Por Mino Carta, na revista CartaCapital:
Até o mundo mineral não nutre maior apreço pela figura do delator. A personagem não é simpática, nem mesmo quando sua delação é legalmente premiada. A mídia nativa, somente ela, e quem acredita nela, foge à regra, ao sentimento comum não somente do Oiapoque ao Chuí, mas também de um polo a outro do planeta Terra.
Mídia peculiar, empenhada em enganar seus leitores, a precipitá-los no equívoco a respeito da verdadeira essência e dos alcances da delação. Sem falar do insondável mistério de tantos vazamentos, o que o delator delata terá de ser provado. Exponho o óbvio. Parece-me, porém, que os crentes na mídia, ao lerem as manchetes ou ao ouvirem âncoras, locutores e comentaristas, supõem ler e ouvir a sacrossanta verdade factual.
Mídia peculiar, empenhada em enganar seus leitores, a precipitá-los no equívoco a respeito da verdadeira essência e dos alcances da delação. Sem falar do insondável mistério de tantos vazamentos, o que o delator delata terá de ser provado. Exponho o óbvio. Parece-me, porém, que os crentes na mídia, ao lerem as manchetes ou ao ouvirem âncoras, locutores e comentaristas, supõem ler e ouvir a sacrossanta verdade factual.