domingo, 3 de março de 2019

Lula mostrou a falta que faz ao país

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não vamos nos enganar nem minimizar a injustiça tremenda enfrentada por Lula desde que, onze meses atrás, foi preso em Curitiba. Embora tenha ficado fora da cela durante a maior parte deste dia de sábado, antes, durante e depois do velório do neto Arthur, nem por um único segundo ele teve direito a um minuto da liberdade, esse universo de garantias e gestos que definem a forma mais evoluída da existência humana.

Livres estavam os homens e mulheres que foram ao cemitério Jardim da Colina e puderam partilhar sua atenção, comprovar seu sofrimento, chorar com sua dor. E mesmo aqueles que o vigiavam.

A era da insensatez e o neto de Lula

Por Lenio Luiz Streck, no site Consultor Jurídico:

Resumo: A crueldade humana não tem efeito constitutivo; é declaratório. Assim como a imbecilidade. Ela sempre esteve aí. A internet a revelou! Se o mundo tem pessoas horríveis, meu dever é incomodá-las!

Duas frases marcaram a semana: a blogueira Alessandra Strutzel (sim, temos de dar nome aos bois e bois aos nomes!) disse, ao saber da trágica morte do neto de Lula, de 7 anos: "Pelo menos, uma notícia boa". E a do deputado Eduardo Bolsonaro (Deus acima de todos – eis o slogan da moda): A ida de Lula ao enterro "só deixa o larápio em voga posando de coitado"! Houve ainda muitos outros "pronunciamentos" de ódio e regozijo pela morte do menino de 7 anos.

Como a cultura resiste a uma ditadura

Por José Geraldo Couto, no Blog do Cinema:

Estão chegando aos cinemas dois documentários que, à primeira vista, não poderiam ser mais contrastantes: o espanhol O silêncio dos outros, de Almudena Carracedo e Robert Bahar, e o brasileiro Tá rindo de quê?, de Claudio Manoel, Álvaro Campos e Alê Braga. No entanto, ambos têm um tema em comum: as variadas formas de reagir a uma situação de tirania e opressão.

O filme espanhol, produzido por Pedro Almodóvar e premiado em Berlim, começa mostrando uma anciã em seu casebre, prendendo os cabelos brancos e depois saindo pelas ruas de seu vilarejo, amparada por um andador. À beira de uma estrada ela diz, com uma voz débil e rouca que é quase um sussurro: “Foi aqui que jogaram o corpo da minha mãe. Não deixaram que a família o levasse ao cemitério”.


Provas da coerência de Jair Messias Bolsonaro

Sergio Moro é baixo demais para cair

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eliane Cantenhêde, no Estadão de hoje, faz a pergunta que toda a mídia tem na boca, mas tem vergonha de fazer, por atingir um ídolo: Sérgio “começa a se arrepender de ter trocado a magistratura pelo governo Bolsonaro? Até quando ele aguenta?”

Ele se refere, claro, à humilhação imposta com a “desnomeação” de uma suplente de conselheira por rejeição da direita hidrófoba e ordem do próprio presidente. Tão vergonhosa que o inacreditável Olavo de Carvalho, presidente de honra do Bloco do Cachorro Louco, resolveu completar o vexame gravando um vídeo elogiando Moro pela capacidade de recuar, no Facebook.

A perseguição de Bolsonaro à Justiça

Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:

A expressão “ativismo judicial” caiu de vez na boca dos apoiadores de Jair Bolsonaro. Generais, monarquistas, evangélicos e estrelas do movimento pró-impeachment agora querem a cabeça dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

No início da semana, Kim Kataguiri (DEM), Bia Kicis (PSL), Marco Feliciano (Podemos), general Girão Monteiro (PSL) e Márcio Labre (PSL) - aquele que quis proibir anticoncepcionais - oficializaram pedidos de impeachment dos quatro ministros que, até agora, votaram a favor da criminalização da homofobia. Acusam o Supremo de querer roubar-lhes a função legislativa.

Ernesto Araújo, “o pior diplomata do mundo”

Por Altamiro Borges

Sugerido pelo astrólogo lunático Olavo de Carvalho e indicado pelo "presidente-capetão" para o alto posto de ministro das Relações Exteriores, o patético Ernesto Araújo já virou motivo de piadas e de gargalhadas na diplomacia do mundo inteiro. Na segunda-feira passada (25), mais uma revista dos EUA, a prestigiada Jacobin, publicou um artigo analisando as atitudes desastradas do chanceler e conclui que "o maluco" é "o pior diplomata do mundo". Conclusão precisa, sem reparos!

USP repudia professor bolsonarista

Nota de repúdio
Por Altamiro Borges

Aproveitando-se da onda reacionária no mundo e no Brasil, os fascistas decidiram sair do esgoto. Na segunda-feira (25), o “professor” Eduardo Lobo Gualazzi distribuiu aos seus alunos da Faculdade de Direito da USP um "texto acadêmico" com elogios à ditadura militar e afirmações malucas, como a de que os pobres são “a eterna minoria do submundo que se recusou a trabalhar" e a de que os grupos "LGBTs não são família, mas apenas uma aberração”, composta de “tarados e taradas”.

sábado, 2 de março de 2019

Bolsonaro venera ditador pedófilo e corrupto

Por Altamiro Borges

Nesta terça-feira (26), o “capetão” Jair Bolsonaro demonstrou mais uma vez que venera ditadores, torturadores e outros tipos de criminosos. Em um evento festivo na hidrelétrica de Itaipu (PR), ele elogiou os generais-presidentes do período da ditadura brasileira (1964-1985) e o facínora paraguaio Alfredo Stroessner – “um homem de visão, um estadista, que sabia perfeitamente que seu país, o Paraguai, só poderia prosseguir, progredir, se tivesse energia. Aqui também a minha homenagem ao nosso general Alfredo Stroessner”, afirmou o animado fascista nativo, que só perdeu o rebolado quando uma jornalista lhe perguntou sobre os “laranjas” do PSL, o seu partido de aluguel.

Bolsonaro recebe âncora da “inimiga” Globo

Por Altamiro Borges

O “capetão” Jair Bolsonaro já fez as pazes com a “inimiga” TV Globo? Será que os bolsominions, sempre tão dopados, foram avisados? Será que as emissoras comparsas – a Record, do mercador religioso Edir Macedo, e o SBT (Sistema Bolsonazista de Televisão) do mercenário Silvio Santos, foram consultadas? Será que está rolando algum acordo vantajoso entre as partes – que até poderia incluir uma cota da milionária campanha publicitária em defesa da contrarreforma da Previdência?

TV manipula seus espectadores com imagens

Do site Carta Maior:

O documentário A revolução não será televisionada*retrata como a mídia corporativa usa o monopólio dos meios de comunicação para estimular, induzir e promover golpes de estado – no caso, a Venezuela do ano de 2002 e a América Latina. Mostra a tentativa fracassada de golpe que conseguiu depor durante apenas 48 horas o presidente Hugo Chávez, num mesmo processo de manipulação da comunicação de massa que a mídia tentou e ainda tenta no Brasil de hoje. O empresário Pedro Carmona foi declarado chefe de estado durante dois dias, quando então a situação política voltou a ser controlada pelas forças de Chávez.

Carnaval é resposta das ruas a Bolsonaro

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Por artes do calendário, Jair Bolsonaro fecha o segundo mês de seu operoso governo – sobretudo no campo da citricultura – e imediatamente começa o Carnaval. Soa como uma intervenção da Providência, uma trégua na desgraça em favor da graça. Que já está sendo aproveitada como réplica irreverente ao mais atabalhoado e tragicômico governo da história da república.

O Carnaval de 2019 é o mais “politizado” do século. Antes mesmo da festa começar, o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, de São Paulo, arrebatou uma multidão que desfilou gritando uma palavra de ordem bem objetiva. A frase começava com “Ei, Bolsonaro, vai…” e concluía com aquela sugestão bastante específica que todos sabemos qual. Outros blocos e escolas de samba, de sul a norte, vão levar às ruas uma crítica debochada a este tempo que nos coube ver e viver.

Bolsonaro é um risco para a democracia

Editorial do site Vermelho:

Jair Bolsonaro não engana ninguém, no Brasil e no mundo: ele representa uma ameaça à democracia. Foi assim que o instituto Freedom House – sediado em Washington, no Estados Unidos – classificou seu governo retrógrado.

Aquela é uma organização que se dedica a avaliar as condições da democracia no mundo.Em seu mais recente relatório, intitulado "Liberdade no Mundo - 2019", classificou os países como “livres”, “parcialmente livres” e “não livres”. Nele, o Brasil figura como “livre” - classificação que pode ser entendida como se usasse uma figura de linguagem comum em análises econômicas: com viés de baixa. "Livre", mas com muitas restrições que configuram a ameaça à democracia ali referida: ataque aos direitos civis e degradação dos direitos políticos.

A teleguiada de Moro e o velório de Arthur

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Que ninguém pense que foi por bondade que a juíza teleguiada por Moro permitiu que Lula saísse da prisão para velar o netinho de 7 anos recém-falecido. Moro e Bolsonaro queriam impedir Lula de velar a criança, mas a juíza Carolina Lebbos foi OBRIGADA a deixar que o ex-presidente exercesse seu direito constitucional.

Deveria haver um limite para o nível de selvageria que alguém pode manifestar publicamente. Um dos filhos pilantras de Bolsonaro não hesitou em ir ao Twitter verbalizar a vontade do pai o do comparsa Sergio Moro de impedirem o ex-presidente encarcerado de exercer seu direito constitucional de deixar a prisão para velar um parente próximo recém-falecido.

No país da mentira e da canalhice

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                                                 
Já tinha colocado um ponto final neste texto, quando tomei conhecimento da terrível tragédia que foi a morte do pequeno Arthur, de 7 anos, neto do ex-presidente Lula. Mais um duro golpe para um homem que só fez o bem em 72 anos de vida. Em meio à comoção e às manifestações de afeto e solidariedade a Lula e à sua família, surgem nas redes sociais pessoas comemorando o falecimento de uma criança de 7 anos e atacando Lula num dia de imensa dor. Nenhuma surpresa, pois o bolsonarismo reúne os seres mais abjetos e repugnantes que se possa imaginar. Nada têm de humanos, são monstros que brotaram da escuridão para destilar ódio por todos os poros. São do nível dos torturadores que eles defendem.

Os militares e o governo Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

De um empresário líder de classe em São Paulo, com bom conhecimento da área militar.

No início havia esperança de que os militantes da reserva, que subiram com Jair Bolsonaro, pudessem enquadrá-lo.

Isso não ocorreu. A grande esperança seria o general Augusto Heleno, tido como de boa formação. Depois, constatou-se que ele é apenas um boa praça, cordato, doce, mas sem disposição de liderar ou dar ordens.

Nathalia Queiroz nunca pisou na Câmara

Por Amanda Audi, no site The Intercept-Brasil:

Um crachá, parece pouco, mas, para entrar na Câmara dos Deputados, o plástico pendurado no pescoço é essencial. Quem não é funcionário nem credenciado (como os jornalistas, por exemplo) não escapa de um burocrático registro que exige entregar um documento e tirar uma fotografia antes de ganhar o acesso como visitante. Nathalia Queiroz, segundo Jair Bolsonaro, era funcionária de seu gabinete de deputado federal, mas nunca teve o crachá. Ela também não tinha vaga de garagem no prédio e nem mesmo consta dos registros de visitantes da Câmara, como mostram documentos obtidos com exclusividade pelo Intercept.

Arthur: um mártir no Brasil dos Bolsonaros

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“Lula em velório é larápio posando de coitado”, blasfemou a abominável figura de Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do capitão, eleito deputado federal pelo PSL em São Paulo, com votação recorde.

De larápios, o filho Zero Três deve entender bastante, pois vive cercado deles nos laranjais dos gabinetes bolsonarianos, frequentados também por milicianos cariocas homenageados pela família.

Como se fosse um desses milicianos perigosos, Lula chegou ao velório do neto Arthur, de sete anos, escoltado por policiais federais com armas de grosso calibre.

Uma nova desumanidade contra Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Antropólogos nos descrevem como um povo emotivo, com dificuldade para tomar decisões racionais neste mundo de tantas tragédias e tantas tristezas. Correta ou não, baseada em preconceitos ou em nosso complexo de vira-lata, somos um país de chorões de alma sofrida, que não resistem a um dramalhão. Mas agora chegamos a um limite.

Se Lula for impedido de velar o neto Arthur, partilhar a dor com os pais, irmãos, tios e tias de uma família que convive há tanto com a dor e o sofrimento de tantas pessoas próximas, é bom avisar que esse povo pacífico, amoroso e bem comportado, vai acabar perdendo a cabeça.

O netinho de Lula e o ódio fascista

Por Altamiro Borges

Qualquer ser humano com um mínimo de dignidade ficou triste e abatido com a morte prematura do menino Arthur Araújo, de 7 anos, neto do ex-presidente Lula. Mas os fascistas, os que cultivam o ódio e a violência, não são seres humanos. Não dá nem para chamá-los de vermes, já que estes têm função na natureza. Cínicos, eles berram “Deus acima de todos”. No fundo, eles veneram o demônio, a morte. Para estes psicopatas deveria servir a lição do Papa Francisco: “Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro que morreu foi você mesmo”. Em vida, esses milicianos laranjas deveriam pagar por seus crimes. No poder, Hitler e Mussolini festejaram a morte de milhões de pessoas indefesas. Ao final, eles foram devidamente punidos!