terça-feira, 8 de setembro de 2015

O sinistro primo-tesoureiro de Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Rede Brasil Atual, em publicação da implacável Helena Sthephanowitz, levanta a estranha situação de que, no controle das finanças da campanha de Aécio Neves existiam, em tese, dois chefes.

Um, identificado para a imprensa, José Gregori, ex-ministro de FHC e um jurista de nome.

Outro, o registrado no TSE, Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio. Mais um primo, aliás.

A casa caiu para Gilmar Mendes

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Gilmar anda pedindo, ou melhor, exigindo, histericamente, ao procurador geral da república, Rodrigo Janot, para abrir investigação contra a campanha de Dilma.

Janot mandou arquivar da primeira vez, Gilmar voltou a carga, xingando o procurador, e fez novo pedido. É o estilo clássico Eduardo Cunha & Aécio: não aceita perder.

O argumento principal de Gilmar seria uma "gráfica fantasma" contratada pela campanha de Dilma.

Europa colhe o que plantou

http://www.cartoonmovement.com/
Por Frei Betto, no jornal Brasil de Fato:

Todos acompanhamos, pela mídia, o fluxo migratório, rumo à Europa Ocidental, de africanos e árabes de países em conflito, como Síria, Iraque, Eritreia e Líbia. Em 2015, 332 mil imigrantes indocumentados já aportaram no Velho Continente. As águas do Mediterrâneo sepultaram, de janeiro a agosto deste ano, 2.500 fugitivos da miséria e da violência, em busca de um pouco de pão e paz. Em 2014, 3.500.

Dilma e a esfinge no 7 de Setembro

Por Renato Rovai, em seu blog:

A presidenta Dilma já viveu momentos bastante duros na sua vida. É de fato uma guerreira. Uma sobrevivente de um tempo em que muitos dos que poderiam liderar o Brasil de hoje e de décadas passadas acabaram ficando pelo caminho, abatidos pela tirania dos pais e avós de muitos que estão hoje buscando destruir o Brasil de amanhã.

Pela tirania daqueles que controlam as riquezas e boa parte de todas as instituições e que não aceitam de maneira alguma que se construa uma nação menos desigual e mais fraternal.

Ayslan Kurdi nos faz chorar e pensar

Ilustração: Rafat Alkhateeb
Por Leonardo Boff, em seu blog:

O pequenino sírio de 3 a 4 anos jaz afogado na praia, pálido e ainda com suas roupinhas de criança. De bruços e com o rosto voltado ao lado, como quem quisesse ainda respirar. As ondas tiveram piedade dele e o levaram à praia. Os peixes, sempre famintos, o pouparam porque também eles se compadeceram de sua inocência. Ayslan Kurdi é seu nome. Sua mãe e seu irmãozinho também morreram. O pai não pôde segurá-los e lhes escaparam das maõs, tragados pelas águas.

O enigma chamado Lula

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Lula é um enigma, que não é fácil de ser decifrado. Os que não conseguem fazê-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.

Mais além das sua extraordinária biografia – com que nos acostumamos, mas que associa um caráter épico de sobrevivência das famílias pobres do Brasil, com a combatividade do Lula para se projetar como líder politico incomparável -, ele soube, como ninguém, intuitivamente, decifrar as condições contraditórias que ele herdava da era neoliberal e construir um modelo econômico e político que tornou possível a maior transformação social do pais que era o mais desigual do continente mais desigual.

O povo na luta pela Independência

Em Cachoeira, o primeiro passo para a independência da Bahia,
em 1822. Pintura de Antônio Parreiras | Foto: Cadu Freitas/BnL
Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

De tão repetida a afirmação de o povo não teria participado das lutas pela independência do Brasil ganhou ares de verdade! Entre os historiadores mais conservadores é muito forte a convicção de que a separação com Portugal teria sido obra exclusiva do herdeiro da Casa de Bragança, o príncipe Pedro, que depois se tornou o primeiro imperador brasileiro.

O Brasil comemorou, neste 7 de setembro, 193 anos daqueles acontecimentos históricos e está às vésperas do segundo centenário daquela data importante. São quase dois séculos de luta pela plena autonomia do país. No início do século XIX foi conquistada a independência política - isso todos aprendemos nas escolas e nas datas comemorativas. Mas a soberania plena, principalmente econômica, ainda não foi conquistada.

A canastrice do "cantor" Fábio Júnior

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não me lembro de uma palavra, um gesto, um dedinho levantado do cantor Fabio Júnior contra a ditadura. Agora, graças à democracia que ele não ajudou a construir, enrola-se na bandeira do Brasil para falar mal do país no exterior. Na festa do Brazilian Day em Nova York. Achei pela Internet afora uma boa definição do ocorrido feita pelo Chico Buarque. "Fabio Júnior foi falar mal do Brasil para os coxinhas que vivem em Nova York porque não gostam do Brasil".

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Bradesco paga palestras de juízes

Por Altamiro Borges

Os bancos são conhecidos por burlar as leis trabalhistas no país. Apesar dos lucros astronômicos, eles demitem sem justa causa, abusam do assédio moral, pagam míseros salários e adotam várias técnicas de precarização do trabalho. As ações na Justiça contra os banqueiros batem recordes. Diante deste cenário, é justo que juízes trabalhistas recebam grana dos banqueiros para dar palestras ou que gozem de outros regalias? Isto não caracterizaria conflito de interesses, em que os bancários e a sociedade são as principais vítimas? Estas perguntas surgem diante de recente matéria da Folha, intitulada "Banco paga palestra de juízes trabalhistas". Vale conferir a reportagem:

O golpista Aloysio Nunes está no foco


Na semana passada, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de inquérito contra mais três políticos mencionados na midiática Operação Lava-Jato: os petistas Aloizio Mercante, ministro da Casa Civil, e Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; e o senador tucano Aloysio Nunes, que foi vice do cambaleante Aécio Neves nas eleições de outubro passado. A reação dos três foi bastante distinta. Enquanto os petistas reagiram com tranquilidade, apoiando as investigações, o hidrófobo tucano - um dos mentores da tese golpista do impeachment da presidenta Dilma - ficou irritado e afirmou que o inquérito é "desvio de foco".

“Veja” já indenizou as vítimas de racismo?

Por Altamiro Borges

No início de agosto, o Ministério Público Federal finalmente decidiu peitar a “Veja” e fixou uma indenização de R$ 1 milhão por mais uma matéria escrota. Segundo o site do órgão, “a 26ª Vara Cível Federal, na capital paulista, terá de dar prosseguimento à ação civil pública que o MPF ajuizou contra a Editora Abril por danos morais coletivos. O processo se deve a uma reportagem discriminatória contra minorias étnicas publicada em maio de 2010 na revista Veja. A decisão é do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que acolheu um recurso do MPF e reverteu a sentença de primeira instância que declarava prescrita a ação”. A publicação do esgoto se fingiu de morta e o restante da mídia abafou a punição.