segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Acusado é eliminado do BBB. E a Globo?

Por Conceição Oliveira, no blog Viomundo:

De acordo com o blog de Patrícia Kogut em O Globo.com, às 20:19: “O modelo Daniel, de 31 anos, acaba de ser eliminado da 12ª edição do “Big Brother Brasil”. A decisão foi tomada pela direção do programa no início da noite desta segunda-feira, 16, depois que a Polícia Civil esteve no Projac para investigar o possível abuso sexual cometido pelo participante na madrugada de domingo, 15. A eliminação de Daniel será anunciada ao público logo mais, ao vivo.”

Estupro não é escândalo na Globo?

Por Igor Felippe Santos, no blog Escrevinhador:

A Globo fez um escândalo sem precedente quando, em 2009, trabalhadores rurais derrubaram pés de laranjas (menos de 1% do total na área, contaminados por agrotóxicos, de acordo com o governo dos Estados Unidos) em protesto para denunciar que a fazenda era grilada pela Cutrale, as terras ficam no município de Borebi, na região de Iaras (SP).

A mosca na sopa da internet

Por Milton Ribeiro e Vicente Nogueira, no sítio Sul21:

SOPA é a sigla de Stop Online Piracy Act (Lei de Combate à Pirataria Online), lei antipirataria que tramita no Congresso dos Estados Unidos e que visa combater a pirataria online, ou seja, a cópia de dados, arquivos, músicas, imagens, etc., que tenham associados direitos de propriedade. O projeto amplia consideravelmente os meios legais das organizações que lutam pelos direitos de propriedade intelectual.

"Não existe amor no BBB"

Por Nina Lemos, em seu blog:

“O amor é lindo”. Com essa frase o apresentador Pedro Bial resumiu o assunto do dia na internet e nas mesas de bar Brasil a fora. Um assunto sério, chato e pesado para caramba. Um suposto caso de estupro em um programa de TV. Uma coisa que não tem graça. Um escândalo. Ponto.

Um dos participantes teria supostamente abusado sexualmente de uma moça enquanto ela dormia apagada, bêbada. Horrível.

Mercedes-Benz manipula imagem de Che

Por William Maia, no sítio Opera Mundi:

O uso da famosa imagem do revolucionário argentino Ernesto Che Guevara em uma ação publicitária têm causado dor de cabeça à montadora alemã Mercedez-Benz. Ao menos no que se refere às vendas para a comunidade cubana que vive nos Estados Unidos.

Um grupo de dissidentes exilados na região de Miami após a revolução de 1959, liderada por Fidel Castro, Che e cia., criticou a ação e ameaçou um boicote aos carros da montadora, de acordo com informações do jornal argentino La Nación.

"Mulheres ricas": ostentação na TV

Por Francisco Fernandes Ladeira, no Observatório da Imprensa:

O Brasil apresenta uma das piores distribuições de renda do planeta. Segundo estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), nosso país tem o terceiro pior índice de desigualdade do mundo. Aproximadamente 10% da população concentra cerca de 44,5% da renda.

De acordo com o economista Celso Furtado (1920-2004), alguns hábitos da classe dominante podem explicar a vertiginosa disparidade social que impera no Brasil. A elite brasileira tem como padrões de consumo os países de renda bem mais elevada que o nosso. Assim, para sustentar esse alto padrão de consumo, é necessário que essa parcela da população concentre grande parte da riqueza gerada no país. Outra característica de nossa elite econômica é o seu caráter ostentatório. Não basta ser rico, é preciso demonstrar rotineiramente o seu status social através da exibição de bens materiais e imateriais (mansões, carros importados, roupas de grife, joias, possuir vários empregados e adotar certos hábitos e costumes).

BBB: estupro não cassa concessão?

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Se o Brasil fosse a Argentina, quem ia ao Projac ter uma conversinha com o Boninho e o Bial – “o amor é lindo!“, disse ele, diante da cena – seriam representantes do Ministro Bernardo e do Zé.

Do Bernardo, da Comunicação, para estudar a cassação da concessão da Globo para explorar um bem público, o espectro eletro-magnético.

Estupro no BBB? É o amor, diz Bial

Por Altamiro Borges

Crime? Jogada de marketing? Ou mais uma “pegação”? Para o patético Pedro Bial, âncora do Big Brother Brasil, a cena que rolou na madrugada deste domingo, que muitos fanáticos pelo BBB interpretaram como “estupro”, é mais uma prova de que “o amor é lindo”. O assunto promete render nos próximos dias, gerando mais pontos no Ibope e mais grana nos cofres da famiglia Marinho.

"Privataria tucana" derrota a mídia



* Lista dos livros mais vendidos da revista Veja.


* Lista dos mais vendidos do jornal O Globo.


* Lista dos mais vendidos do jornal Folha de S.Paulo.


* Lista dos mais vendidos do jornal O Estado de S.Paulo.


* Lista dos mais vendidos do jornal Agora.

Por Altamiro Borges

O livro "A privataria tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., é um fenômeno editorial. Lançado em 9 de dezembro, ele já alcançou o posto de mais vendido nas maiores listas deste fim de semana, como das revistas Veja, dos jornais Folha, O Globo, Estadão e nas redes Saraiva, Laselva, Cultura e Fnac.

Segundo a Geração Editorial, responsável pela publicação, "o fenômeno continua deixando vendedores de queixo caído". Afinal, o livro foi sabotado descaradamente pela maior parte da velha mídia. Não foi alvo de resenhas nos jornalões e revistonas e, até agora, não obteve qualquer destaque na TV Globo.

A força das redes sociais

A obra, que detalha os esquemas criminosos de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito do processo de privatização das estatais na era FHC, não agradou os barões da mídia. Eles preferiram o silêncio para ocultar o envolvimento de tucanos de alto plumagem, principalmente para blindar José Serra.

O sucesso de vendas, segundo a Geração Editorial, tem uma única explicação. "Esse resultado foi devido ao trabalho das redes sociais, blogs e afins, já que a chamada 'grande mídia' ignorou ou simplesmente criticou A Privataria Tucana. Nestes últimos 30 dias foram 120 mil exemplares impressos".

CPI da Privataria Tucana

Esse fenômeno fez com que o livro alcançasse rapidamente o topo dos mais vendidos e desbancou grandes best-sellers, como a biografia de Steve Jobs e o novo romance do Jô Soares. Ele também "provocou o pedido de abertura da CPI da Privataria, requerida pelo deputado federal Protógenes Queiroz".

Em tempos de internet, a mídia alternativa "conseguiu mostrar sua força e mobilizou em cadeia nacional milhares de pessoas que esperavam por um livro como este. Uma obra que exibe 140 páginas de documentos oficiais e 200 de textos que mostram a promíscua relação entre o público e o privado, especialmente durante as privatizações realizadas durante os governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e as relações dos familiares do ex-ministro José Serra".

Cracolândia: Alckmin e Kassab mentiram

Por Altamiro Borges

A operação higienista desencadeada na Cracolândia, na região central de São Paulo, ainda vai dar muito que falar. Desencadeada com objetivos políticos (seduzir o eleitorado mais conservador) e econômicos (evacuar a região para a especulação imobiliária), ela se mostrou um completo desastre. Um grave “erro de cálculo”, segundo análise da jornalista Maria Inês Nassif.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Dilma: da tortura à vitória

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Acabei de ler agora um dos melhores livros lançados no Brasil nestes últimos anos: A vida quer é coragem - A trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil, escrito pelo jornalista Ricardo Batista Amaral e publicado pela Editora Sextante.

Dor, sofrimento e erro de cálculo

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Por qualquer ângulo que se analise, a tal política de combate ao crack pela "dor e sofrimento", inaugurada pelo governo do Estado de São Paulo (aparentemente de forma coordenada com a prefeitura paulista), é mais um capítulo da política higienista que foi a marca dos governos José Serra e Gilberto Kassab na prefeitura da capital, nos últimos quase oito anos; e é mais um episódio da opção preferencial do governador Geraldo Alckmin pelo uso da força policial, a exemplo do que aconteceu nas suas gestões anteriores (2001-2002 e 2003-2006).

Globo "esquece" Aécio e Serra

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A semana não foi nada boa para o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), marcada por duas desastradas ações policiais, com ampla desaprovação popular – a continuação da ocupação policial da cracolândia e a agressão de um estudante negro da USP –, sem falar do desabamento de um laje de uma obra da secretaria estadual de cultura, em que um operário morreu.

Impactos da terceirização do trabalho

Por Marcio Pochmann, na revista Fórum:

A terceirização do trabalho expressa uma das maiores alterações no modo de produção e distribuição de bens e serviços verificados durante a passagem para o século XXI nas economias capitalistas. Mesmo assim, preponderam diferenças importantes e inegáveis no movimento geral de terceirização do trabalho entre países.

Uma lei contra a “escravidão digital”

Editorial do sítio Vermelho:

O uso das novas tecnologias de comunicação pelas empresas tem sido um importante fator da precarização do trabalho. Nas últimas décadas o uso de e-mails, celulares ou outros equipamentos de comunicação remota passou a permitir a execução de tarefas profissionais fora da empresa, na residência dos funcionários ou em qualquer local onde se encontrem ao alcance desses modernos meios de comunicação.

Blackwater, Monsanto e Bill Gates

Por Silvia Ribeiro, no jornal mexicano La Jornada:

Uma reportagem de Jeremy Scahill publicada em The Nation (Blackwater`s Black Ops, 15/09/2010) revelou que o maior exército mercenário do mundo, Blackwater (agora denominado Xe Services), vendeu serviços clandestinos de espionagem à multinacional Monsanto. A Blackwater mudou de nome em 2009, depois de tornar-se famosa em todo o mundo pelas denúncias sobre seus abusos no Iraque, incluindo os massacres de civis. Continua sendo o maior contratante privado do Departamento de Estado dos Estados Unidos em “serviços de segurança”, ou seja, para praticar o terrorismo de estado dando ao governo a possibilidade de negar sua autoria.

O esgotamento do modelo policial

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

Em um intervalo de dois dias a polícia militar protagonizou cenas de brutal violência em três diferentes estados brasileiros: em Teresina (PI), a repressão aos jovens que protestam contra o aumento da passagem dos ônibus municipais reviveu cenas típicas de ditaduras, com a polícia do governador Wilson Martins (PSB) e do prefeito Elmano Férrer (PTB) demonstrando despreparo e sadismo, como pode-se constatar no vídeo abaixo.



O impasse, que completa uma semana, é grave e crescem os relatos de agressão gratuita por parte das forças oficiais (sendo que um policial declarou lamentar estar de folga justamente no dia em que seus companheiros de corporação “quebraram os estudantes”).

Teotônio Vilela e as privatizações

Por Mauro Santayana, em seu blog:

As circunstâncias políticas levaram o governador Teotônio Vilela Filho a inscrever-se no PSDB – assim como muitos outros de seus companheiros de geração. Quando o fizeram, o partido surgia como uma grande esperança de centro-esquerda, animada, ainda, de proclamada intenção de saneamento dos costumes políticos. Provavelmente, se seu pai não tivesse morrido antes, ele, durante o governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso, teria mudado de legenda. O intrépido e arroubado patriota que foi Teotônio Vilela pai teria identificado, nos paulistas que, desde então, controlam o partido, os entreguistas que, na herança de Collor, desmantelaram o Estado e venderam, a preços simbólicos, os bens nacionais estratégicos aos empresários privados, muitos deles estrangeiros, e teria aconselhado o filho a deixar aquele grupo.

A resistência popular no Pinheirinho



* Do sítio do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP)

Veja homenageia "xerifão" da USP

Por Antônio David, no blog Viomundo:

Quem acessa o site da USP desde o dia 3 de janeiro dá de cara com esta manchete.




Em nada surpreende a homenagem, dada a notória afinidade entre o reitor e a dita revista, tão notória que não me darei ao trabalho de falar sobre.

O Saci e a luta anticolonial

Por Elaine Tavares, no blog Palavras Insurgentes:

Até os anos 60 a vida da gente era completamente imbricada com a natureza. As grandes cidades ficavam muito distantes e as crianças vivenciavam toda a beleza de conhecer e compartilhar as figuras míticas, moradoras das florestas e dos cantos escuros do lugar. Desde pequenos, os meninos e meninas aprendiam que no meio da noite vagava um negrinho, pastoreando uma boiada, e que se alguma coisa se perdesse dentro de casa era só acender uma vela, e o negrinho ajudava a encontrar. O negrinho do pastoreio era visto nas noites de chuva, quando os relâmpagos riscavam o céu, imponente, no seu baio, cavalgando no rumo das estrelas.

Churrascão no Vestíbulo do Inferno

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O “Vestíbulo do Inferno” aparece na primeira parte da Divina Comédia, obra monumental do escritor, poeta e político italiano Dante Aligheri (Florença, 1265 — Ravenna, 1321). As outras duas partes são “Purgatório” e “Paraíso”.

Divina Comédia versa sobre odisséia do Poeta no inferno conceitual da Idade Média. O périplo de Dante Aligheri pelos nove círculos infernais é guiado pelo poeta romano Virgílio, que vivera quase dois mil anos antes.

O valor do salário mínimo

Por João Guilherme Vargas Netto, no sítio da Agência Sindical:

O diretor de pesquisa e estudos econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, listando os ingredientes para a retomada econômica em 2012 destaca “o aumento significativo do salário mínimo”.

Hoje, tal constatação é voz corrente e os que sistematicamente se opunham a tal elevação (por interesses mesquinhos ou por cálculo rentista) preferem o silêncio constrangido.

Bahia inaugura uma nova etapa

Por Venício Lima, no sítio Carta Maior:

O setor de comunicações inicia 2012 fazendo História (com H maiúsculo).

Criado pelo artigo 277 da Constituição Estadual (1989) e regulado pela Lei n. 12.212 de 4 de maio de 2011, tomou posse o primeiro Conselho Estadual de Comunicação Social (CECS) brasileiro no estado da Bahia, em solenidade no auditório do Ministério Público de Salvador, no último dia 10 de janeiro.

Fórum Social Mundial 2012

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Porto Alegre abrigará, de 24 a 29 deste mês de janeiro, o FSM (Fórum Social Mundial) centrado no tema "Crise capitalista – justiça social e ambiental”. O evento é uma das atividades preparatórias da Cúpula dos Povos da Rio+20, que se reunirá na Cidade Maravilhosa entre 20 e 21 de junho de 2012.

O FSM se realiza no momento em que vários povos se movimentam por liberdade e democracia, como ocorre no mundo árabe. No Ocidente, a crise do capitalismo suscita o movimento Ocupem Wall Street. As duas manifestações têm em comum clareza quanto ao que não se quer, sem, no entanto, apresentar propostas alternativas viáveis.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Piqueteiros lançam TV na Argentina

Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:

O movimento piqueteiro na Argentina, que ganhou força na primeira década do século 21, conta com um meio de divulgação de suas demandas e de disputa de hegemonia no campo das comunicações, a Barricada TV. Desde o ano passado, o movimento transmite programas na internet e no canal 5, junto com os trabalhadores da fábrica ocupada IMPA. Confira a entrevista com Natalia Vinelli, da Barricada TV.

A internet e a classe trabalhadora

Por Steve Zeltzer, na revista Caros Amigos:

De trabalhadores da fábrica têxtil no Egito às fábricas têxteis de Mahalla, aos trabalhadores chineses em fábricas da Honda, aos funcionários públicos de Wisconsin: redes sociais, internet e novas tecnologias de comunicação estão desempenhando um papel fundamental na ligação de trabalhadores em nível local, nacional e internacionalmente.

Cracolândia e o terror higienista

Por Wálter Maierovitch, na CartaCapital:

O fenômeno representado pelas drogas ilícitas é complexo. Desde o fracasso do proibicionismo, convencionado na sede nova-iorquina das Nações Unidas em 1961, vários países, preocupados com os direitos humanos e com a possibilidade de colocar a segurança pública na rota da civilidade, buscaram políticas próprias a fim de:

São Paulo deslocada do Brasil

Por Mair Pena Neto, no sítio Direto da Redação:

Que São Paulo está politicamente deslocado do Brasil, todos já sabem. Porém, os sinais de doença social que vêm da maior cidade do país, aquela que deveria ser a nossa síntese, mas que se perdeu no caminho, são preocupantes. Do elitismo desenfreado, que rejeita estações de metrô em certos locais para evitar contato com "gente diferenciada", à ação truculenta do Estado na administração dos conflitos, sejam de que natureza for, São Paulo externa tudo o que temos de pior e que precisamos rejeitar a cada dia para nos tornarmos um país cidadão.

Centrais protestam contra juros altos

Do sítio da CTB:

Na próxima quarta-feira (18), dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne, a CTB e as centrais sindicais (CUT, CGTB, Força Sindical, NCST e UGT), convocam toda a classe trabalhadora para um ato de protesto contra os juros, em frente ao prédio do Banco Central, em São Paulo.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Protestos em Teresina seguem intensos

Por Juliana Sada, no blog Escrevinhador:

A cidade de Teresina, capital do Piauí, é palco de mais de dez dias consecutivos de protestos contra o aumento da passagem de ônibus e uma proposta de sistema de integração. O reajuste de R$ 1,90 para R$ 2,10 havia sido anunciado em agosto, mas uma semana de manifestações fizeram com que o prefeito Elmano Ferrer (PTB) recuasse e instalasse um processo de auditoria para avaliar a necessidade de aumento na tarifa.

Cracolândia: Churrascão neste sábado

Por Deborah Moreira, no sítio Vermelho:

Quase quatro mil pessoas confirmaram presença no Churrascão de Gente Diferenciada, na região da Luz, conhecida como cracolândia, onde usuários de crack consomem crack nas ruas, no sábado (14), a partir das 16h, na esquina das ruas Helvétia e Dino Bueno. O evento, segundo movimentos que organizam, é para dizer não a Operação Sufoco da Polícia e mostrar que o local pode ser ocupado de maneiras diferentes.

Desde o dia 3, a Operação Sufoco da Polícia Militar (PM), com apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), está retirando de maneira agressiva essa população do bairro.

Serra apavorado com CPI da Privataria

Por Raoni Scandiuzzi, na Rede Brasil Atual:

O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) disse nesta quarta (11) que é gesto de “desespero” a crítica de José Serra (PSDB) à CPI da Privataria. Na véspera, o ex-governador paulista Serra classificou de “palhaçada” a eventual instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, pedida por Protógenes, para investigar privatizações de estatais durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Teló, BBB e conceitos sobre cultura

Por Sylvio Micelli, no Observatório da Imprensa:

Os assuntos mais discutidos na primeira semana de 2012, ao menos nas redes sociais (que hoje pautam muita coisa), versam sobre a capa da revista semanal Época com o cantor (?) Michel Teló e sobre o início de mais uma edição do Big Brother Brasil transmitido pela Rede Globo de Televisão. Por sinal, apenas para constar, Época e Globo pertencem à mesma organização.

Documentos da arapongagem na USP

Por Renato Rovai, na revista Fórum:

A Fórum deste mês (já nas bancas) traz uma denúncia gravíssima e que exige investigação ampla por parte do Ministério Público e outros órgãos competentes. Um esquema de arapongagem teria sido montado para investigar a movimentação dos estudantes e do Sindicato dos trabalhadores da universidade na greve de abril de 2010.

O repórter Igor Carvalho obteve um documento produzido por uma tal “sala de crise” e enviado a Ronaldo Pena, diretor da Divisão Técnica de Operações e Vigilância da Coordenadoria do Campus (Cocesp), a quem cabe a segurança do local.

Obama decreta estado policial nos EUA

Por Michel Chossudovsky, no sítio português O Diário:

Com um debate mínimo nos media, num momento em que os norte-americanos comemoravam o Ano Novo com os seus mais próximos, o “Decreto de Autorização de Defesa Nacional” HR 1540 (DADN) foi assinado pelo presidente Barack Obama e passou a letra da lei. A assinatura real teve lugar no Havai, a 31 de Dezembro.

EUA: Urinando sobre as nossas cabeças

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

A sensibilidade contemporânea foi em grande parte anestesiada pela naturalização midiática da violência social e política. Imagens e relatos burocratizados descarnam corpos e estatísticas de sua história e humanidade. Intencional ou não, o mecanismo dissolve a fronteira que separa a vítima do algoz. Mesmo o sangue, assim derramado, não deixa espaço para suas causas seminais. Às vezes um ruído cênico sacode a monotonia.

A mídia e a síndrome do amor bandido

Por Luis Nassif, em seu blog:

Dias atrás li a Dora Kramer se queixando no Twitter de que as acusações contra Fernando Bezerra não tinham eco na oposição porque muitos tucanos sonham com a candidatura do governador pernambucano Eduardo Campos.

A consequência era previsível. Hoje o Estadão ataca Campos, chamando-o de coronel por ter sido presumivelmente responsável pela indicação de parentes para cargos no Estado. A matéria acusa Campos de atropelar a Constituição e tem como fonte exclusiva Jarbas Vasconcellos, o magoadíssimo Jarbas, que compara Campos a um ditador implacável. O repórter admite dificuldades em localizar outros oposicionistas dispostos a criticar um governador que tem recordes de aprovação e admiradores até na oposição, além do meio privado - Jorge Gerdau é fã incondicional da capacidade administrativa de Campos.

"Privataria tucana" em debate no Rio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Assim como fez com o lançamento no Paraná, a gente divulga aqui o lançamento do “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr, aqui no Rio de Janeiro. Será na terça-feira (17), na Livraria da Travessa, no Leblon.

Agradeço o convite generoso do Luiz Fernando Emediato para o evento e acho que vai ser útil a gente não apenas debater os fatos como, sobretudo, os caminhos que temos a seguir para que, ainda que tardiamente, jogar mais luz sobre este período em que, como nos versos do Chico, “a pátria-mãe era subtraída em tenebrosas transações”

Davos com medo das revoltas sociais

Por José Dirceu, em seu blog:

A Europa e o mundo vivem como sempre viveram: em mutação. As revoltas sociais são uma resposta à iniquidade de regimes ditatoriais. Algumas são manipuladas pelos Estados Unidos e Europa; outras libertárias, apesar das tentativas de as domesticar.

Mas, no fundo, são todas revoltas necessárias e maduras - da mesma forma como são as ações dos Indignados, os protestos surgidos há semanas na Europa e em outros continentes (ainda que nestes esta resistência se faça com outros nomes) e as grandes manifestações sindicais e populares na Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

EUA urinam no mundo. Repugnante!

O declínio da Folha de S.Paulo

Por Gilvan Freitas, no blog O terror do Nordeste:

Li num desses blogs sujos que há por ai que a Folha de S. Paulo perdeu, em cinco meses, 6% dos seus leitores. O jornalão paulista não tem que reclamar nada, pois foi ele mesmo quem deu causa a esse declínio. Se a Folha seguisse à risca o seu Manual de Redação nada disso teria acontecido, ao contrário, a vendagem dos jornais aumentaria.

Por que a Globo é tão odiada



Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que leva a Globo a ser tão detestada?

Vi o vídeo acima no Facebook, e ele é expressivo. Mesmo numa manifestação que não tem o dedo do PT e dos petistas, a Globo provoca repulsa. E isso quando o repórter que a representa tem a estatura e o relativo prestígio de Caco Barcellos.

O problema está no passado. Roberto Marinho, o homem que fez a Globo ser o que é, adquiriu uma imagem poderosa de aproveitador. Na percepção generalizada, o regime militar favoreceu Roberto Marinho – a começar pela concessão que permitiu a criação da TV Globo — e recebeu em troca um copioso apoio editorial.

A rejeição à Globo se origina nisso – e diversos esforços feitos sobretudo depois da morte de Roberto Marinho fracassaram no objetivo de melhorar a imagem da Globo.

É um paradoxo que, sendo tão odiada, a Globo seja tão vista – ainda que sua audiência, na Era Digital, venha minguando. (Uma reportagem da Folha mostrou que, desde o começo das medições, jamais foi tão baixo o público da Globo como em 2011.) O virtual monopólio da Globo como que forçou o espectador a sintonizar nela em muitas ocasiões, ainda que tapando o nariz. No futebol, por exemplo.

Que a audiência não se traduziu em prestígio fica claro quando se vê a influência da Globo sobre os eleitores. A má vontade da Globo em relação a Lula e a Dilma – o diretor do telejornalismo Ali Kamel, um dos “aloprados” da emissora, é fanaticamente antipetista, bem como comentaristas como Merval Pereira e Arnaldo Jabor, para não falar no âncora William Waack – não impediu que o PT vencesse as últimas eleições presidenciais.

A Globo, indiretamente, sempre se beneficiou da brutal inépcia dos concorrentes na televisão quer em conteúdo, quer em gestão. É uma aberração que a Record, movida pelo dinheiro fácil extraído dos crédulos, simplesmente copie a Globo em vez de fazer coisa nova e superior. Se inovasse, em vez de imitar, a Record atalharia a disputa pela liderança, ajudada pelo cansaço da programação da Globo, expressa em programas como o Fantástico. Mas os bispos parecem muito entretidos com seus sermões caçaníqueis para ver a programação de emissoras como a BBC, de onde poderia ver a inspiração para um salto de qualidade.

A falta de opções do telespectador ajudou a Globo a seguir adiante mesmo atraindo tanto ódio. Mas agora a festa tende a acabar por causa da internet. Se a concorrência não oferece alternativa, a internet dá às pessoas possibilidades infinitas de se livrar da Globo.

Para a Globo, ontem foi melhor que hoje e hoje vai ser melhor que amanhã. No futuro, as pessoas tentarão explicar como uma emissora tão antipatizada pôde ter a audiência que um dia teve.

Quando banqueiros viram gangsteres

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Primeiro ministro da França entre l988 e 1991, Michel Rocard é homem respeitável em seu país. Ele, e um economista mais moço, Pierre Larrouturou, publicaram, segunda-feira, em Le Monde, artigo baseado em fontes americanas sobre os empréstimos concedidos pelo Tesouro dos Estados Unidos aos bancos, em 2008. De acordo com as denúncias – feitas pela agência de informações econômicas Bloomberg – os juros cobrados pelo FED aos bancos e seguradoras foram de apenas 0,01% ao ano, enquanto os bancos estão emprestando aos Estados europeus em dificuldades a juros de 6% a 9% ao ano – de seiscentas a 900 vezes mais. De acordo com as denúncias da Bloomberg, retomadas por Rocard e Larrouturou, o montante do socorro por Bush e Henry Paulson, seu secretário do Tesouro, aos banqueiros, chegou a um trilhão e duzentos bilhões de dólares, em operações secretas.

O Papa e as ameaças à humanidade

Por Jean Wyllys, na CartaCapital:

O papa Bento XVI disse que o casamento homossexual “ameaça o futuro da humanidade”.

Eu pensava que o que o ameaçava eram as guerras (muitas delas étnicas ou religiosas), a fome, a miséria econômica, a desigualdade e as injustiças sociais, a violência, o tráfico de drogas e de armas, a corrupção, o crime organizado, as ditaduras de todo tipo, a supressão das liberdades em diferentes países, os genocídios, a poluição ambiental, a destruição das florestas, as epidemias… Porém o papa, mesmo ciente de todos esses males e consciente de que sua instituição – a Igreja Católica Apostólica Romana – contribuiu com muitos deles ao longo da história ocidental, disse que a humanidade é ameaçada pelo fato de dois homens ou duas mulheres se amarem e, por isso, decidirem construir um projeto de vida comum e obter o reconhecimento legal dessa união para gozar de direitos já garantidos aos heterossexuais.

Briga PT X PSB: factóide da Folha?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A Folha diz que “PSB ataca PT e flerta com tucanos“. A matéria não mostra, contudo, nenhum político do PSB atacando o PT. O artigo inicia com a afirmação de que o PSB está em crise com o governo. Ora, as relações entre partidos diferentes sempre será dialética e pontuada de divergências pontuais: não fosse assim, não seriam partidos diferentes. Falar em crise, porém, é equivocado. Parece mais expressar um desejo do jornal (ou dos tucanos, o que é a mesma coisa).

A batalha pelo Estreito de Ormuz

Por Mahdi Darius Nazemroaya, no sítio Outras Palavras:

Depois de ouvir ameaças dos EUA durante anos, o Irã está tomando medidas que sugerem que considera fechar o Estreito de Ormuz e que tem capacidade para fazê-lo. Dia 24/12/2011, o Irã iniciou exercícios navais (Operação Velayat-90) no e à volta do Estreito de Ormuz, do Golfo Persa e Golfo de Omã (Mar de Omã), ao Golfo de Aden e Mar da Arábia.

Cracolândia e o silêncio de FHC

Por Wálter Fanganiello Maierovitch, no sítio Terra Magazine:

No ano passado, o ex-presidente Fenando Henrique Cardoso, que nos dois mandatos presidenciais se submeteu à política norte-americana de guerra às drogas (war on drugs) de seu guru, o então presidente Bill Clinton, virou casaca, trocou bandeira.

FHC, em busca de um palanque internacional para concorrer com o então presidente Lula, reuniu antigos presidentes e dirigentes fracassados por adesão à guerra às drogas e submissão aos EUA para deitar sabedoria quanto às novas políticas sobre o fenômeno representado pelas drogas ilícitas no planeta.

Clarín e o "câncer" de Cristina

Por Francisco Luque, de Buenos Aires, no sítio Carta Maior:

Após a exitosa operação que descartou o diagnóstico de câncer de tireoide em Cristina Fernández de Kirchner, o jornal Clarín vem insistindo em colocar em dúvida a transparência e veracidade dos informes médicos da presidenta argentina. “Só falta o Clarín lamentar o fato de a presidenta não ter câncer”, disse o secretário-geral da Presidência, Oscar Parrillo, em entrevista de rádio.

A esquerda mundial após 2011

Por Immanuel Wallerstein, no sítio da Adital:

Por qualquer ângulo, 2011 foi um bom ano para a esquerda mundial – seja qual for a abrangência da definição de cada um sobre a esquerda mundial. A razão fundamental foi a condição econômica negativa, que atinge a maior parte do mundo. O desemprego, que era alto, cresceu ainda mais. A maioria dos governos enfrentou grandes dívidas e receita reduzida. A resposta deles foi tentar impor medidas de austeridade contra suas populações, ao mesmo tempo em que tentavam proteger os bancos.