segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Retornemos ao tempo da delicadeza

Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

Eu não sonho com um Ano Novo. Sonho com um mundo novo, delicado. Com pessoas novas, delicadas.

Que a delicadeza invada as suas vidas e as tornem humanas. Que a humanidade dentro delas exploda em direção ao mundo e o transforme em um mundo delicado.

E o mundo delicado trate com delicadeza todos os contemporâneos dessa era insana, que acreditam que eliminar pessoas pela guerra, pela fome e pelo preconceito faz parte de uma torpe lei natural, que consiste em eliminar os mais fracos para que os mais fortes prosperem.

Temer, Macri e a expressão do fracasso

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

As promessas eram as mesmas de há três décadas: acabar com os gastos inúteis do Estado, com sua administração ineficiente, controlar as finanças públicas como primeira prioridade, retomar a confiança na economia, recuperar o crescimento econômico. No passado, a novidade permitiu que as promessas tivessem duração mais longa: elegeram e reelegeram governos, baseados no controle da inflação, mesmo frente ao processo de estouro da dívida pública, do aumento da desigualdade e da exclusão social.

Doria no seu primeiro dia como prefeito

Por Renato Rovai, em seu blog:

O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), escolheu para primeiro ato de seu governo ir às ruas com todo o seu secretariado e presidentes de empresas municipais vestido de gari e empunhando vassouras. A cena, além de constrangedora, não é nada nova. Muito pelo contrário, remete ao populismo imbecilizado que teve em Jânio Quadros seu principal expoente. Jânio, o homem da vassourinha, que depois de renunciar e levar o país ao golpe de 64, se tornou prefeito de São Paulo, em 1985, utilizando os mesmos métodos.

2017 terminará com o sonho de Temer?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

2017 começa com sinais, por toda a parte, de que o “andar de cima” – para usar a expressão de Elio Gaspari – já colocou os sonhos de Temer na conta dos improváveis.

O próprio Elio diz, na sua coluna que, “o governo encastelou-se na moderna astrologia dos marqueteiros” e seu chefe, Temer “roda o país prometendo fantasias encantadoras embebidas de “pensamento positivo”.

Míriam Leitão, uma das mais ativas remexedoras do caldeirão de “retomada” que se previa para assim que Dilma fosse derrubada e que o governo parasse de atrapalhar as obras saneadoras da contração econômica com que Joaquim Levy e suas mãos de tesoura já vinham arruinando o país, também não demonstra otimismo e abre sua primeira coluna do ano dizendo que “entramos no ano sem saber se o presidente será o mesmo ao fim destes 12 meses”.

Chacina em Campinas e a onda direitista

O assassino Sidnei Ramis de Araújo
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pensamento de extrema direita brasileiro moderno produziu sua primeira chacina.

A carta do técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, que matou doze pessoas num réveillon em Campinas, é um catálogo de boçalidades bolsonarianas típicas.

A missiva é dirigida ao filho João Victor, de 8 anos - que o pai acabaria matando na festa, juntamente com a mãe Isamara Filier.

Demagogo e falastrão, Doria não terá paz!

Por Altamiro Borges

Na maior capital do país, São Paulo, o empresário e apresentador de tevê João Doria – também já apelidado de João Dólar – tomou posse neste domingo (1) afirmando que cumprirá todas as suas promessas de campanha. Mas nem a mídia chapa-branca bota fé nas bravatas do novato tucano, uma criação de laboratório do governador Geraldo Alckmin. E muitos já preveem que sua gestão será conturbada. “Pesquisas qualitativas feitas por agências de comunicação mostram que o pavio do paulistano está curtíssimo e que a lua de mel do eleitorado com João Doria pode ser curta”, informa uma notinha da Folha. Ou seja: o demagogo e falastrão não terá paz!

domingo, 1 de janeiro de 2017

Desemprego e falências. Feliz 2017?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Em sua primeira coluna do ano, o veterano jornalista Janio de Freitas, uma das poucas vozes críticas da mídia monopolista, ironizou já no título: “Desejar ‘feliz 2017’ é uma extravagância cômica”. Como aponta, as perspectivas de futuro – não só no Brasil – são bem sombrias. “Michel Temer e Donald Trump são sócios em uma excentricidade que nos onera com alcance, pode-se dizer, unânime. A voz geral é o pessimismo sobre o 2017 com Temer e seu grupo de aturdidos e corruptos. A essa desesperança convicta Trump anexa uma inquietação medrosa do quanto pode piorar as desgraças do mundo, entre as quais a nossa”.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Para "bebemorar" a passagem do ano

Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:

“Monólogo”

- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...

- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.

E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.

- Tirei a rolha da primeira garrafa e despejei o seu conteúdo na pia, com exceção de um copo, que bebi.


Eduardo Galeano e o direito ao delírio