segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O que querem os defensores do impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você vê Lobão, Gentili, Fábio Júnior e pensa em perder a fé na capacidade de reflexão da classe artística.

Mas aí você vê Gregório Duvivier e volta a acreditar nos artistas.

A entrevista que Duvivier concedeu a uma emissora portuguesa em Lisboa é uma das mais luminosas análises da cena política contemporânea nacional.

A frase chave é esta: os caras querem tirar Dilma para poderem continuar a roubar.

domingo, 13 de setembro de 2015

Sem luz e sem água. Cadê o Alckmin?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A vida dos paulistanos na semana passada foi um inferno - com todo o respeito ao governador tucano Geraldo Alckmin, que já foi um fiel seguidor da seita Opus Dei. Vários bairros da cidade ficaram sem luz; na periferia, milhões de famílias seguem sem água, num racionamento que o governo do PSDB insiste em ocultar; a violência policial prosseguiu matando jovens negros; e os trens do Metrô e da CPTM continuaram lotados e com panes. A sorte do "picolé de chuchu" é que a mídia chapa-branca, que ganha fortunas em anúncios publicitários, mantém o silêncio, o que evita que os paulistanos se deem conta da tragédia do "choque de indigestão" tucano - que já dura mais de 20 anos.   

Globo convoca reunião de emergência

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A jornalista Keila Jimenez, do portal R7, informou neste sábado (12) que a direção da TV Globo tem feito várias reuniões de emergência. Não, não é para discutir a crise do império global, que teve a sua nota rebaixada pela endeusada agência de risco Standard & Poor's. Também não é para dar os últimos retoques para a ofensiva golpista pelo impeachment da presidenta Dilma, que os seus capachos no parlamento pretendem deflagrar na próxima semana.

'Veja' mentiu sobre o Bolsa Família

Por Altamiro Borges

Expressão da elite mais egoísta e preconceituosa do Brasil, a Veja sempre foi contra o "Bolsa Família", criado pelo ex-presidente Lula e ampliado pela presidenta Dilma. Centenas de reportagens, artigos e notas já foram obrados contra este programa social que garantiu um mínimo de dignidade a milhões de famílias brasileiras, aquecendo o mercado de consumo e estimulando a ida das crianças às escolas e aos postos de saúde. Na edição desta semana, porém, a revista do esgoto se superou na canalhice. Num artigo falso, ela alardeia que "o governo já cortou quase 800 mil famílias do Bolsa-Família".

Alckmin "comprou" João Doria Jr.

Por Altamiro Borges

Daria até uma manchete garrafal, mas a Folha preferiu evitar maior alarde. Na edição deste domingo (13), o jornal revela que "o governo de São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, pagou R$ 1,5 milhão ao empresário João Doria Jr., um dos pré-candidatos do PSDB à prefeitura paulistana, por anúncios veiculados em sete revistas da Doria Editora, entre 2014 e abril deste ano". Escrita pelo repórter Alexandre Aragão, a reportagem é informativa, sem qualquer opinião ou veneno. Até caberia um duro editorial da famiglia Frias, exigindo apuração rigorosa e, quem sabe, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa. Mas ai já seria pedir muito!

Rebaixada pela S&P, Globo radicaliza!

Por Altamiro Borges

A bilionária famiglia Marinho, dona do Grupo Globo, parece que está desesperada e desembestou de vez. As tiragens do seu jornal (O Globo) e da sua revista (Época) estão em queda. A audiência da sua tevê aberta sofre abalos semanais; já os seus canais por assinatura concorrem com centenas de rivais. Como consequência, o faturamento em anúncios publicitários despenca. Prova destas dificuldades, decorrentes da explosão da internet e da perda de credibilidade de seus veículos, a agência de risco Standard&Poor's rebaixou a sua nota nesta semana. A mídia fez baita escarcéu com a nota da S&P para o Brasil, mas deixou - talvez por cumplicidade - de divulgar as agruras do império global.

Mantega perdoa agressores. Fez o certo?

Por Altamiro Borges

Após sofrer agressões verbais em três locais - um hospital e dois restaurantes -, o ex-ministro Guido Mantega, da Fazenda, localizou e processou dois empresários caluniadores. A atitude foi corajosa e acertada, servindo como antídoto à escalada fascista que se alastrou em alguns bairros "nobres" de São Paulo. Temendo as consequências penais de seus gestos odiosos, porém, os valentões se acovardaram e pediram desculpas ao economista. Este, por sua vez, em mais um ato de civilidade, aceitou o pedido e suspendeu o processo na Justiça. Se a primeira atitude foi correta, tendo a discordar da segunda.

Quem são os defensores do impeachment

Da revista CartaCapital:

A frente pró-impeachment lançada na quinta-feira 10 nasce fraturada. Alguns de seus expoentes ou representantes de certas esperanças receberam más notícias às vésperas do nascimento oficial da iniciativa.

Paulinho da Força, do Solidariedade, tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de ter se beneficiado de um esquema de desvios de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A Procuradoria-Geral da República quer condená-lo por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Nas redes sociais, Paulinho valeu-se de uma tática recorrente da oposição quando citada em falcatruas: acusou o PT de tentar incriminá-lo.


Salvador Allende e a esquerda desvairada

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em 11 de setembro de 1973, um golpe militar derrubava o presidente socialista Salvador Allende, eleito três anos antes no Chile. Allende saiu morto do Palácio de la Moneda, bombardeado pelo Exército. Poucos dias após, o antropólogo Darcy Ribeiro, amigo do presidente, publicou em vários países um texto crítico ao papel de parte da esquerda no fracasso da experiência chilena. Para Darcy, muita gente não percebeu a importância histórica do socialismo proposto por Allende, sem luta armada, e são co-responsáveis pelo golpe.

Uma nota sobre a nota da S&P

Por A. Sérgio Barroso, no site da Fundação Maurício Grabois:

"As últimas pessoas em cuja avaliação deveríamos confiar são os analistas da Standard & Poor's" (Paul Krugman, 2011).

Programaticamente, as agências de risco iniciam sua cantilena e os insultos pela chantagem preparatória ao caminho de claro contraponto aos interesses nacionais dos países em desenvolvimento (taxa de juros baixa para expansão da economia, política cambial que garanta moeda desvalorizada por um extenso período, política fiscal expansionista e de gasto público, função ativa do Estado e das estatais etc.). E o pano de fundo do anúncio da agência dos diagnósticos fraudulentos e das interesseiras “profecias autorrealizáveis” desenha o agravamento da crise econômica no centro capitalista, agora expandindo-se com força à periferia.

O que pode unir as esquerdas

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

Talvez a esquerda, os progressistas, nacionalistas e democratas devam aprender com a história, e também com a direita, como criar uma pauta unificadora. Por incrível que possa parecer, as grandes uniões ou consensos sociais e políticos não começam pela compreensão de uma pauta positiva. Em geral, e principalmente, começam por uma pauta negativa.

Tem sido com uma pauta desse tipo que a direita procura se arvorar como representante política dos descontentes, que hoje abrangem amplos setores de todas as camadas sociais. Tal pauta negativa foi primeiramente martelada com insistência pelo oligopólio da mídia, desde os governos Lula. Depois, conseguiu ser transformada em mobilização de massa durante as manifestações de junho de 2013. Sofreu percalços, com o sucesso da Copa Mundial de Futebol e com a derrota de Aécio, nas eleições de 2014. Mas manteve seu ímpeto com a eleição de um parlamento majoritariamente conservador e reacionário, e com o êxito de pregar no PT a pecha de corrupto e, no governo, a pecha de incompetente.