segunda-feira, 28 de março de 2016

PMDB: de onde vens, para onde vais?

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

No princípio foi MDB, criado pela ditadura em 1966, para fazer oposição consentida à Arena, o partido do governo. O povo chamava-os de "partido do sim" e partido do "sim, senhor", pois os achava mais ou menos iguais.

Sem identidade, o MDB teve votação pífia na eleição de 1966. Na de 1970, foi pior, quase acabou, correu o risco de não fazer a representação parlamentar mínima exigida.

Sem provas, golpistas têm pressa


Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É sempre bom lembrar que o principal elemento da conjuntura é o aparecimento de uma resistência formada pelos brasileiros dispostos a impedir a consumação de um golpe de Estado capaz de derrubar as conquistas democráticas conquistadas após 21 anos de ditadura militar.

Depois de afirmar sua força no plano nacional em 18 de março, nos últimos dias as mobilizações têm se multiplicado no plano local, tendo como referência um novo repúdio, a 31 de março, num protesto nacional contra o golpe de de 1964.

Aécio recebeu doação de empresário preso

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ao justificar a citação de doações à sua campanha para o senado em 2010 que constam na lista da Odebrecht, aprendida pela Polícia Federal esta semana, o senador Aécio Neves(PSDB-MG) afirmou que os repasses foram legais e declarados e ainda sugeriu que, desta lista, era preciso “separar o joio do trigo”.

Os repasses foram de fato declarados à Justiça Eleitoral. Só que isso quer dizer pouco em relação ao imbróglio. O primeiro detalhe é por que essa empresa e a tal doação estavam na lista da Odebrechet. Com o percorrer do texto o leitor pode ir entendendo melhor o que isso siginfica.


Os perigos da desordem jurídica no Brasil

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:

Quando, há quase trinta anos, iniciei os estudos sobre o sistema judicial em vários países, a administração da justiça era a dimensão institucional do Estado com menos visibilidade pública. A grande exceção eram os EUA devido ao papel fulcral do Tribunal Supremo nas definições das mais decisivas políticas públicas. Sendo o único órgão de soberania não eleito, tendo um carácter reativo (não podendo, em geral, mobilizar-se por iniciativa própria) e dependendo de outras instituições do Estado para fazer aplicar as suas decisões (serviços prisionais, administração pública), os tribunais tinham uma função relativamente modesta na vida orgânica da separação de poderes instaurada pelo liberalismo político moderno, e tanto assim que a função judicial era considerada apolítica.


'Mataram um estudante. Podia ser seu filho!'

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Tudo começou com uma manifestação de estudantes contra o preço e as más condições do restaurante Calabouço. Este não foi o primeiro protesto daqueles jovens que, em geral, eram secundaristas filhos de famílias empobrecidas. Muitos, além de suas refeições diárias, faziam ali pequenos serviços para complementar a renda. Portanto, o seu perfil era bem diferente em relação ao daqueles que frequentavam as universidades brasileiras.

Aviso geral: O Brasil precisa saber

Por Igor Fuser

É preciso avisar tod@s @s brasileir@s, informar de um modo tão claro e objetivo que até as carrancas do Rio São Francisco tenham conhecimento de que:

1. O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem NADA A VER com a Operação Lava Jato, nem com qualquer outra iniciativa de combate à corrupção. Dilma não é acusada de roubar um único centavo. O pretexto usado pelos políticos da oposição para tentar afastá-la do governo, a chamada “pedalada fiscal”, é um procedimento de gestão do orçamento público de rotina em todos os níveis de governo, federal, estadual e municipal, e foi adotado nos mandatos de Fernando Henrique e de Lula sem qualquer problema. Ela, simplesmente, colocou dinheiro da Caixa Econômica Federal em programas sociais, para conseguir fechar as contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à Caixa. Não obteve nenhum benefício pessoal e nem os seus piores inimigos conseguem acusá-la de qualquer ato de corrupção.

Mídia tenta legitimar o golpe. Doeu!

Por Altamiro Borges

Os golpistas não gostam de ser chamados de golpistas. Com a crescente onda de resistência à cruzada para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente por 54,5 milhões de brasileiros, a mídia, a oposição direitista e setores do Judiciário resolveram vir a público para jurar que não estão orquestrando uma ruptura ilegal da ordem constitucional. O grito nas ruas de "não vai ter golpe", que já obteve repercussão internacional, incomoda os conspiradores. Nos últimos dias, os jornalões e os "calunistas" da televisão fizeram de tudo para legitimar sua ação criminosa. Alguns juristas velhacos também tentaram embelezar a punhalada traiçoeira na democracia.

domingo, 27 de março de 2016

Tucanos recorrem contra Doria. Fedeu!

Por Altamiro Borges

Na sua obsessão doentia para “sangrar” Dilma e “matar” Lula, a mídia partidarizada tem dado pouca atenção às brigas sangrentas no ninho tucano. Mas a coisa está feia no PSDB, o partido que os barões da imprensa desejariam que voltasse ao poder para restabelecer a “ordem neoliberal” e para garantir as fortunas em publicidade e outras regalias. Nesta quarta-feira (23), o vice-presidente nacional da legenda, Alberto Goldman, e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, anunciaram que irão entrar com uma representação no Ministério Público Eleitoral contra a candidatura de João Doria à prefeitura de São Paulo. Dependendo da decisão do MPE, os tucanos poderão ficar órfãos nas eleições na principal capital do país.

Corrupção até nos ovos de Páscoa

Por Altamiro Borges

A mídia privada adora fazer escarcéu com as denúncias de corrupção envolvendo empresas estatais e órgãos públicos. O objetivo, que apenas os “midiotas” não percebem, é induzir a sociedade a defender a privatização do patrimônio público e o chamado “Estado mínimo” – com menos gastos para as áreas sociais e mais grana para os rentistas e os ricaços. Quando um escândalo atinge a “competente e eficiente” iniciativa privada, a mídia venal trata logo de escondê-lo. Até porque, ela se alimenta da fortuna destes anunciantes. Isto ocorreu recentemente com a Volkswagen, que fraudou os dispositivos antipoluição de mais de 9 milhões de veículos em todo o mundo. A mídia abafou! Até na Páscoa, a corrupção privada está presente, mas não é destaque na mídia corrompida e venal.

Mídia internacional denuncia o golpismo

Por Altamiro Borges

Enquanto as sete famílias que dominam e manipulam a mídia brasileira – Marinho/Globo, Abravanel/SBT, Saad/Band, Macedo/Record, Mesquita/Estadão, Frias/Folha e Civita/Veja – seguem em plena cavalgada para derrubar a presidenta Dilma, a imprensa internacional demonstra maior imparcialidade e já denuncia o golpe das elites no país. Nos últimos dias, Der Spiegel (Alemanha), El País (Espanha), Público (Portugal), The Guardian (Inglaterra), Página 12 (Argentina) e as redes de televisão BBC e Al-Jazeera, entre outros veículos, denunciaram as ameaças contra a democracia e criticaram a mídia monopolista e manipuladora do Brasil.

ONU condena machismo contra Dilma

Por Altamiro Borges

Na entrevista concedida aos jornalistas estrangeiros na última quinta-feira (24), a presidenta Dilma Rousseff voltou a afirmar que está em curso um “golpe” no Brasil – palavra que deixa incomodados os golpistas escancarados e enrustidos da mídia e do Judiciário. Ela também insinuou que a ofensiva teria um viés machista. “A oposição me pede que eu renuncie. Por quê? Por que sou uma mulher fraca? Não, não sou uma mulher fraca. Minha vida não foi isso. Pedem que eu renuncie para evitar tirarem uma presidente eleita, de forma ilegal, indevida e criminosa. Pensam que eu devo estar muito afetada, que devo estar completamente desestruturada, muito pressionada. Mas não estou assim, não sou assim”, afirmou, altaneira.

O combate da mídia à palavra golpe

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os defensores do impeachment estão incomodados com a ressonância adquirida pela palavra golpe. Esta preocupação pautou os jornais e a mídia política em geral neste domingo de Páscoa, através de condenações variadas, e por diferentes atores, à percepção de que se trata de um golpe parlamentar-judicial-midiático para derrubar a presidente Dilma Rousseff e empossar seu vice Michel Temer. Está em curso a guerra da narrativa antes do fato, no pressuposto de que a História é sempre escrita pelos vencedores. Quando George Orwell disse isso, entretanto, era mais simples controlar a verdade. Não havia, por exemplo, a Internet.

A mídia independente do Capão Redondo

Batata da Odebrecht queima as mãos de Moro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O juiz Sérgio Moro – fugindo a seu método “normal” – mandou soltar nove presos da operação realizada terça-feira, todos ligados à empreiteira Odebrecht.

Num despacho em que mistura (deliberadamente?) alho com bugalhos – junta a decisão "provável" de enviar a lista da Odebrecht ao STF – apreendida há mais de um mês – com a que os liberta os presos de terça-feira passada, com uma conversa estranha de que a empresa estaria mandando executivos para fora do Brasil para evitar suas prisões.


Beto Richa, um tucano sem elmo e escudo

Por René Ruschel, na revista CartaCapital:

Ao contrário de outros expoentes tucanos, o governador Beto Richa, do Paraná, escondeu-se das manifestações no domingo 13. Evitou conclamar a população a sair às ruas de verde e amarelo e, no dia da passeata, preferiu refugiar-se no interior.

Richa parece ter levado ao pé da letra um dito popular: não se fala em corda na casa de enforcado. Na sexta 11, o Superior Tribunal de Justiça havia autorizado a abertura de investigação contra o governador no âmbito da Operação Publicano, que apura denúncias de corrupção na Receita Estadual.

Coelhinho da Páscoa e o trabalho infantil

Foto do filme "O lado escuro do chocolate"
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Você sabia que com o mesmo valor de dois ovos de Páscoa “de luxo” vendidos no Brasil daria para comprar uma criança africana para trabalhar como escrava na lavoura do cacau na Costa do Marfim? Sério. Um ovo personalizado da marca Chocolat du Jour lançado este ano custa 497 reais. E uma criança do Mali ou de Burkina Faso custava 230 euros (941 reais, ao câmbio de hoje) entre os traficantes entrevistados pelo dinamarquês Miki Mistrati para o documentário O Lado Negro do Chocolate em 2010. É possível que tenha havido alguma inflação no mercado de escravos por lá desde então. Ou não.

Site divulga posição de deputados no golpe

Da revista Fórum:

O site Mapa da Democracia denuncia deputados que apoiam o golpe para a deposição da presidenta Dilma Rousseff e divulga o nome dos que ainda estão indecisos ou já se posicionaram contrários à medida. A página traz um cronômetro com contagem regressiva para a votação na Câmara Federal.

“A ideia é dar total apoio para quem defende a democracia e disputar os deputados indecisos. Solte o verbo no e-mail, Twitter e Facebook no sentido de mostrar por que você acha que ele tem que votar contra”, pedem os organizadores.

Al Jazeera denuncia golpismo midiático

A Fiesp e o manual do perfeito midiota

Por Luciano Martins Costa, no site Brasileiros:

O prezado midiota e a apreciada midiota devem estar estranhando a falta de manchetes nos últimos dias sobre as acusações do juiz Sergio Moro ao ex-presidente Lula da Silva.

Afora o delírio dos editores de Veja, segundo o qual o ex-presidente teria pedido asilo ao governo da Itália, que nenhum dos grandes jornais validou até esta sexta-feira (25/3), parece que a Operação Lava-Jato entrou em recesso.

Os efeitos da Lava-Jato no desemprego

Por J. Carlos de Assis, no Jornal GGN:

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, é um ignorante em economia. Usou um discurso professoral e arrogante para sustentar que a operação Lava Jato não teve consequência sobre a economia e o emprego. Enquadra-se naquela categoria de ministros do Supremo dos quais um ex-colega deles, o incomparável Sepúlveda Pertence, me disse certa vez que, em matéria econômica, todos eram “ignorantes específicos”.

Fama de Gilmar Mendes cruzou o Atlântico

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Gilmar Mendes está tendo dificuldade para explicar o que deveria ser simples de descrever se simples fosse.

O seminário em Lisboa organizado por seu IDP, Instituto Brasiliense de Direito Público - onde trabalha a advogada que apresentou liminar contra a posse de Lula, acatada por GM -, transformou-se num mico internacional.

Brigada Herzog contra o golpismo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Prezados e prezadas, algumas palavras sobre a nossa recém-nascida organização.

Quem não sabe do que se trata, leia post anterior sobre o assunto.

A Brigada Herzog é um organização supra-partidária, antifascista, antigolpista, com objetivo de oferecer ao mundo, em todos os idiomas, uma narrativa mais democrática e plural do que vem acontecendo no Brasil.

Surge o corpo de delito do golpe

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                

Atenção Advocacia-Geral da União. Atenção advogados e juristas contrários à ruptura democrática. Atenção bancada de deputados federais e direções do PT e PCdoB. É de leitura obrigatória a matéria divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta sexta-feira, 25 de março, na qual o presidente do diretório do PMDB do Rio, Jorge Picciani, abre o jogo sobre a decisão do seção fluminense do partido de romper com o governo e apoiar o golpe.

A juventude contra o golpe

Por Juliane Furno, no site Brasil Debate:

As manifestações do dia 18 de março de 2016 contrariam duas recorrentes afirmações no cenário político brasileiro. A primeira delas parte dos setores conservadores e sustentado no censo comum brasileiro de que a esquerda, hoje, restringe-se a um contingente envelhecido de sindicalistas notadamente antiquado e burocratizado. A segunda delas parte da esquerda organizada que, não raras vezes, corrobora um argumento de que a juventude dos anos 2000 é excessivamente consumistas, individualista, despolitizada e alienada.

O único caminho para sair da crise

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Os elementos da crise atual foram sendo gestados ao longo do primeiro mandato de Dilma Rousseff, estiveram presentes no processo eleitoral e no seu resultado, mas foram fortalecidos por graves erros do governo tanto na política econômica, como na coordenação política.

Lula tinha conseguido montar uma arquitetura política que permitiu que, mesmo não sendo majoritária, a esquerda conseguisse impor seu programa antineoliberal, com prioridade das políticas sociais, dos projetos de integração regional e de intercâmbio sul-sul, e de resgate do Estado. O governo se apoiou em alianças políticas com setores do centro e do empresariado, em torno de um programa de recuperação do crescimento econômico, com forte peso da expansão do mercado interno de consumo popular, fortalecido pelas políticas de distribuição de renda. Esse projeto se valia também de situação internacional favorável, que possibilitou, como Lula sempre destacou, que “nunca os ricos ganhassem tanto e os pobres melhorassem tanto de vida”.

O impeachment é golpe, é crime

Por Jeferson Miola

O processo de impeachment da Presidente Dilma, cujo pedido foi assinado por dois advogados do PSDB junto com um ex-petista despeitado por não receber o cargo que queria no governo Lula, é uma coleção de paradoxos, absurdos, ilegalidades e arbitrariedades:

1- Baseia-se num parecer de exceção do conselheiro do TCU [Tribunal de Contas da União] João Augusto Nardes, ex-deputado do PP. No parecer, Nardes criminaliza o procedimento de gestão orçamentária do governo Dilma no ano de 2014 que é idêntico ao adotado nos governos FHC e Lula. O conselheiro Nardes, que forja crime inexistente para incriminar Dilma, ele sim é investigado por participar em esquemas criminosos. A Operação Zelotes, que investiga a venda de perdão tributário na Receita Federal, identificou que a empresa dele em sociedade com um sobrinho recebeu R$ 2 milhões para livrar o Grupo RBS do pagamento de impostos. Além disso, o ex-presidente do PP Pedro Correa informa que Nardes recebia “mesadas” de propinas de R$ 10 a R$ 20 mil mensais [a valores de 2003];

O acordo de 13 pontos dos golpistas

Por Renato Rovai, em seu blog:

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) acaba de publicar no seu perfil do Twitter um acordo de 13 pontos que, segundo ele, faria parte do roteiro do golpe. Entre outras coisas, Pimenta diz que os defensores do impeachment teriam acertado a ampliação do STF para 15 cadeiras e a retirada da Lava Jato das mãos de Sérgio Moro. Segue ponto a ponto.

Derrotar o golpe e mudar a economia!

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A ofensiva patrocinada pelas forças políticas conservadoras ameaça o conjunto das conquistas econômicas, sociais e políticas que foram obtidas ao longo dos últimos anos. Tendo sido derrotadas nas eleições de outubro de 2014, as elites planejam a derrubada do governo da Presidenta Dilma por meio de uma estratégia claramente golpista.

Contando com o apoio descarado de setores retrógrados do Judiciário, do Ministério Público e da maioria das grandes empresas do conglomerado de comunicações, a oposição direitista e irresponsável se aproveita da fragilidade da equipe governamental para tentar promover a sua substituição ao arrepio da lei e das regras institucionais.

sábado, 26 de março de 2016

Embaixada da Itália desmoraliza a 'Veja'

Por Altamiro Borges

A criminosa 'Veja' não tem mais jeito. Recentemente, ela alterou vários postos de comando, inclusive do seu editor-chefe, e muita gente acreditou que poderia ocorrer uma saudável mudança da sua linha editorial. Bastaram poucos dias, porém, para ela voltar a aprontar. Na edição desta semana, em mais uma capa terrorista, a revista do esgoto "informa" que o ex-presidente Lula teria um "plano secreto" de fuga para a Itália - aproveitando-se da dupla cidadania da ex-primeira-dama Marisa Letícia. O factoide chega ao ponto de confundir a foto do embaixador italiano no Brasil, Raffaele Trombetta. 

“Minha Casa Minha Vida” não dá manchete

Por Altamiro Borges

Um estudo divulgado nesta semana confirma o sucesso do programa "Minha Casa Minha Vida", do governo federal. Ele foi responsável pela redução anual média de 2,8% no déficit habitacional do país entre 2010 e 2014. Neste período, 742 mil famílias brasileiras concretizaram o sonho de conquistar a casa própria. O estudo foi elaborado pela insuspeita Federação das Indústrias de São Paulo, a nefasta Fiesp - um dos bastiões da cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma. A mídia tucana, porém, não deu qualquer destaque para este importante avanço. O estudo não foi manchete nos jornalões, nem capa das revistonas e nem motivo de comentários dos urubólogos da rádio e tevê.

PF finalmente vai ouvir a ex-amante de FHC

Por Altamiro Borges

Finalmente, a Polícia Federal - tão ágil contra o governo Dilma e tão lenta com a oposição - marcou o depoimento da ex-amante de FHC. Segundo matéria do Jornal do Brasil, a repórter Mirian Dutra, que trabalhou 35 anos na TV Globo, será ouvida no dia 7 de abril na sede do órgão na capital paulista. Na ocasião, ela terá oportunidade de comprovar as suas graves denúncias contra o ex-presidente. "Mirian Dutra afirmou que FHC pagou parte das despesas dela e do filho, Tomás, no exterior, através de uma empresa que era concessionária do governo [a Brasif SA Exportação e Importação]", lembra o jornal.

Evangélicos promovem ato pela democracia

https://www.facebook.com/evangelicos.participacao/
Por Nilza Valeria

Um grupo de evangélicos está convidando os juristas Pedro Estevam Serrano (PUC-SP) e Magda Barros Biavaschi (desembargadora), a jornalista Magali Cunha (Escola de Comunicação da Universidade Metodista) e o cientista social Anivaldo Padilha (Frente Brasil Popular), para uma conversa sobre a legalidade democrática.O ato público acontecerá na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no centro da capital paulista, na próxima segunda, dia 28, às 19h.

Mundo sente o cheiro do golpismo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Vejam que interessante a matéria do jornal português Público, sobre o badalado encontro que vai reunir Gilmar Mendes e Michel Temer em Lisboa, num seminário da franquia educacional Instituto de Direito Público, pertencente ao ministro do Supremo:

“Marcelo Rebelo de Sousa, que encerraria o encontro, diz que “será de certeza muito difícil” comparecer. Passos Coelho foi anunciado como orador mas também não participará no encontro.”

A intolerância política chega às escolas

Protesto de alunos a favor da professora. Foto: Maria Eduarda Santos
Por Rene Ruschel, na revista CartaCapital:

Curitiba, sede da Operação Lava Jato, vê-se às voltas com um episódio de macarthismo verde amarelo. Uma professora de História dos Movimentos Sociais do Século XX e História da América Latina, que prefere ter o nome mantido no anonimato por temer pela segurança de sua família, foi vilipendiada nas redes sociais por um grupo fechado de mais de 800 pessoas, liderados por pais de alunos do Colégio Medianeira, da capital paranaense.

Golpe de Estado em curso na Venezuela

Por Tatiana Félix, no site da Adital:

José Vicente Rangel, jornalista e ex-vice-presidente da Venezuela (2002–2007), ao lado de Hugo Chávez, vem denunciando, em seu programa de televisão semanal "José Vicente Hoje”, a existência de planos da oposição para dar um novo golpe de Estado na Venezuela. Segundo ele, um ex-ministro da Defesa, que foi destituído do cargo durante a gestão de Chávez, estaria buscando apoio militar e traçando planos com a oposição para destituir o atual presidente, Nicolás Maduro.

Globo omite a lista da Odebrecht

Do site Vermelho:

O Jornal Nacional - que tem divulgado vazamentos ilegais de processos em andamento, que recusou a Lula direito de resposta e que trata delações de criminosos como verdades se atingem o PT - anunciou, na noite desta quinta (24), que não divulgaria os nomes que constam na lista apreendida pela Polícia Federal, nos escritórios da Odebrecht. No momento em que líderes da oposição aparecem, mais uma vez, nas apurações da Lava Jato, a emissora foge da pauta e decide assassinar o jornalismo.

A alvorada dos canalhas no Brasil

Por Ayrton Centeno, no site Sul-21:

- Coloca fogo na casa.

- Joguem umas bombas na casa desse russo, bandido!

- Coloca fogo.

- Apedrejem a casa desse filho da puta. Detona tudo. Fode o carro dele.

- Guilhotina nesse vagabundo traidor da pátria!

- Toca fogo.

- Pega esse safado!

Marcha a Brasília em defesa da democracia

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo farão um ato em Brasília na próxima quinta-feira (31). As organizações esperam levar 100 mil pessoas às ruas da capital federal em “defesa da democracia” e “contra o ajuste fiscal”.

O ato, que também criticará a reforma da Previdência, ocorre após grandes mobilizações, ocorridas nas últimas semanas, contra o processo de impeachment. Desta vez, o foco será Brasília, que deve reunir o maior número de manifestantes, mas os organizadores também planejam realizar protestos em diversas cidades do país.

A compra de votos para reeleição de FHC

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Da revista Fórum:

Depois de oito meses de negociação, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PE), ex-presidente do PP, assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). Trechos do depoimento de Corrêa, preso em Curitiba, revelam informações sobre a votação que aprovou a emenda constitucional possibilitando a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1997.

'Veja' serve à tentativa de prender Lula

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O aspecto vexaminoso da reportagem de capa da 'Veja', anunciando um imaginário plano de Luiz Inácio Lula da Silva de fugir para a Itália envolve vários atos vergonhosos para o jornalismo e a democracia.

O primeiro é a leviandade absoluta dedicada a apuração de uma "notícia" do seguinte teor: o mais popular político brasileiro estaria arquitetando um plano para fugir do país e assim escapar de ser recolhido à carceragem de Sérgio Moro. Veja publicou essa "informação" na capa, como fato verdadeiro, sem considerar, sequer, as negativas formais da embaixada. (Numa foto, a revista ainda identificou erradamente o embaixador da Itália, o que dá uma ideia do empenho dedicado para conhecer os personagens que poderiam estar ligados ao caso.)

Boicote a grande mídia!

Por João Feres Jr., no Jornal GGN:

O título acima é assim mesmo, sem crase. A frase é um chamamento! Nela boicote é verbo transitivo direto, e não o substantivo boicote, que seria regido pela preposição a.

Sou professor universitário e coordenador de dois grupos de pesquisa: o GEMAA, dedicado ao estudo de políticas de ação afirmativa, raça e gênero - provavelmente a maior referência no país na produção de análises sobre estas políticas - e o LEMEP, que enfoca a interação entre mídia e esfera pública, e produz o site Manchetômetro e o boletim Congresso em Notas - o primeiro com análises diárias da cobertura de política e economia da grande mídia e o segundo com notícias semanais sobre pautas importantes no Congresso Nacional.

A inclusão de Moro na lista da Fortune

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um dos traços mais cômicos da imprensa nacional é seu provincianismo.

Basta qualquer publicação americana ou inglesa dar qualquer coisa e é um barulho de colocar tapa-ouvidos.

Agora é a vez de darem triunfalmente uma lista de líderes internacionais da revista americana Fortune segundo a qual Moro, o homem dos grampos criminosos, aparece na 13.a colocação.

Duvido que algum editor saiba o que é a Fortune. Ou o que foi.

sexta-feira, 25 de março de 2016

Mortes nas enchentes e cinismo de Alckmin

Por Altamiro Borges

A mídia tucana já esqueceu os mortos nas enchentes na região metropolitana de São Paulo e o "picolé de chuchu", governador Geraldo Alckmin, segue impávido fazendo discursos pela "ética na política" e pelo impeachment de Dilma. Logo após a tragédia, que resultou em várias mortes e na devastação de inúmeras cidades, a Folha fez um levantamento que comprovou que o governo paulista teve "gasto zero" em ações para proteger moradores em áreas de risco. De imediato, o Palácio dos Bandeirantes questionou a reportagem e o jornalão simplesmente arquivou a denúncia. O restante da mídia chapa-branca, cevada por anúncios milionários, também silenciou sobre o caso escabroso.

Justiça libera executivos da Samarco

Por Altamiro Borges

Na última terça-feira (22), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o pedido de prisão de sete executivos da Samarco - empresa responsável pelo crime em Mariana (MG) que resultou na morte de 19 pessoas e no maior desastre ambiental da história do país. O órgão atendeu a pedido do Ministério Público Federal, sempre tão célere quando se trata de ações midiáticas de caráter partidarizado. Com esta decisão absurda, os donos da mineradora - a privatizada Vale e a multinacional BHP Billiton - seguem totalmente impunes. O noticiário do desastre, que já havia escasseado na mídia corrompida pelos milionários anúncios da empresa, agora tende a desaparecer completamente.   

Lava Jato: a narrativa sai dos trilhos

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A Operação Lava Jato desenrolou-se, nos últimos dois anos, seguindo uma narrativa com início, meio e fim. Uma história que devia terminar com Lula preso e responsabilizado pela montagem de um mega-esquema de corrupção para financiar a manutenção do PT no poder. Caracterizado como podre e corrupto, o partido, no final da história, também poderia ter seu registro cassado e desaparecer de cena. De Dilma, cuidaria o Congresso com o impeachment. Alguns fatos recentes, entretanto, estão ameaçando o o curso da narrativa. Por isso a lista da Odebrecht agora foi posta pelo Juiz Moro sob sigilo, depois de ele ter autorizado a divulgação do grampo Dilma-Lula. Por isso o Ministério Público praticamente dispensou a “colaboração definitiva” da empreiteira.

Moro e as farsas para incendiar o país

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/

Por Jeferson Miola

A divulgação, na terça-feira 22 de março, das planilhas com mais de 200 políticos financiados pela Odebrecht, foi uma nova farsa do juiz Sérgio Moro para esconder o fracasso de um plano golpista que teve de ser abortado.

Aos fatos:

1- Estas planilhas estavam em poder do juiz Moro há um mês. Elas foram obtidas no dia 22 de fevereiro, por ocasião da 23ª fase da Lava-Jato, denominada “Acarajé”;

O cerco golpista se desmoraliza

Por Jandira Feghali

As capitais brasileiras pulsaram democracia no último dia 18. Emoção, alegria e, principalmente, respeito ao Estado democrático de Direito, tomaram as ruas de nossas cidades. Foi em paz que milhares de brasileiros mostraram que não aceitarão rupturas institucionais ou se intimidarão frente a onda fascista que pretende derrubar um governo legitimamente eleito pela maioria. A cada dia, cresce no seio do país o sentimento de luta contra o golpe alimentado pela intolerância, a grande mídia e aqueles que pretendem chegar ao poder a qualquer custo.

O ódio chega ao bispo Dom Odilo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, foi atacado na manhã desta quinta (24), na Catedral da Sé, por uma mulher que aos berros o xingava de comunista e que dizia não aceitar que gente como ele destruísse a a igreja dela.

Exatamente o mesmo discurso daqueles que agrediram a Isadora no Masp porque ela pedalava numa bicicleta vermelha. A terra é deles, o dinheiro é deles, o país é deles, a Igreja é deles, porque eles são os cidadãos de bem.

Odebrecht explica superpoderes de Cunha

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Uma das várias planilhas apreendidas em um escritório no Rio de Janeiro do executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior na 23ª fase da Operação Lava Jato demonstra de forma cristalina o que todo o meio político de Brasília sabia, mas faltavam provas materiais: o poder do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre bancadas de parlamentares emanou do dinheiro.

Trata-se de uma planilha de controle sobre doações oficiais nas eleições de 2010. Até aí nada de mais – a aberração do financiamento empresarial de campanha deixou de ser legal só no ano passado.

Por que os patrões querem o golpe?

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Como num cassino macabro, os grandes grupos financeiros estão especulando e apostando abertamente no fim da democracia brasileira. Como se noticiou no UOL, no jargão do mercado, a partir das manifestações pró-impeachment do dia 13 de março e da avaliação de um iminente desmoronamento da coalizão governista no Congresso Nacional, o “cenário-base” que prevê a derrubada do governo Dilma estaria na ordem de possibilidade de 65 % a 75 % entre os analistas de grandes instituições de consultoria financeira. O dólar flutua para baixo e as bolsas para cima, ao sabor das especulações.