segunda-feira, 18 de abril de 2016

O que pesa contra Temer na Lava-Jato

Da revista CartaCapital:

Neste domingo 17 a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Por 367 votos a 137, os deputados entenderam que as acusações de crime de responsabilidade procedem e impedem Dilma de continuar a governar.

O vice-presidente Michel Temer, que deve assumir a presidência da República caso o Senado confirme a decisão da Câmara, não deve ter vida fácil, entretanto. Ao contrário de Dilma, ele é citado como beneficiário nos escândalos de corrupção investigados na Lava Jato.

"Alô, mamãe, demos o golpe..."

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nada, nenhum argumento político ou jurídico será mais desmoralizante, aqui ou lá fora, para o golpe no Brasil que o comprometimento e o comportamento de seus agentes executores.

Um bando de escolares em excursão não produziria sequer a metade do que aqueles senhores, bem cevados de verbas públicas, expuseram para a vergonha do nosso país.

Conseguiram, em algumas horas, revelar mais da natureza do atraso, da mediocridade, do indecoroso deste episódio que horas e horas de qualquer discurso que os denunciasse.

Direita comemora cedo o golpe!

Editorial do site Vermelho:

O dia 17 de abril entrará para a história como um dos mais tristes capítulos da história do parlamento brasileiro. Uma maioria de deputados, mobilizados pelo espírito revanchista de um presidente atolado em denúncias, deu admissibilidade a um processo de impedimento contra o mandato popular exercido pela presidenta Dilma Rousseff.

Esse golpe não aconteceu apenas contra a vontade das urnas, mas também desconsiderando uma enorme mobilização democrática, que há tempos não se via no Brasil. Há alguns meses o país assiste a uma verdadeira comoção que fez virem à tona os melhores sentimentos de nosso povo: a tolerância, o espírito democrático, a solidariedade com os mais humildes, o patriotismo e a vontade de lutar por um país melhor. Artistas, intelectuais, trabalhadores e trabalhadoras, jovens, movimentos populares.... Tudo isso foi desconsiderado pela maioria dos deputados.

CUT: A luta contra o golpe continua!

Do site da CUT:

O dia 17 de abril de 2016 foi um dia histórico de mobilizações pelo Brasil em defesa da democracia. Mesmo com a admissão do pedido de abertura de impeachment da presidenta Dilma na Câmara dos Deputados, para a classe trabalhadora, a luta continua.

Agora a ação segue para o Senado, que é quem vai dizer se o processo deve ou não ser instaurado. Antes disso, é montada uma comissão com 42 senadores, sendo 21 titulares e 21 suplentes, que terá dez dias para elaborar um parecer. A presidenta só será intimada e afastada caso o Plenário decida que o processo deve ser instaurado.

MST: "Não tem porque desanimar"

Por José Eduardo Bernardes e Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

"Esse resultado da votação [do impeachment na Câmara] vai trazer mais gasolina para essa crise que está colocada no país. A direita não precisa ter dúvida. Os trabalhadores vão às ruas". A declaração é de João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), após a vitória do "sim" ao processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados neste domingo (17). Ele acrescentou: "Nós mobilizamos o país inteiro como não se fazia há mais de 20 anos. Não tem porque desanimar. Temos que nos preparar para as batalhas políticas, e eu acho que serão batalhas maravilhosas. Nossa geração vai viver um período rico que até então não conheciamos nesse país".

CTB: A batalha apenas começou!

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Hoje a classe trabalhadora testemunhou um grande golpe à democracia, mas também vimos o povo se levantar pelo Brasil e afirmar que haverá luta contra esse golpe parlamentar orquestrado pelo gângster Eduardo Cunha.

A unidade, luta e resistência da classe trabalhadora serão fundamentais para as próximas batalhas. Só assim derrotaremos os sabotadores da Democracia e da Constituição Federal.

UNE: "Mobilização total contra o golpe"

Do site da UNE:

A União Nacional dos Estudantes repudia o resultado da sessão plenária da Câmara dos Deputados que, na data de hoje, aprovou de forma viciada o pedido de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff. O resultado da votação dá sequência ao processo ilegítimo capitaneado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha de apunhalar o estado democrático de direito com a condução do impedimento presidencial sem as bases legais requeridas pela lei federal 1079/50, constituindo dessa forma um sério golpe às instituições brasileiras.

Cunha e Globo consumam o golpe de Estado

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os derrotados nas urnas enfim conseguiram: deram o golpe.

Mas a luta continua.

O capítulo final do impeachment acontece apenas daqui a 6 meses, quando houver o julgamento por dois terços do Senado.

Quanto à autorização pelo Senado, que precisa de maioria simples, é provável que passe nos próximos dias.

Barrar o golpe no Senado!

Por Luciana Santos, no blog de Renato Rabelo:

A Câmara dos Deputados, por maioria dos seus votos, desferiu um golpe na democracia ao aprovar a admissibilidade do impeachment fraudulento contra a presidenta Dilma Rousseff. Os debates na Comissão Especial e no Plenário daquela Casa demonstraram cabalmente que a presidenta não cometeu crime de responsabilidade. A presidenta Dilma sequer é investigada. Teve a vida vasculhada e nada absolutamente nada foi encontrado contra ela. É honesta, proba.

"Vamos derrotar o golpe nas ruas"

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo afirmaram em seguida ao resultado da votação na Câmara sacramentar a continuidade do processo de impeachment contra o mandato de Dilma Rousseff, que não vão aceitar "o golpe contra a democracia e nossos direitos". Lembrando o massacre de Eldorado dos Carajás, que em 17 de abril de 1996 vitimou 23 sem-terra e segue sem que ninguém ainda tenha sido punido, os movimentos dizem que o dia de hoje "entrará para a história como dia da vergonha". "Vamos derrotar o golpe nas ruas", completam.

A luta apenas começou!

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A plutocracia venceu.

Quer dizer: por ora, venceu.

Uma Câmara eleita pelo dinheiro das grandes empresas decidiu cassar 54 milhões de votos.

A pior Câmara que o dinheiro pôde comprar decidiu por sabotar a democracia.

Corruptos abraçados a bandeiras brasileiras juraram em nome de Deus combater a corrupção, num espetáculo de cinismo brutal.

O golpe e a justiça das serpentes

Por Jeferson Miola

“A justiça é como as serpentes. Só morde os pés descalços” - Eduardo Galeano, um humanista que eles jamais terão dentre um dos seus.

O julgamento de exceção da Dilma na Câmara dos Deputados é um golpe de Estado que jamais seria cometido contra um Presidente conservador. É um golpe perpetrado contra um governo popular, dos de baixo, um golpe contra um governo passível de ser picado pela serpente da [in]justiça, porque é um governo dos “descalços”.

domingo, 17 de abril de 2016

#ForaCunha, o chefe da máfia golpista!

Por Altamiro Borges

Com a aprovação do impeachment de Dilma, o correntista suíço Eduardo Cunha, o chefão da máfia golpista, tentará agora um novo lance de ousadia: escapar da sua própria cassação. Neste esforço, ele tem a ajuda das putrefatas bancadas do PSDB, DEM, PPS e SD, entre outras legendas compostas de moralistas sem moral, e da mídia “privada” – nos dois sentidos da palavra. Nas últimas horas, cresceu a boataria de que este pacto mafioso já orquestra uma saída “honrosa” para o lobista. Após ter obrado todo o trabalho sujo, ele renunciaria ao seu cargo de presidente da Câmara Federal e, como compensação, teria seu mandato de deputado federal preservado. Os midiotas que festejam o “Fora Dilma” terão que se olhar no espelho, como já advertiu o escritor Luis Fernando Veríssimo.

Empresários apresentam 'pacote do golpe'

Por Altamiro Borges

Em suas mansões ou restaurantes luxuosos, a elite empresarial brasileira deve estar em êxtase com a aprovação do impeachment de Dilma. Afinal, ela é a grande vitoriosa deste vergonhoso golpe na democracia. Os deputados são apenas os seus serviçais e os “midiotas” da chamada classe média são somente a sua massa de manobra. Caso a farsa seja confirmada pelo Senado Federal, em votação prevista para 11 de maio, a burguesia internacional e colonizada dará um passo importante para impor o seu plano regressivo e destrutivo ao Brasil. Será a revanche neoliberal! O “pacote de maldades” inclusive já está no forno, conforme divulgou neste sábado (16) a Folha tucana.

Greve geral contra o golpe. Já!

Por Altamiro Borges

Numa sessão deprimente, que entrará para a história como um dos momentos mais tristes da frágil democracia brasileira, a Câmara dos Deputados aprovou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Um “consórcio de bandidos”, liderado pelo correntista suíço Eduardo Cunha – com muitos deles falando de forma leviana “em nome de Deus” –, assaltou 54,5 milhões de votos e deu o primeiro passo para a formação do ilegítimo governo de Michel Temer, o Judas que não conta com 1% de credibilidade na sociedade. O golpe, porém, teve o seu contraponto. Neste domingo (17), milhares de pessoas saíram às ruas em defesa da democracia e dos direitos sociais. Os protestos revelam que estão sendo criadas as condições para a decretação de uma greve geral no Brasil.

A hora da escolha: Dilma ou Temer/Cunha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hoje, no final da votação do pedido de impeachment, o Brasil estará diante de um novo destino - cujo traçado final será resolvido pelos 513 deputados federais. Não será um desenho definitivo, até porque a história é um movimento perpétuo, que admite avanços e retrocessos, que refletem as insondáveis motivações da luta política e da alma humana.

Se, como acredito, a tentativa de encerrar o mandato de Dilma for derrotada, a principal instituição de uma democracia - o respeito pelo voto popular - terá sido preservada.

Merval Pereira, enfim, a confissão

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Na coluna deste domingo (17/04) a confissão de Merval Pereira. O impeachment é o terceiro turno para empossar quem não recebeu voto nas urnas.

Para quem ainda tinha dúvidas de que toda esta campanha de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, sem que lhe apontassem um real crime de responsabilidade, nada mais é do que a longa luta da oposição pelo terceiro turno, a coluna de Merval Pereira neste domingo (17/04) coloca os pingos nos iiii.

Golpistas já articulam anistia para Cunha

Da revista Fórum:

Deputados federais já articulam uma anistia ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) seja aprovado neste domingo. Cunha responde a processo no Conselho de Ética da Casa por ter mentido à CPI da Petrobras em março de 2015, quando afirmou que não tinha contas em paraísos fiscais.

Os articuladores da anistia argumentam que o papel de Cunha como condutor dentro da Câmara do processo de cassação do mandato presidencial justifica que ele seja poupado por seus pares. “Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado”, defende Osmar Serraglio (PMDB-PR). “Outro deputado qualquer não teria resistido às pressões do Palácio do Planalto. Vamos salvá-lo”, explica o deputado Dirceu Sperafico (PP-PR).

A decisão será por margem estreita

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

As última 48 horas foram de intensas mudanças e articulações no cenário político. Até o meio da tarde de sexta-feira (dia 15), a contabilidade dos votos mostrava que o pêndulo se inclinava decididamente em favor do golpe de Temer/Cunha.

Mas àquela altura, os governadores do Nordeste já trabalhavam freneticamente nos bastidores, para virar votos em favor da democracia. E isso deu resultados.

Governo virou a noite em vantagem

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A volatilidade dos votos na Câmara foi altíssima nas últimas 36 horas, recomendando que nenhum dos lados da encarniçada luta política entrem hoje no plenário com ares triunfantes, como fez a oposição na sexta-feira.

Mas governo, petistas e aliados viraram a noite com aparente vantagem, certos de que, salvo a ocorrência de baixas significativas hoje, antes do início da votação, conseguirão derrotar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A opinião pública no calor da hora

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Concluída na terça-feira 12, a mais recente pesquisa do instituto Vox Populi, encomendada pela Central Única dos Trabalhadores, mostra de que maneira a opinião pública avalia o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff às vésperas da decisão da Câmara dos Deputados.

Não é o passo derradeiro, pois tanto o Senado quanto, parece, o Supremo Tribunal Federal ainda terão o que dizer. Mas é um momento importante na longa crise política atravessada pelo País.

Por que o impeachment não passará

Por João Carlos Gonçalves (Juruna)

Em 24 horas, o Câmara dos Deputados mudou e um alinhamento com a luta de trabalhadores de todo o País começou a acontecer. O ufanismo que cantava vitória antecipada subiu no telhado. A crista da mídia que já dava como favas contadas a deposição da presidente Dilma Rousseff e de todo o arco de forças que a sustenta baixou.

A luta está aberta, mas as expectativas estão sensivelmente mais equilibradas, com chances concretas retomadas pelo governo de vencer o golpe contra o mandato presidencial obtido nas urnas, em eleições democráticas e legítimas.

sábado, 16 de abril de 2016

O programa dos golpistas

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

Ao que parece, a votação do próximo domingo será decidida – como num jogo do Corinthians – nos últimos instantes, lance a lance.

Sabendo disso, Temer entrou em campo, como cabo eleitoral de si mesmo, no processo que visa a cassar sua companheira de chapa. A seu favor, tem Eduardo Cunha e suas manobras.

A voz das ruas já não é uníssona. O mesmo percentual que defende a derrubada de Dilma também é contra a permanência de Temer. E as manifestações para barrar o impeachment têm crescido expressivamente nas últimas semanas. A esplanada dos Ministérios estará dividida no domingo.

Silêncio dos EUA é apoio a golpe no Brasil

Do site Opera Mundi:

“O governo dos Estados Unidos vem guardando silêncio sobre esta tentativa de golpe, mas há poucas dúvidas quanto à sua posição.” A frase é de Mark Weisbrot, codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa. Para ele, a campanha do impeachment é, sim, um golpe de Estado capitaneado pela elite nacional, algo impensável nos Estados Unidos.

O Globo a cada dia se supera

Por Mario Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

A saga golpista se faz presente na edição desta quinta-feira (14) do jornal O Globo ao adiantar alguns nomes de um possível ministério de Michel Temer, vice-presidente da República. E isso antes da votação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados. O jornal da família Marinho se supera e até tem enaltecido em várias ocasiões o retrocesso.

Dilma desmascara o golpe dos corruptos

Futebol e política se misturam, sim!

Lula no acampamento pela democracia

Batalha histórica: não vai ter golpe!

Foto: Jornalistas Livres
Editorial do site Vermelho:

A batalha que ocorre na Câmara dos Deputados neste domingo (17) tem dimensões históricas. Reconhecer este fato não é mera retórica, mas a expressão da verdade.

No dia de hoje a luta política unifica a vontade das ruas e a Câmara dos Deputados onde os parlamentares votarão em sintonia com o sentimento popular demonstrado em inúmeras manifestações pela legalidade que, com centro na Esplanada dos Ministérios (em Brasília) se espraiam para as demais cidades brasileiras. São milhões, em todo os país, em vigília democrática. Os deputados devem votar tendo a consciência do sentimento democrático que pulsa em todo o país e acompanha cada voto a favor da democracia e da legalidade constitucional. Votarão contra o impeachment ilegal e golpista contra a presidenta Dilma Rousseff.

Quais os objetivos políticos do golpe?

Por Pedro Paulo Zahluth Bastos, no site Carta Maior:

A mensagem à Nação que o vice-presidente Michel Temer deixou vazar para a imprensa no dia 11 de abril deixou claro o aceno ao capital externo: “a mudança pode gerar esperança e que, gerando esperança, isso pode gerar investimentos, não só investimentos nacionais, mas investimentos estrangeiros... eu fiz muitas viagens internacionais no primeiro mandato e verifiquei o quanto os outros países, que têm muito dinheiro em suas mãos, querem fazer aplicando no Brasil.”

O país na hora da verdade

Da Revista do Brasil:

No país dos paradoxos chamado Brasil, políticos investigados por corrupção e alguns até réus, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tentam levar adiante um processo de impeachment contra uma presidente da República sem que haja, ao menos até agora, um crime de responsabilidade. Partidos de oposição pedem formalmente a prisão de Guilherme Boulos, líder dos sem-teto, acusando-o de incitar a violência, enquanto seus aliados pregam abertamente atos ofensivos contra artistas e juízes, ou contra qualquer um que se manifestar a favor da preservação do mandato de Dilma Rousseff.

Precisamos falar sobre Temer

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Não dá pra confiar no Congresso. Às ruas!

Por Altamiro Borges

Na manhã desta sexta-feira (15), quando o correntista suíço Eduardo Cunha deu início à vergonhosa sessão pelo impeachment da presidenta Dilma, os movimentos sociais foram às ruas contra o "golpe dos corruptos". Trabalhadores rurais bloquearam estradas em vários Estados; lideranças populares ocuparam ruas e praças nas capitais; teve até greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Salvador (BA). Tudo indica que estas ações vão crescer ainda mais até domingo, data prevista para a votação na Câmara Federal. Os movimentos sociais sabem que não podem confiar nos "nobres deputados" - alvos da sedução da mídia e do balcão de negócios da quadrilha que deseja assaltar o Palácio do Planalto.

Lula: "Vamos derrotar o impeachment"

STF se tornou um par perfeito para Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O STF é uma espécie de par perfeito para Eduardo Cunha, como se viu ontem nos julgamentos finais de liminares do governo antes da votação de domingo.

Cunha está promovendo um golpe por vingança. Queria que o governo o ajudasse a escapar das consequências de seus múltiplos atos corruptos.

Os suíços documentaram suas contas secretas, que ele negara nesta mesma Câmara que quer desalojar Dilma.

Só para lembrar: Cunha comanda o show

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Lamentável sob qualquer ponto de vista, a mudança de cadeiras na Comissão de Ética da Câmara, que tem em mãos o destino do suíço Eduardo Cunha, é um episódio revelador sobre os verdadeiros interesses em jogo neste domingo, quando 513 deputados irão tomar a decisão política mais importante de sua geração, ao examinar um absurdo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Como se pode verificar pela simples leitura dos jornais, Cunha é o verdadeiro maestro do espetáculo. Marcou datas, definiu regras e ritos.

Mídia golpista faz guerra psicológica

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

Uma guerra psicológica orquestrada para desmobilizar quem é contra o golpe. É assim que o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), Laurindo Lalo Leal Filho, define o comportamento da mídia na veiculação de matérias sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que será votado no próximo domingo (17), no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Temer e a legião dos traidores

Por Alceu Luís Castilho, no site Outras Palavras:

A frase de Júlio César a Brutus provavelmente nunca foi dita: “Até tu, meu filho?” Hoje, na cena brasileira, seria impensável. Pois a presidente traída precisa comunicar à imprensa a reação ao vice-presidente traidor, que, por sua vez, terá exposto pela imprensa a própria traição. Sem diálogo direto entre os protagonistas. Vivemos em tempos de traição mediada, onde os meios de comunicação são utilizados como instrumento político. A própria mídia, que gosta de se apresentar como defensora da democracia, aparece como Judas central dessa história.

"Lula 2018" assombra a Globo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Seja qual for o resultado da votação no domingo (dia 17), um fantasma já assombra a direita brasileira – que, conduzida pela Globo/Cunha/Temer/Moro/Serra/FHC levou o país a um transe antidemocrático.

Esse fantasma aparece não só nas conversas de bastidor. Mas ganha as redes, e agora os muros: “Lula 2018!”

Pelo menos duas inscrições surgiram durante esta madrugada, na região central de São Paulo.

O poder econômico no jogo do impeachment

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Por oito votos a três, o STF decidiu no ano passado que as doações de empresas às campanhas eleitorais são inconstitucionais. Representam, disseram alguns dos oito que votaram na tese da OAB, uma indevida interferência do poder econômico no funcionamento da democracia. E o que dizer então da poderosa campanha do empresariado organizado a favor da derrubada da presidente Dilma Rousseff através de um processo golpista travestido de impeachment?

A crise e a caça às bruxas

Por Rosana Pinheiro-Machado, na revista CartaCapital:

Eu tinha oito anos de idade quando algumas crianças apontaram para mim e gritaram “demônio, filha de comunista”.

Eu fui crescendo, a democratização foi se consolidando e as acusações pararam de acontecer. Tornei-me adolescente com o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim. Todo mundo queria fazer fila para comer no McDonalds recém-inaugurado.

Conforme os ares da ditadura iam ficando para trás, meu pai comunista se transformava mais em folclore do que uma ameaça. Eu me tornei adulta acreditando que eu podia ser bizarra de esquerda, mas ainda sim eu desfrutaria de uma liberdade que meus pais e meus tios nunca desfrutaram.

Golpistas, a guerra vos espera!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em 49 Antes de Cristo (ac), o ditador romano Caio Júlio César atravessou o rio Rubicão, uma fronteira natural que separava a Gália Cisalpina da Itália. O Senado Romano proibira que o exército do Império transpusesse a fronteira. Ao transgredir a ordem, Júlio César violou a lei e declarou guerra ao Senado. No instante em que atravessou o Rubicão, exclamou frase em dialeto local traduzida em latim popular como “Alea jacta est” (A sorte está lançada).

Os dois lados do mapa do impeachment

Por Jeferson Miola

O mapa do impeachment está desenhado. Ele tem dois lados:

- num lado, Michel Temer, personagem sorumbático e traidor que passa as horas vagas de vice “decorativo” conspirando para derrubar a Presidente que lhe fez vice-presidente sem que ele tenha recebido um único voto popular; e

- noutro lado, Dilma, Presidente eleita com 54.501.118 votos que jamais participou de conspiração ou traição, mesmo quando foi torturada pelos fascistas que deram o golpe de 1964.

Dilma/Lula ou Temer/Cunha?

Por Nicolas Chernavsky, em seu blog:

A argumentação de quem quer o impeachment de Dilma em geral se centra nas críticas à presidenta mas praticamente ignora o assunto de quem assumirá o cargo de presidente caso Dilma seja afastada. Entretanto, só é possível ter uma opinião minimamente coerente sobre a questão se levar-se em conta quem substituiria Dilma, que no caso é Michel Temer, e quem assumiria o lugar atual de Temer, que no caso é Eduardo Cunha. Como conclusão, fica claro que a escolha que os(as) deputados(as) farão no domingo é se governarão Dilma e Lula – respectivamente a primeira e a segunda figura do governo (se o STF permitir que Lula seja ministro da Casa Civil) – ou Temer e Cunha, respectivamente a primeira e a segunda figura de um eventual governo Temer.

O mundo rejeita "o golpe dos corruptos"


Por Marcelo Zero

A comunidade mundial está perplexa. Não consegue entender direito o que se passa no Brasil. Sobretudo, não consegue entender como uma presidenta sabidamente honesta pode ser afastada por adversários que são sabidamente corruptos e desonestos.

A comunidade internacional simplesmente não consegue entender a farsa monumental daquilo que alguns já chamam de “o golpe dos corruptos”.

O morro mandou avisar: não passarão!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O impeachment e a dança com dragões

Por Jandira Feghali

“Nem todos os homens foram feitos para dançar com dragões...”

A política nacional parece retratar quase perfeitamente a saga dos livros da ‘Crônica do Gelo e Fogo’, compilado literário do escritor George R. R. Martin e um sucesso na televisão mundial através da série Game of Thrones. Tanto na ficção, quanto na nossa realidade, personagens extremamente sorrateiros tentam de forma desonesta chegar ao poder.

Impeachment do processo civilizatório

Por Eduardo Fagnani, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


O objetivo de construir uma sociedade civilizada, democrática e socialmente justa deveria ser um dos núcleos de um projeto nacional. A Constituição de 1988 representa um marco do processo civilizatório do país. Pela primeira vez em mais de cinco séculos, ela assegurou formalmente a cidadania plena (direitos civis, políticos e sociais) para todos os brasileiros. O novo ciclo democrático inaugurado por ela, associado aos avanços sociais obtidos na década passada, contribuiu para a melhoria do padrão de vida da população, especialmente dos mais pobres.

Globo é incompatível com a democracia

Estaremos diante da era Cunha?

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Estamos correndo o risco de ter, em vez de a era FHC ou da era Lula, a era Cunha no Brasil.

Chamar um futuro "governo Temer" com este nome é uma piada.

Em primeiro lugar, porque se o golpe triunfar - e é bom lembrar que para isto não basta ganhar na Câmara no domingo, tem que ganhar depois em duas votações no Senado também e talvez em uma no STF, no meio do caminho - a direita vai partir para o massacre. Massacre de quem e do quê? Da esquerda, e de todos os programas sociais que puseram o Brasil num novo patamar histórico nos últimos anos.