Chico Buarque, brincando com as palavras como só os grandes poetas sabem fazer, escreveu canção "Flor da Idade":
"Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca que amava Dora que amava...
Carlos amava Dora que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Carlos que amava
Pedro tanto amava a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha...."
A beleza da canção a musicalidade é rica, além dos versos) nos traz a uma triste realidade: que liame existe entre os componentes desta quadrilha que ocupou fraudulentamente o poder federal no Brasil Ao contrário da poesia-canção, não há amor entre eles.
Mr. Moro (eu o chamo assim há anos, usando o "mister", do idioma de seus patrões) odeia Ônix, que odeia o Tchutchuca, que odeia o Carluxo, que detesta o general-vice Mourão, que odeia o Olavão-Pornô.
Olavão, por sua vez, odeia a todos, menos o Jair e seus filhotes, que se prostram a seus pés, membros juramentados da seita, que são.
Damares odeia as mulheres que ousam pensar e recusam-se a levar uma surra semanal, corretiva, de seus machos. Ou tiros.
Weintraub, contabilista, odeia a Matemática, ou a mera Aritmética. Odeia também as Universidades, onde levou anos para diplomar-se com média 4. Mourão odeia o povo brasileiro, que é "preguiçoso porque descende de índios, malandro porque descente dos negros e burro porque descente dos portugueses". Assim ele falava na Escola Superior de Guerra, quando balões infláveis se erguiam em Brasília, pelos defensores de uma nova ditadura.
Todos têm medo e ódio de Mr. Moro, porque os espiona e ainda quer acesso as movimentações financeiras de cada brasileiro, para chantagear e pavimentar sua eleição a presidente em 2022. Se não mandar prender possíveis adversários, antes.
O STF tem medo até de sargento, quanto mais de general. Antes estava "acoelhado", hoje está de quatro. O meritíssimo presidente tem medo até da PGR, que tem medo de perder o emprego. Contra Tofolli usaram até seu irmão deficiente mental. A chantagem não tem limites, já que todos temos algum erro na vida - menos Joaquim Barbosa, é claro, que mora em Miami num apartamento que comprou por 10 dólares, segundo o registro de imóveis local. Um puro!
O TSE tem pavor de 2018, quando coonestou a maior fraude eleitoral da História. Tanto que decretou sigilo sobre os processos que tratam do uso das redes sociais para fakenews, até 2023, quando seus membros estarão vivendo bem em Miami ou na Suiça, e nós estaremos todos mortos.
Todos esses morrem de medo de Steve Bannon, autor do clima de ódio, patrão do Olavão e agora sócio do Eduardo, nosso ministro do Exterior para negócios com a indústria armamentista e que sonha em ser o administrador-geral depois que os EUA ocuparem o Brasil destruído, daqui extraindo as riquezas e com um povo analfabeto e faminto. "Democracia", igual os EUA implantaram no Iraque, no Afganistão e em mais uns 50 países que invadiram para derrubar "ditaduras".
O único nesta roda-morta que ama é Jair Bolsonaro. Ama a ignorância do povo que o colocou num lugar onde nunca sonhou estar. Ama a fraqueza da Democracia brasileira, a ganância das "elites" econômicas que tanto o sustentaram, depois de enriquecerem como nunca durante a "ditadura comunista do PT". Ama matar gays, quilombolas, índios, negros, pobres, nordestinos, jornalistas, professores. Ama dinheiro, ama seus filhotes e a impunidade. "Minha especialidade é matar", disse na TV, quando era um dos mais omissos deputados (sete mandatos!) da Câmara.
Ama vingar-se do Exército que o expulsou. Ao ponto de cortar 44% do orçamento das três Forças, ou seja, igualar-nos ao pequeno e nobre Uruguai. Os generais aceitaram isso em troca de 33% de aumento nos soldos dos oficiais superiores! (Aquela coisa que nós juramos quando reservistas, de morrer pela Pátria, era brincadeirinha).
Ama Trump, para quem ele é um "fart", (um peido, no idioma de Mr. Moro e seus donos).
Jair ama odiar. Encontrou sua turma, de psicopatas iguais.
Vai encontrar-se, em breve, com os 210 milhões que não querem participar deste circo de horrores.
Preferem amar, como canta Chico Burque.
* Antonio Barbosa Filho é jornalista/escritor e coordenador do Barão de Itararé no Vale do Paraíba.
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