domingo, 12 de maio de 2019

Olavistas e clã Bolsonaro mexem em vespeiro

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A crise provocada pelas declarações do “filósofo” Olavo de Carvalho contra oficiais trouxe insatisfações no interior das Forças Armadas. A discrição dos militares impede que se saiba qual é o tamanho dessa insatisfação, mas o grupo olavista e a própria família Bolsonaro estão provocando um vespeiro. “Ao atacar a hierarquia como estão fazendo, começam a ofender a instituição. Essas declarações expõem todos ao ridículo, até porque os militares apostaram nisso que está aí”, diz o sociólogo Cândido Grzybowski, presidente do Conselho Curador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).

Estudantes e mulheres vão virar o barco!

Bolsonaro confirma “negócio” com Moro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

- Eu fiz um compromisso com ele, ele abriu mão de 22 anos de magistratura.

A confissão de que a ida de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça foi um negócio “apalavrado” entre Jair Bolsonaro e o ex-juiz da Lava Jato não podia estar mais bem descrita do que está no artigo 317 do Código Penal: "Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem".

Saída da crise está no alinhamento aos EUA?

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O atual processo de globalização revela, a meu ver, duas tendências básicas: a globalização monopolar hegemonizada pelos EUA, respaldados pelas grandes corporações econômico-financeiras. É marcada por uma homogeneização de tudo. Dito numa linguagem pedestre, seria uma hamburguerização do mundo: o mesmo hambúrguer com a mesma formula, consumido nos USA, na Rússia, no Japão, na China e no Brasil.

A outra tendência é multipolar que prevê vários pólos de poder, com distintos centros decisórios mas todos dentro da mesma Casa Comum, una, complexa, doente e ameaçada de ruína. A China hegemoniza esta tendência.

Ministro do Kafta mente sobre a Educação

Por Emílio Rodriguez, no site Jornalistas Livres:

O ministro da Educação veio a público dizer que o contingenciamento é de 3,5% do total da despesa do MEC. Ocorre que quem disse que o corte era 30% da verba da universidade foi o próprio MEC e isto foi repetido diversas vezes pelo ministro Abraham Weintraub. Na conta original feita pelo ministro é sobre os recursos que podem ser contingenciados e não incluía aquilo que a lei veda que possa ser contingenciado. Os cortes podem inviabilizar as universidades, visto que podem faltar recursos a partir de setembro para pagar as contas de água, luz ou vigilância, entre outros itens.

Três mitos sobre o golpe da Previdência

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

A necessidade urgente e inexorável de aprovação da Reforma da Previdência repousa sob diversos argumentos falaciosos que querem te fazer crer que a opção pela Nova Previdência é uma necessidade “técnica” e “objetiva”, ocultando que esse projeto de reforma repousa sob motivações políticas, entre as quais a redução do papel do Estado como provedor de serviços públicos e a transferência dos recursos do Estado para a administração financeira.

Mito #1 - A previdência está quebrada. Há um déficit na Previdência Social


O nome do tsunami é Jair Bolsonaro

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Jair Bolsonaro, presidente da República, em discurso na sexta-feira, em Brasília, ao anunciar o apocalipse:

“Talvez tenhamos um tsunami na semana que vem, mas a gente vence o obstáculo com toda a certeza”.

Nunca vi presidente anunciar desgraças em lugar de projetos, mas o capitão olavista chegou atrasado, mais uma vez.

O tsunami que está destruindo o país, na verdade, já chegou, tem mais de quatro meses, e o nome dele é Bolsonaro.

A desestruturação do mercado de trabalho

Por Marilane Oliveira Teixeira, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Qualquer que seja a perspectiva em que se analise a reforma previdenciária, ela aponta necessariamente para novas formas de exclusão social e desigualdade que afetam toda a sociedade e de maneira particular as mulheres – brancas, negras, trabalhadoras rurais, as trabalhadoras domésticas e a população jovem –, condenando-as à precariedade e à desproteção social. A proposta de desmonte despreza as desigualdades estruturais na sociedade e no mercado de trabalho, bem como os diferenciais de gênero, e promove um desmonte dos direitos e do acesso à previdência pública em um contexto em que se recriam e se expandem novas modalidades de exclusão e de segregação no mercado de trabalho com a ampliação de novas formas de contratação advindas da reforma trabalhista.

As milícias e suas relações com o poder

Por Thaiane Mendonça, na revista Teoria e Debate:

O início de 2019 foi conturbado no cenário político com a troca do governo federal. Dentre os diversos assuntos na pauta da mídia nacional, as milícias tomaram grande parte. Antes uma questão mais restrita ao Rio de Janeiro, ainda que não exclusiva do estado, agora passou a ser assunto nacional. Toda essa exposição suscitou questionamentos sobre a origem das milícias, sua atuação nas comunidades e, principalmente, sua relação com o poder e o governo.

"Burguesia cavalga o movimento fascista"

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

O governo Bolsonaro representa os interesses do capital internacional, do Estado estadunidense. É entreguista de ponta a ponta. Resulta de uma convergência do capital imperialista, que age por intermédio do Departamento de Justiça dos EUA, e a classe média que quer destruir a esquerda.

As definições são do cientista político Armando Boito Jr. em entrevista ao Tutaméia (acompanhe no vídeo). Professor da Unicamp, ele compara o nazismo e o fascismo com o movimento neofascista no Brasil de hoje. Lembra que nos dois momentos houve uma crise na representação partidária da burguesia, que decide, como nos anos 1920/1930, na Alemanha e na Itália, “cooptar, confiscar, cavalgar, dirigir o movimento fascista, se apropriar politicamente dele”.

sábado, 11 de maio de 2019

Os enredos da História e a técnica fascista

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

O romance de Joseph Conrad, “O agente secreto” (1907) é uma obra sem heróis. Seu núcleo definidor – seu “personagem” central – não é um indivíduo, “herói” do mal ou do bem, mas é uma “conspiração”, dentro da qual as pessoas se movem em direção a um destino incerto. Um romance sobre o Brasil de hoje, à espera de um escritor de talento, poderia ter dois centros: uma “conspiração”, em cujo núcleo estariam Bannon, a CIA, os “think-tanks” da burguesia sem projetos de nação, a mídia oligopólica e também seus personagens típicos do bem e do mal. Os que são os epígonos da irracionalidade na democracia manipulada. E esta obra poderia também inaugurar um novo “tipo” político latino-americano, que diz que o “mal” é qualquer “ideologia”, como se ele não a tivesse, fascista que é, pois não consegue escondê-la, quando ela já corroeu seus sentimentos e os seus neurônios rarefeitos pelo ódio.

Colapso da soberania e da vergonha

Por Marcelo Zero

Setores da nossa imprensa conservadora anunciaram, com pompa e circunstância, que Trump havia "aberto as portas da OTAN" para o Brasil.

Tal "generosidade", entretanto, é fruto exclusivo da ignorância de escribas que não entendem nada do assunto.

Mesmo se quisesse, Trump não poderia fazer o Brasil ingressar na OTAN.

Essa organização militar, criada pelo Tratado do Atlântico Norte, mais conhecido como Tratado de Washington, está aberta apenas (pasmem!) para países do Atlântico Norte, ou seja, EUA, Canadá e as nações da Europa.

Não se trata sequer da incorporação do Brasil como parceiro global ("partner across the globe") da OTAN, como já o são Afeganistão, Austrália, Colômbia, Iraque, Japão, República da Coreia, Mongólia, Nova Zelândia e Paquistão.

Desastre dos Correios privatizados no mundo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes, disse que o governo pretende incluir os Correios nos planos de privatizações de estatais. A ideia foi confirmada pelo próprio presidente de extrema-direita no twitter, desprezando o fato de a estatal ser superavitária: após prejuízos registrados entre 2103 e 2016, os Correios registraram lucro de 161 milhões de reais em 2018 e de 667,3 milhões de reais em 2017.

E quando o Messias pisa na bola?

Por Reginaldo Corrêa, no site Carta Maior:

O samba é conhecido: Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar...

Há muitas teorias do fim do mundo. E muitas teorias da salvação do mundo e instauração do paraíso na terra. Várias delas estimam um momento, data determinada, forma de execução. Quando arriscam esse nível de detalhe, encaram o risco da “desconfirmação”. E o que acontece depois, quando o mundo não acaba, os marcianos não chegam?

Você já ouviu discursos desesperados desse tipo: “O mundo está em ruínas. Tudo apodrece, tudo desaba. Sodoma, Gomorra, esculhambação. Está um inferno. E isso é apenas um sinal. Vai piorar, vem aí o apocalipse”.

Juventude se levanta contra o obscurantismo

Charge: Gomez Studios
Editorial do site Vermelho:

O levante estudantil que já ganhou corpo simboliza um poderoso foco de luz sobre o obscurantismo que tomou conta do país. É um movimento bem distinto daquelas massas amorfas envoltas em cores que pretendiam invocar patriotismo quando na prática estavam impulsionando o entreguismo, a base social do golpe do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff e da eleição da extrema direita liderada por Jair Bolsonaro, em 2018.

Um país dominado pela burrice institucional

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A insistência de Paulo Guedes com a Lei “Mansueto”do Teto lembra, em muito, o Plano Cavallo e a maneira como a política econômica se subordinou à cegueira generalizada das agências de ratting.

Na época, a Argentina esvaindo-se em sangue, a miséria avançando de forma galopantes, o PIB despencando, e as agências de risco recomendando mais cortes fiscais. A cada nova recomendação aceita, o mercado festejava, os papéis da Argentina tinham uma pequena melhora para despencar alguns dias depois, por absoluta impossibilidade de sustentar os cortes.

Brasil de Bolsonaro e o jogo das chantagens

Por Antonio Barbosa Filho

Chico Buarque, brincando com as palavras como só os grandes poetas sabem fazer, escreveu canção "Flor da Idade":

"Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca que amava Dora que amava...

Carlos amava Dora que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Carlos que amava

Pedro tanto amava a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha...."

A beleza da canção a musicalidade é rica, além dos versos) nos traz a uma triste realidade: que liame existe entre os componentes desta quadrilha que ocupou fraudulentamente o poder federal no Brasil Ao contrário da poesia-canção, não há amor entre eles.

Paulo Guedes quer destruir o Brasil

TSE esconde as fake news de Bolsonaro

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Em uma época de ataques à democracia e às regras da convivência civilizada, o Tribunal Superior Eleitoral acaba de cometer outra barbaridade. O Judiciário, através de uma das mais altas cortes, volta a decepcionar. A renovação da decisão de manter sob sigilo, até 2023, as atas das reuniões do Conselho Consultivo sobre internet e eleições é um despropósito. Sua única função é impedir que a sociedade brasileira conheça o que esse Conselho, criado para sugerir medidas que coibissem a disseminação de fake news e o uso de robôs na eleição de 2018, discutiu e apurou ao longo do processo que culminou na suspeitíssima vitória de Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro empregou laranja de militar

Da Rede Brasil Atual:

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), empregou, por 18 anos, uma mulher que foi laranja de um militar em empresas de comunicação. Segundo informação da Folha de S.Paulo, Cileide Barbosa Mendes também atuou como "faz tudo" para a família presidencial.

Enquanto era remunerada por Carlos, Cileide era laranja de um tenente-coronel do Exército e ex-marido da segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, mas não podia mantê-las registradas no nome dele como militar da ativa.