segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A herança de Macri: um país destroçado

Por Eric Nepomuceno

Daqui a poucos dias (domingo, 27) os argentinos irão às urnas.

O que não se sabe ainda é qual a diferença da chapa Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner sobre Mauricio Macri.

Ou seja, quais serão as dimensões do massacre.

Em compensação, triste compensação, todos sabem as dimensões do perverso desastre que foram esses anos de governo de Macri, parceiro de Jair Bolsonaro em seu fanatismo fundamentalista neoliberal.

Moro já absolve Bolsonaro no laranjal do PSL

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Sergio Moro saiu em defesa do chefe no caso do assessor do ministro do Turismo que, em depoimento à PF, acusou a campanha de Jair Bolsonaro de caixa dois.

Uma investigação do laranjal do PSL indica que verba de candidatas foi usada “por fora”, segundo a Folha.

No Twitter, Moro afirmou que Bolsonaro “fez a campanha presidencial mais barata da história”.

“Manchete da Folha de São Paulo de hoje não reflete a realidade. Nem o delegado, nem o Ministério Público, que atuam com independência, viram algo contra o PR neste inquérito de Minas. Estes são os fatos.”

Barroso, Fachin e Fux blindaram a Lava-Jato

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Quando Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato gravaram e vazaram ilegalmente a conversa entre o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma, eles sabiam que estavam cometendo um crime, conforme revelou reportagem da Folha de S. Paulo em parceria com o Intercept.

O procurador Andrey Borges de Mendonça comentou com seus colegas no Telegram que seria “juridicamente difícil de argumentar” sobre a validade da prova e disse “que o STF não a aceitaria”.

Outro procurador, Carlos Fernando Lima, rebateu: “Nesta altura, filigranas não vão convencer ninguém”.

A conversa continua até que o chefe da operação, Deltan Dallagnol, encerra o assunto com uma frase que é uma síntese da atuação da Lava Jato: “a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político.”

A defesa da Constituição e o novo normal

Por João Guilherme Vargas Netto

Aos trancos e barrancos o Brasil se encaminha, se não houver resistência, a um novo normal que consagraria a desigualdade mais abjeta e a desorganização social do “todos contra todos”.

Este parece ser o plano estratégico do bolsonarismo, conduzido a partir da presidência da República com táticas comprovadas de um agente-provocador.

A multidão de desempregados, subempregados e desalentados serve de adubo às práticas mais atrasadas e escorchantes de emprego possível com que sobrevivem milhões de jovens sem outra perspectiva que não seja a de “ganhar algum”.

domingo, 6 de outubro de 2019

PMs fizeram bico ilegal para Bolsonaro

Crise climática e o fascismo global

O livro de Rodrigo Janot é um 'mea culpa'

Joice vai pular fora do barco bolsonarista?

As platitudes de Moro na revista Veja

Óleo no Nordeste e o crime ambiental

Acuada, Globo segue atacando Lula

Extrema-direita começa a perder força

"Laranjal do PSL" implica Bolsonaro

Da Rede Brasil Atual:

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo (6) aponta que o depoimento de um ex-assessor parlamentar do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e uma planilha apreendida em uma gráfica sugerem o desvio de recursos do esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais para as campanhas de Jair Bolsonaro à presidência da República e de Marcelo Álvaro a deputado federal. A prática configuraria caixa 2, movimentação de recursos de campanha sem declaração oficial à Justiça

IBGE mostra má-fé neoliberal

Editorial do site Vermelho:

Pesquisas sobre desigualdade social no Brasil revelam na verdade o óbvio ululante. Essa categoria rodriguiana acaba de ser novamente mostrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Os dados indicam que apenas 2,7% das famílias acumularam 20% do total da renda entre os anos de 2017 e 2018. Outra informação relevante é que na última POF, de 2007-08, o percentual de concentração era ainda maior: 22,1% da renda ficava entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos.

A arte contra a opressão

Por Chico D’Angelo, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Governos autoritários temem o poder de expressão e o anseio de liberdade manifestado pela criação artística através dos tempos. Ditaduras costumam tentar exercer forte controle ideológico sobre as manifestações artísticas, submetendo a criação ao crivo da censura ou tentando domesticá-la a partir da lógica da propaganda.

A censura federal atuou durante a ditadura militar instaurada em 1964, por exemplo, vendo na criação artística inimigo em potencial que poderia fomentar a subversão. Especialmente após o lançamento do Ato Institucional 5 (AI-5), em 1968, o cinema, as artes plásticas, a literatura e o teatro foram constante e ostensivamente acossados por censores desvairados. A máquina de tortura dos porões também atuou contra dezenas de artistas brasileiros.


Paulo Guedes segue cavalgando a tragédia

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

O rosário de reformas de inspiração ultraliberal que vêm sendo desfiado desde que a presidenta Dilma foi golpeada (a imposição do teto de gastos, a reforma trabalhista, a MP da “liberdade econômica” e agora a quase concluída reforma da Previdência) não cumpriram com nenhuma de suas promessas, tão somente prolongando a estagnação econômica que angustia a sociedade brasileira e deixa a grande maioria da população ao Deus dará.

A Globo conseguirá evitar sua ruína?

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Que irônico é o destino da Rede Globo. Acuada pela possibilidade de extinção da “reserva de mercado” das comunicações no país, dado o desejo manifesto de Donald Trump de a AT&T entrar aqui para concorrer com ela; sob prejuízo mensal de cerca de 100 milhões imposto pelo fracasso econômico do país e o boicote publicitário de Bolsonaro; ameaçada pela concorrência cada vez maior dos veículos de mídia dos neopentecostais – formadores da opinião de enorme fatia de nosso povo, exército de crentes obedientes ao “voto de cabresto” ordenado por bispos e pastores, nesse contexto catastrófico, a única possibilidade de salvação para a Globo é se compor com um líder político carismático capaz de sensibilizar e mobilizar multidões, e assim mudar o curso desse desastre iminente que dela se aproxima. E esse líder se chama Luís Inácio Lula da Silva.

Da prisão, Lula "trucou" a Lava-Jato

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

A Lava Jato vive a sua maior crise desde o seu início. As revelações do site The Intercept, em junho, abriram a porta. A operação acaba, porém, de sofrer seu revés mais importante, com a decisão do STF que assegura o direito de manifestação final da defesa após aquela dos delatores, tese que pode anular várias sentenças de Curitiba. A derrota foi acompanhada de requintes de desmoralização, com as inacreditáveis declarações do ex-PGR Rodrigo Janot que colocaram em xeque o equilíbrio do então chefe das investigações.

A instabilidade na América do Sul

Por Marcelo Zero

Não é apenas no Brasil que a combinação de políticas neoliberais de austeridade com a lawfare contra forças progressistas vem provocando substanciais danos econômicos, sociais e políticos.

No Equador, país que tem boas reservas de petróleo, o presidente Lenín Moreno, que se beneficiou politicamente da absurda perseguição jurídica e política a Rafael Correa, grande liderança progressista, agora resolveu perseguir o povo equatoriano.

Decretou estado de emergência e proibiu reuniões e manifestações em todo o país, bem como o livre trânsito de pessoas, como resposta às revoltas populares que se seguiram ao anúncio das novas medidas econômicas receitadas pelo FMI, entre as quais se destaca a eliminação dos subsídios à gasolina e ao diesel, que tiveram aumentos de 123%.

O castelo da Lava-Jato era de areia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Quem “pegou” primeiro o significado da imagem da capa da Veja com Sergio Moro foi o jornalista Luís Costa Pinto.

O ex-juiz, apequenado, está desconfortável na cadeira – ela, visivelmente, não é para alguém com a estatura dele: observem que os pés por um milímetro não ficam balançando no ar. Para sentar ali, diz o mobiliário histórico [do Ministério da Justiça], tem de ser maior em tudo do que essa ameba disforme e sem núcleo pensante.