Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Eliane Cantenhêde, no Estadão de hoje, faz a pergunta que toda a mídia tem na boca, mas tem vergonha de fazer, por atingir um ídolo: Sérgio “começa a se arrepender de ter trocado a magistratura pelo governo Bolsonaro? Até quando ele aguenta?”
Ele se refere, claro, à humilhação imposta com a “desnomeação” de uma suplente de conselheira por rejeição da direita hidrófoba e ordem do próprio presidente. Tão vergonhosa que o inacreditável Olavo de Carvalho, presidente de honra do Bloco do Cachorro Louco, resolveu completar o vexame gravando um vídeo elogiando Moro pela capacidade de recuar, no Facebook.
Não creio que ele esteja numa situação de arrependimento.
Nem mesmo uma pessoa limitada como o ex-juiz de Curitiba poderia ser ingênua e crer que Bolsonaro também lhe daria inteira liberdade de movimentos ao dar-lhe o posto de Ministro da Justiça. Poderia e poderá dar-lhe o seu “alvo B”, uma cátedra no Supremo Tribunal Federal e, avaliou, permitiria manter vivo o que nutre em silêncio, uma eventual candidatura presidencial em 2022 que, paradoxalmente, depende – óbvio – do insucesso do ex-capitão.
Moro já aguentou outras, aguentará essa e fará cara de amuado apenas para garantir, em setembro, que se complete o seu domínio sobre a máquina de perseguição, abocanhando a Procuradoria Geral da República e a possibilidade de contar com toda a linha de acusadores.
Ninguém espere atitudes de indignação ou inconformismo real de Sérgio Moro. Tudo nele é vinculado a um projeto de poder autoritário que suporta chocar por anos a fio, como fez ao “cozinhar” o delator Alberto Yousef para tecer a teia da Lava Jato. Falta-lhe estatura para ser independente diante dos fortes e respeitoso ante os fracos.
Eliane Cantenhêde, no Estadão de hoje, faz a pergunta que toda a mídia tem na boca, mas tem vergonha de fazer, por atingir um ídolo: Sérgio “começa a se arrepender de ter trocado a magistratura pelo governo Bolsonaro? Até quando ele aguenta?”
Ele se refere, claro, à humilhação imposta com a “desnomeação” de uma suplente de conselheira por rejeição da direita hidrófoba e ordem do próprio presidente. Tão vergonhosa que o inacreditável Olavo de Carvalho, presidente de honra do Bloco do Cachorro Louco, resolveu completar o vexame gravando um vídeo elogiando Moro pela capacidade de recuar, no Facebook.
Não creio que ele esteja numa situação de arrependimento.
Nem mesmo uma pessoa limitada como o ex-juiz de Curitiba poderia ser ingênua e crer que Bolsonaro também lhe daria inteira liberdade de movimentos ao dar-lhe o posto de Ministro da Justiça. Poderia e poderá dar-lhe o seu “alvo B”, uma cátedra no Supremo Tribunal Federal e, avaliou, permitiria manter vivo o que nutre em silêncio, uma eventual candidatura presidencial em 2022 que, paradoxalmente, depende – óbvio – do insucesso do ex-capitão.
Moro já aguentou outras, aguentará essa e fará cara de amuado apenas para garantir, em setembro, que se complete o seu domínio sobre a máquina de perseguição, abocanhando a Procuradoria Geral da República e a possibilidade de contar com toda a linha de acusadores.
Ninguém espere atitudes de indignação ou inconformismo real de Sérgio Moro. Tudo nele é vinculado a um projeto de poder autoritário que suporta chocar por anos a fio, como fez ao “cozinhar” o delator Alberto Yousef para tecer a teia da Lava Jato. Falta-lhe estatura para ser independente diante dos fortes e respeitoso ante os fracos.
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