domingo, 22 de abril de 2012

A falta de ética da revista Veja


Por Altamiro Borges

Policarpo Jr., o editor da Veja que mantinha perigosas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira, ainda pode dormir sossegado. É o que sugere o artigo do seu chefe, Eurípedes Alcântara, publicado no sítio da revista. O texto, que estranhamente não saiu na edição impressa, é um arrazoado teórico sobre a “ética no jornalismo”. Ele visa unicamente limpar a barra da Veja, acusada de se associar ao crime organizado.

Todos somos argentinos


Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Brasil e a Argentina, sendo os dois maiores países da América do Sul, têm sido alvos preferenciais do domínio euro-americano em nosso continente. A Argentina, sob Cristina Kirchner, depois de anos desastrados de ditadura militar, e do governo caricato e neoliberal de Menen, se confronta com Madri, ao retomar o controle de suas jazidas de petróleo que estava com a Repsol. Quando um governo entrega, de forma aviltante, os bens nacionais ao estrangeiro, como também ocorreu no Brasil, procede como quem oferece seu corpo no mercado da prostituição. Assim, as medidas de Cristina buscam reparar a abjeção de Menem.

Sobre Arthur Virgílio e Lula

Por Evando Peixoto, no blog Viomundo:

Esse Arthur Virgílio tem credibilidade tanto quando Demóstenes, o grande vestal da República. Não teve voto para se reeleger, mas mantém-se empedernido na tagarelice, com o discurso tucano para lá de desgastado.

Mas vamos ver aqui algumas coisinhas sobre o que ele diz. Afirma que “se Lula agisse de boa fé, não mentiria dizendo que nunca houve mensalão. Afinal, ele mesmo, à época do escândalo, foi à televisão pedir desculpas à nação”.

Capo da Veja terá como fugir da lei?



Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Apesar da afetação de arrogância de seus paus-mandados, o italiano Roberto Civita, dono da revista Veja, está perdendo noites de sono com a disposição de cerca de metade do Congresso Nacional de convocá-lo a dar explicações na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que terá início na semana que entra.

STF: Os juízes e o juízo da história

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Quando os políticos falam como juízes a democracia se eclipsa; quando os juízes falam pelos políticos, ela se desmoraliza. Nos dois casos o Judiciário deixa de ser o que promete.

No Estado de Direito a Justiça figura, teoricamente, como o abrigo dos compromissos e valores compartilhados de um ciclo histórico;a Constituição é a expressão máxima desse período e o Supremo Tribunal Federal sua extensão mediadora nas pendências e conflitos que as demais instâncias da lei e do Direito não puderam solucionar.

Uma CPI para a revista Veja


Por Luis Nassif, em seu blog:

O delegado Paulo Lacerda tinha tudo para ser um ícone do funcionalismo público. Funcionário exemplar, foi responsável pela transformação da Polícia Federal em uma organização eficiente e peça chave na luta contra a corrupção e o crime organizado.

Datafolha e o desespero demotucano

Por Altamiro Borges

A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (22) representou uma ducha de água fria nas pretensões da oposição demotucana, que vive o seu inferno astral e teme pela extinção. Apesar da artilharia midiática da operação “derruba-ministro”, a presidenta Dilma Rousseff bate recordes de popularidade e, pior para a direita, o ex-presidente Lula confirma sua posição de liderança inconteste.

Editor da Veja no comando de Serra


Por Altamiro Borges

Sem maior estardalhaço – talvez para não apimentar ainda mais a CPI do Cachoeira, que poderá desnudar as promíscuas relações da mídia no país –, a Folha noticiou nesta semana que o editor de Brasil da Veja, Fábio Portela, deixou o seu régio cargo para integrar o comando de campanha de José Serra à prefeitura paulistana. Ele assumirá a coordenação de imprensa do candidato tucano.

sábado, 21 de abril de 2012

Qual a capa da Veja desta semana?


* Do blog Conversa Afiada

Novo protesto do "Fora Marconi"

Um novo ciclo político na França?

Por Altamiro Borges

O chamado “deus-mercado” está preocupado com o resultado das eleições presidenciais na França neste domingo (22). Das cinco pesquisas divulgadas nesta semana, quatro apontam uma vitória apertada do social-democrata François Hollande (PS). Ele deverá disputar o segundo turno, marcado para 6 de maio, com o direitista Nicolas Sarkozy. Já o candidato das forças de esquerda, Jean Luc Mélenchon, surpreendeu na reta final da campanha e desponta em terceiro lugar – tornando-se o fiel da balança no pleito.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Intensificar as lutas do sindicalismo

Por Altamiro Borges

14- Apesar dos enormes estragos causados pelo neoliberalismo, com a explosão do desemprego, da informalidade e do trabalho precarizado, o movimento sindical brasileiro demonstrou invejável capacidade de recuperação nos últimos anos. Ele se tornou um importante ator político, contribuindo para derrotar as forças de direita e para eleger o primeiro presidente oriundo de suas lutas. Mantendo a sua autonomia, o sindicalismo pressionou o governo Lula para arrancar expressivas conquistas. Pela primeira vez na história deste país, conforme o bordão do ex-presidente, as centrais sindicais foram legalizadas, firmou-se um acordo inédito de valorização do salário mínimo, o processo de privatização das estatais foi freado, entre outras vitórias. Aproveitando-se da maré de crescimento da economia, que gerou emprego e elevou o poder de barganha dos trabalhadores, os sindicatos na base também arrancaram reajustes salariais acima da inflação e outras conquistas sociais. Neste rico e contraditório processo de retomada, os índices de sindicalização voltaram a crescer – pularam de 16% no triste reinado de FHC para 26% nos dias atuais. Estes avanços, entretanto, não negam as debilidades ainda existentes nem ofuscam os enormes desafios futuros do sindicalismo brasileiro.

A falta de ousadia do governo Dilma

Por Altamiro Borges

8- O Brasil se enquadra numa moldura internacional marcada pela grave crise do sistema capitalista, pela emergência dos Brics e pela guinada à esquerda na América Latina. A vitória de Lula, em 2002, deu início a um ciclo político progressista no país, que foi confirmado pela eleição da primeira mulher para presidenta da República. No terreno político, o cenário atual é mais favorável às lutas dos trabalhadores. As forças de direita, comprometidas com a regressão neoliberal, foram derrotadas nas urnas em 2010 e perderam o rumo. O DEM, que reúne os velhos oligarcas, elegeu 43 deputados no último pleito, menos da metade dos eleitos no reinado de FHC, e ainda foi golpeado pelo racha do PSD, que garfou 17 deputados, um governador e uma senadora. Para piorar, suas três principais lideranças nacionais sucumbiram. Arruda, o ex-governador do Distrito Federal cotado para ser o “vice-careca” de Serra, foi preso por corrupção; Demóstenes Torres, escolhido na recente convenção da sigla para disputar a presidência da República em 2014, está prestes a ser cassado por seu envolvimento com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira; e Gilberto Kassab abandonou o barco à deriva, liderando a criação do PSD. Na prática, os demos caminham para a extinção, rumam para o inferno. Já o PSDB, que agrega os neoliberais, segue dividido e sem propostas. O paulista José Serra, que passou aperto nas prévias para ser candidato em São Paulo, não desistiu da sua ambição presidencial e pode atropelar o mineiro Aécio Neves. As bicadas entre os tucanos são cada vez mais sangrentas. Seu falso discurso moralista, que já havia naufragado com a ex-governadora Yeda Crusius, agora é abalado pelas denúncias de corrupção que atingem o governador Marconi Perillo (GO). O enfraquecimento da direita favorece a luta dos trabalhadores. Daí a importância das eleições municipais deste ano, que podem acelerar este processo.

Um mundo de incertezas e oportunidades

Por Altamiro Borges

1- O Brasil não é uma ilha apartada do mundo. Ele reflete e interfere – cada vez com mais força – no cenário internacional. A crise capitalista, as mudanças políticas em curso e as guerras imperialistas, entre outros fatores, têm impacto em nosso país e ajudam a determina sua política interna. Neste sentido, analisar o cenário mundial tem grande significado para a definição das estratégias de luta dos trabalhadores brasileiros. De imediato, o que chama atenção é que o planeta atravessa um período de incertezas e de enormes perigos. Ao mesmo tempo, novas oportunidades se abrem para o avanço das conquistas dos que vivem do trabalho.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Movimentos sociais na América Latina

Por Edmilson Costa, no sítio português O Diário:

Os anos 90 do século passado e os primeiros dez anos deste século foram marcados por intenso debate entre as forças de esquerda sobre o papel dos movimentos sociais, das minorias, das lutas de gênero e das vanguardas políticas nos processos de transformação econômica, social e política da sociedade. Colocou-se na ordem do dia a discussão sobre novas palavras de ordem, novos agentes políticos e sociais, novas formas de luta, novas concepções sobre a ação prática política.

A face desumana da crise na Europa

Por Antonio Barbosa Filho, no sítio Outras Palavras:

De um lado, temos os números da crise que afeta Europa e Portugal – e a discussão técnica sobre causas, efeitos e caminhos para contorná-la; de outro, temos as reações das pessoas comuns, compondo um cenário que se pode traduzir numa palavra: perplexidade.

A direita e as lições de Demóstenes

Por Marcos Coimbra, na CartaCapital:

A primeira reação dos setores conservadores às denúncias contra Demóstenes Torres foi de silêncio estupefato. Demoraram a perceber o que estava acontecendo: um de seus heróis tinha sido apanhado com a boca na botija.

As multas abusivas no trânsito de SP

Por Igor Carvalho, no sítio SpressoSP:

No orçamento da prefeitura de São Paulo para 2012 está previsto um aumento de 30% na arrecadação com multas, em relação a 2011, quando já se arrecadou R$ 638 milhões. Ou seja, a previsão é de R$ 832 milhões. No ano de 2006, primeiro da gestão de Gilberto Kassab (PSD), São Paulo aplicou R$ 391 milhões em multa, em relação a 2012 isso representa um aumento de 113%.

A batalha estratégica dos juros

Por Pedro Pomar, no blog Escrevinhador:

Finalmente, um enfrentamento! Aquilo que o escritor Luis Fernando Veríssimo, apoiador de Lula, pediu em vão durante o primeiro mandato do presidente operário, evocando a rebeldia de Ghandi ao apanhar um bocado de sal (objeto de monopólio da Grã-Bretanha) perante os colonizadores ingleses: “um pequeno gesto”…

Cristina enfrenta o neoliberalismo

Editorial do sítio Vermelho:

A Argentina foi pioneira, em 1922, na criação de uma empresa estatal do petróleo. Foi naquele ano que nasceu a Yacimientos Petrolíferos Fiscales; depois vieram, informa o ex-diretor geral da ANP, Haroldo Lima, em artigo publicado neste portal, a Pemex, no México (1938), a Petrobrás, no Brasil (1953) e, mais tarde, estatais do petróleo na Inglaterra, Itália, França, Canadá, Japão, Noruega, etc.

O quebra-cabeças Civita-Cachoeira

Por Luis Nassif, em seu blog:

A Folha tem dois bravos repórteres – Cátia Seabra e Rubens Valente – lutando com um braço amarrado. É isso que explica o fato do lide da matéria sobre Cachoeira (a informação mais importante, que deveria estar na abertura) ter ficado no pé:

"Em conversas no primeiro semestre de 2011, Cachoeira disse a Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, que estava fornecendo informações sobre irregularidades no Dnit para a revista "Veja" durante a apuração de uma reportagem".

A primeira investigação sobre a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

CPI do Cachoeira, CPI da empreiteira Delta, CPI do Agnelo… A mídia passou dias e dias construindo versões sobre o foco que terá a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que ela mesma disse que não sairia porque, pasme-se, “o governo” teria “medo” da investigação.

As ameaças dos meios de comunicação de inverterem o foco da CPMI e de jogá-lo contra os partidos da base aliada e contra o governo Dilma de fato surtiram algum efeito. Parlamentares de todos os partidos se preocuparam. Mas a preocupação decorreu da campanha midiática. Ponto.

Mesmismo da Fundação Padre Anchieta

Por Enio Squeff, no sítio Carta Maior:

Eugène Delacroix ( 1798-1863), um dos maiores pintores europeus de todos os tempos, durante boa parte da sua vida produtiva escreveu um diário que ainda hoje interessa não só a artistas e historiadores da arte. Ao escrever sobre os soldados, por exemplo, ele manifesta algumas reservas que talvez refletissem os tempos napoleônicas: não os via senão como bucha de canhão, meras vítimas de glórias duvidosas. Generalizava, para cantar um mundo de paz que se sabe quase impossível. Mas que talvez se explique. Parece comum que os artistas - quem sabe por dever de ofício - sempre projetem o inalcançável.

As relações entre Veja e o mafioso

Por Aline Scarso, no jornal Brasil de Fato:

A operação Monte Carlo, recentemente realizada pela Polícia Federal, foi responsável por trazer à tona evidências consistentes sobre como a revista Veja conseguiu organizar nos últimos anos um modus operandi eficiente, mas nada ético, que lhe rendeu uma série de furos jornalísticos.

A Veja logo será O Cruzeiro

http://www.flickr.com/photos/cacadordeveja/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Houve um tempo em que O Cruzeiro era a flor do império de Assis Chateaubriand.

Terminou, como se sabe, reduzida a uma circulação pífia, vendido o título a um ex-colaborador do regime militar, Alexandre Von Baumgarten, e usada para obter vantagens do Governo.

A quem interessa desviar foco da CPI?

http://www.fotolog.com.br/ipiob/249000000000005482/
Por José Dirceu, em seu blog:

Terminou como um tiro n'água toda a operação montada por uma parte da mídia para fazer crer que o PT e/ou o Governo estavam contra a CPI do Cachoeira. Com a assinatura de todos os integrantes das bancadas do PT na Câmara e no Senado no pedido de constituição da Comissão cai o pano dessa encenação feita por uma parte dos veículos de comunicação.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

#VejaBandida explode na internet

Por Altamiro Borges

Roberto Civita, o dono da Editora Abril, que publica o detrito da Veja, deve estar apavorado. A hashtag #VejaBandida ficou entre os temas mais comentados no twitter mundial. No Brasil, ela ostentou durante vários minutos o primeiro lugar a partir das 20 horas. Os ativistas digitais deram um show, mostrando os podres da publicação mais direitista do país, agora escancarados com as revelações da Polícia Federal sobre as suas relações com o mafioso Carlinhos Cachoeira.

Veja vai para o banco de réus

A greve de fome dos palestinos

Por Altamiro Borges

Quando algum cubano faz greve de fome, a notícia é manchete nos jornalões e destaque nos telejornais. Willian Waack, da TV Globo, faz sua cara de repulsa e seus ácidos comentários. Ontem, 3.500 presos palestinos se recusaram a receber um prato de comida e deram início a um novo protesto nos presídios de Israel. A mídia colonizada, que parece uma sucursal da Mossad, quase não tocou no assunto.

Serra dá “voto de confiança” a Perillo

Por Altamiro Borges

José Serra, candidato do PSDB à prefeitura paulistana, saiu em defesa ontem do governador tucano de Goiás, acusado por ligação com o esquema do mafioso Carlinhos Cachoeira. Segundo o jornal Estadão, o ex-governador paulista afirmou: “Sinceramente, eu dou meu voto de confiança ao Marconi Perillo e acho que ele está aberto a qualquer investigação”.

Juan Carlos, os elefantes e a Repsol

Por Altamiro Borges

A decisão do governo argentino de reestatizar a petrolífera YPF continua gerando reações hidrófobas da Espanha, amplificadas pela mídia colonizada. Até o rei Juan Carlos resolveu meter o seu bedelho, interferindo em defesa da vampiresca multinacional Repsol – que saqueava o petróleo do país vizinho. Mas que moral tem este senhor?  Para ele serve a sua célebre frase: "por que não te calas?".

terça-feira, 17 de abril de 2012

CPI é protocolada no Congresso

Por Altamiro Borges

No final da noite desta terça-feira, a Câmara Federal finalmente conseguiu reunir 324 assinaturas para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a máfia de Carlinhos Cachoeira e as suas ligações com o ex-demo Demóstenes Torres, com o governador tucano Marconi Perillo (GO) e, dependendo da pressão da sociedade, com veículos da imprensa - especialmente a revista Veja. Eram necessárias 171 assinaturas. Já no Senado, onde o mínimo exigido era de 27 assinaturas, 54 senadores aderiram ao pedido de criação da comissão mista.

Protógenes critica banditismo da mídia

A jornada do MST pela reforma agrária

Do sítio do MST:

No Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária, os trabalhadores rurais do MST realizaram uma série de mobilizações pelo país, com o trancamento de trechos de rodovias em 21 estados, pela punição dos responsáveis pelo Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, e pelo assentamento das 186 mil famílias acampadas.

Os desafios da liberdade de expressão

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No dia 04 de maio, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação realizará o seminário “Desafios da Liberdade de Expressão”, em São Paulo. O objetivo da atividade é envolver um conjunto amplo de entidades e lideranças nacionais para construir coletivamente uma campanha em defesa da liberdade de expressão e por um novo marco regulatório para as comunicações do Brasil.

Grandino Rodas, o bárbaro da USP

Por Cynara Menezes, na CartaCapital:

Imaginem um lugar com cerca de 110 mil habitantes e quase 5 milhões de metros quadrados, todo cercado, com um administrador que toma decisões sem ouvir ninguém, que recorre à repressão policial e ao banimento de dissidentes e utiliza espiões para se manter informado da atividade dos adversários. Não, não se trata de nenhuma republiqueta de bananas, mas da maior universidade do País, a USP, sob a governança do reitor João Grandino Rodas, também conhecido no campus como “o rei”.

Bancos não abrem mão da agiotagem

Por Wagner Gomes, no sítio da CTB:

A presidenta Dilma acertou na mosca ao criticar os juros extorsivos cobrados pelo sistema bancário nacional, que são os mais altos do mundo. Apesar da redução da taxa básica (Selic) promovida pelo Banco Central, o chamado spread bancário, que significa a diferença entre o que as instituições pagam para captar dinheiro e a taxa de juros que cobram nos empréstimos a empresas e consumidores, permanece nas alturas.

O massacre de Eldorado dos Carajás

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O Massacre de Eldorado dos Carajás, que matou 19 sem-terra e deixou mais de 60 feridos após uma ação violenta da Polícia Militar para desbloquear a rodovia PA-150, no Sudeste do Pará, completa 16 anos nesta terça. Duas pessoas foram condenadas por reprimir com morte a manifestação: o coronel Mario Colares Pantoja (a 228 anos) e o major José Maria Pereira Oliveira (a 154 anos), que estavam à frente dos policiais. Eles recorreram em liberdade. No final do mês passado, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, negou o direito de continuarem nessa condição. Agora, não há impedimento para que sejam presos.

Fidel elogia Dilma e ironiza Obama

Do sítio Vermelho:

Em mais uma reflexão sobre a Cúpula das Américas que se realizou em Cartagena, Colômbia, o líder da revolução cubana, Fidel Castro, em texto publicado neste domingo (15) sob o título “Realidades edulcoradas que se afastam”, diz que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parecia “ausente” e que a brasileira, Dilma Rousseff, apresenta as questões com “autoridade e dignidade”.

Mídia veste a camisa da Repsol

Por Oscar Guisoni, de Madri, no sítio Carta Maior:

A nacionalização da companhia petroleira YPF, realizada pela presidenta argentina Cristina Kirchner, conseguiu mobilizar a imprensa espanhola que transformou o caso em uma espécie de “causa bélica” de inéditas proporções, que inclui a proliferação de comentários depreciativos sobre os argentinos e uma série de lugares comuns sobre o movimento político que governa em Buenos Aires, ao qual acusam de “peronismo fascista”, “ladrão”, “espoliador” e “terrorista”, entre outras coisas. Ao tropeço de certa imprensa de direita que no sábado dava como certo que a Argentina não nacionalizaria a empresa, soma-se um coro de colunistas em diversos programas de rádio e televisão que pede ao governo que aplique sanções urgentes como represália.

Sindicatos pressionam bancos privados

Por Michelly Cyrillo, no jornal ABCD Maior:

Os sindicatos de diversas categorias irão se unir em uma mobilização nacional para pressionar a redução da taxa de juros nos bancos privados. No ABCD, a ação começa com uma reunião nesta terça-feira (17/04), entre os representantes dos CSEs (Comitês Sindicais de Empresas) das empresas da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para discutir como será o movimento nas fábricas.

A virada de página do Doladodelá

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Marco Aurélio Mello, ex-editor de Economia do Jornal Nacional em São Paulo, era um graduado jornalista da TV Globo. Fez parte do time deslocado para Brasília durante a cobertura do mensalão. Esteve na escala dos editores paulistas que faziam plantão de fim-de-semana no Rio de Janeiro, indicativo de prestígio na emissora. Em 2006, acompanhou de perto as maracutaias da emissora para eleger Geraldo Alckmin, quando os escândalos “do governo anterior” iam para a gaveta e os escândalos do governo Lula mobilizavam todos os recursos da Vênus. Aurélio ficou bolado quando, durante a campanha eleitoral de 2006, recebeu a recomendação do chefe no Rio: deveria tirar o pé de reportagens econômicas feitas em São Paulo. Explico: como a economia estava bombando, qualquer reportagem econômica feita em São Paulo poderia ter repercussões positivas para o “governo atual” (Lula era candidato à reeleição).

Cachoeira e Delta: o todo e a parte

Por Luis Nassif, em seu blog:

Tome-se a gravação em que o presidente da Delta fala sobre subornos. Apareceu em todos os jornais e mereceu menção no Jornal Nacional. A fonte era o jornalista assessor de Carlinhos Cachoeira.

A rigor, o diálogo não significa nada. O executivo fala em hipóteses: "se eu" colocasse tantos milhões nas mãos de fulano, ganharia a obra; "se eu" colocasse tantos milhões nas mãos de beltrano, e assim por diante. Ele não falou "eu coloquei" tantos milhões nas mãos de fulano.........

Veja parece japonês perdido no mato

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Meu médico recomendou dieta. E evitar estresse. Por isso, abstive-me da leitura de ”Veja” no fim-de-semana. Foi um erro. Era chance de desopilar o fígado. Até pelo humor.

Recebo dos leitores, desde sábado, trechos da “reportagem”. Na abertura de um dos parágrafos, parece haver uma metáfora colossal sobre “formigas e feromônios”. Deve ter sido obrada pelos mesmos editores que acreditaram no “Boimate” – piada de primeiro de abril publicada pela revista dos Civita, como se fosse pesquisa séria…

Urubóloga ameaça invadir a Argentina

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O Bom (?) Dia Brasil desta terça-feira dedicou mais espaço à Cristina Kirchner do que ao José Dirceu.

Com o jn é diferente: o jn instalou CPI do Dirceu. E ministros do STF, correspondentemente, vão ao PiG, aparentemente com o mesmo secreto desejo: condenar o Dirceu a tempo de eleger o Cerra em São Paulo, para que o PSDB tenha um candidato em 2014.

Da Ley de Medios ao petróleo é nosso

Por Renato Rovai, em seu blog:

Cristina Kirchner anunciou um projeto para reestatizar a YPF que foi entregue de “graça” e numa bandeja para os espanhóis naqueles anos em que Ménen e Fernando Henrique Cardoso disputavam quem era o mais “brother” de Clinton. O tema rendeu até uma capa de revista semanal que me recuso a escrever o nome.

YPF da Argentina e histeria privatista

Por Altamiro Borges

A decisão da presidenta Cristina Kirchner de reestatizar a empresa petrolífera da Argentina, a YPF, fez ressurgir com força o debate sobre as privatizações das estatais na América Latina. Os ideólogos privatistas e também os “privatas” – aqueles que desviaram a grana da venda do patrimônio público para as suas contas, como revela o livro “A privataria tucana” – estão irritados, histéricos.

Sugestões de capa para a Veja




* Do blog Tudo em cima

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mídia ajudou a aterrorizar os gregos

Por J.R. Penteado, de Atenas, no sítio Opera Mundi:

Foram mais de 2 milhões de espectadores na Internet, transmissões em canais de TV do mundo inteiro, e uma popularidade que despertou ataques diretos de parte da mídia conservadora local. O documentário “Debtocracia” fez grande sucesso na web em 2011, ao abordar sob uma ótica crítica as origens da crise da dívida da Grécia, apontando todo o sistema do euro como fadado ao fracasso desde o início. “O melhor filme de análise econômica marxiana já produzido”, escreveu um colunista no The Guardian.

EUA assistem ao fim de uma era

Por José Dirceu, em seu blog:

O embargo a Cuba - uma verdadeira guerra silenciosa contra um povo -, um bloqueio impiedoso, que se soma à ocupação da área da base naval de Guantánamo e à exclusão de Cuba da Cúpula das Américas, estão no fim. Nenhum país da região apoiou a posição norte-americana de vetar a presença de Cuba. Alguns sequer compareceram à Cúpula em protesto. Foram os casos de Rafael Correa, presidente do Equador, e de Daniel Ortega, da Nicarágua.