terça-feira, 15 de setembro de 2015

Zelotes e a ramificação da fraude fiscal

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira (14), durante audiência pública na Assembleia Legislativa gaúcha, que as investigações da Operação Zelotes trazem um conjunto consistente de indícios sobre a ramificação, no Rio Grande do Sul, do esquema de sonegação e fraudes tributárias praticadas junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscal (Carf). Relator da subcomissão que acompanha o andamento da Operação Zelotes, na Câmara Federal, Pimenta fez um resumo das investigações realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, na audiência pública convocada pela Frente Parlamentar de Defesa dos Serviços Públicos. Segundo o parlamentar, o MP Federal deve apresentar, ainda neste mês de setembro, a primeira etapa da denúncia, que deve trazer a responsabilização de seis grandes empresas, sendo uma delas do Rio Grande do Sul.

Alckmin banca "Caviar" de João Doria

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Caviar Lifestyle.

Conhece?

Oficialmente, é uma revista lançada em agosto. Fala de “gastronomia e luxo elevados à máxima potência”. Nada?

Pois deveria. O governo paulista colocou mais de 500 mil reais em anúncios na Caviar Lifestyle, da editora de João Doria Jr. A publicação, como todas as do grupo de Doria, não é auditada. A circulação alegada, nesse caso, é de 40 mil exemplares.

'Narcos' mente sobre ditador Pinochet

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

Todo mundo confundindo a série “Narcos”, do Netflix, produzida e dirigida por José Padilha, com documentário, certo? Pois o próprio José Padilha alimenta essa ideia ao mesclar cenas filmadas agora com outras, extraídas do noticiário da época em que o meganarcotraficante Pablo Escobar reinava, aterrorizando a Colômbia. Em entrevista à “Deutsche Welle”, Padilha defendeu a historicidade de sua série: “Na Colômbia, quando você fala em realismo mágico, os colombianos dizem: ‘Olha, realismo mágico para os outros. Para nós, é documental.’ Por isso que eu usei material de arquivo na série: se eu não contasse a história por material de arquivo, as pessoas não iriam acreditar.”

Que Horas Ela Volta? Belo filme!

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Na tarde do dia em que iria assistir Que Horas Ela Volta?, fui ao supermercado. Na fila do caixa, observei que a moça que ia me atender conversava com uma senhora parecida com ela, ao mesmo tempo que fechava a conta de outro freguês. A caixa era uma jovem negra linda, de coque no cabelo, que chamou a minha atenção. A senhora com quem falava também tinha traços bonitos, embora mais velha e com aparência castigada. Reparei que a menina tratava a mulher pelo nome, mas achei que pareciam parentes. Tia e sobrinha, talvez?

O monstruoso editorial da 'Folha'

Por Valter Pomar, em seu blog:

Última chance?

Em editorial publicado na primeira página, o jornal Folha de S.Paulo fez neste domingo 13 de setembro uma chantagem explicita contra a presidenta Dilma Rousseff.

Segundo a Folha, a presidenta Dilma deve tomar "medidas extremas", a saber: "cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes", concentrando-se em "benefícios perdulários da Previdência", " subsídios a setores específicos da economia" e "desembolsos para parte dos programas sociais", "desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação" e contenção nos "salários para o funcionalismo".

Europa entre o oportunismo e a xenofobia

Por Gianni Carta, na revista CartaCapital:

Na maior crise de refugiados a assolar o Velho Continente desde a Segunda Guerra Mundial, sobressaem-se dois líderes e adversários caricaturais, ambos onipresentes em filmes norte-americanos.

A chanceler alemã Angela Merkel faz o papel da samaritana. Aparente farol da solidariedade, Merkel ofereceu 13 bilhões de euros em um programa federal para acolher 80 mil exilados políticos na Alemanha até 2016.

A crise brasileira e as ruas

Por Vinicius Wu, na revista Fórum:

A situação econômica do país pode desaguar em uma crise social de efeitos imprevisíveis, com implicações significativas em termos de agitação política e mobilizações de rua. Em 2016 – ou até antes disso – a crise pode levar às ruas outro perfil de manifestantes. A classe média tradicional, predominante nas manifestações desse ano, pode dar lugar aos desempregados, subempregados, jovens de periferias e movimentos sociais tradicionais. Se isso ocorrer, teremos uma mudança profunda do atual cenário político.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O melhor é alterar o ajuste fiscal

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

A política de ajuste monetário e fiscal completou oito meses de duração sem ainda produzir resultados positivos, conforme inicialmente anunciados. Não apenas a inflação encontra-se acima da verificada no final de 2014, como a situação das contas públicas agravou-se.

A recessão que avançou trouxe consigo a piora no quadro socioeconômico brasileiro, possibilitando­ que o pensamento neoliberal tomasse coragem para apontar para a necessidade de desconstitucionalizar direitos sociais - sob a justificativa de que a Constituição de 1988 teria tornado insustentável o equilíbrio nas contas públicas pela pressão constante dos gastos sociais.

Dilma erra, mas impeachment é incerto

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Passada a eleição de 2014, estava claro que o cenário seria de confronto permanente. A vitória apertada e o clima de “libertar o Brasil do PT” (era a frase usada por Aécio na campanha) indicavam que não importava muito qual caminho o governo tomasse: de toda forma, Dilma enfrentaria o ódio e a intolerância – além de estar em minoria no Congresso.

Diante desse quadro, se quisesse cumprir o que disse na campanha, a presidenta teria que contar com o campo político que se mobilizou nas ruas no segundo turno.

Dilma e o "Velhinho de Taubaté"

Do blog de Irani Lima:

Carta à presidenta Dilma

Senhora Dilma Rousseff,

Dirijo-me à Vossa Excelência por meio desta carta aberta por acreditar que, com a força da internet, alguém de seu governo poderá levar à senhora minhas reflexões e preocupação com o momento político que atravessamos.

O mar está revolto não por causas naturais, mas por inércia de vossos principais colaboradores na área política, entre os quais suas excelências no Ministério da Justiça (José Eduardo Cardozo) e na Casa Civil (Aloísio Mercadante).

'Folha' lembra ameaças da mídia a Goulart

Por Kátia Gerab Baggio, no blog Viomundo:

O editorial intitulado “Última chance”, publicado na capa da Folha de S. Paulo, com inusual destaque, no dia 13 de setembro de 2015, é um “dileto produto” da mesma família Frias que já denominou, em outro editorial, a ditadura militar inaugurada em 1964 como “ditabranda”.

São os Frias golpistas, como já vimos em outros momentos da história do Brasil.

O editorial defende a necessidade de revisar “desembolsos para parte dos programas sociais”, além da “desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação, que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro”.