facção bolsonarista, mais que a moro-lavajatista – cresceu significativamente e elegeu destacados expoentes do fascismo.
O processo perturbador de fascistização do país, que se expressa, além de outras dimensões conhecidas, também no peso relevante que a extrema-direita terá no Congresso eleito, é um capítulo à parte, que deve ser encarado com absoluta primazia no imediato pós-segundo turno.
Neste momento, no entanto, é prioritário analisar o resultado eleitoral em si e buscar entender seus possíveis desdobramentos para a disputa final no próximo 30 de outubro: