quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A semana da democratização da mídia em SP

Do site do Centro de Estudos Barão da Itararé:

Organizada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação e endossada pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação promove, entre 14 e 25 de outubro, debates, audiências públicas, atividades culturais e atos em todo o Brasil. Em São Paulo, diversos eventos já estão confirmados. Confira:


Constantino foi morto pelo 'deus-mercado'

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Rodrigo Constantino foi, paradoxalmente, vítima daquilo que ele mais idolatra: o mercado.

Ele não tem do que se queixar, diante disso.

Foi o mercado – ou sua mão invisível, para usar a formidável expressão de Adam Smith – que colocou em estado de agonia terminal a empresa que despediu Constantino, a Abril.

A popularidade de... FHC

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Nos tempos atuais, que seriam cômicos se não fossem trágicos, alguns fingem não saber o que acontece e a outros a ignorância poupa da necessidade de simular.

Consideremos a insistência com que o tema da crise de popularidade do governo aparece no discurso das oposições, no Congresso Nacional, ou na “grande” mídia. Do início do ano para cá, raramente se passa um dia sem que alguém se refira aos problemas de imagem do governo, da desaprovação da presidenta, da rejeição ao PT e coisas do gênero.

TCU foi o canto do cisne do golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Amigos e leitores estão assustados com o clima de golpe criado pela votação no Tribunal de Contas da União (TCU).

Tenham calma, por favor. Não caiam no jogo terrorista da mídia e dos militantes do ódio.

O resultado no TCU era jogo jogado. O mercado político já tinha assimilado a reprovação unânime das contas do governo.

Só que isso não derruba presidente.

O pensamento vivo de Che Guevara

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em 1955, Ernesto Guevara encontrou-se com os revolucionários cubanos no México e em 9 de outubro de 1967 foi assassinado na Bolívia. Portanto, foram pouco mais de 10 anos de intensa militância revolucionária. Podemos dizer que ele foi, fundamentalmente, um homem de ação. Seus primeiros escritos buscaram sistematizar as experiências guerrilheiras em Cuba e generalizá-las para os outros países do Terceiro Mundo. No entanto, também, escreveu sobre economia, Estado, ideologia socialista e a construção do “novo homem”. Creio que estes últimos textos sejam os mais significativos e os que mais podem nos trazer ensinamentos para os dias atuais.


TCU, TSE, Congresso e o cerco golpista

Por Altamiro Borges

Com a reforma ministerial, que entregou maiores fatias do poder aos gulosos caciques do PMDB, muita gente imaginou que a presidenta Dilma conseguiria finalmente sair das cordas. Pura ilusão! A atual mandatária, eleita democraticamente pela maioria dos brasileiros, não terá paz até o final de 2018 – isto se conseguir encerrar o seu mandato. Nos últimos dois dias, com as refregas seguidas no Tribunal de Contas da União (TCU), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Congresso Nacional, ficou evidente que todos os aparatos de poder serão usados para derrotá-la. A direita nativa trabalha com duas hipóteses. Se reunir forças suficientes, ela investirá no impeachment – o que representaria uma dura derrota das forças de esquerda no país. Caso contrário, ela insistirá na tática dupla de “sangrar” Dilma e “matar” Lula. Não dá para ter qualquer ilusão com os intentos golpistas.

Tire o seu dinheiro do banco privado

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Tem umas coisas na vida que a gente leva no automático, sem parar para pensar se é ou não o melhor caminho. Como sempre fui assalariada, quem escolhia o banco onde eu ia depositar meu dinheiro eram os meus patrões. As contas correntes que tive ao longo da minha carreira são contas funcionais, ou seja, foram abertas para depositar meu salário. Por preguiça ou desinteresse, continuei com elas, mesmo quando deixei de ter (contra a minha vontade, aliás) carteira assinada. E nunca pensei a fundo nesta questão, embora seja uma crítica ferrenha dos bancos e de suas práticas gananciosas – até março passado, quando anunciei a independência deste blog.

Quem julga os ministros do TCU?

Por Guilherme Boulos, no Jornal GGN:

O Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitou ontem o julgamento das contas do governo Dilma em 2014. O que seria uma votação protocolar –até então nunca uma conta presidencial havia sido rejeitada– converteu-se em grande evento nacional.

O PSDB e a parte do PMDB menos satisfeita com a distribuição do butim ministerial enxergam na rejeição a chance de atribuir crime de responsabilidade à presidenta da República, abrindo caminho para o impeachment. As contas de 2014 tornaram-se o atalho para governar o país sem ganhar eleições.

O ódio e a intolerância da direita nativa

Greve dos bancários e paradoxos brasileiros

Marcio Baraldi/Sindicado dos Bancários de SP
Por Nivaldo Santana, no blog de Renato Rabelo:

Desde o dia 6 de outubro os trabalhadores bancários do Brasil estão em greve. Segundo as principais lideranças nacionais da categoria, a greve pode ser longa, dada a postura intransigente da Febraban nas diversas rodadas de negociação.

Para uma compreensão mais ampla da legitimidade do movimento paredista dos bancários, vale a pena pinçar alguns dados produzidos pela Rede Bancária do Dieese a respeito da situação das cinco maiores instituições financeiras do Brasil.

A "torcida organizada" de Aécio Neves

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


Depois da matéria de Fausto Macedo, no Estadão, mostrando a intensa e desbocada torcida do alto escalão da empreiteira Andrade Gutierrez por Aécio Neves, só o cinismo nacional imperante pode dizer que havia alguma preferência da empresa pelos petistas.

“Gorda”, “sapa”, “vaca velha”, “mulher medíocre”, “poste” e outras pérolas deste jaez eram os nomes pelos quais os homens de confiança da empresa, sua alta cúpula, a chamavam.

Fascista deve ser tratado como criminoso

Por Bepe Damasco, em seu blog:                            

Como escreveu o Kiko Nogueira no Diário do Centro do Mundo, quando se trata de defender o ambiente de tolerância é necessário que não se tolere os intolerantes.

E é justamente devido à complacência com a intolerância que o Brasil caminha a passos largos para perder sua condição de país plural e tolerante, um dos traços características da nação, responsável pela atração ao longo da história de imigrantes de todos os quadrantes do planeta.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Samuel Pinheiro fala sobre a crise mundial


Quem ainda defende Eduardo Cunha?

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo, meio constrangido e melancólico, confirmou nesta quarta-feira (7): “Extratos bancários da Suíça atestam que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou empresas offshore para movimentar contas bancárias na Suíça, segundo fontes com acesso às investigações. Os documentos remetidos ao Brasil confirmam o depoimento do lobista João Augusto Rezende Henriques, um dos operadores do PMDB na Petrobras, sobre a existência de contas bancárias controladas por Cunha”. A notícia, que merecia manchete nos jornalões e destaque nas emissoras de tevê, pode representar o melancólico fim de carreira do lobista que se transformou nos últimos meses num dos principais pivôs da ofensiva golpista pelo impeachment de Dilma.

Os novos Estados de vigilância

Por Ignacio Ramonet, no site Carta Maior:

Durante muito tempo, a ideia de um mundo sob “vigilância total” foi vista como um delírio utópico ou paranoico, fruto da imaginação mais ou menos alucinada dos que sonham com teorias da conspiração. Contudo, é preciso reconhecer a evidência: vivemos, aqui e agora, a mercê de um império da vigilância. Cada vez são mais os que nos observam, nos espionam, nos vigiam, nos controlam, fazem arquivos sobre nós sem que saibamos. A cada dia, novas tecnologias são refinadas, buscando facilitar o seguimento do nosso rastro. Empresas comerciais e agências publicitárias registram nossas vidas.

Os vetos e a chantagem dos parlamentares

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Se a maioria dos parlamentares quisesse derrubar estes vetos da presidente Dilma que criam despesas de mais de R$ 50 bilhões para o Estado brasileiro até 2019, por que não o fizeram ontem? Por que não o fizeram hoje?

Ontem, a desculpa foi de que era terça-feira e nem todas as excelências haviam chegado dos estados. Hoje, quarta-feira, não havia desculpa. Ontem mesmo a desculpa revelou-se amarela, pois apenas 169 deputados compareceram à sessão conjunta que examinaria os vetos mas, logo depois de sua suspensão, havia mais de 290 deputados na sessão da Câmara. Hoje a casa está cheia de deputados, mas pouco mais de 200 foram ao plenário durante a sessão dos vetos, que novamente teve que ser suspensa.

O desafio do projeto de desenvolvimento

Por Wladimir Pomar, no site Brasil Debate:

As entidades que elaboraram o documento “Por um Brasil Justo e Democrático – Mudar para Sair da Crise, Alternativas para o Brasil Voltar a Crescer” (acesse o Vol. I e Vol. II) prestaram um grande serviço à luta por uma estratégia de desenvolvimento econômico e social nacional. Suas propostas merecem a atenção e o debate de todos os que se preocupam com os destinos das classes populares e com a inserção do Brasil no atual mundo em mudanças.

O "terceiro turno" chega aos tribunais

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O cerco ao governo de Dilma Rousseff está novamente se fechando por todos os lados, apenas 48 horas após a posse do novo ministério e exatamente um ano após as eleições presidenciais de 2014. A disputa continua, agora nos tribunais.

O terceiro turno ganhou novo embalo esta semana, tanto no Tribunal Superior Eleitoral como no Tribunal de Contas da União. E, no final, caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir tudo no tapetão do Judiciário.

Ataque histórico aos direitos trabalhistas

Por Antônio Augusto de Queiroz, no site Vermelho:

A Comissão Mista que tratou da MP 680, relativa ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), aprovou emenda ao texto prevendo a prevalência do negociado sobre o legislado, ou seja, só vale o que estiver na CLT se um acordo ou convenção coletiva não dispuser em sentido diferente. A emenda, acatada pelo relator, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), e aprovada no colegiado, é do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

O texto, que será votado pelo plenário da Câmara e, se aprovado, pelo plenário do Senado, representará o maior retrocesso já havido nas relações de trabalho, porque flexibiliza e cria condições para precarizar os direitos dos trabalhadores, especialmente em momento de retração da atividade econômica.

Votação do TCU será “espetáculo grotesco”

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em artigo publicado ontem, mostrei que o governo tem razão em contestar a relatoria de Augusto Nardes no julgamento das contas do TCU.

Não estava me referindo à denúncia, publicada hoje pela Folha de S. Paulo, de que o ministro encarregado de julgar as contas do governo é suspeito de ter embolsado um suborno de R$ 1,6 milhão num esquema de corrupção da Receita Federal investigado na Operação Zelotes.

Hélio Bicudo teve o que mereceu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Sabe a música que encerra Breaking Bad?

Walt está morrendo depois de ter feito o diabo como traficante de metanfetamina.

E vem a velha canção do Badfinger para selar uma série extraordinária.

Guess I got what I deserved.

Acho que tive o que mereci.

Bem, essa música serve agora para o encerramento da aventura golpista de Hélio Bicudo.

Nardes e a fraude fiscal da RBS/Globo



Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A acusação de violar a Lei Orgânica da Magistratura na condução do exame das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff não é a única razão para o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), preocupar-se por estes dias. O avanço da Operação Zelotes reforça as suspeitas de envolvimento dele com o esquema fraudulento de anulação de dívidas fiscais.

No material já recolhido durante as investigações, há indícios a apontar Nardes como destinatário de pagamentos de aproximadamente 1,8 milhões de reais, divididos em três parcelas de cerca de 600 mil reais cada. Os pagamentos são suspeitos por terem na origem uma das principais empresas investigadas, a SGR Consultoria.

A pichação racista na faculdade de Direito

Da revista Fórum:

Uma pichação de cunho racista foi encontrada no final da tarde desta terça-feira (6) no banheiro da faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, uma das mais tradicionais do país. Quem denunciou o caso foram os próprios estudantes que, através das redes sociais, compartilharam a foto da parede com a inscrição “Lugar de negro não é no Mackenzie. É no presídio”.

Relator do TCU é suspeito de fraude fiscal

Do jornal Brasil de Fato:

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram indícios de que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes pode ter recebido R$ 1,65 milhão de uma empresa investigada sob suspeita de envolvimento com fraudes fiscais. Nardes é relator das contas da presidenta Dilma Rousseff (PT).

O ministro é alvo de suspeitas por ter sido sócio até 2005 da empresa Planalto Soluções e Negócios, registrada em nome de seu sobrinho, Carlos Juliano.

A atualidade brutal de Hannah Arendt

Adolf Eichmann em seu julgamento em Jerusalém,
(Julho 17, 1961), por Ronald Searle
Por Ladislau Dowbor, no site Outras Palavras:

O filme causa impacto. Trata-se, tema central do pensamento de Hannah Arendt, de refletir sobre a natureza do mal. O pano de fundo é o nazismo, e o julgamento de um dos grandes mal-feitores da época, Adolf Eichmann. Hannah acompanhou o julgamento para o jornal New Yorker, esperando ver o monstro, a besta assassina. O que viu, e só ela viu, foi a banalidade do mal. Viu um burocrata preocupado em cumprir as ordens, para quem as ordens substituíam a reflexão, qualquer pensamento que não fosse o de bem cumprir as ordens. Pensamento técnico, descasado da ética, banalidade que tanto facilita a vida, a facilidade de cumprir ordens. A análise do julgamento, publicada pelo New Yorker, causou escândalo, em particular entre a comunidade judaica, como se ela estivesse absolvendo o réu, desculpando a monstruosidade.

As contas suíças de Eduardo Cunha

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Desde 2006, a Divisão de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal encontrou operações cambiais com indícios de irregularidades atribuídas ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e diversos outros políticos. Mas parece que a necessária investigação para esclarecer os fatos ficou engavetada e acabou atropelada por investigações de autoridades suíças.

Naquele ano de 2006 foi dada entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) a Petição Avulsa de nº 193.787 tratando dessa investigação, possivelmente por haver muitos políticos com foro privilegiado. Estranhamente não consta do sistema de consultas do STF na internet o andamento dessa petição, mas sua existência é comprovada por um despacho do ex-ministro Joaquim Barbosa no Diário Oficial.

A armação do golpe do impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há duas posturas contrárias ao impeachment de Dilma Rousseff: um pequeno grupo dos que aprovam o governo em qualquer hipótese; e o grupo dos que, mesmo sendo críticos em relação a ele, encaram o impeachment como golpe contra a democracia.

De fato, significaria tirar do país o único grande diferencial positivo em relação aos demais emergentes: uma democracia que se acredita consolidada.

Como combater a intolerância na rede

Por Juliana Sada, de Barcelona, no blog de Leonardo Sakamoto:

Pode não parecer uma ideia saudável, mas um grupo de pesquisadores e ativistas espanhóis decidiu acompanhar cotidianamente os fóruns de comentários de notícias da internet no país. O resultado não surpreende quem acompanha esses espaços: o discurso intolerante está amplamente disseminado.

Mas nem tudo está perdido, segundo a pesquisa, participar de fóruns com argumentos dissonantes à lógica da intolerância e favoráveis aos direitos humanos apresenta um impacto positivo.

FHC e o pacto com o demônio

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Teixeira, no site do PT:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso insinuou recentemente em entrevista que a presidenta Dilma Rousseff “vendeu a alma ao diabo” e terá que “fazer pacto com o demônio o tempo todo” para poder governar. Em ambas as metáforas, FHC refere-se ao PMDB.

É oportuno lembrar ao entrevistado, e também aos leitores que tenham tomado conhecimento da declaração de FHC, que o PMDB foi seu aliado nos dois governos tucanos sem que o então presidente jamais demonizasse as alianças construídas. Renan Calheiros foi seu ministro da Justiça. Eliseu Padilha esteve à frente da pasta dos Transportes. Geddel Vieira Lima foi seu líder na Câmara dos Deputados.

"Veja" demite o pateta Constantino

Por Altamiro Borges

Ídolo dos fascistas mirins que rosnam pelo impeachment de Dilma e pela volta dos milicos ao poder, o "economista" Rodrigo Constantino foi defenestrado nesta terça-feira (6) pela Veja, talvez por obrar tantos detritos na revista do esgoto. Em seu perfil no Facebook, o modesto admirador do Pateta e da Disney afirmou desconhecer os motivos do pé no traseiro: "Sei que muitos de vocês levaram um susto e um baque com a notícia de hoje, de minha saída da Veja. Confesso que eu também! Mas é da vida. Não foi decisão minha, e respeito a decisão da empresa. Ela deve ter seus motivos".

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A agonia da revista "QuantoÉ"

Por Altamiro Borges

A revista IstoÉ - também apelidada nos meios jornalísticos de "QuantoÉ" pelas práticas mercenárias de seus donos - está agonizando. Isto talvez ajude a explicar porque nos últimos anos ela adotou uma linha editorial tão partidarizada e raivosa, que beira a insanidade, contra o governo Dilma. Sabe-se lá quais negociatas foram tramadas para tentar salvar a publicação editada pela falida Editora 3. O certo é que a sua decadência prejudica os planos do PSDB, que utilizou a revista como palanque nas eleições do ano passado. Nos últimos meses, a Editora 3 definhou. Nesta semana, ela encerrou mais um dos seus títulos, a revista "Status", demitiu jornalistas e atrasou novamente o pagamento dos salários.

Agripino Maia: um demo no inferno?

Por Altamiro Borges

Será que desta vez o demo José Agripino Maia vai parar no inferno - se o capeta aceitar tão péssima companhia? Nesta segunda-feira (5), a Procuradoria-Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido para investigar o presidente nacional do DEM por suspeita de combinar o pagamento de propina com executivos da construtora OAS nas obras da Arena das Dunas, estádio no Rio Grande do Norte que sediou quatro jogos da Copa do Mundo de 2014. Segundo o Estadão, o PGR encontrou vários indícios de que o senador potiguar praticou crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

A mídia chocou os ovos da serpente

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que faz um grupo jogar panfletos dizendo que “petista bom é petista morto” no velório de um homem que nenhum mal lhes fez?

O que faz um homem com idade suficiente para não ser um guri babaca e uma senhora já com idade de dar educação aos netos se portarem sem o mínimo de respeito a uma cerimônia fúnebre?

São perguntas deprimentes, mas nenhuma delas pior do que a que vem a seguir.

A interdição do debate econômico



Do site Carta Maior:

Em respeito aos inúmeros acadêmicos cientistas e intelectuais independentes que aceitaram o convite para participar de forma plural e suprapartidária da elaboração do documento “Um Brasil Justo e Democrático”, vimos expressar nosso estranhamento com a visão deturpada que vem sendo atribuída à sua autoria no âmbito dos meios de comunicação em geral.

Velório de Dutra: fascistas serão punidos?

Por Altamiro Borges

A agressão fascista no velório de José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT, teve forte repercussão nas redes sociais. Com exceção dos robôs maníacos, com as suas provocações patéticas, a ampla maioria dos internautas condenou o gesto desumano de meia dúzia de velhacos da direita nesta segunda-feira (5) em Belo Horizonte (MG). Mas só isto não basta. Para conter a onda de intolerância - que distribui folhetos com os dizeres que "petista bom é petista morto" e com fotomontagens da presidenta sentada numa privada - é urgente que os poderes públicos tomem providências, que inclusive estão previstas nas leis. Do contrário, as cenas de ódio vão se alastrar e resultarão em episódios ainda mais violentos.

Propostas para tempos de crise

Por Danilo Sartorello Spinola e Tulio Chiarini, no site Brasil Debate:

Na crise atual da economia brasileira voltam a surgir propostas de soluções simplistas e mágicas. Surge um muro de lamentações sobre janelas de oportunidades que se fecharam e formadores de opinião diariamente insistem em argumentos de incompetência política, inabilidade cognitiva ou ideologias inadequadas.

Extremou-se o debate radical sobre questões de economia e política: mercado x estado, privatização x estatização, democracia x outras formas de governo.

O inominável aconteceu no velório em BH

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Por mais antigo e rodado que a gente seja, por mais aberrações humanas que já tenha visto, chega uma hora em que nos faltam palavras para definir certos fatos recentes.

O que aconteceu no velório de José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT e da Petrobras, em Belo Horizonte, na segunda-feira, está entre estes casos. Não tem nem nome. É inominável. Tive que recorrer ao Dicionário Online de Português, que dá a seguinte definição:

"Diz-se do que não possui nome por não se conseguir definir nem qualificar. Figurado. Excessivamente abominável para ser nomeado; horroroso ou péssimo. (Etm. do latim: innominabilis.e).

Mais ricos devem pagar mais impostos

Por José Sergio Gabrielli de Azevedo, no site da Fundação Perseu Abramo:

Com o agravamento da crise econômica e política, o governo enfrenta três grandes desafios na gestão da economia no curtíssimo prazo: como ajustar o déficit previsto para o Orçamento de 2016, como minimizar o impacto inflacionário da disparada do dólar e como apresentar um horizonte de retomada do crescimento no médio e longo prazos.

A revolta contra as mudanças na CLT

Por Márcia Xavier, no site Vermelho:

Representantes de entidades sindicais, do Judiciário e do Ministério Público criticaram a proposta, aprovada na semana passada pela comissão mista que analisou a Medida Provisória que cria o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), permitindo que os acordos coletivos tenham prevalência sobre a legislação trabalhista.

Nesta segunda-feira (5), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado promoveu um debate sobre o assunto, quando o presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), se disse revoltado com a aprovação da matéria e fez um apelo ao relator, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), para que volte atrás e retire a emenda da medida provisória. Ele também apelou aos deputados, de um modo geral, para que rejeitem a proposta quando for à votação no plenário da Câmara.

Antecedente trabalha pelo saída de Nardes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para quem ainda acredita que a ideia de que o ex-deputado da Arena Augusto Nardes deve ser afastado da função de relator das contas do governo Dilma no TCU é um simples exotismo cabe conhecer um episódio de 2005.

Em março daquele ano, ocorreu um caso semelhante. O ministro Lincoln Magalhães da Rocha foi forçado a renunciar à relatoria de uma representação que pedia a exoneração de parentes de deputados que foram contratados pela Câmara sem passar por concurso público.

A revolta impotente da ombudsman da Folha

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quase senti pena da última coluna de Vera Guimarães, ombudsman da Folha.

Foi um grito de revolta impotente, uma lamúria atirada num jornal que perdeu o pudor, foi tudo isso muito mais que um mero artigo para analisar o jornal.

Foi, também, uma amostra dos apuros que jornalistas honestos enfrentam hoje em redações dedicadas a minar o pensamento progressista.

Quando nem a morte é o limite…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Quando Hugo Chávez morreu eu não estava na editora que ainda ficava na Vila Madalena. Mas havia gente por lá. E as pessoas que lá estavam ficaram atordoadas porque nossa vizinha de muro gritava morreu, morreu, morreu… como se fosse é campeão, é campeão, é campeão.

Chávez tinha morrido. E ela festejava aquilo como um título. Uma vitória. Uma conquista.

Alguns meses depois seu marido foi internado e morreu logo na sequência. Da mesma doença que matou Chávez, um câncer. Um câncer que lhe derrotou em alguns meses.

Nem as contas na Suíça derrubam Cunha

Por Karina Gomes, do Deutsche Welle, na revista CartaCapital:

Seis meses depois de classificar inquéritos da Operação Lava Jato contra políticos como "piada", o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vê as investigações contra ele ganharem força.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (1), o Ministério Público da Suíça afirmou que congelou ativos de Cunha e de seus familiares em várias contas no país, depois de um banco levantar suspeitas sobre lavagem de dinheiro, em abril. Com a impossibilidade de extradição, as autoridades suíças transferiram as investigações à Procuradoria Geral da República (PGR).

Domésticas e os resquícios da senzala

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

“Não é porque o doméstico reside na casa que vai poder tomar certas liberdades como se fosse um hóspede”, essa é a primeira frase de Margareth Carbinato, fundadora e presidenta de honra do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo. Ela fala sobre o filme “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert.

A matéria do jornal Folha de S.P., traz uma entrevista com Carbinato e o título “Não aprendi muito com “Que horas ela volta?”, diz representante dos patrões”.

A filantropia de Mark Zuckerberg

Editorial do site do Instituto Telecom:

O que poderia haver em comum numa parceria entre o Facebook, a Fundação Bill Gates, o fundador da Wikipedia, Jimmy Wales, e personalidades como o líder da banda U2, Bono Vox, e a cantora colombiana Shakira? A resposta foi dada por Mark Zuckerberg, fundador e presidente do Facebook.

Em discurso realizado na ONU (Organização das Nações Unidas), Zuckerberg explicou a campanha One e seu projeto, o internet.org: “Se realmente queremos unir as nações no mundo, vamos começar a conectar o mundo. (…) Se conectarmos os mais de quatro bilhões que ainda não estão online, temos uma oportunidade histórica de levantar um mundo inteiro nas próximas décadas”.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A raposa no galinheiro sujo do TCU

Por Altamiro Borges

Em entrevista coletiva neste domingo (4), o governo federal informou que pedirá o afastamento do ministro Augusto Nardes, relator do processo no Tribunal de Contas da União (TCU) que analisa as contas da presidenta Dilma Rousseff do ano passado. Segundo matéria do site G1, os ministros Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, argumentaram que “Nardes cometeu irregularidade ao manifestar opinião e antecipar o voto que deverá apresentar na sessão de quarta-feira (7)” do TCU. Em seu parecer sobre o caso, o relator das chamadas “pedaladas fiscais” disse que recomendará a rejeição das contas do governo, o que poderá servir como estímulo à oposição derrotada nas urnas para ingressar com o pedido de impeachment de Dilma.

O cinismo da nora do mafioso J. Hawilla

Por Altamiro Borges

A egocêntrica Isabella Fiorentino, que apresenta o programa "Esquadrão da Moda", no SBT, não tem mesmo senso de ridículo. Nora do mafioso J. Hawilla, condenado nos EUA por seu envolvimento no bilionário esquema de corrupção da Fifa, ela postou na internet: "Que esse lixo de governo tome vergonha na cara e para de roubar bilhões que deveria [sic] ir para saúde e educação. Chega gente". De imediato, ela foi motivo de piada nas redes sociais pela sua hipocrisia. Mesmo assim, não caiu a ficha. Em entrevista nesta segunda-feira (5) à jornalista Mônica Bergamo, da Folha, ela ainda tentou justificar a sua mancada. "Mesmo que eu fosse madame, não poderia ser julgada", resmungou.

O ódio político e o vilipêndio a Dutra

Foto: Alex de Jesus/O Tempo
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não é preciso ser sociólogo para constatar que há algo de patológico numa sociedade que viola o tabu da morte e permite que o ódio político invada as cerimônias fúnebres. O respeito aos mortos não é apenas um mandamento cristão mas um pressuposto da civilização. Na hora da morte devemos ser ainda mais reverentes para com aqueles que acabam de sair da vida. A lembrança do que foram e do que fizeram ainda está muito vívida mas deles mesmos resta um cadáver que não fala, que não pode se manifestar nem se defender. Ofender um morto no funeral é de uma covardia atroz. Foi o que alguns manifestantes fizeram hoje em Belo Horizonte no velório do ex-senador, ex-presidente da Petrobrás e do PT José Eduardo Dutra. Ademais, procurando sempre ajustar-se aos tempos e à Cultura, o Código Penal atualmente prevê o crime de ofensa aos mortos, no qual estariam incursos os ofensores de Dutra.

Velório de Dutra e o ódio fascista

Por Jean Wyllys, em seu perfil no Facebook:

Sim, as expressões de ódio estão saindo do controle neste país. 

Sim, o macarthismo tupiniquim e sua patrulha ideológica odiosa deixaram de ser algo irrelevante na cena política. 

Sim, os níveis de desumanidade e desrespeito não se limitam mais às redes sociais digitais (Facebook, Twitter, Instagram e caixas de comentários de sites e blogs). 

Outra integração regional é possível!

Por Gustavo Codas

Em novembro 2015 terão passados dez anos desde a derrota do projeto da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) em Mar del Plata. Esse resultado não deteve aos governos dos EUA. A estratégia norte-americana foi, na sequência, avançar sobre aqueles países onde a resistência era menor. Nesse período assinou tratados de livre comércio (TLCs) com Chile, Peru, Colômbia, América Central e República Dominicana.