domingo, 15 de julho de 2018

A Embraer vai virar Vemag?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A gente era guri e entre os carros mais populares do Brasil estavam os DKV-Vemag (na verdade, DKW, de Dampf Kraft Wagen, em alemão): um sedã, uma camioneta, o jipe “Candango” e, já no final, um coupé, o Fissore.

Vemag, acredite, significava “Veículos e Máquinas Agrícoslas”, a empresa brasileira que detinha os direitos de fabricação dos alemães da Auto Union – hoje a Audi, subsidiária da Volkswagen).

Quando lançados, tinham metade das peças produzidas aqui e, anos depois, todas elas.

Eleições-2018: Alckmin na ofensiva

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A desistência do pré-candidato do PRB, Flávio Rocha, deve ser entendida como parte do esforço desesperado do tucano Geraldo Alckmin para tonificar sua candidatura, garantindo o apoio dos partidos do Centrão e impedindo que fechem com Ciro Gomes, do PDT.

Com o apoio dos quatro partidos médios e o tempo de televisão ampliado Alckmin calcula que poderá brigar por uma vaga no segundo turno.

Se a eleição fosse hoje, a disputa final seria entre Bolsonaro e o candidato do PT.

O valor do gesto de Rocha vai além, portanto, do 1% que ele sempre teve nas pesquisas.

TRF-4 só autoriza decisão de juiz antipetista

Por Beatriz Vargas Ramos, no blog Viomundo:

Um desembargador de plantão defere um pedido liminar em Habeas Corpus (o HC foi impetrado contra o juízo da execução penal).

Coisa que às vezes acontece, nada de mais, não seria a primeira vez.

Aí então, um juiz de primeiro grau, que já não tinha jurisdição no caso (porque já havia sentenciado – processo findo, jurisdição esgotada), “decide” que precisa de uma orientação para saber “como proceder” (quando a ele não competiria proceder nem para A nem para B).

Decide que alguém precisa decidir o que o fazer com a decisão do desembargador de plantão.

A política externa e as eleições de 2018

Por Marcelo Zero

No Brasil, as questões relativas à inserção internacional do país normalmente não têm centralidade nos debates e programas eleitorais. Com efeito, ao contrário dos temas atinentes à política econômica, educação, saúde, segurança pública etc., a política externa ocupa espaços secundários, muito restritos, nos discursos eleitorais.

Isso é o que é, mas não é o que deveria ser.

Por quê? Porque a política externa, que conduz a uma determina inserção internacional do país, condiciona ou mesmo determina o possível projeto de Nação a ser implantado e o rumo das próprias políticas internas.

Portugal enfrenta o "austericídio" e cresce!

Por Antonio Barbosa Filho, em seu blog:

Portugal comemora o terceiro ano de governo de Esquerda com índices econômicos inéditos no país e uma acelerada recuperação, depois das fracassadas políticas "de austeridade" impostas pelo sistema financeiro internacional. O aumento do PIB em 2017, de 2,7%, foi o maior atingido neste século; e o desemprego ficou em 7,3%, o menor desde 2002!
 

sábado, 14 de julho de 2018

Em campo, o eleitor desanimado

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Enterradas as esperanças no futebol, após a queda da Seleção Canarinho diante do canário-belga, chegou a vez de o brasileiro entrar em campo para tentar organizar a própria cabeça e avaliar Michel Temer diante do retumbante fracasso do governo dele, nascido de um golpe do qual participou.

A eleição para a Presidência da República está próxima, a menos de 90 dias. Apontam as pesquisas para uma fuga do eleitor, ou da política, que, em pouco menos de um ano, manteve praticamente no mesmo ponto a corrida pelos resultados. Vive-se no campo de futebol e na economia há um marasmo incômodo.

A vitória da luta em defesa da Eletrobras

Editorial do site Vermelho:

Quando as lutas institucional e social andam juntas, o caminho do êxito é sólido. Na última terça-feira (10), o exemplo da força que surge dessa atuação conjunta foi a retirada de pauta, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do PL 9463/18, que trata da privatização da Eletrobras.
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Foi uma vitória política do povo e dos parlamentares progressistas e nacionalistas que conseguiram, com isso, dar realidade ao esforço de barrar mais esta tentativa de desmonte do Estado promovida pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A deputada federal Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB, definiu como “vitória espetacular” já que “Temer não tem autoridade política nem legitimidade para privatizar ativos tão estratégicos para o país”, como é o caso de Eletrobras.

Flávio Rocha e a fábula da presidência

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

O empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo, sai menor do que entrou desta segunda aventura para chegar ao Palácio do Planalto. Até lançar a pré-candidatura à presidência da República pelo PRB, em abril de 2018, Rocha era apenas mais um empresário liberal milionário em sua contradição: recebia dinheiro público do Estado via empréstimos a juros abaixo do mercado, pagava em suaves prestações e atacava esse mesmo Estado por gerir mal os recursos.

PF submete PHA a condução coercitiva

Raquel Dodge exerce 'ódio autoritário'

Da Rede Brasil Atual:

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ignorou um fato público notório na peça em que pede ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a abertura de inquérito para investigar o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), e os deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ).

Moro e PF escancaram perseguição a Lula

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

O circo judicial do último domingo (8), deixou mais explícita ainda a perseguição jurídica ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desembargador Rogério Fravero, que estava de plantão no Tribunal Regional Federal da 4a Região neste final de semana, deferiu um habeas corpus impetrado pelos deputados Wadih Damous (PT-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP) e decretou a soltura de Lula. O juiz de primeira instância Sergio Moro estava de férias, mas mesmo assim enviou ofício à Polícia Federal orientando os servidores a não cumprir a ordem judicial.

TV Globo e o sequestro da nossa emoção

Por Diógenes Júnior, no site Jornalistas Livres:

Domingo, 08 de julho de 2018. Uma notícia sacode o Brasil.

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde o dia 07 de abril por decisão do juiz de 1³ instância Sérgio Moro, teve seu pedido de habeas corpus, peça jurídica assinada pelos advogados Wadih Damous e Paulo Pimenta, também deputados, acatado e deferido, e sua soltura imediata determinada pelo desembargador Rogério Fraveto, que havia assumido naquela data o posto de plantonista do Tribunal Regional Federal da Quarta Região – TRF-4 com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

O redesenho da economia mundial

Por Luciano Coutinho, no site da Fundação Maurício Grabois:

Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Coreia, entre outros, se engajaram numa renhida disputa pela liderança em novas tecnologias. Não é para menos, a 4ª revolução industrial vai redesenhar o mapa geoeconômico global; os modelos de negócio e as lideranças de mercado irão mudar. Está em jogo a posição competitiva de cada país.

Nos anos 90 a abertura comercial multilateral induziu a fragmentação geográfica da produção de várias cadeias de valor, com destaque para as indústrias de equipamentos de TI, componentes, bens de capital, automobilística. As empresas multinacionais dos países avançados terceirizaram a produção, principalmente para os tigres asiáticos (Taiwan, Coreia, China).

Com Temer, renda dos autônomos despenca

Lula é absolvido e lidera em pesquisa tucana

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A semana começou bem e mal, simultaneamente, para Lula. No domingo, ganhou habeas corpus, perdeu, ganhou, perdeu, ganhou de novo e, por fim, perdeu. Mas a mesma semana termina bem para ele. Além de ter sido absolvido, mostrando que só é condenado quando o juiz é Sergio Moro, DISPAROU em pesquisa eleitoral feita por apoiadores do PSDB.

Após imbróglio jurídico que quase culminou em sua soltura no último domingo, o ex-presidente Lula viu o nível de apoio à sua candidatura atingir o maior patamar em um mês. Segundo pesquisa feita pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) entre 9 e 11 de julho, a oitava por encomenda da XP Investimentos, ele tem 30% das intenções de voto na simulação de primeiro turno que considera sua candidatura.

Contra Lula, imprensa ataca o plantonista

O que estamos esperando?

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A escalada regressiva no Brasil está desafiando o senso de realidade. As sucessivas perdas econômicas, sociais e de direitos vão se acumulando como um monturo, deixando explícito o cenário de ditadura que nos espreita da esquina. Não se pode dizer que não está havendo reação popular, ela existe, mas enquadrada num modelo que não dá conta da potência do adversário, que merece a exata designação de inimigo.

Lula na cova dos leões

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Olhando os diferentes cenários da pesquisa XP, divulgada há pouco no Infomoney, e comparando-os às últimas pesquisas de intenção de voto lançadas por outros institutos, conclui-se que, a poucos mais de 80 dias do primeiro turno das eleições presidenciais, o quadro está congelado. As oscilações nas últimas semanas não são relevantes.

Produziu-se mais ou menos um consenso entre todos os institutos. No cenário com Lula, ele tem em torno de 30%. Sem sua presença, Bolsonaro lidera com cerca de 20%. Embaralhados em segundo lugar, Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, com alguma vantagem para os dois primeiros.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Dodge: rápida com Favreto, omissa com Moro

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Raquel Dodge já representou contra o desembargador que concedeu liberdade a Lula em duas frentes. Numa delas, no Conselho Nacional de Justiça, pede a pena máxima para Rogério Favreto: a aposentadoria compulsória. Enquanto isso, as denúncias sobre a polêmica indústria da delação premiada repousam na mesa da comandante do Ministério Público Federal. Dodge notabiliza o uso de dois pesos e duas medidas quando o assunto é Lula e os abusos da República de Curitiba.

A briga da Globo com Marcelo Crivella

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Palavra de carioca: Marcelo Crivella é um péssimo prefeito, administrativamente.

Politicamente, pior ainda, porque não conseguiu – e nunca tentou – sublimar sua vinculação a Igreja Universal do Reino de Deus e tratar a cidade como um governante laico.

Convenhamos, porém: o fisiologismo nojento que ele pratica com pastores está longe de ser novidade, praticado por gente sem e com outras ligações extra-religiosas.

Mas o estado de abandono e carência da cidade vai muito além da responsabilidade de Crivella.