terça-feira, 8 de setembro de 2015

A escalada golpista depois de agosto

Por Renato Rabelo, em seu blog:

As vozes de agouro golpistas anunciavam que agosto seria o prelúdio do fim do governo Dilma Rousseff. Sucedeu o contrário: uma trégua. A escalada golpista perdeu tônus e ganhou relativo isolamento, ou ainda mais se apagou a conclamação pela disparatada proposta de “renúncia”, e a rocambolesca prédica do tucano Aécio Neves ao exigir a convocação de “nova eleição”.

Também é verdade, a alternativa dos antigoverno é só o caos.

Quem tem medo de Jean Wyllys?

Por Murilo Cleto, na revista Fórum:

Em 1978, com História do medo no Ocidente, o historiador francês Jean Delumeau interrompeu um silêncio de séculos na academia, algo lamentado há pelo menos três décadas por Lucien Febvre, que se queixou por não haver, até então, “[...] uma história do amor, da morte, da piedade, da crueldade, da alegria”. É somente com a terceira geração da escola dos Annales, denominada História das Mentalidades, que o medo surgiu como objeto passível de investigação pela disciplina.

Os jornalistas e o choque de realidade

Do blog Conexão Jornalismo:

Um dia após o passaralho de dezenas (talvez centenas) de jornalistas na redação do Grupo Globo, o tema ainda reverbera forte nas redes sociais e entre jornalistas. Repórter com larga experiência em vários jornais do país, Marcelo Migliaccio faz uma análise dura, porém realista, do quanto a perda do emprego provoca em significativa parcela do universo profissional que, não raro, confunde o cargo, o posto alcançado, a ascensão profissional, com a própria personalidade. O choque de realidade que espera alguns daqueles que perderam seus empregos, e ingenuamente se deixaram confundir, pode parecer duro, mas se transformará necessariamente em um grande aprendizado. Leia o artigo:

O mundo ultrajado no pequeno Aylan

Por Tarso Genro

O pequeno Aylan está deitado de bruços numa praia da Turquia e sua cabecinha, de menino de três anos de idade, está apontada para o mar. Aylan está morto, mas parece querer voltar para a sua terra síria. É o pequeno Aylan Kurdi, de três anos de idade. numa foto que levou séculos para poder ser realizada, colorida, divulgada e, finalmente, bater em nossa porta para nos comover e perseguir para sempre. Séculos de violência colonial, monarquias protegidas pelas potências europeias, ocupações militares do ocidente, tráfico de armas originárias dos países ricos, regimes feudais de restauração colonial, construíram esta foto. Mais do que a foto que nos arrebata, construíram esta realidade de uma criança de três anos, inocente, pura, cheia de promessas de vida, morta e tombada, com a sua cabecinha orientada para o mar.

Quem leva Fábio Jr. a falar asneiras?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

E eis que Fábio Jr. reaparece no noticiário.

O rosto, desfigurado de tantas plásticas, lembra estranhamente o de Michael Jackson nos últimos tempos. (Ou, numa leitura mais íntima, o de minha falecida Tia Zete.)

É a velha batalha contra o tempo.

Mas o que realmente chamou a atenção foi a mente. FJ como que implantou o cérebro de Lobão.

Aloysio Nunes e a invisibilidade na mídia

Do blog Viomundo:



Podemos chamar de “milagre da impunibilidade tucana na mídia”.

Leiam, primeiro, as manchetes de primeira página no Agora (extrema-esquerda) e Estadão (extrema-direita).

Depois, no miolo, a primeira página, a interna e o detalhe publicados pela Folha de S. Paulo.

Carta à presidenta Dilma Rousseff

Por Flávio Aguiar, de Berlim, na Rede Brasil Atual:

Cara Presidenta,

Fique. Um dia, um predecessor seu, é verdade que “no tempo do Rei”, antes de “no tempo do Império, teve a coragem de dizer “como é para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, digam ao povo que fico”. Oito meses depois foi proclamada a Independência do Brasil.

Agora, quem se levanta contra a senhora não são mais as Cortes de Lisboa. Aliás, o primeiro-ministro português, conservador, sério, desmentiu as aleivosias que levantavam contra o ex-presidente Lula.

O “escândalo” das estrelas superfaturadas

Por Bepe Damasco, em seu blog:              

1) Já que a Procuradoria-Geral da República encaminhou ao STF e este repassou a competência ao juiz Moro para investigar as campanhas de Dilma em 2014, 2010 e até de Lula em 2006, por que a justiça não rasga a fantasia de uma vez e apura também possíveis patranhas no Lula Lá, de 1989?

2) Já que só o PT apresenta irregularidades em contas de campanha no Brasil, e que o partido é uma ilha de falcatruas em meio ao oceano de virtudes que é o sistema eleitoral brasileiro, por que não se abrir o leque das investigações para todas as campanhas petistas em seus 35 anos de história?

Alckmin e Aécio agora trocam de ninho

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

As últimas pesquisas presidenciais para 2018, que colocaram o senador mineiro Aécio Neves bem à frente do governador paulista Geraldo Alckmin, provocaram uma radical troca de ninho no poleiro tucano. Aos poucos, eles foram invertendo seus papéis no combate ao governo Dilma, a Lula e ao PT.

A guinada de Alckmin, o moderado, disposto a abandonar o epíteto de "picolé de chuchu", começou no dia 29 de agosto, em Cuiabá, durante a filiação do governador do Mato Grosso, Pedro Taques. Ao lado de Aécio e outros tucanões, ele mandou ver:

Uma decisão exemplar contra a homofobia

Por Jean Wyllys, na revista CartaCapital:

“Eu falei do deputado federal endemoniado Jean. Se Deus não matar esse infeliz, eu mesmo vou matá-lo pessoalmente. Querem respeito desrespeitando as leis de Deus e os princípios da Bíblia Sagrada. Mas rapaz, quem vai virar homofóbico agora sou eu.”

Márcio Damasceno achou que poderia publicar no seu perfil pessoal do Facebook uma ameaça de morte contra mim - ou contra quem quer que fosse - e nada aconteceria. Nesse país, veado é morto todo dia e nada acontece, não é? Na sua imaginação doentia, Deus, a Bíblia e seus “princípios” estavam do lado dele e o habilitavam para ameaçar de morte outra pessoa sem que houvesse consequências.

O antipetismo é uma droga fugaz?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Excetuando-se aproveitadores e oportunistas como os artistas decadentes aos quais o antipetismo em moda proporcionou chance de reaparecer, essa maioria tonitruante que se formou contra o PT e seus próceres decorre da ingestão de uma droga – ideológica, mas, ainda assim, uma droga como qualquer outra.

Sob os efeitos devastadores do antipetismo, o sujeito mostra a bunda, a moçoila mostra os peitos, alguns têm acessos de raiva, outros de euforia e outros tantos caem em prostração. E muitos cometem atos dos quais não há volta…