Pedro Sánchez ao lado do rei Felipe VI. Foto: POOL/AFP |
São bons os ventos que sopram de Espanha. Pela primeira vez desde a transição democrática de 1978, os dois principais partidos de esquerda unem-se para formar governo. A articulação de esquerda de que Portugal foi pioneiro na Europa a partir de 2016 teve um papel importante ainda que indireto na solução espanhola. Sinalizou que o bom senso poderia ocorrer em política mesmo que durante muito tempo tivesse parecido impensável. Mostrou que, para além do muito que divide os diferentes partidos de esquerda, o que os une é suficientemente substantivo para construir um programa de governo partilhado. E porque se tratava de um caminho pouco trilhado houve que reduzir a escrito e detalhar os termos do acordo.