terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A beleza não é só para os ricos

Por Elaine Tavares, no blog Palavras insurgentes:

Florianópolis é uma cidade que vive da beleza. Esse é o principal “produto” que seus governantes põem à venda para atrair milhares de turistas em todas as temporadas de verão. Não é sem razão que ano após ano as gentes veem subir dezenas de prédios e hotéis, destinados a abrigar aqueles que vêm para a ilha em busca da beleza. E assim, tal qual Hípias na Grécia antiga, os agentes de turismo vendem a beleza de Florianópolis como coisa. “A praia bela, a areia bela, a paisagem bela, a comida bela”. Mas, quem nasceu aqui ou os que aprenderam a amar a cidade como um espaço onde se vive a vida cotidiana, a beleza tem outro sentido. Não é coisa, é ser. Assim, para esses, o que é belo não é a praia, a areia, a paisagem ou a comida, mas sim a ideia que comunica o caráter das coisas. E se beleza é ideia, não pode ser objetivada, nem vendida.

A blogosfera e o "jornalismo heróico"

Por Anselmo Massad, na Rede Brasil Atual:

O jornalista e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) Franklin Martins defende a necessidade de a blogosfera avançar na produção de reportagens. Ele acredita na retomada do que ele chama de "período heróico do jornalismo" com a ampliação do papel da internet como fonte de informação pela sociedade

Regular para democratizar a mídia

Por Venício A. de Lima, na revista Teoria e Debate:

Ao longo de 2011 participei de diversos debates sobre a mídia em diferentes estados brasileiros, e em todos certas questões sempre aparecem. O que significa democratizar a comunicação? Controle social da mídia é censura? A internet democratiza a comunicação? Liberdade de expressão e liberdade de imprensa são a mesma coisa? O que é “marco regulatório das comunicações”?

A Líbia e os escribas do Pentágono

Por Leonardo Wexell Severo:

“Sem Kadafi, Trípoli vive revolução no cotidiano”, é o título da reportagem do New York Times, que comemora “a transformação acelerada” da capital líbia após o assassinato do líder, “com mudanças de hábitos de sua população que antes seriam vistos como uma séria afronta ao regime”.

O tucano das abotoaduras de ouro

Por Altamiro Borges

No palanque eleitoral tucano montado pela Folha/UOL nesta segunda-feira (5), os quatro pré-candidatos do PSDB à prefeitura da capital paulista esbanjaram valentia. Bruno Covas, “queridinho” de Alckmin, o “verde” Ricardo Trípoli, o “canibal” José Aníbal e o “playboy” Andrea Matarazzo concentraram os seus ataques em Fernando Haddad (PT) e livraram a cara do prefeito Gilberto Kassab, chefão do PSD.

Beto Richa ataca e mídia tucana cala

Por Altamiro Borges

Na madrugada desta terça-feira (6), a Assembléia Legislativa do Paraná aprovou, por 40 votos a oito, o projeto que cria a sinistra figura das Organizações Sociais na Saúde (OSs). Copiada dos tucanos paulistas, a medida possibilitará ao governo de Beto Richa privatizar e precarizar vários serviços essenciais à população. Como em São Paulo, ela vai deteriorar ainda mais a saúde no Paraná.

Economia zerada exige mais ousadia

Por Altamiro Borges

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, hoje, um estudo com dados preocupantes sobre a economia. No terceiro trimestre do ano, ela permaneceu quase zerada, sem crescimento, na comparação com o trimestre anterior. O Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 1,05 trilhão. A expansão no ano é de apenas 3,2%, bem inferior às expectativas iniciais do governo Dilma.

UNE convoca protesto “Ocupe Brasília”

Por Altamiro Borges

A partir desta terça-feira (6), cerca de 300 jovens de várias partes do Brasil iniciam o movimento “Ocupe Brasília”. Inspirados em várias experiências internacionais, eles ficarão acampados na Esplanada dos Ministérios para exigir mais verbas para a educação. O protesto é organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Globo, FMI e a crise do capitalismo

Por Umberto Martins, no sítio Vermelho:

Durante visita ao Brasil na semana passada, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, concedeu entrevista ao Globo News Painel, na qual, entre outras coisas, previu uma “década perdida” para a Europa, se os impasses na solução da crise perdurar, e procurou justificar os reiterados fracassos e equívocos da instituição que dirige nos diagnósticos, previsões e receitas para os países altamente endividados.

A “fortaleza tucana” está na mira

Por Maurício Dias, na CartaCapital:

A eleição municipal de 2012 tornou-se um pouco mais a preliminar da batalha eleitoral para a Presidência em 2014. Embora a escolha de prefeitos e vereadores tenha impacto reduzido na disputa presidencial, dois competidores, PT e PSDB, travam um confronto iniciado com a vitória de FHC em 1994, que completará duas décadas no fim do atual mandato de Dilma Rousseff.

A crise econômica vem brava

Por Amir Khair, no sítio Carta Maior:

Cada dia aumenta a oscilação no humor dos mercados acompanhando os anúncios do sobe e desce da crise europeia. No último dia 30 veio a notícia que os bancos centrais dos Estados Unidos, Europeu (BCE), Canadá, Grã-Bretanha, Japão e Suíça concordaram em reduzir o custo das linhas existentes em suas operações, a partir do próximo dia 5.

O enigma da crise européia

Por Giovanni Alves, no blog da Boitempo:

A crise financeira de 2008 e seus desdobramentos nas crises das dívidas soberanas dos EUA e União Européia em 2011, tornaram-se meio privilegiado de afirmação daquilo que István Meszáros denominou a “grave tendência socioeconômica da equalização descendente da taxa de exploração diferencial”. Na verdade, a crise das dívidas soberanas tornou-se o “cavalo de Tróia” capaz de destruir efetivamente o Estado social no núcleo orgânico do pólo desenvolvido do capitalismo global. Os mercados financeiros impõem o ajuste neoliberal na União Européia. O Estado de Bem-estar social deve se transformar em Estado de Austeridade Social sob direção da disciplina fiscal a serviço dos interesses do capital financeiro globalizado.

O pior inimigo do governo Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A queda do sexto ministro de Dilma sob acusação de corrupção ocorre no âmbito de um processo kafkiano iniciado em março deste ano. Sabia-se que a imprensa continuaria se opondo ao governo federal caso a candidata de Lula se elegesse, mas os consideráveis esforços dela para distender o clima político tornam o ataque midiático inexplicável, sem razão, daí a alusão à obra de Franz Kafka.

Dilma começou a governar claramente convencida de que se não fizesse provocações à mídia e à oposição não sofreria processo similar ao que acompanhou cada dia da gestão de seu antecessor.

Urgência do marco regulatório da mídia

Por Valério Cruz Brittos e Anderson David Gomes dos Santos, no Observatório da Imprensa:

Para modificar uma legislação de 1962, totalmente defasada em termos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, quando nem a líder do oligopólio midiático existia, movimentos sociais e pesquisadores vêm travando há algumas décadas batalhas por mais espaço para discussões. A luta, materializada na busca da substituição do Código Brasileiro de Telecomunicações (já revogado quanto à telefonia), visa, ao menos, a uma difusão de informações pelo espectro eletromagnético de modo mais parecido com uma verdadeira comunicação: algo dialógico que permita a pluralidade de tipos de conteúdo e uma maior participação social na produção e distribuição, considerando a diversidade do país.

O teatro de Boni e a crise da Globo

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

A admissão por parte do homem de televisão Boni de que teve sim papel importante ao "preparar" Collor para o último debate contra Lula, em 1989, não surpreende. Nem deveria, afinal, Collor era e é sócio da Globo em Alagoas, assim como Boni ainda o é, agora na condição de afiliado, em São José dos Campos, interior de São Paulo.

Jornalista pensa que não é trabalhador

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

De tempos em tempos, nós – jornalistas – somos surpreendidos com notícias de demissões coletivas em veículos de comunicação. Atos que foram batizados carinhosamente de “passaralhos” (imaginem o porquê). Não vou discutir as razões que levam à dispensa de colegas de profissão – os motivos dos “ajustes” vão desde a justa necessidade de sobrevivência do próprio veículo (fazer bom jornalismo pode ser caro) à maximização de lucros da empresa. Então, para não ser leviano, precisam ser analisadas caso a caso. Vou me ater ao outro lado do balcão, ou seja, como reagimos a isso. Até porque, após a atual leva de demissões, não fiquei sabendo de nenhum ato de solidariedade aos demitidos. Talvez pelo medo de também perder o emprego, talvez pela sensação de impotência que resulta da lenta e contínua acomodação, talvez por algo maior que isso.

Muito além da bancada do JN

Por Eliakim Araujo, no sítio Direto da Redação:

Na Globo, nem sempre as coisas são como parecem. Quem conhece as entranhas do Jardim Botânico tem fortes razões para desconfiar que há outra motivação por trás da troca de apresentadoras na bancada do Jornal Nacional. Razões profissionais e políticas.

Para começar, a pergunta que não foi feita por nenhum dos jornalistas presentes à coletiva que comunicou a mudança: “o que leva uma apresentadora a deixar espontaneamente uma posição de prestígio, como é a bancada do principal – apesar de tudo – telejornal da televisão brasileira em troca da promessa de um programa que só vai entrar no ar depois da metade de 2012?”. Se tudo ocorrer como, dizem, está planejado.

O canto do cisne da mídia

Por Izaías Almada, no blog Escrevinhador:

A vida já me concedeu, como imagino que a muitos dos leitores também, ser testemunha de alguns fatos políticos importantes no Brasil e no mundo. Testemunhei, por exemplo, como outros milhares de compatriotas, e ainda menino, parte da campanha “O Petróleo é Nosso”, o suicídio de Vargas e a comoção nacional de seu suicídio, o governo desenvolvimentista e ousado de Juscelino Kubitscheck, o golpe civil/militar de 1964 contra o governo legal de João Goulart, o AI-5, a luta armada da esquerda revolucionária contra a ditadura, da qual participei.

O Globo já mira no ministro Pimentel

Por José Dirceu, em seu blog:

Começou de novo. Agora é contra o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel. O Globo se prestou a este papel em sua edição do domingo e a oposição veio na esteira da "denúncia", já falando em convocação do ministro para depor.

Em sua edição de ontem, O Globo apresentou como suspeitos contratos, pagamentos e remuneração que seriam de R$ 2 milhões firmados e recebidos pela P-21, Consultoria e Projetos Ltda - empresa do ministro - entre 2009, quando ele deixou a Prefeitura de Belo Horizonte, e 2010, quando deixou a Consultoria para assumir o ministério. O Estadão, hoje, afirma que a presidenta Dilma Rousseff determinou ao ministro que dê todas as explicações.

A herança maldita da ditadura militar

Por Alipio Freire, no jornal Brasil de Fato:

“Memória/sem presente ou futuro/é nostalgia./Ou narcisismo”.

Para que levemos essa constatação em frente, é fundamental que, tendo em vista os trabalhos da Comissão da Verdade, nos organizemos todos para esclarecer os trabalhadores e povo (povo=os explorados e oprimidos) – sobretudo os mais jovens, a respeito do golpe civil-militar de 1964; seus sujeitos políticos; a real ‘natureza’ de classe do programa e dos projetos dos golpistas; o sentido das violências desencadeadas contra os trabalhadores e o povo, enquanto ponto programático dos golpistas; e todas as formas e propostas de resistência e/ou revolução que se levantaram contra o regime instaurado. Algumas dessas questões estão respondidas em cartilha do Núcleo de Preservação da Memória Política (www.nucleomemoria.org.br), ainda que muito mais necessite ser tratado.

Os cem anos de Carlos Marighella

Editorial do sítio Vermelho:

“É preciso não ter medo,/ é preciso ter a coragem de dizer./O homem deve ser livre...” – estes versos do poema “Rondó a Liberdade” exprimem com perfeição a personalidade heroica e destemida de seu autor, o revolucionário comunista Carlos Marighella, cujo centenário é comemorado hoje, 5 de dezembro.

Carlos Marighella deixou uma marca indelével na luta do povo brasileiro ao longo do século 20. Teórico marxista, militante da luta popular, dirigente partidário, deputado Constituinte em 1946, ele foi também um poeta notável que, nos bancos escolares, costumava escrever suas provas em versos.

José Serra e as prévias no PSDB

Por Rodrigo Vianna, no sítio SPressoSP:

O PT costumava ser o partido “das bases”. E, por extensão, o partido das prévias. Em 88, Plinio de Arruda Sampaio (hoje no PSOL) tinha apoio das principais lideranças petistas, mas foi Erundina (com apoio das “bases”) quem ganhou a prévia pra saber quem seria o candidato do partido à Prefeitura de São Paulo. Ao longo das últimas décadas, disputas duras (feitas de forma aberta) no PT também aconteceram no Rio Grande do Sul, Minas, Rio de Janeiro…

Dilma encara o inquisidor do DEM



A foto é da jovem Dilma Rousseff diante do tribunal dos militares. Os algozes escondem covardemente seus rostos. O áudio é da resposta da ex-ministra ao inquisidor do DEM, o senador Agripino Maia. A música é "Cálice", de Chico Buarque, cantada por ele e Milton. Retirado do blog Tijolaço.

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Boni confessa crime da Globo. E agora?

Por Antônio Mello, em seu blog:

O ex-todo-poderoso da Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, confessou que cúpula da emissora trabalhou em favor de Collor no último debate da eleição presidencial de 1989:

"Todo aquele debate - não o conteúdo, o conteúdo era do Collor mesmo - mas a parte, vamos dizer assim, formal, nós é que fizemos".

Zara, arrogante, está pedindo boicote

Do sítio da Agência Sindical:

A grife espanhola Zara se recusou a assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho. O acordo visava regularizar a cadeia produtiva da empresa, depois de identificado trabalho degradante, semelhante ao de escravo, em confecções contratadas pela marca.

O TAC prevê que a Zara invista R$ 20 milhões em ações de combate ao trabalho degradante, reduza a subcontratação dentro da cadeia produtiva e se responsabilize pelas condições de trabalho nas confecções contratadas.

Crise mundial e fascismo de mercado

Por Gilson Caroni Filho, no sítio Carta Maior:

A crise econômica capitalista, em especial nos Estados Unidos e na zona do euro, começa a dar lugar a golpes e contra-golpes entre os seus principais atores. Entre eles o receituário apresentado liturgicamente desde os anos 1990. As reuniões de cúpula que os chefes de governo ocidentais realizam não se caracterizam pelos seus aspectos resolutivos, mas pelo vazio de suas proposições.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Lupi caiu. Quem será o próximo?

Por Altamiro Borges

No início da noite deste domingo (4), o ministro Carlos Lupi, do Trabalho, entregou uma carta com seu pedido de demissão do cargo. Ele não agüentou o linchamento midiático, iniciado em 9 de novembro pela revista Veja – sempre ela no papel mais sinistro da operação “derruba-ministro”. Na curta mensagem, o presidente licenciado do PDT afirma que foi vítima da perseguição midiática (leia abaixo).

Crise mundial e o “pacote de bondades”

Por Altamiro Borges

Temendo os efeitos destrutivos da crise capitalista mundial, o governo Dilma baixou nesta semana novas medidas para estimular o mercado interno. A oposição demotucana e a mídia rentista não gostaram e já desqualificam o rotulado “pacote das bondades”. Preferem juros altos, menos impostos para os ricaços, corte dos gastos sociais e retirada de direitos trabalhistas e previdenciários.

Globo, Estadão e Folha demitem

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o sítio Meio & Mensagem revelou que a Editora Globo pretende reduzir em 30% o seu quadro de funcionários. Os cortes tiveram início já na segunda-feira (28), com demissões nas redações das revistas Época São Paulo, Globo Rural e Monet. Cerca de 300 profissionais devem perder o emprego até o final do ano, incluindo jornalistas, publicitários e funcionários administrativos.

Dilma e os que têm medo da verdade


Por Altamiro Borges

A foto acima está no livro “A vida quer coragem”, do jornalista Ricardo Amaral, previsto para ser lançado em 15 de dezembro. Ela mostra a jovem Dilma Rousseff diante dos algozes da Justiça Militar, em 1970. Após ser torturada por 22 dias seguidos, a militante de esquerda aparece altiva, de cabeça erguida, enquanto os militares escondem os seus rostos.

A foto ajuda a explicar porque tanta gente, que apoiou e se beneficiou da ditadura militar – inclusive da mídia, que publica falsas fichas policiais da atual presidenta da República –, tem medo da Comissão da Verdade.

Folha omite relações Faustino-Serra

Por Altamiro Borges

A seletividade da mídia é algo impressionante. A Folha de ontem (3) publicou uma matéria sobre o indiciamento de João Faustino como integrante da quadrilha que fraudou a inspeção veicular no Rio Grande do Norte. Mas ela simplesmente omitiu que o indiciado foi subchefe da Casa Civil do ex-governador José Serra e que participou do comando da sua campanha presidencial no ano passado.

Sócrates, bom de bola e de cabeça

Por Altamiro Borges

O jogador Sócrates, bom de bola e de cabeça, faleceu hoje, às 4h30, no hospital Albert Einstein, em São Paulo, em decorrência de infecção generalizada. Aos 57 anos, ele não conseguiu resistir à terceira internação consecutiva neste ano. A sua morte entristece o Brasil.

sábado, 3 de dezembro de 2011

FHC esquece-se de quando foi vidraça

Por José Dirceu, em seu blog:

Lá vem a velha história de novo. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou, em entrevista ao jornal chileno El Mercurio, que os escândalos de corrupção nos ministérios seriam uma suposta herança deixada pelo governo Lula para a presidente Dilma Rousseff.

Kassab e as denúncias tardias do PIG

Por Dennis Oliveira, na revista Fórum:

A mídia hegemônica resolveu repercutir a ação do Ministério Público e da Justiça que condenou o prefeito Gilberto Kassab, o secretário Eduardo Jorge e a empresa Controlar por irregularidades no contrato de concessão da inspeção veicular. Este blog já tratou deste problema em dois posts, com grande repercussão. Naquele momento, ressaltei a blindagem que a mídia hegemônica fazia da Controlar, apesar das várias reclamações dos serviços prestados.

STF detona a classificação indicativa

Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O julgamento do fim vinculação horária da classificação indicativa, dispositivo que respeita os direitos da criança e do adolescente, ocorrido nesta quarta-feira (30) em sessão no Superior Tribunal Federal, teve quatro votos favoráveis à proposta. A sessão foi adiada, com pedido de vista feito pelo ministro Joaquim Barbosa e justificado pela necessidade de analisar mais detalhadamente a ação proposta pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Junto a Dias Toffoli, ministro relator da proposta, Luiz Fux, Cármen Lucia e Carlos Ayres Britto também votaram pelo fim da classificação indicativa.

Celac: "Rey muerto, rey puesto"

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Não faz mais de um mês, em Assunção, no Paraguai, foi sepultado, sem choro e sem velas, o projeto neocolonial que embalou os sonhos da Espanha, nos anos 90, de voltar a exercer, com a ajuda de conhecidos neoliberais de plantão, algum poder real na América Latina.

Lupi sangra, mas o alvo é Dilma

Por Altamiro Borges

Excitados, os “calunistas” da mídia garantem que Carlos Lupi, ministro do Trabalho, só dura até a próxima semana. O sinal da sua queda iminente teria sido dado pela própria presidenta Dilma Rousseff, numa entrevista em Caracas, durante a reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Perguntada sobre a declaração “Dilma, eu te amo”, proferida por Lupi, ela respondeu:

Âncora da BBC defende fuzilar grevistas



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Celac e o desenvolvimento regional

Por Renata Giraldi, na Agência Brasil:

Reunidos em Caracas, na Venezuela, para a Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), os chefes de Estado e de Governo da região defenderam a ampliação de esforços para a parceria comum baseada na solidariedade e no desenvolvimento regional. A presidenta Dilma Rousseff ressaltou que a prosperidade da região está associada às ações conjuntas.

Celac e a soberania latino-americana

Por João Novaes, no sítio Opera Mundi:

“Pela primeira vez na história, teremos uma organização para a nossa América (Latina). Se ela tiver êxito, este será o maior acontecimento nos 200 anos de semi-independência que tivemos até agora”. Com esse discurso, o presidente de Cuba, Raúl Castro, que se encontra na Venezuela, classificou a importância da primeira reunião de cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que ocorre nesta sexta-feira (02/12), em Caracas. Idealizada em 2010 para fazer um contraponto à OEA (Organização dos Estados Americanos), o grupo só não contará com a presença de Estados Unidos e Canadá no continente.

A proposta unificadora da Celac

Foto do sítio www.aporrea.org
Editorial do sítio Vermelho:

Entre 2 e 3 e dezembro se concretiza finalmente um sonho latino-americano longamente acalentado: vai nascer, na cúpula iniciada em Caracas (Venezuela), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que vai reunir de forma soberana e autônoma 33 países da região cujos dirigentes estão presentes em Caracas para formalizar sua criação.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eduardo Galeano e "Os filhos dos dias"

Por Eric Nepomuceno, no sítio Carta Maior:

Na casa do bairro de Malvin, em Montevidéu, há um certo alívio e uma certa expectativa. Alívio, porque o morador terminou há poucos dias um trabalho que consumiu os últimos quatro ou cinco anos de sua vida. Expectativa, porque o resultado desse trabalho só chegará ao público daqui a alguns meses, em março do ano que vem.

O morador se chama Eduardo Galeano e o trabalho que chegará ao público é um livro que se chama ‘Os filhos dos dias’. Galeano precisou desses anos e de exatas 42.754 palavras para fechar os 366 textos de seu novo trabalho, um para cada dia do ano. Diz que é uma versão pessoal, dele, do gênese segundo os maias. E diz que se somos filhos dos dias, de cada dia nasce uma história que vale a pena ser contada.

David Harvey e o enigma do capital

Release da Boitempo Editorial:

“O Partido de Wall Street teve seu tempo e falhou miseravelmente. Como construir uma alternativa a partir de sua ruína é tanto uma oportunidade imperdível quanto uma obrigação que nenhum de nós pode ou deveria jamais procurar evitar.” É com essa máxima que o geógrafo acadêmico mais citado do mundo, David Harvey, inicia seu novo livro, O enigma do capital: e as crises do capitalismo, o primeiro de sua autoria a ser lançado pela Boitempo Editorial.

O retrocesso na reforma agrária

Por Vinicius Mansur, no jornal Brasil de Fato:

O projeto de lei que estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2012 (PLN 28/2011), enviado pelo Palácio do Planalto e que deve ser votado pelo Congresso Nacional até o final deste ano, traz más notícias para a reforma agrária.

Um levantamento feito pela assessoria técnica da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados aponta que o orçamento para o setor retrocederá, chegando aos patamares do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) em alguns casos.

Trabalho escravo: Zara recusa acordo

Fotomontagem: http://infogauda.blogspot.com/
Por Bianca Pyl e Maurício Hashizume, na Repórter Brasil:

Representantes da espanhola Inditex, dona da grife de moda Zara, estiveram reunidos nesta quarta-feira (30) com membros do Ministério Público do Trabalho (MPT) e se recusaram a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em decorrência dos casos de trabalho escravo de imigrantes encontrados na fabricação de peças de roupa da marca.

A terra sem lei das comunicações

Por Rita Casaro, no jornal da Federação Nacional dos Engenheiros:

Na esteira dos debates realizados durante a Conferência Nacional da Comunicação, em 2009, criou força a ideia de se estabelecer um marco regulatório para as comunicações no Brasil. Tratada pela mídia como tentativa de controle da informação, a iniciativa ainda não conseguiu prosperar, embora esteja prevista na Constituição de 1988 e normas do gênero sejam comuns em inúmeros países da Europa e nos Estados Unidos. Quem aponta é o jornalista Altamiro Borges, que vem participando ativamente desse debate e falou ao Engenheiro sobre o tema. Presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, ele é autor do livro “A ditadura da mídia”.

O mercado futuro da comunicação

Por Renato Rovai, na revista Fórum:

Não é incomum que pessoas desencantadas com o governo Dilma como um todo ou ao menos com as políticas públicas na área de comunicação digam, entre outras coisas, que “Confecom não deu em nada”. Compreensível, afinal o governo está mais do que cauteloso em relação a implantar a agenda aprovada por amplos setores da sociedade civil e importantes segmentos empresariais naqueles dias de dezembro de 2010.

Lei da mídia só virá com pressão popular

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Pouca gente já sabe, mas o debate sobre o marco regulatório da comunicação eletrônica – um arcabouço legal comumente chamado de “lei da mídia” e que entra ano, sai ano não sai do lugar – finalmente deu um passo. Ao menos entre os ativistas da causa. Vai sendo entendido o que este blog sempre disse, que sem pressão popular esse debate não será travado publicamente.

Teles censuram conteúdo nos EUA

Por Heloisa Villela, de Washington, no blog Viomundo:

“Se um dia eles pararem de prestar atenção nos temas públicos, eu e você, o Congresso e as Assembleias, Juízes e Governadores, nos tornaremos lobos”. (Thomas Jefferson, um dos autores da carta de Independência dos Estados Unidos e terceiro presidente do país, falando sobre o povo).

Os bastidores da troca no “JN”

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A Globo confirma a saída de Fátima Bernardes do “JN”. No lugar dela deve entrar Patrícia Poeta – atual apresentadora do “Fantástico”.

Fiz hoje pela manhã – no twitter e no facebook – algumas observações sobre a troca; observações que agora procurarei consolidar nesse post. Vejo que há leitores absolutamente céticos: “ah, essa troca não quer dizer nada”. Até um colunista de TV do UOL, aparentemente mal infomado, disse o mesmo. Discordo.