quinta-feira, 10 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Datena é condenado a indenizar ateu

Do sítio Sul 21:

No último dia 12 de setembro, a juíza Márcia Rezende Barbosa de Oliveira, da 3ª Vara Cível de Taubaté, condenou a TV Bandeirantes e o apresentador José Luis Datena a indenizarem Sisenando Calixto em R$ 10 mil. Calixto é ateu e se sentiu ofendido por declarações de Datena no programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, no dia 27 de julho de 2010. No programa, o apresentador dedica vários minutos ligando crimes hediondos ao ateísmo. Os réus recorreram no mês de outubro e o recurso de apelação ainda não foi julgado.

Regionalização da publicidade avança

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, a capilarização da publicidade federal paga com verba da Presidência da República vai aumentar, atingindo mais veículos de comunicação do que no fim da gestão Lula. O ritmo de crescimento da regionalização da publicidade deve ser, no entanto, o menor dos últimos quatro anos.

EUA: Democracia só de nome

Por David Brooks, do jornal mexicano La Jornada, no sítio da Adital:

Nos Estados Unidos, o dinheiro se concentra em mãos de pouca gente e essa distribuição de ingressos e riqueza "ameaça que nos tornemos uma democracia somente de nome”, adverte o economista Prêmio Nobel, Paul Krugman.

"Nossos políticos são pouco mais que lavadores de dinheiro no tráfico de poder e político; pouco menos de seis graus de separação do espírito e das táticas de Tony Soprano”, afirma o grande jornalista veterano Bill Moyers. Agrega que "não há mistério no porquê o Parque Zuccotti (Praça Liberdade) está cheio de gente. Os jornalistas continuam arrancando os cabelos e perguntando ‘por que estão aqui?'. Porém, está claro que estão ocupando Wall Street porque Wall Street está ocupando o país”.

Mídia isola Barbiere, o “leproso”

Por Altamiro Borges

Depois de 16 anos como fiel integrante da base de apoio dos governos tucanos em São Paulo, o deputado Roque Barbiere cogita romper com Geraldo Alckmin. Autor das graves denúncias sobre o esquema de venda de emendas na Assembléia Legislativa, ele diz que é vítima de feroz perseguição, sendo tratado como “um leproso politicamente” pelos aliados do governador do PSDB.

O boicote ao Conselho de Comunicação

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

É certamente constrangedor registrar, pelo quinto ano consecutivo, a ilegalidade do Congresso Nacional em relação ao cumprimento da Constituição Federal e da lei 8.389/1991: no domingo, 20 de novembro, serão cinco anos que o Conselho de Comunicação Social (CCS), criado pela Constituição de 1988 (artigo 224) e regulamentado por lei em 1991, se reuniu pela última vez. De lá para cá a Mesa Diretora se recusa a convocar a sessão conjunta para eleição dos novos membros, como manda o § 2º do artigo 4º da Lei 8.389/91.

Da internet às ruas e à conta bancária

Por Manuel Castells, no sítio Outras Palavras:

O capital financeiro e seus altos executivos enfrentam um sério problema: as pessoas não gostam deles. Mais que isso, são odiados por muita gente. E a raiva atinge também os políticos, que são vistos como marionetes dos bancos e que não duvidam em protegê-los com o dinheiro dos contribuintes, sem que as instituições financeiras retribuam o favor quando vão bem e o país vai mal. Afinal, argumentam, o dinheiro pertence aos acionistas.

Reações ao câncer de Lula e à PM na USP

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

As reações, na internet, a dois eventos recentes – o anúncio de que o ex-presidente Lula está com câncer e a atuação da PM na USP – têm causado perplexidade e repulsa pelo modo agressivo com que se expressam e pelo que evidenciam de falta de educação, preconceito e inadaptabilidade ao debate democrático. Mas, como veremos, há mais pontos em comum entre essas duas manifestações de intolerância do que à primeira vista sugerem.

Os leitores e a imprensa decadente

Por Washington Araújo, no blog Um cidadão do mundo:

Qual o problema do jornalismo? De onde vem esse sentimento de que o nosso jornal já não é mais o nosso jornal? Desde quando o nosso jornal deixou de ser o nosso jornal? Como foi que se tornou árdua a leitura do jornal diário? Por que tenho a impressão que o meu jornal mudou de endereço, de idéias, de linhas editoriais e de eixo? Será que, bem antes que eu trocasse de jornal, este me trocou por outro tipo de leitor? O que fazer com essa carga de lembranças que eu e o jornal fomos construindo ao longo de tantos anos? Por que me é difícil ler um editorial por inteiro sem levantar três ou quatro bem fundadas suspeitas de que estou sendo enganado e umas cinco ou seis de que eles estão me sonegando algo? Por que o meu jornal muda tanto de roupagem, mas não se arrisca a mudar, ao menos, de erros? Mudei eu ou mudou o jornal?

Santander provoca sangria no Brasil

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A EBA – European Bank Authority - acaba de anunciar que os bancos espanhóis serão os que mais necessitam de capitalização, na Europa - depois dos gregos -, no combate à crise, e terão que levantar mais de 26 bilhões de euros nos próximos meses.

Os tambores de guerra contra o Irã

Editorial do sítio Vermelho:

A aliança entre o imperialismo dos EUA e o sionismo que governa Israel é a grande ameaça contra a paz no mundo, evidência que se reforçou desde a semana passada quando os tambores da guerra voltaram a soar em Tel Aviv e Washington anunciando um provável ataque militar contra instalações nucleares no Irã.

Não-carta ao ex-presidente FHC

Por Cynara Menezes, na revista CartaCapital:

Caro ex-presidente e ex-professor da USP Fernando Henrique Cardoso:

Não lhe escrevo essa carta, na verdade não existe carta nenhuma, porque falar de maconha é um tema proibido em nosso país. Nos últimos anos, o senhor tem inclusive contribuído para trazer este debate à tona, ao propor publicamente a descriminalização da maconha em palestras e com o documentário “Quebrando o Tabu”. Mas nem mesmo o senhor, sendo idolatrado pela mídia do jeito que é, tem sido capaz de romper a hipocrisia que reina no Brasil em torno deste assunto. Até marcha pela descriminalização é proibida por aqui, como se a liberdade de expressão não valesse para a “erva maldita”.

As mulheres invisíveis de Aécio

Do blog Minas sem censura:

O artigo desta semana do senador mineiro aparece no jornal Folha de São Paulo com um título interessante: “O paradoxo feminino”.

Lido e relido com muito interesse, o texto nos reserva uma grande frustração: ao final não se explicita o paradoxo anunciado no título. A referência ao paradoxo feminino não passa de um mero ornamento da mancha impressa no citado jornal.

FNDC realiza XVI Plenária Nacional

Do sítio do FNDC:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) chega a sua XVI Plenária Nacional comemorando 20 anos de existência e articulação na luta pela democratização no País como uma das entidades mais massivas do movimentação social neste setor.

Nos dias 9 e 10 de dezembro de 2011, em São Paulo, o Fórum se reunirá sob o tema “20 Anos, 20 Pontos – Propostas para um Marco Legal da Comunicação no Brasil”, quando irá fazer um balanço das suas duas décadas de existência e debater a Plataforma lançada em outubro.

Justiça suspende eleições no Confea

Por Rita Casaro:

O juiz federal Novély Vilanova da Silva Reis, determinou suspensão do processo eleitoral do Sistema Confea/Creas em todo o Estado de São Paulo. Assim, a votação será interrompida a partir da comunicação às mesas receptoras. No restante do Brasil, o pleito segue normalmente.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Alckmin dá “aula de democracia” na USP

Por Altamiro Borges

Perguntado sobre a truculenta invasão da tropa de choque da PM ao campus da USP, o governador Geraldo Alckmin deu a seguinte resposta à imprensa agora à tarde: “Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia... Eles precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É lamentável que tenha que chegar ao ponto da polícia ter que ir lá para cumprir uma decisão judicial”.

Berlusconi caiu. A direita chora!

Por Altamiro Borges

Em entrevista nesta terça-feira (8), o presidente italiano Giorgio Napolitano informou que o premiê Silvio Berlusconi renunciará já na próxima semana, após a votação final do “pacote de austeridade” do seu governo ultraconservador. O anúncio foi feito logo após o bravateiro fascistóide perder a maioria numa importante votação do parlamento da Itália.

A justa ocupação de prédios em SP

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Mais de 3,5 mil pessoas ligadas a movimentos por moradia ocuparam, na madrugada de segunda, dez prédios abandonados na capital paulista. A ação foi coordenada por 14 movimentos por moradia, entre eles o Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), a Unificação das Lutas dos Cortiços (ULC) e o Movimento de Moradia do Centro (MMC). Eles também denunciam acordos não cumpridos com o poder público.

O poder permanente de derrubar governos

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

A corrupção do sistema político merece uma reflexão para além das manchetes dos jornais tradicionais. Em especial neste momento que o país vive, quando a nova democracia completou 26 anos e a política, que é a sua base de representação, se desgasta perante a opinião pública. Este é o exato momento em que os valores democráticos devem prevalecer sobre todas as discordâncias partidárias, pois chegou no limite de uma escolha: ou diagnostica e aperfeiçoa o sistema político, ou verá sucumbi-lo perante o descrédito dos cidadãos.

Comunicado dos estudantes da USP

Do sítio da revista Fórum:

Os alunos, presos nesta manhã, após a intervenção da Polícia Militar no prédio ocupado da reitoria, da USP, escreveram uma carta à população. O texto foi escrito à mão, de dentro dos ônibus, onde estão sendo mantidos.

Os estudantes, que neste momento se reúnem no 91º DP, em solidariedade aos colegas, conseguiram fazer com que água e mantimentos chegassem a eles, e publicaram a carta no blog da Ocupação. Advogados de movimentos estudantis da USP já estão na delegacia e prestam assessoria aos alunos.

Quem são os vândalos da USP?

Por Altamiro Borges

A invasão da USP pela Tropa de Choque do governador Geraldo Alckmin tem gerado reações histéricas nas redes sociais. Talvez insuflados por alguns “calunistas” da mídia, que parecem “indigentes mimados”, tipo Gilberto Dimenstein, internautas festejam a repressão e exigem maior rigor contra os “vândalos, maconheiros e agitadores” que ocuparam a universidade. Eles babam ódio!

Tropa de choque invade a USP

Por Altamiro Borges

A versão online da Agência Estado informou às 06h17 de hoje:

*****

Teve início às 5h10 a ação de reintegração de posse do prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital, ocupado desde a madrugada do último dia 2 por dezenas de estudantes que exigem o fim da presença da Polícia Militar dentro do campus.

Veja ataca novamente. Ninguém reage!

Por Altamiro Borges

Em meados deste ano, a sociedade britânica descobriu que Rupert Murdoch, o mafioso imperador da mídia, comandava o país. Seu grupo de comunicação não fazia apenas escutas ilegais e distribuía propinas. Ele pautava a política nacional, “nomeava” e derrubava ministros, mandava e desmandava no Reino Unido. Até o primeiro-ministro conservador, David Cameron, foi apontado como seu fiel capacho!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Serra some e Alckmin faz demagogia

Por Altamiro Borges

Só mesmo a mídia, com a sua escandalização da política, para salvar a decadente oposição demotucana. Prova disto é o seminário do PSDB que ocorre hoje no Rio de Janeiro. José Serra nem sequer apareceu em sinal de protesto. Já seu principal desafeto no ninho tucano, o governador Geraldo Alckmin, aproveitou para fazer demagogia e para lançá-lo à prefeitura da capital paulista.

Dilma alisa e FHC morde. Até quando?

Por Altamiro Borges

Um dia antes da queda do ministro Orlando Silva, alvo da cruel artilharia da mídia demotucana e dos ataques histéricos de líderes do PSDB e do DEM, Dilma Rousseff recebeu Fernando Henrique Cardoso para um jantar de gala em Brasília. Passados oito anos, foi a primeira vez que o ex-presidente voltou a desfilar no Palácio do Planalto. O grão-tucano parecia um pavão!

A Grécia e o colapso da democracia

Por Altamiro Borges

George Papandreou, o social-democrata de araque, já não é mais primeiro-ministro da Grécia. Num acordo firmado na noite de ontem (6) com o principal partido da direita no país, ficou acertada a formação de um governo de coalizão para impor o “pacote de austeridade fiscal” exigido pelos banqueiros da Europa e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os opostos na Nicarágua e Guatemala

Por Altamiro Borges

Neste domingo (6) ocorreram duas importantes eleições presidenciais na América Central. Os resultados evidenciam o quadro de polarização política nesta sofrida região, considerada pelos EUA como seu “quintal”. Apesar de todo o bombardeio midiático, o império foi derrotado na Nicarágua. No outro extremo, ele garantiu a manutenção de um carrasco aliado na Guatemala.

domingo, 6 de novembro de 2011

Ramonet e a crise do jornalismo

Por Luciane Agnez, no Observatório do Direito à Comunicação:

A Embaixada da República Bolivariana da Venezuela realizou na terça-feira (1), a conferência "O papel dos meios de comunicação no contexto da crise mundial", com a presença do jornalista Ignacio Ramonet, pesquisador e ex-diretor do jornal Le Monde Diplomatique, e do ex-ministro das comunicações da Venezuela, Jesse Chacón. O evento, que aconteceu no Memorial Darcy Ribeiro, na Universidade de Brasília, fez parte das iniciativas para integração das nações que compõem a Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (ALBA). A mesa foi presidida pelo Embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Sánchez Arveláiz.

A falta de transparência em MG e SP

Por: Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

À boca pequena comenta-se por aí que a imprensa de Minas é amordaçada desde que o PSDB assumiu o poder. Basta fazer uma breve pesquisa no Google para encontrar vídeos e notas de jornalistas que citam fatos de censura no estado. Não existe um único veiculo noticioso que publique ações contrárias ao governo tucano. Por isso, não causou surpresa alguma a notícia de que Minas Gerais lidera o ranking do alto risco de corrupção, seguido dos estados de Maranhão e Pará, segundo estudo feito pelo Centro de Estudos da Opinião Pública, da Unicamp, a pedido do Instituto Ethos.

Mídia minimiza corrupção em SP

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No último dia 12 de outubro, este blog cobriu ato público “contra a corrupção” que começou no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, e terminou no “Centro Velho” da cidade, na praça Ramos de Azevedo, diante do Teatro Municipal de São Paulo. A matéria reproduziu respostas a um questionário que esta página apresentou aos manifestantes. Aquele questionário foi elaborado de forma a identificar possível viés político-partidário e ideológico nos integrantes da manifestação.

O Irã e a perigosa aposta de Israel

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Não se trata mais de hipótese: os falcões americanos e o governo britânico estão dispostos a apoiar ação militar de Israel contra o Irã, embora grande parte da opinião pública israelita advirta que essa aventura é arriscada. Aviões militares de Israel fazem manobras no Mediterrâneo e já se fala no emprego de mísseis de alcance médio contra o suposto inimigo. Seus líderes da extrema-direita, entre eles religiosos radicais, estimulam os cidadãos, com o argumento de que se trata de uma luta de vida ou morte.

Globo fatura com produtos derivados

Por Valério Cruz Brittos, Andres Kalikoske e Jonathan Reis, no Observatório da Imprensa:

A apropriação da cultura pela indústria do entretenimento é um movimento histórico, inerente ao capitalismo, que se estende aos inúmeros âmbitos do setor artístico. Na televisão, para além do faturamento advindo da publicidade, as emissoras comerciais têm aproveitado a notoriedade de seus artistas para alavancar os chamados produtos derivados. São mercadorias alheias à recepção televisiva, mas que referenciam diretamente o conteúdo televisual através da menção de artistas ou logotipos previamente difundidos na TV. No caso das Organizações Globo, em termos de indústria fonográfica, merece registro sua versatilidade, conquistando bons resultados, mesmo com o amplo fluxo de bens musicais na internet. Segue, há muitos anos, caminho contrário ao de suas concorrentes, Record e SBT, que patinam no segmento.

Liberdade de imprensa: direito absoluto?

Por Bia Barbosa, no sítio Carta Maior:

Porto Alegre - Em maio de 2009, o Supremo Tribunal Federal derrubou integralmente a Lei de Imprensa afirmando que não pode haver qualquer regulação para o exercício da atividade jornalística. Em debate realizado nesta quinta-feira (3) em Porto Alegre, promovido pela Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom) e Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, a tônica das discussões, no entanto, foi no sentido contrário.

Cinegrafista da Band morre em tiroteio

Reprodução BandNews TV
Por Altamiro Borges

Um confronto entre traficantes e policiais na comunidade de Antares, na zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada de hoje (6), resultou na morte do cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes. Ele foi atingido no peito por um tiro e já chegou morto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Cruz, às 7h40 deste domingo.

Salário mínimo derrota PSDB, DEM e PPS

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada, o Supremo Tribunal Federal validou, por 8 votos a 2, a lei que fixa a política de reajuste do salário mínimo até 2015 e prevê correções anuais por decreto presidencial. PSDB, DEM e PPS, que compõem o bloco neoliberal-conservador, entraram com ação no STF para implodir essa política, firmada a partir de um acordo entre as centrais sindicais e o governo Lula.

sábado, 5 de novembro de 2011

A resposta de Lupi à Veja

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A atitude do Ministro Carlos Lupi diante das denúncias publicadas hoje, mesmo sendo partidas da Veja, foi correta e inteligente.

Não apenas afastou o assessor Anderson Santos, acusado pela revista, como pediu um inquérito da Polícia Federal e anunciou o pedido ao Ministério Público de uma investigação.

A presença da PM no campus da USP

Foto: JF DIORIO/AGÊNCIA ESTADO
Por Raquel Rolnik, em seu blog:

Ontem participei, a convite do Grêmio da FAU, de um debate sobre a questão da segurança na USP e a crise que se instalou desde a semana passada, quando policiais abordaram estudantes da FFLCH, cujos colegas reagiram. Além de mim, estavam na mesa o professor Alexandre Delijaicov, também da FAU, e um estudante, representando o movimento de ocupação da Reitoria.

Para além da polêmica em torno da ocupação da Reitoria, me parece que estão em jogo nessa questão três aspectos que têm sido muito pouco abordados. O primeiro refere-se à estrutura de gestão dos processos decisórios dentro da USP: quem e em que circunstâncias decide os rumos da universidade? Não apenas com relação à presença da Polícia Militar ou não, mas com relação à existência de uma estação de metrô dentro do campus ou não, ou da própria política de ensino e pesquisa da universidade e sua relação com a sociedade. A gestão da USP e de seus processos decisórios é absolutamente estruturada em torno da hierarquia da carreira acadêmica.

Há muito tempo está claro que esse modelo não tem capacidade de expressar e representar os distintos segmentos que compõem a universidade, nem de lidar com os conflitos, movimentos e experiências sociopolíticas que dela emergem. O fato é que a direção da USP não se contaminou positivamente pelas experiências de gestão democrática, compartilhada e participativa vividas em vários âmbitos e níveis da gestão pública no Brasil. Enfim, a Universidade de São Paulo não se democratizou.

Um segundo aspecto diz respeito ao tema da segurança no campus em si. É uma enorme falácia, dentro ou fora da universidade, dizer que presença de polícia é sinônimo de segurança e vice-versa. O modelo urbanístico do campus, segregado, uni-funcional, com densidade de ocupação baixíssima e com mobilidade baseada no automóvel é o mais inseguro dos modelos urbanísticos, porque tem enormes espaços vazios, sem circulação de pessoas, mal iluminados e abandonados durante várias horas do dia e da noite. Esse modelo, como o de muitos outros campus do Brasil, foi desenhado na época da ditadura militar e até hoje não foi devidamente debatido e superado. É evidente, portanto, que a questão da segurança tem muito a ver com a equação urbanística.

Finalmente, há o debate sobre a presença ou não da PM no campus. Algumas perguntas precisam ser feitas: o campus faz parte ou não da cidade? queremos ou não que o campus faça parte da cidade? Em parte, a resposta dada hoje pela gestão da USP é que a universidade não faz parte da cidade: aqui há poucos serviços para a população, poucas moradias, não pode haver estação de metrô, exige-se carteirinha para entrar à noite e durante o fim de semana. Tudo isso combina com a lógica de que a polícia não deve entrar aqui. Mas a questão é maior: se a entrada da PM no campus significa uma restrição à liberdade de pensamento, de comportamento, de organização e de ação política, nós não deveríamos discutir isso pro conjunto da cidade? Então na USP não pode, mas na cidade toda pode? Que PM é essa?

Essas questões mostram que o que está em jogo é muito mais complexo do que a polêmica sobre a presença ou não da PM no campus.

Mídia: a ditadura perfeita no Brasil

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Este ansioso blogueiro participou de seminário promovido pela Ajuris, a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, e o blog Carta Maior, nesta quinta-feira.

Entre os expositores, o desembargador Claudio Baldino Maciel – clique aqui para ler Liberdade de imprensa não é bem assim , Pascual Serrano (do site Rebelión, da Espanha), Juremir Machado, Breno Altman (Altercom), prof. Venicio Lima, Bia Barbosa (Intervozes), deputada Luiza Erundina (líder da Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, e membro da Comissão de Ciência e Tecnologia, que não consegue discutir a renovação das concessões das redes de televisão), e o ex-Ministro Franklin Martins.

A liberdade de imprensa na Venezuela

Por João Novaes, no sítio Opera Mundi:

Em dezembro de 2012, quando os venezuelanos optarem pela continuação ou o fim da Revolução Bolivariana, o governo do presidente Hugo Chávez e a oposição terão travado mais uma batalha que irá muito além dos comícios e manifestações de rua típicas de uma corrida presidencial. As disputas de opinião, mais uma vez, terão os meios de comunicação como um dos palcos principais.

A TV Globo se protege

Por Elaine Tavares, no blog Palavras insurgentes:

Tem certos assuntos que dão uma preguiça. Um deles, pelo menos para mim, é a rede Globo. Empresa nascida no período militar, abençoada pela Time Life, veio para criar a idéia de um “estado nacional”, sob o ponto de vista dos militares, é claro. Depois, ao longo da sua vida como empresa, sempre de braços dados com o poder. Não importa qual seja. E, nesses anos todos, o jornalismo que pratica é o que interessa aos donos do poder. Ou seja, no mais das vezes, nem jornalismo é. Propaganda, como bem diz Noam Chomsky. É certo que, vez ou outra, um determinado repórter escapa dessa lógica e consegue produzir jornalismo de qualidade, mas é raro. O que também às vezes ocorre é que, como ensinou Adelmo Genro, alguns fatos por si mesmo são tão eloqüentes que transcendem qualquer possibilidade de manipulação. Mas, o que é certo é que o jornalismo global é porta-voz do poder. Não se importa com a vida das gentes, essa gente real, que luta e protesta.

O fracasso da reunião do G20

Editorial do sítio Vermelho:

A reunião de cúpula do G20 acabou nesta sexta-feira (4) em Cannes, França, deixando no ar mais uma forte sensação de fracasso. O saldo final são declarações de boas intenções, como o estímulo ao mercado interno nos países superavitários, vendidas como um plano de ação para estimular o emprego, ameaças contra os paraísos fiscais e a promessa de injetar novos recursos no Fundo Monetário Internacional, o FMI, cuja principal ocupação no momento consiste em receitar e monitorar a aplicação de pacotes recessivos nos países endividados da Europa.

Mídia radicaliza ideário conservador

Por Gabriel Brito, no sítio Correio da Cidadania:

Apesar das denúncias que estudiosos e a chamada mídia alternativa sempre registram contra os abusos dos grandes veículos de imprensa, insistir em assinalar suas ‘escorregadas’ segue sendo uma tarefa necessária, haja vista a importância dos jornais, sites, televisões e rádios na formação do pensamento nacional, mais objetivamente, na “batalha das idéias”.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O neo bom-mocismo dos "calunistas"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Eles estão se dizendo “indignados” e “chocados” com os ataques vis que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a receber nas redes sociais da internet logo após o anúncio de que está sofrendo de câncer. Um após o outro, os colunistas da grande imprensa vêm recitando um discursinho pasteurizado de que do lado dos que atacam Lula estão os “trogloditas”, mas do outro estão os que tentam “endeusá-lo”, como se isso, mesmo se fosse verdade, justificasse os ataques desumanos, selvagens e psicóticos a que o país assiste estarrecido.

Guia de boas maneiras no jornalismo

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

A cultura de tentar ganhar no grito tem prevalecido sobre a boa educação e o senso de humanidade na política brasileira. E o alvo preferencial do “vale-tudo” é, em disparada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por algo mais do que uma mera coincidência, nunca antes na história desse país um senador havia ameaçado bater no presidente da República, na tribuna do Legislativo. Nunca se tratou tão desrespeitosamente um chefe de governo. Nunca questionou-se tanto o merecimento de um presidente – e Lula, além de eleito duas vezes pelo voto direto e secreto, foi o único a terminar o mandato com popularidade maior do que quando o iniciou.

Direita disputa eleição na Guatemala

Do sítio Opera Mundi:

O general aposentado Otto Pérez Molina, do PP (Partido Patriota) e o empresário Manuel Baldizón, do Liberdade Democrática Renovada (Líder), chegam ao segundo turno das eleições guatemaltecas quase um mês após o primeiro turno, realizado em 11 de setembro. O ex-general é acusado de participar de atos de repressão durante a década de 1980, quando se envolveu na violação de direitos humanos durante a guerra contra-insurgente que deixou mais de 200 mil mortos na Guatemala.

Evo Morales e as contradições bolivianas

Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:

O líder da Revolução Chinesa, Mao Tse-tung, foi o primeiro a teorizar sobre as “contradições no seio do povo”, como ele denominava os conflitos de interesses e opiniões entre os que lutam pela justiça social. Para Mao, essas divergências são secundárias – não-antagônicas, como ele dizia – na medida em que podem ser resolvidas pelo livre debate entre os revolucionários. Já as contradições antagônicas, inconciliáveis, são aquelas que opõem, em polos opostos, o povo e os seus opressores.

Voto distrital e o Brasil-Colônia

Por Leandro Fortes, na CartaCapital:

O problema não está no sistema eleitoral, mas na qualidade do eleitor. Quem vota em Paulo Maluf, por exemplo, não vai deixar de ser um mau caráter do voto proporcional para virar uma reserva moral do voto distrital. O que certa direita nervosa pretende, com essa propaganda infantil sobre as benesses do voto distrital, é minar as representações coletivas no Parlamento, sobretudo aquelas vinculadas aos movimentos sociais.

Os blogueiros e os monopólios de mídia

Por Leonardo Severo, no jornal Hora do Povo:

A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade, por novos marcos regulatórios de comunicação que incentivem os meios públicos e comunitários, e pelo enfrentamento aos monopólios de mídia, foram três propostas chaves aprovadas no 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu, Paraná, entre os dias 27 e 29 de outubro.

Franklin Martins e a regulação da mídia

Por Felipe Prestes, no sítio Sul 21:

Cumprir uma série de aspectos previstos pela Constituição de 1988, até hoje negligenciados, seria um enorme passo rumo à democratização dos meios de comunicação. Este foi o entendimento unânime entre os seis palestrantes do painel “Regulação e Liberdade de Expressão”, realizado na tarde desta quinta-feira (3), na Escola Superior da Magistratura (ESM), parte da programação do seminário Democratização da Mídia. Entendimento resumido no gesto do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins, que brandiu a Constituição ao final de sua fala, ressaltando que para democratizar a comunicação não é preciso defender nada que não esteja previsto pela Carta Magna.

Paulo Bernardo, por que te calas?

Por Júlio Carignano, no blog Sítio Coletivo:

"Tudo depende se o governo quer bancar o custo político ou não...". Essa frase solta que inicia a postagem foi uma das que mais me chamou a atenção durante o I Encontro Mundial de Blogueiros Progressistas, realizado em Foz do Iguaçu. Ela é fragmento da fala de Jesse Chacón, ex-ministro das Comunicações da Venezuela, ao falar sobre a elaboração de um marco regulatório para o setor. O venezuelano expôs que há vários tipos de regulação, mas sempre haverá um custo, já que são reformas que atingem "grandes interesses".