terça-feira, 24 de setembro de 2024

PL critica traição de Onyx Lorenzoni no RS

Por Altamiro Borges

Ministro da Casa Civil do covil de Jair Bolsonaro, o ex-todo-poderoso Onyx Lorenzoni está em fim de carreira. Não é consenso nem mesmo no PL, a sigla de aluguel das milícias fascistas. Segundo postagem do site Metrópoles, o velhaco “recebeu dois ‘foras’ do seu partido, pelo qual disputou o governo do Rio Grande do Sul em 2022”. As broncas foram dadas em função de suas trairagens.

“O apoio do ex-deputado a candidatos de outras siglas em municípios gaúchos gerou mal-estar entre os seus correligionários. Dois diretórios municipais emitiram notas de repúdio contra Onyx Lorenzoni. Em Caxias do Sul, a segunda maior cidade do estado, com 463.338 habitantes, ele apoia o atual prefeito, Adiló Didomenico (PSDB). No entanto, o presidente do PL local, Maurício Scalco, é o candidato do partido à prefeitura”.

Já em Gravataí, sexta cidade mais populosa do estado, o oportunista declarou apoio a Marco Alba, do MDB. O presidente municipal do PL, José Capaverde, criticou o ex-ministro que visitou o município para apoiar um adversário da sigla. “Subiu no carro de som, visitou comitê e pediu voto ao candidato do MDB, com quem rompemos relações quando ele escolheu um vice do PDT, o partido que cassou os direitos políticos do presidente Bolsonaro”, esperneou o bolsonarista em nota ao diretório estadual da sigla.

O corneado de Caxias do Sul também enviou nota à direção da sigla pedindo a imediata punição do traidor. Maurício Scalco relembrou a determinação do PL, que proíbe filiados de apoiarem candidatos de outras siglas quando o partido possui candidato próprio. Ele se disse vítima de “desrespeito” e cobrou das instâncias superiores da legenda a expulsão de Onyx Lorenzoni.

Nas eleições de 2022, o protegido de Jair Bolsonaro recebeu 42,88% dos votos válidos e perdeu a briga pelo governo do Rio Grande do Sul para Eduardo Leite (PSDB), que foi reeleito com 57,12%. Como lembra o site, “o ex-deputado era considerado um ‘ministro coringa’ de Bolsonaro. Além da Casa Civil, ele comandou o Ministério da Cidadania, a Secretaria-Geral da Presidência e o Ministério do Trabalho e da Previdência”. Apesar do desgaste, Onyx Lorenzoni segue com o sonho de ser governador do Rio Grande do Sul. E não vacila em trair seus correligionários!

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