sexta-feira, 24 de março de 2017

Polícia pode invadir a casa de qualquer um!


Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                          
Se você acha que por ser um cidadão correto, com trabalho (se tiver emprego) e residência fixos, pagador de seus impostos e cumpridor das leis do país, está livre de ter sua casa invadida por meganhas às 6h da manhã, trago-lhe uma péssima notícia: no estado policial e fascista do Brasil pós-golpe ninguém está livre desse dissabor.

Basta que você manifeste publicamente seu inconformismo com a ruptura da ordem democrática e denuncie juízes e procuradores que traem suas funções públicas para fazer política da forma mais rasteira.

MBL ataca Dilma e defende terceirização

Da Rede Brasil Atual:

O MBL (Movimento Brasil Livre, que apoiou o golpe contra Dilma Rousseff e se pauta pelo antipetismo), utiliza tuítes publicados pela ex-presidenta em 2015, numa tentativa de convencer a população de que ela seria favorável à terceirização generalizada e irrestrita da terceirização de trabalhadores pelas empresas, conforme o Projeto de Lei (PL) 4302/1998, aprovado quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados.

Dois anos atrás, em sua página no Twitter, Dilma publicou dois posts consecutivos sobre o tema. No primeiro deles, afirmou: "Sobre o PL da Terceirização, é urgente regulamentar o trabalho terceirizado no Brasil para que tenham proteção e garantia de salário digno." Logo em seguida, ela alertou que a modalidade não poderia ser liberada sem restrições: "No entanto, a regulamentação precisa manter a diferenciação entre atividades fim e atividades meio", complementa.

'Carne Fraca' e a ética do veterinário

Por Marco Piva

“Ética é o que você faz quando está todo mundo olhando. O que você faz quando não tem ninguém por perto chama-se caráter”. É assim, com essa conversa de botequim, retirada de manuais do senso comum, que Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara e preso pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca, gostava de mostrar o que pensa da vida em sua rede social. Segundo O Globo (17/03/2017), o médico veterinário, com diploma da Universidade Federal do Paraná, exalta também o trabalho do juiz Sergio Moro e a cruzada moral contra o PT “para tirar o Brasil do vermelho”.

A crise que não sai nos jornais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Um dos principais argumentos dos setores conservadores e do oligopólio midiático para a destituição da presidenta Dilma Rousseff foi a urgência de buscar uma saída para a crise econômica. Seis meses depois, as promessas do governo liderado por Michel Temer e o otimismo apregoado pelos grandes meios de comunicação parecem ter fracassado: a crise só agrava. Discutir este cenário é a proposta do debate A crise que não sai nos jornais, marcado para o dia 31 de março, às 19h, no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83), em São Paulo.

Terceirização agravará a crise econômica

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Um dossiê da Central Única dos Trabalhadores (CUT), preparado por técnicos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela o cenário tormentoso das terceirizações no Brasil. Com dados de 2013, o estudo mostra que os terceirizados recebem salários 24,7% menores que aqueles dos efetivos, permanecem no emprego pela metade do tempo, além de ter jornadas maiores.

Presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ângelo Fabiano Farias da Costa alerta ainda para o maior risco de acidentes laborais e calotes trabalhistas.

Temer à beira de um ataque de nervos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nosso Xadrez está ficando interessantíssimo à medida em que o cenário político-jurídico chega na hora da verdade: o momento da Lava Jato encarar o poder de fato, aquele amálgama ideológico constituído pela mídia, setores do Ministério Público, Judiciário, sob o comando difuso da ideologia de mercado.

Até agora, era moleza, especialmente depois que Dilma Rousseff jogou a toalha, lá pelo primeiro minuto após o resultado das eleições de 2014.

Para facilitar o entendimento, vamos forçar a simplificação e dividir o jogo entre quatro forças distintas.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Moro quebrou sigilo telefônico de blogueiro

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

A nota divulgada há pouco pelo advogado do blogueiro Eduardo Guimarães revela fato gravíssimo: o juiz das camisas negras quebrou o sigilo telefônico de Eduardo. O magistrado de primeira instância obteve extrato da companhia telefônica, indicando quem teria ligado ao blogueiro para passar informações. Grave. Gravíssimo.

Com uma decisão pusilânime nesta quinta, Moro recuou em parte de suas arbitrariedades, depois de perceber que a prisão de Eduardo gerara descontentamento na Globo e entre jornalistas conservadores.

Tem alguém com disenteria na 'suruba'

A terceirização é um ato de crueldade

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num país desigual como o Brasil, a terceirização é um ato de crueldade.

As empresas ganham e os trabalhadores perdem. Em resumo, é o que acontece.

Em sociedades avançadas, as mudanças nas questões trabalhistas representam, sempre, avanços. Trata-se de aprimorar o sistema de bem estar social.

Na Escandinávia, a licença maternidade dura mais de um ano. Os pais também têm direito a se ausentar do trabalho por um bom período.

Terceirização: Estão brincando com fogo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que permite a terceirização para todas as atividades de uma empresa.

A terceirização em si é uma aberração. Serve apenas para aumentar o lucro do empresário às custas da perda da dignidade, do sofrimento e da morte do trabalhador.

Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos 3.553 casos envolviam terceirizados. No caso de óbitos durante o serviço no setor elétrico, em 2013 perderam a vida 61 terceirizados, contra 18 empregados diretos. Na construção de edifícios, foram 75 falecimentos de terceirizados num total de 135 mortes. Nas obras de acabamento, os terceirizados foram 18 do total de 20 óbitos, nas de terraplanagem, 18 entre 19 casos e nos serviços especializados, 30 dos 34 casos detectados (fonte: Dieese).

"A terceirização é o fim da CLT"

Por Dilma Rousseff, em seu blog:

Ontem (22), foi dado mais um golpe no país. Foi aprovado pela Câmara dos Deputados, contra os interesses do povo brasileiro, o projeto de lei permitindo que a terceirização seja praticada na atividade-meio e na atividade-fim.

O projeto retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores brasileiros desde Getúlio Vargas, enterrando a CLT.

Só esse golpe parlamentar que aprovou meu impeachment sem crime de responsabilidade poderia viabilizar uma legislação neoliberal concebida na época de FHC.

Mais uma armação contra Lula

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do site Lula:

É falsa a notícia de que o blogueiro Eduardo Guimarães teria avisado a assessoria do ex-presidente Lula sobre a iminência de sua condução coercitiva e da execução de mandados de busca e apreensão, ocorridas em 4 de março de 2016. Estes episódios surpreenderam não apenas o ex-presidente, mas o Brasil e o mundo, por sua violência e ilegalidade.

As informações que Eduardo Guimarães publicou no Blog da Cidadania, em 26 de fevereiro de 2016, diziam respeito exclusivamente à quebra de sigilo fiscal e bancário do Instituto Lula, do ex-presidente, filhos, amigos e colaboradores, incluindo empresas destas pessoas.

Ameaça ao sigilo e a regulação da mídia

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Diversas organizações nacionais e internacionais de jornalismo manifestaram preocupação com a ameaça ao direito ao sigilo da fonte provocado pela condução coercitiva do jornalista blogueiro Eduardo Guimarães, determinada pelo juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato em primeira instância.

Entre as entidades estão a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a ONG Repórteres Sem Fronteiras e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O jornalista e advogado uruguaio Edison Lanza, relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), criticou a condução coercitiva contra Guimarães por meio das redes sociais.

O Brasil terceirizado

Por Sylvio Micelli

Quando era moleque ouvia dizer que "o Brasil é o país do futuro". Hoje, às portas de quase meio século, constato que o Brasil é o país de passado sombrio, de presente intragável e de futuro incerto.

A aprovação da terceirização a bel prazer do capital, consagrada ontem pela Câmara dos Deputados, é prova irrefutável de que o golpe que foi orquestrado por Temer et caterva, não era contra Dilma, Lula ou qualquer outra coisa. Era contra a classe trabalhadora e não foi por falta de aviso. Aliás, uma amiga importante, cuja identidade devo preservar (alô, Moro, eu sou jornalista, ok?) falou agora pela manhã comigo: "é um retrocesso sem fim... e a classe média por ódio ideológico se nega a ver o resultado de suas panelas..."

O Brasil de Moro odeia o Brasil

Por Renato Rovai, em seu blog:

Sérgio Moro é um sujeito que se tornou um produto. Não é incomum nos dias de hoje. Aliás, muito mais normal do que parece.

Executivos formados em MBAs se vêem como empresas. Eles fazem para si projeções de tempo de vida, período que estarão no auge, quanto conseguirão lucrar por cada real investido numa nova língua ou diploma, não fazem amigos, mas network. E são capazes de desenvolver longos papos à beira de uma piscina tratando disso.

Eduardo Cunha, o zumbi do golpe

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Monica Bergamo diz, hoje, em sua coluna na Folha, que a reação de Eduardo, em caso de derrota em seu pedido de liberdade ao Supremo Tribunal Federal, é considerada “imprevisível” por seus advogados.

Com o devido perdão da Monica, não há nada de imprevisível: é mais uma ameaça de Eduardo Cunha para que os cordéis se movam e tentem forçar uma decisão que – embora não seja impossível e fosse, até, o normal num processo criminal – implicaria numa desmoralização ainda maior da corte, agora sob acusações impensáveis em tempos normais, como as de “disenteria verbal e decrepitude moral”.

Terceirização: salário menor, menos direitos

Câmara aprova precarização do trabalho

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Na direção contrária a todos os estudos que mostram que a terceirização não gera empregos e só vai causar redução de salários e precarização das relações patrão-empregado, a Câmara dos Deputados aprovou o parecer favorável do deputado Laercio Oliveira (SD-SE) para o substitutivo do Senado ao projeto de lei que permite a terceirização em todas as atividades da empresa. Foram 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções. A Câmara confirma, assim, que está do lado oposto aos trabalhadores brasileiros, e o governo Temer, seguindo à risca a máxima do “cada dia um direito a menos”.

Onde está o povo soberano?

Por Fábio Konder Comparato, no site Carta Maior:

Quando Tomé de Souza desembarcou na Bahia, em 1549, munido do seu famoso Regimento do Governo, e flanqueado de um ouvidor-mor, um provedor-mor, clero e soldados, a organização político-administrativa do Brasil, como país unitário, principiou a existir. Tudo fora minuciosamente preparado e assentado, em oposição à autonomia descentralizadora das capitanias hereditárias. Notava-se apenas, como disse um historiador, uma ligeira ausência: não havia povo. A população indígena, estimada na época em um milhão e meio de almas, não constituía, obviamente, o povo do novel Estado; tampouco o formavam os 1.200 funcionários – civis, religiosos e militares – que acompanharam o Governador Geral. Ou seja, tivemos Estado antes de ter povo.

Terceirização sacramenta pacto escravocrata

Por Jeferson Miola

A terceirização geral e irrestrita aprovada pela maioria de deputados é um passo neural no aprofundamento do golpe. Ela sacramenta o pacto de dominação escravocrata das classes dominantes.

Por dentro do regime de exceção, as classes dominantes estão impondo aos subalternos sacrifícios brutais, que poderão perdurar por muitos anos.

A terceirização transforma o trabalhador presente e futuro em bóia-fria, e faz o país retroceder ao padrão da exploração oligárquica do século 19, penalizando, sobretudo, o trabalhador mais pobre:

Seminário debate desafios da comunicação

Da Rede Brasil Atual:

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realiza nesta sexta-feira (24) um seminário para discutir os desafios das mídias alternativas, progressistas, comunitárias e populares em meio à reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer. Segundo a jornalista e integrante da executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) Renata Mielli, o objetivo do encontro é discutir como criar uma comunicação que dialogue com a população para enfrentar o senso comum construído pela mídia tradicional.

Ato em defesa da liberdade de expressão

quarta-feira, 22 de março de 2017

Barão de Itararé precisa do seu apoio!

A solidariedade a Eduardo Guimarães

Por Felipe Bianchi, no Centro de Estudos Barão de Itararé:

O objetivo da condução coercitiva ilegal de Eduardo Guimarães não é calá-lo, mas sim calar a todos que divergem da Lava Jato, do juiz Sérgio Moro e do Estado de exceção vigente no país. A opinião é do próprio blogueiro, que recebeu cerca de 300 lideranças políticas, jornalistas, ativistas digitais e simpatizantes em ato de solidariedade e em defesa da liberdade de expressão. O encontro aconteceu na noite da terça-feira (21), mesmo dia em que foi levado à força à delegacia da Polícia Federal no bairro da Lapa, em São Paulo, além de ter celulares e computadores, seus e de seus familiares, apreendidos.

Janot ataca "decrepitude moral" de Gilmar

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Um dia depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes criticar a Procuradoria-Geral da República, a quem acusou de cometer crimes ao vazar nomes de políticos alvos de inquérito por conta das delações da Odebrecht, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez duros ataques ao magistrado nesta quarta-feira 22. Segundo Janot, Mendes sofre de "decrepitude moral" e corteja "desavergonhadamente o poder político".

Em discurso na Escola Superior do Ministério Público da União, Janot defendeu a Operação Lava Jato e recomendou a realização de uma "urgente reforma no sistema político-partidário", pois a política "não pode continuar a ser uma custosa atividade de risco propícia para aventureiros sem escrúpulos."

Sergio Moro atravessou o Rubicão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Vamos entender porque, para efeito da Lava Jato, o caso Eduardo Guimarães torna-se um divisor de águas – da mesma maneira que o episódio da condução coercitiva de Lula.

O episódio Lula, mais o vazamento dos grampos de Lula e Dilma, afastou de vez a presunção de isenção da Lava Jato e mostrou seu alinhamento com o golpe de Estado em curso.

A condução coercitiva de Eduardo Guimarães expõe de forma inédita o uso do poder pessoal arbitrário do juiz Sérgio Moro para retaliar adversários. Não se trata mais de disputa política, ideológica, de invocar as supinas virtudes da luta contra a corrupção para se blindar: da parte de Sérgio Moro, a operação atende a um desejo pessoal de vingança.

Friboi, BRF e a “ética” do livre-mercado


Por Gustavo Henrique Freire Barbosa, no site Outras Palavras:

No capítulo de O Capital sobre a jornada de trabalho, Marx trata da adulteração do pão revelada pelo relatório do comitê da Câmara dos Comuns elaborado nos anos de 1855 e 1856 em Londres. Muito embora tenha reconhecido a irregularidade na produção de pães, o comitê, tratando com a “mais terna delicadeza o free trader que compra e vende mercadorias adulteradas to turn an honest penny (para ganhar um centavo honesto)”, concluiu que o livre-comércio abrangeria também o direito de comercializar produtos falsificados, levando o pensador alemão a tecer críticas mais do que pertinentes à incrível condescendência das instituições inglesas: “o inglês, tão apegado à Bíblia, sabia que o homem, quando não se torna capitalista, proprietário rural ou sinecurista pela Graça Divina, é vocacionado a comer seu pão com o suor de seu rosto, mas ele não sabia que esse homem, em seu pão diário, tinha de comer certa quantidade de suor humano, misturada com supurações de abscessos, teias de aranha, baratas mortas e fermento podre alemão, além de alune, arenito e outros agradáveis ingredientes minerais” [1].

Pressão para derrotar a reforma trabalhista

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                        
Os deputados Wadih Damous e Benedita da Silva, do Partido dos Trabalhadores, promoveram nesta segunda-feira, 20 de março, em nome da Comissão da Reforma Trabalhista da Câmara dos Deputados, um seminário para debater a proposta de reforma da CLT que tramita na Câmara dos Deputados. O evento aconteceu na Faculdade Nacional de Direito, na Praça da República, Centro do Rio.

- O governo Temer quer enfiar goela abaixo do povo brasileiro, sem debate, essa reforma que representa um retrocesso brutal. A ideia da bancada de apoio ao governo golpista, inclusive, é votar em caráter terminativo o projeto na comissão, sem levá-lo ao plenário. Se isso acontecer, vamos recorrer na própria comissão e depois no plenário. Diante de todas essas dificuldades, nós convidamos pessoas de altíssimo nível para esse seminário, com o objetivo de melhor enfrentarmos o debate – disse o deputado Wadih.

Liberdade de expressão é só pra jornalista?

Por Elaine Tavares, no blog Palavras Insurgentes:

Durante muitos anos lutamos contra os donos da mídia para manter a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Sabíamos que o objetivo único dessa gente era poder extrair mais-valor dos trabalhadores, diminuindo direitos, estendendo a jornada e intensificando o trabalho. As novas tecnologias estavam chegando, permitindo que tudo fosse feito com mais velocidade e em maior quantidade. Não havia saída para os empresários da imprensa. Era preciso avançar sobre os direitos para garantir mais lucros. Nada de novo, portanto. Só a mesma velha técnica da acumulação capitalista.

O golpe e a ilusão da retomada econômica

Por Emilio Chernavsky e Rafael Dubeux, no site Brasil Debate:

“ (O efeito nos investimentos) seria instantâneo. Bastaria uma troca da sinalização”. Assim respondia em março de 2016 o presidente da rede varejista Riachuelo à pergunta sobre qual seria a reação dos empresários à saída da presidente Dilma. Longe de ser exceção, expressões de tamanho otimismo nos meios de comunicação em relação à mudança de governo eram comuns no primeiro semestre do ano passado. E não se referiam apenas aos investimentos, mas à atividade econômica como um todo.

Nesse sentido, por exemplo, “se Dilma sair, PIB dobra” era o título de uma breve nota então publicada por um conhecido sítio jornalístico abertamente a favor do impeachment da presidente Dilma.

"Carne fraca" rende milhões para a mídia

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Operação Carne Fraca da Polícia Federal foi recheada de informações pela metade, generalizações, acusações sem fundamento, sensacionalismo — mas foi excelente para a mídia, especialmente a Globo.

Segundo a coluna de Lauro Jardim, as TVs abertas lucram bastante com o escândalo.

“Somente entre sexta-feira e segunda-feira, JBS e BRF fizeram 48 inserções de anúncios institucionais nas redes de televisão”, diz.

A Globo tem cerca de 40% do share entre essas emissoras.

Moro comete mais um crime internacional

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O juiz Sergio Moro, ao ordenar o sequestro e prisão do jornalista e blogueiro Eduardo Guimarães, mesmo que por algumas horas, e a apreensão de seus equipamentos eletrônicos, impedindo-o de trabalhar, cometeu um grave crime contra os direitos humanos, contra a liberdade de expressão e de imprensa, e contra a democracia no Brasil.

É mais um crime internacional de Sergio Moro, de uma longa lista de atentados que o presidente Lula já protocolou na ONU.

Condução coercitiva ilegal é eufemismo para sequestro-relâmpago seguido de prisão.

Bancada da bala fez Temer recuar

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Como dissemos aqui na semana passada, o presidente Michel Temer estava sob forte pressão da bancada da bala e de bancadas dos grotões para retirar da reforma previdenciária a aplicação das novas regras a policiais e professores do ensino fundamental. Cedeu nesta terça-feira e cederá em outros pontos. Para compensar a frustração do mercado com seus recuos, insistirá na aprovação do projeto sobre terceirização de mão-de-obra e contratos temporários, mudanças que também agradam o patronato. Mas ao explicar seu recuo, Temer mais uma vez sofismou, divulgou notícia falsa. Disse ter desistido de enquadrar estes dois segmentos na reforma em respeito à independência federativa, deixando para estados e municípios a tarefa de atualizar as regras de aposentadoria para professores e policiais. Podia ter dito que foi em deferência à bancada da bala e aliados. O Brasil que tudo vem engolindo compreenderia sua submissão ao fisiologismo.

Terceirização e a avalanche neoliberal

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

A discussão que tramita na Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (22) pode resultar em um grande retrocesso para a classe trabalhadora do País. Esta é a análise de Magda Barros Biavaschi, desembargadora aposentada do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, Rio Grande do Sul, sobre o Projeto de Lei 4.302, que amplia a terceirização para todas as atividades econômicas em empresas privadas e no serviço público. A proposta ainda aumenta de 90 para 180 dias o período de permissão para empresas contratarem trabalhadores temporários.

Janot e a criminalização da política

Por Aldo Arantes, no blog do Renato:

No artigo Hora de Mudar a Política publicado dia 19, domingo, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, afirmou que “as investigações da Lava Jato não têm como propósito criminalizar a política”. E que “não se podem confundir os atos criminosos de alguns políticos com a própria política”.

Tais afirmações são desmentidas pelos fatos. A criminalização da política é uma realidade inconteste e resulta da ação articulada da grande maioria do ministério público e do judiciário, com o apoio da mídia e dos grandes grupos econômicos.

A carne é fraca e a mídia é forte

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A cada dia fica mais evidente que a Operação Carne Fraca, independente de haver falcatruas no setor, foi um movimento político-policial.

Pessoas e fatos surgem ao sabor (podre) das conveniências.

Vaza-se por toda parte e, quando necessário, “vazam”, como na gíria, os personagens inconvenientes.

Os peritos da Polícia Federal dizem, no Estadão, que não houve perícia nos fatos que motivaram um escândalo de repercussão mundial.

Carne Fraca lembra a Operação Tabajara

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Anunciada pomposamente na manhã de sexta-feira como "a maior operação da história", a Polícia Federal mobilizou 1.100 agentes para prender 30 pessoas, certamente um recorde mundial.

Três dias depois, o principal efeito da "Operação Carne Fraca" foi um estrago sem precedentes causado na economia brasileira.

União Européia, China, Coréia do Sul, um a um os maiores importadores mundiais começaram a fechar as portas para a carne brasileira.

Para se ter uma ideia dos prejuízos, o agronegócio ligado à pecuária, que emprega 7 milhões de trabalhadores, foi responsável por mais de US$ 14 bilhões em exportações no ano passado.

Terceirização: mais um golpe de Temer

Editorial do site Vermelho:

A reserva de golpes, chicanas e “espertezas” do governo ilegítimo de Michel Temer contra o povo e os trabalhadores parece inesgotável.

Desta vez, ante a enorme reação dos trabalhadores e das centrais sindicais contra a chamada “reforma trabalhista”, o governo decidiu recuperar uma iniciativa que havia sido tomada ainda no mandato do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. O Projeto de Lei 4302/1998, que é muito pior do que tudo de ruim anunciado até agora, havia tramitado em 2002 e “dormia” desde essa época na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, sem ter sido submetido ao plenário.

Austericídio e outras maldades de Temer

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Apesar de todas as denúncias e polêmicas envolvendo a Operação Carne Fraca da Polícia Federal dominando o noticiário, a turma do comando econômico na Esplanada parece não perder de vista o seu foco principal. Insistem, persistem e não desistem de forma obstinada em continuar praticando todo o tipo de maldades contra a nossa população e procuram se aperfeiçoar na prática de um tipo vil de liquidacionismo entreguista.

Ao que tudo indica, não bastaram os mais de dois anos seguidos de política econômica ortodoxa e profundamente inspirada do anacronismo criminoso do neoliberalismo. Afinal, o intento dos (ir)responsáveis pela economia foi plenamente atingido. O nosso PIB caiu 3,8% em 2015 e mais 3,6% no ano passado. Com o discurso falacioso a respeito da necessidade de se combater o risco da inflação e o déficit público estrutural e incontrolável, optaram pelo caminho mais fácil dos manuais de macroeconomia de quinta categoria. Ora, se há um descompasso entre procura e oferta, o caminho é cortar a demanda.

terça-feira, 21 de março de 2017

Gilmar, o Rasputín dos golpistas

Por Jeferson Miola

Gilmar Mendes é onipresente na política brasileira. Participa de todos os movimentos e atua com centralidade em todas as tramoias. Ele é um “alquimista político” constantemente ocupado em manipular fórmulas para salvar o regime de exceção.

Gilmar elabora remédios para toda e qualquer podridão do governo golpista. O papel do Gilmar avulta na mesma proporção em que os golpistas se enredam em problemas criminais. Para um juiz sem-voto, é uma notável proeza.

Neste que é o ano do centenário da Revolução Russa, é inevitável a associação da imagem deste nefasto juiz com a figura do curandeiro Grigori Rasputin.

Jornalistas criticam o censor Sergio Moro

Da Rede Brasil Atual:

A condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, na manhã de hoje (21), é alvo de críticas de analistas e jornalistas de diferentes linhas de pensamento. Todos questionam a atitude do juiz federal Sérgio Moro, apontando ataque à liberdade de expressão e, para alguns, violação da própria lei.

"É preocupante a atitude do juiz federal de Curitiba, que já quis dar lição à 'Folha de S.Paulo' sobre o que o jornal deveria publicar", escreveu, por exemplo, o jornalista Kennedy Alencar. "A Operação Lava Jato tem sido marcada por vazamentos. Não dá para adotar dois pesos e duas medidas em relação a quais vazamentos podem ou não ser tolerados por policiais, procuradores e juízes. Aceitar isso é flertar com perigosa tentação autoritária", afirmou.

Moro decide quem é jornalista!

A violência da PF contra Eduardo Guimarães

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Blogueiro de larga trajetória no campo das mídias progressistas, o paulistano Eduardo Guimarães foi vítima de mais um abuso da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira (21). Crítico das arbitrariedades do juiz Sergio Moro, o autor do Blog da Cidadania foi levado, por condução coercitiva, de sua casa até o prédio da Polícia Federal, no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista.

Guimarães foi conduzido coercitivamente sem nunca ter se recusado a prestar depoimento. Além disso, computadores e celulares dele e de seus familiares foram apreendidos - incluindo o aparelho de sua esposa, que contém contatos médicos usados no dia-a-dia para tratamento de sua filha, Victoria.

"Carne Fraca" e a mistificação do Brasil

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Pode não parecer, mas as causas e conseqüências da Operação Carne Fraca - são, como as de sua "mãe" institucional - a "mãe" de todas as operações, como se diria ao tempo da invasão do Iraque - claramente políticas.

No Brasil, resolveu-se, no bojo da Operação "Tira-Dilma", vender à população uma série de mitos, começando pelo de que se estaria travando uma guerra sem tréguas contra a corrupção, cujo objetivo é "passar a limpo" o país.

Essa estratégia exige que não apenas a principal "operação" fique permanentemente em andamento e evidência, mas também que outras "operações" semelhantes sejam executadas indefinidamente, em ritmo ininterrupto, obedecendo a uma tática não escrita, mas amplamente disseminada, destinada a alimentar certa mídia de factóides, para que ela cumpra o papel de exagerar e replicar essa impostura para a população, já que os resultados dessa "guerra", como demonstram os que foram colhidos até agora pela própria Operação Lava Jato, são mais ilusórios que reais.

A 'carne fraca' da Polícia Federal

Maia tenta impor a terceirização total

Da revista CartaCapital:

O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou nesta segunda-feira 20 que os parlamentares devem aprovar a terceirização total do trabalho até esta quarta-feira, 22.

O projeto de lei nº 4.302, que permite a terceirização de todas as atividades da empresa, foi criado em 1998 e aprovado em 2002 pelo Senado. Se passar pela Câmara, como previsto, só dependerá da sanção de Michel Temer (PMDB).

"Acredito que nesta semana a gente tenha condições de aprovar, entre terça e quarta-feira, a terceirização na Câmara dos Deputados. É um passo importante porque milhões e milhões de empregos hoje são gerados por terceirização", disse o presidente da Casa durante evento da Câmara Americana de Comércio em São Paulo.

segunda-feira, 20 de março de 2017

O efeito da Globo nos 'midiotas'

O desafio de massificar as maldades de Temer

Judiciário, mídia e o Estado de Exceção

Foto: Paulo Pinto/Agência PT
Por Raphael Coraccini, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Brasil passa por um momento de guerra jurídica, a chamada Lawfare. Os descalabros jurídicos cometidos por promotores, juízes e policiais apontam para um Estado de exceção já consumado. Essa é a interpretação de Valeska Zanin, advogada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valeska afirma ainda que o Lawfare só é possível quando a mídia participa ativamente da guerra, justificando malfeitos e promovendo seus heróis, como é o caso do juiz Sergio Moro.

A esperança na transposição do São Francisco

Por Luciana Santos, no Blog do Renato:

O Dia de São José é uma data especial e cheia de simbolismo para o povo nordestino. Neste dia a religiosidade popular destina ao santo as orações e pedidos de chuva e por uma boa colheita. É um dia de festa e neste último domingo (19) a festa teve um caráter ainda mais simbólico.

O dia foi escolhido para a inauguração popular da transposição do Rio São Francisco na bacia do Rio Paraíba, em Monteiro; onde estive ao lado dos ex-presidentes Lula e Dilma e de colegas parlamentares e lideranças populares de várias regiões. Essa obra estruturante é um dos principais legados dos governos progressistas no Brasil. Quando estiver pronta, nos dois eixos, a transposição deve beneficiar 12 milhões de pessoas.