Por Altamiro Borges
A operação higienista desencadeada na Cracolândia, na região central de São Paulo, ainda vai dar muito que falar. Desencadeada com objetivos políticos (seduzir o eleitorado mais conservador) e econômicos (evacuar a região para a especulação imobiliária), ela se mostrou um completo desastre. Um grave “erro de cálculo”, segundo análise da jornalista Maria Inês Nassif.
Diante da burrada, agora criticada até por setores da mídia favoráveis à repressão mais tacanha, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab tentaram tirar o corpo fora. Afirmaram que desconheciam os detalhes da operação, que não tinham autorizado o uso indiscriminado e caótico da força policial. Temendo o desgaste eleitoral, os valentões se acovardaram!
Repressão e visão eleitoreira
Esta versão oportunista foi amplificada pela mídia. Em matérias publicadas na semana passada, a Folha informou que os dois governantes desconheciam os detalhes da operação “dor e sofrimento”. A manchete do Estadão foi taxativa: “Alckmin e Kassab não sabiam de ação na Cracolândia”. A manobra para esconder o vergonhoso desastre, porém, não durou muito.
Hoje, a própria Folha garante que “reunião de Alckmin e Kassab selou o uso ostensivo da PM na Cracolândia”. Ocorrida em 1º de dezembro, ela “pôs fiz à hesitação entre priorizar intervenção policial ou políticas sociais”. O pior: a reportagem confirma a visão eleitoreira de ambos: “Começo da operação foi motivado pelo temor de que a gestão Dilma e o PT se apropriassem do tema”.
Desculpas esfarrapadas e oportunistas
A reunião foi realizada no Palácio dos Bandeirantes. “Troca de e-mails e uma bateria de reuniões – uma delas com cem homens, na PM – antecederam a ação... O comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, defendeu [o início da operação] em janeiro, pois, com a cidade esvaziada pelas férias, seria possível destinar mais policiais para a ação”. E seria mais fácil abafar a violência!
A própria Folha tucana revela que “a definição de data e hora teve combustível político. Em 23 de dezembro, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciaram em São Paulo a participação dos movimentos sociais no plano ‘Crack, é possível vencer’. Atento à movimentação e sob cobrança do eleitorado, Alckmin temia que o PT assumisse a bandeira”.
E agora? Qual vai ser a desculpa esfarrapada dos dois governantes para explicar a operação desastrada, já condenada até pela Promotoria, Judiciário e Defensoria Pública?
A operação higienista desencadeada na Cracolândia, na região central de São Paulo, ainda vai dar muito que falar. Desencadeada com objetivos políticos (seduzir o eleitorado mais conservador) e econômicos (evacuar a região para a especulação imobiliária), ela se mostrou um completo desastre. Um grave “erro de cálculo”, segundo análise da jornalista Maria Inês Nassif.
Diante da burrada, agora criticada até por setores da mídia favoráveis à repressão mais tacanha, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab tentaram tirar o corpo fora. Afirmaram que desconheciam os detalhes da operação, que não tinham autorizado o uso indiscriminado e caótico da força policial. Temendo o desgaste eleitoral, os valentões se acovardaram!
Repressão e visão eleitoreira
Esta versão oportunista foi amplificada pela mídia. Em matérias publicadas na semana passada, a Folha informou que os dois governantes desconheciam os detalhes da operação “dor e sofrimento”. A manchete do Estadão foi taxativa: “Alckmin e Kassab não sabiam de ação na Cracolândia”. A manobra para esconder o vergonhoso desastre, porém, não durou muito.
Hoje, a própria Folha garante que “reunião de Alckmin e Kassab selou o uso ostensivo da PM na Cracolândia”. Ocorrida em 1º de dezembro, ela “pôs fiz à hesitação entre priorizar intervenção policial ou políticas sociais”. O pior: a reportagem confirma a visão eleitoreira de ambos: “Começo da operação foi motivado pelo temor de que a gestão Dilma e o PT se apropriassem do tema”.
Desculpas esfarrapadas e oportunistas
A reunião foi realizada no Palácio dos Bandeirantes. “Troca de e-mails e uma bateria de reuniões – uma delas com cem homens, na PM – antecederam a ação... O comandante-geral da PM, coronel Álvaro Camilo, defendeu [o início da operação] em janeiro, pois, com a cidade esvaziada pelas férias, seria possível destinar mais policiais para a ação”. E seria mais fácil abafar a violência!
A própria Folha tucana revela que “a definição de data e hora teve combustível político. Em 23 de dezembro, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciaram em São Paulo a participação dos movimentos sociais no plano ‘Crack, é possível vencer’. Atento à movimentação e sob cobrança do eleitorado, Alckmin temia que o PT assumisse a bandeira”.
E agora? Qual vai ser a desculpa esfarrapada dos dois governantes para explicar a operação desastrada, já condenada até pela Promotoria, Judiciário e Defensoria Pública?
0 comentários:
Postar um comentário