sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Doria sonda Janaína: inspetora de banheiro?

Por Altamiro Borges

A capital paulista, bajulada como a locomotiva do Brasil, está virando motivo de piada – pelo menos na internet. O novo prefeito da cidade, o empresário e apresentador de tevê João Doria, fantasiou-se de gari para iniciar a sua gestão midiática. A demagogia barata – inclusive porque o local em que ele conheceu uma vassoura já havia sido limpo pelos verdadeiros trabalhadores do setor durante a madrugada – bombou nas redes sociais. Já a “musa do impeachment” de Dilma, a advogada Janaína Paschoal, anunciou que iria aderir à campanha de limpeza deflagrada pelo falastrão de São Paulo e se propôs a inspecionar os banheiros públicos do Parque do Ibirapuera. Haja gargalhada!

Cadê a regulação da publicidade infantil?

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Um projeto de lei que regula a propaganda dirigida às crianças completou neste final de ano 15 anos na fila de espera para ser votado na Câmara dos Deputados. A demora reflete o poder que as indústrias de brinquedos e de alimentos, as agências de publicidade e os veículos de comunicação têm para barrar qualquer iniciativa destinada a proteger a infância desse tipo de propaganda. Além dos intrincados trâmites legislativos.

Tornou-se conhecido o caso do menino, na periferia de São Paulo, que ao ser detido pelo segurança de um supermercado tomando um danoninho disse estar apenas querendo saber que gosto tinha esse produto tão anunciado na televisão.

Moraes é culpado pelo Massacre em Manaus

Doria não é Jânio Quadros. É pior!

Por Nilson Lage, no blog Tijolaço:

Engana-se quem, só por conta da vassoura, faz comparações entre o Prefeito de São Paulo, João Dória Jr., e Jânio Quadros.

Jânio Quadros fez carreira com a imagem de outsider, mas seu discurso visava o bom-burguês e seus discípulos – o pequeno ladrão realizado ou em potencial que, sempre disposto a passar para trás quem está à frente, imagina o mundo à sua semelhança e justifica tudo com a corrupção, grossa ou miúda – dos outros. (Um discurso que se mostrou, agora, de novo, eficiente.)

Chacina em Campinas: Até quando?

Por Manoel Olavo, no site Carta Maior:

Como professor de psicopatologia, sei que é questionável fazer afirmações categóricas sem examinar pessoalmente um paciente. Mas, no caso da recente chacina à sangue-frio de 12 pessoas em Campinas, arrisco-me a dizer algumas coisas, pois envolvem reflexões necessárias e urgentes sobre o adoecimento de nossa sociedade.

Em primeiro lugar, chama a atenção a ausência de qualquer alteração psicopatológica óbvia na carta deixada pelo assassino. Em termos formais, não se verificam alterações de pensamento, conteúdo delirante, referências à alterações de sensopercepção, desorganização formal da escrita ou linguagem. Nada, enfim, que possa sugerir um quadro psicótico agudo ou crônico. Por sua vez, descartando uma alteração de consciência, observa-se um discurso coerente e bem organizado, típico de uma pessoa com formação cultural relativamente elevada, que busca desenvolver, com argumentos lógicos, uma justificativa para seu ato.

Acabou o amor do mercado com Temer?

Por Emilio Chernavsky, na revista CartaCapital:

Contrariando as promessas de que a instabilidade que marcou o segundo governo Dilma Rousseff terminaria com o fim do processo de impeachment, 2016 se encerrou em meio a uma profunda crise política e institucional.

É nesse ambiente que nas últimas semanas do ano começaram a ganhar visibilidade nos meios de comunicação os comentários críticos à condução da política econômica, apontando em especial a falta de resultados positivos mesmo tendo já se passado sete meses desde que o novo governo assumiu.

Henfil, o “guerreiro” insubstituível

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Na quarta-feira (04/01) completaram-se 29 anos da perda de um dos mais cruéis e criativos, na versão do colega dele Ziraldo, cartunistas que o país conheceu. Vítima de Aids, contraída pela irresponsabilidade pública através de uma das muitas transfusões de sangue que recebeu por ser hemofílico – assim como seus irmãos, Betinho e Chico Mário – Henfil morreu novo, aos 44 anos. Mas, Henrique de Souza Filho, nos seus 27 anos de carreira fez um considerável “estrago”, deixando sua marca registrada no humorismo brasileiro. Sofreu com a repressão por conta do seu humor marcante:

Os efeitos do "negociado sobre legislado"

Por André Campos, no site Repórter Brasil:

Jornadas de trabalho de 24 horas ininterruptas, revistas íntimas na entrada de empresas, redução de salários e até a prisão de sindicalistas acusados de receber vantagens para aprovar medidas contrárias aos interesses dos trabalhadores.

Essas são algumas das consequências de acordos já celebrados entre sindicatos e empregadores no Brasil. Problemas que podem se multiplicar se for aprovada uma das principais mudanças defendidas pelo governo Michel Temer na reforma trabalhista.

Errar é humano, insistir é Temer!

Da revista Fórum:

O presidente Michel Temer insistiu no erro de ontem (05), quando chamou o massacre de Manaus de acidente. O presidente postou em seu Twitter sinônimos da palavra “acidente”, como tragédia, perda, desgraça, fatalidade. De acordo com o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 5ª edição, de 2010, acidente significa “acontecimento casual, fortuito, imprevisto, acontecimento infeliz, casual ou não, e de que resulta ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc., desastre”.