quarta-feira, 27 de abril de 2016

O Brasil real e o Brasil virtual

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Há dois Brasis que correm paralelos e que possuem lógicas e dinâmicas diferentes.

Há o Brasil dominante, profundamente desigual e por isso injusto, reproduzindo uma sociedade malvada que não tem compaixão nem misericórdia para com as grandes maiorias. Segundo o IPEA são 71 bilhardários ou cinco mil famílias extensas detém grande parte da riqueza nacional e mostram parquíssimo sentido social, insensíveis à desgraça de milhões que vivem nas centenas de favelas que circundam quase todas as nossas cidades. Desses se origina, em grande parte, o ódio e a discriminação que tributam aos pobres e aos filhos e filhas da escravidão que se verificam ainda nos dias atuais.

'Os derrotados são os que deixam de lutar'

Foto: Jornalistas Livres
Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:

O ex-presidente do Uruguai e atual senador José Pepe Mujica disse hoje (27) que a crise política no Brasil pode levar a alguns retrocessos, mas que a luta deve continuar e que muitos dos direitos conquistados nos últimos anos serão mantidos. “A maioria dos progressos sociais que estão consagrados em nossas constituições (da América Latina) é fruto de mobilizações de organizações de esquerda, que em nenhum momento se deram como causa perdida e foram derrotadas, mas foram se conformando, e mudando a cultura da humanidade”, afirmou, durante entrevista coletiva no Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo,

Riscos aos trabalhadores no governo Temer

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Dois projetos de lei em trâmite no Congresso Nacional, que devem contar com o apoio de um eventual governo Michel Temer, são vistos como graves retrocessos para os direitos dos trabalhadores, podendo – sob a justificativa de “destravar'' o crescimento econômico – causar impactos na qualidade de vida de milhões de pessoas.

O primeiro é o que amplia a terceirização e legaliza a contratação de prestadoras de serviços para executarem atividades para as quais outras empresas foram constituídas (atividades-fim) e não apenas serviços secundários, como é hoje. O outro permite que convenções e acordos coletivos de trabalho negociados entre patrões e empregados prevaleçam sobre a legislação trabalhista, mesmo que isso signifique perdas aos trabalhadores.

Mujica fala para as mídias progressistas

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

O ex-presidente do Uruguai e atual senador, José Mujica, concedeu entrevista para blogueiros e mídias alternativas na manhã de hoje (27) no Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, em São Paulo. O popular e carismático, “Pepe” Mujica, como é chamado, iniciou sua fala falando sobre o homem e a necessidade de fazermos política, que segundo ele, “não serve para fazer dinheiro. Política é a expressão da maioria”.

As pedaladas do relator do impeachment

Por Rogério Correia, no blog Viomundo:

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi posto em um dilema ao ser escolhido relator da comissão de impeachment no Senado.

Encarregado de analisar as acusações que pesam contra a presidenta Dilma Rousseff sobre as chamadas “pedaladas fiscais”, o tucano corre o risco de admitir que cometeu crime durante o período em que foi governador de Minas Gerais.

Pois, nesse período, praticou atos idênticos aos que constam na peça acusatória da presidenta.

Entre 2011 e 2014, foram editados 972 decretos de suplementação orçamentária.

Mujica: Mídia expressa poder das elites

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica concedeu entrevista a blogueiros e mídias alternativas na manhã desta quarta-feira (27), em São Paulo. Atento ao cenário de golpe em curso no Brasil, Mujica alertou para o papel jogado pelos meios de comunicação: "A mídia expressa o poder das classes dominantes. O que percebo, no Brasil, é que os meios criam uma subconsciência nos cidadãos, colocando defeitos da sociedade brasileira e do sistema político como defeitos da esquerda".

O simulacro da normalidade golpista

Por Jeferson Miola

A farsa do impeachment começou o segundo estágio. Ontem, 26 de abril, o Senado instalou a Comissão Especial que será presidida pelo peemedebista Raimundo Lira, da Paraíba, e terá como relator o tucano Antonio Anastásia, conterrâneo e aliado de Aécio Neves.

O Senado fará um esforço monumental para desfazer a imagem dantesca da “assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha” do 17 de abril, que desmanchou a farsa do golpe perante o mundo inteiro.

Malafaia abençoa Temer e cobra fatura

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O pastor Silas Malafaia esteve hoje com o vice-presidente Michel Temer, orou por seu governo e o abençoou. A visita é um indicador do “excelente diálogo que a bancada BBB – boi, bala e bíblia – pretende ter com Temer num eventual governo para fazer avançar a agenda conservadora e regressiva que abriu caminho na Câmara a partir da posse de Eduardo Cunha na presidência da Casa. O bloco, composto por cerca de 190 deputados ruralistas, evangélicos, policiais, militares e defensores de uma política de segurança mais repressiva, votou em peso pela admissibilidade do impeachment na Câmara depois de terem tido um encontro com Temer onde pleitearam que seu eventual governo adote algumas das medidas da agenda BBB. Agora, antes mesmo de ele tomar posse, a fatura começou a ser cobrada.

Por que eles querem tomar o poder

Por César Locatelli, no site dos Jornalistas Livres:

Para tentar dissipar a névoa que sempre envolve a taxa de juros, gostaria de iniciar compartilhando um importante fundamento: a taxa de juros é um dos maiores, senão o maior, concentradores de rendas do nosso país. Isso quer dizer que a taxa de juros tira dos pobres para dar aos ricos. O Estado brasileiro tem uma dívida pública plenamente compatível com o tamanho da dívida de outras nações. A anomalia não está no tamanho da dívida. A enorme irregularidade está no tamanho da taxa de juros que o governo paga, pela dívida pública, para as pessoas, bancos e empresas que emprestam recursos para o Estado.


A entrevista de José Pepe Mujica

Após impeachment, Lava-Jato sumiu!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A evidência mais gritante de que o Brasil passa por um golpe talvez nem seja a ausência de crime de responsabilidade de Dilma, requisito primordial para processo de impeachment de um presidente ser instalado. Na última terça-feira, surgiu evidência muito mais forte.

A saborosa matéria do amigo Kiko Nogueira publicada no Diário do Centro do Mundo sob o título O estranho caso do desaparecimento de Moro e do casal que xingou José de Abreu trata de dois assuntos distintos, mas que encerram o mesmo fenômeno: o sumiço de pessoas que estavam em evidência.

Mídia, democracia e subjetividade


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A mídia e a subjetividade dos brasileiros será o tema da 6ª edição do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?, marcada para o dia 9 de maio, a partir das 19h. A atividade, que ocorre na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Rua General Jardim, 522, 7º andar), contará com as presença dos seguintes convidados:

terça-feira, 26 de abril de 2016

Blogueiros entrevistam Pepe Mujica

Do site da Fundação Perseu Abramo:

O ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica concede entrevista coletiva a blogueiros e mídias alternativas do Brasil nesta quarta-feira (27), às 9h30, em São Paulo. Agora senador, a ilustre liderança falará sobre o cenário político no Brasil e na América Latina. A atividade terá transmissão ao vivo da Fundação Perseu Abramo, com retransmissão por diversos blogs e páginas, incluindo a do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

As esperanças frágeis do golpista FHC

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

O repórter Murilo Ramos escreveu no site da revista Época, neste domingo (24), que o PSDB parece não querer associar-se às medidas impopulares que um eventual governo Temer venha a tomar.

Temer, desde que o impeachment tomou impulso na Câmara dos Deputados, sob o comando de um réu no STF, o deputado Eduardo Cunha, tenta montar seu ministério golpista. Fala em “governo de conciliação nacional", que queria formado por "notáveis" da área financeira, claro. E aceitáveis para ela. Mas seu êxito tem sido escasso, como é revelado primeiro pelas divisões no campo golpista, em torno da divisão do botim.

O golpe e a resistência popular

Foto: Jornalistas Livres
Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Na sua inexcedível capacidade de superar a fantasia, a política rasteira nos transportou, no domingo 17, para o imaginário de Macondo, promovendo o encontro do realismo fantástico com o espírito de Macunaíma, no que ele tem de moralmente grotesco e de lassidão. A sociedade, preocupada com os destinos de seu país, postou-se diante da tevê para saber como votavam seus representantes chamados a decidir o destino do mandato da presidenta da República.

O casal que desmascarou o golpe e a Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se você é esperto, tem habilidades e possui os meios, você deve foder os poderosos.

A frase acima como que resume o jornalista americano Glenn Greenwald, 49 anos. Ele a pronunciou no curso de uma entrevista que concedeu à revista americana The Advocate, dedicada à comunidade gay.

Greenwald foi capa da revista, mas não foi apenas ele o objeto do texto. Também seu parceiro, o ativista brasileiro David Miranda, mereceu um amplo espaço da Advocate.

Bolsonaro é uma tragédia, não uma comédia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Mário Magalhães, em seu blog, faz uma interessante reflexão sobre o potencial eleitoral de Jair Bolsonaro, comparando-o ao que teve Plínio Salgado, o líder integralista, nas eleições de 1955.

Ambos se situam na faixa dos 8%. Vale a pena a leitura do texto, mas eu tenho certas divergências.

Acho que, dado o processo de estupidificação do país, Bolsonaro está ainda longe do teto eleitoral que pode atingir.

A omissão do STF no golpe em curso

Por Antonio Lassance, em seu blog:

Se o Supremo Tribunal Federal fala que não há golpe em curso, quem somos nós para discordar? Na verdade, nós somos aqueles que conhecem minimamente a História do Brasil e a História do Supremo para saber que o STF nunca viu golpe no país. Mais uma vez, não será diferente.

Nunca houve no Brasil uma única decisão do STF que contrariasse um ato golpista frontalmente ou sequer o denunciasse à opinião pública nacional ou à comunidade internacional. Ao contrário, o STF sempre cumpriu o papel de dizer que os golpes são absolutamente... "constitucionais".

O pau vai comer contra os golpistas

Dia de luta contra o golpismo midiático

Do site do FNDC:

O monopólio privado das comunicações está comprometido com a tentativa de tomar de assalto o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Coberturas parciais e partidárias, factoides, omissão e divulgação sem grande ênfase de informações que não interessam à formação de opiniões pró-impeachment têm sido flagrantes na atuação da mídia comercial. Por isso, a Frente Brasil Popular e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) estão convocando suas entidades associadas a construírem o Dia Nacional de Luta contra o Golpismo Midiático, em todo o país, no dia 5 de maio.

Ética empresarial e a traição das elites

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Na sociedade atual, a ética orientada pela consciência, independente de vícios e vontade alheia, conforme definida por clássicos como Aristóteles­, terminou sendo associada ao cumprimento das leis estabelecidas. Nesse sentido, a busca pelo capital enquanto objetivo exclusivo dos indivíduos submetidos ao capitalismo estaria mediado pela ação da política e leis.

Em grande medida, a realidade brasileira da corrupção desvendada por várias operações dos órgãos de vigilância, repressão e justiça explicita como o “amor pelo dinheiro”, conforme apontado por J. Keynes, subverteu as leis exigentes de convivência ética, sobretudo empresarial. Mas isso somente se tornou possível com a liberdade de atuação e as condições decentes de trabalho concedidas aos órgãos responsáveis pelo governo liderado pelo PT desde 2003.

STF é cúmplice de Eduardo Cunha

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                            

Não agora, pois se beneficiará dos efeitos de um país doente, com instituições e mídia monopolista manchadas pelo golpismo mais infame. Mas o Supremo Tribunal Federal não escapará do veredicto da história. Ao permitir que um bandido como Cunha ficasse de mãos livres para agir, a mais alta corte do país escreveu mais uma página triste de sua história.

Só o apoio à tese da ruptura da ordem democrática a qualquer preço, embora velado e escamoteado, pode explicar a omissão da Corte diante das manobras de um criminoso. Em dezembro do ano passado, ou seja, há longos cinco meses, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo pedido de afastamento de Cunha da presidência da Câmara dos Deputados.

Por que a Marcha da Família está de volta

Por Berenice Bento, no site Outras Palavras:

Aconteceu outra vez. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade aconteceu outra vez. Não nas ruas, como na sua primeira edição em 1964. Não foi farsa. Não foi tragédia. Assistimos, em grande estilo, a consolidação de uma agenda política da elite moral deste país. Grande estilo porque tudo se deu nos marcos do Estado de Direito, na Casa do povo, ungidos pelo voto popular. Em 1964 se pedia o Golpe para livrar as famílias da ameaça comunista. Em 2016, o golpe foi dado sem o disparo de um tiro.

Estudantes convocam paralisação nacional


Do site da UJS:

UNE, UBES e ANPG convocam os estudantes para uma paralisação nacional nessa quinta-feira (28), em defesa da democracia. Para as entidades, o vice-presidente não tem legitimidade porque assumirá o governo através de um golpe institucional, no qual é um dos maiores conspiradores.

Os estudantes realizarão trancaços, aulas públicas, assembleias e manifestações durante o dia 28 nas universidades pelo Brasil.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Governo Temer/Cunha já nascerá morto!

Por Altamiro Borges

O vice-presidente Michel Temer, o Judas, ficou bastante animado com a aprovação do impeachment de Dilma na vergonhosa votação da Câmara Federal. Segundo o noticiário, ele festejou o golpe num jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice, ao lado da primeira-dama "recatada e do lar" - segundo a descrição medieval da 'Veja'. Só faltou a presença de Eduardo Cunha, chefão do "consórcio de bandidos" e líder do atentado à democracia. Agora, o conspirador articula nas sombras para repetir a dose golpista no Senado, que deve votar a admissibilidade no impeachment na primeira quinzena de maio. Mas toda esta alegria pode durar pouco tempo. Caso o golpe seja concretizado, o tempo de permanência de Michel Temer no Palácio do Planalto tende a ser curto e traumático.  

Começa a farsa do impeachment no Senado

Por Jeferson Miola

O impeachment da Presidente Dilma é um processo ilegal e inconstitucional que está sendo realizado em total desacordo com as normas legais e com a Constituição do Brasil.

A denúncia de advogados do PSDB sequer poderia ter sido aceita pela Câmara dos Deputados, porque carece de fundamento jurídico e constitucional.

Tudo indica que o Senado será cúmplice do atentado contra o Estado Democrático de Direito cometido por uma “assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha” – designação da imprensa internacional para aquela deplorável sessão de 17 de abril da Câmara dos Deputados.

Renata Mielli assume coordenação do FNDC

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Secretária-Geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli é a nova coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). A eleição aconteceu durante a XIX Plenária Nacional da entidade, ocorrida nos dias 21, 22 e 23 de abril, em São Paulo. Na ocasião, também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal do FNDC para o próximo biênio. A primeira ação concreta da nova gestão já tem data: com o tema "Monopólio é golpe", o FNDC realizará em parceria com a Frente Brasil Popular, no dia 5 de maio, o Dia Nacional de Luta contra o Golpismo Midiático.

O regime de força já respira entre nós

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A barbárie já respira entre nós. Da leitura atenta dos jornais, em ordem e com atenção inversa à pretendida pela edição, sente-se o sopro do regime de força a pulsar seu passo de ganso no metabolismo nacional.

O assoalho da democracia range, enquanto a narrativa dominante tenta naturalizar judicialmente o que é, na verdade, uma ruptura do chão institucional.

É possível ouvir a voz dos personagens icônicos da conspiração em marcha batida.

As consequências do golpe no Brasil

Por Marcelo Zero

Naomi Klein, na sua obra, a Doutrina do Choque, mostra como os interesses conservadores e neoliberais muitas vezes criam ou exacerbam choques, desastres e crises para impor sua agenda política e econômica. Ela argumenta também que essa agenda conservadora do “livre mercado” muitas vezes se impõe por uma via não democrática. Foi assim no Chile de Pinochet e na Argentina pós-guerra das Malvinas.

É o que acontece no Brasil de hoje.

Cristovam Buarque e o cinismo nacional

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O senador Cristovam Buarque, e muitos de seus pares, declarou à Folha que votará pela admissibilidade do impeachment, mas não pelo mérito - que será votado na época apropriada.

Trata-se do voto do cinismo, muito presente na vida nacional.

Equivale ao sequestrador que imobiliza a vítima para que o parceiro atire. E, depois, proclame em voz alta seu respeito à vida.

A alegação de Cristovam é um primor do gênero. Não há tema mais discutido, debulhado, trocado em miúdos do que o processo do impeachment. Mas o que diz nosso douto senador:

Faustão e a "democracia" da Globo

Do blog Viomundo:

Da entrevista concedida por Zé de Abreu ao Faustão, neste domingo, há um pequeno trecho que resume o que o apresentador - e possivelmente a própria TV Globo - acreditam ser “democracia” ou “liberdade de expressão”.

Num comentário, Fausto Silva disse que aquela entrevista, em si, era um exemplo de democracia, com a concessão de 30 minutos, “absurdamente”, para que Zé de Abreu expressasse suas opiniões políticas.

FNDC elege nova coordenação e rechaça golpe

Por Walber Pinto, no site da CUT:

A XIX Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) elegeu neste sábado, 23, a nova Coordenação Executiva, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal para o biênio 2016-2018. O evento reuniu cerca de 128 participantes entre delegados e observadores, no Espaço Anhanguera, em São Paulo, entre os dias 21 e 23 de abril.

A coordenação geral do FNDC ficará a cargo da jornalista Renata Mielli, do Barão de Itararé. As entidades que agora ocupam os cargos de direção organizaram-se em uma chapa única eleita por maioria dos votos dos delegados presentes na Plenária.

Orquestra da crise toca plim-plim

Por Francisco Julio Xavier, no site Vermelho:

A imprensa brasileira é grotesca, para não dizer coisa pior. Cabe a ela ter ética, imparcialidade e senso de realidade dos fatos, sempre fiel à verdade. Como disse, ela é grotesca, não cumpre com a decência e a honradez de sua missão: informar, isenta de interesses mesquinhos que gerem ganhos a uma parcela privilegiada. O papel que a Globo desempenha nesse pacto é o de regência nebulosa do poder da informação.

Golpe em curso: Bem pior que 64!

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Um filme intitulado Sem Evidências enfeitou a programação de uma HBO a cabo na noite de domingo, 17 de abril de 2016. Mergulhei no enredo ao mudar ao acaso um canal para outro, enquanto a Câmara Federal rasgava impavidamente a Constituição para condenar a presidenta Dilma Rousseff sem provas do crime que lhe atribuía.

O filme é uma implacável metáfora do que acabava de acontecer diante dos olhos de milhões em êxtase e uns poucos vexados entre o fígado e a alma. História verdadeira, a do filme, remonta a 1993, quando três crianças de uma cidadezinha do Arkansas são estupradas e assassinadas e as autoridades locais escolhem de antemão os culpados, três jovens tidos como praticantes de rituais satânicos.

Neutralidade jornalística à moda da Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O jornalista americano Glenn Greenwald classificou no Twitter de “grande piada” a afirmação de João Roberto Marinho numa carta ao Guardian segundo a qual a Globo é “neutra”.

Alguém tuitou o seguinte complemento: “Ou o herdeiro da Globo vive numa realidade paralela ou não vê o Jornal Nacional.”

Eu diria isso: João Roberto Marinho, o JRM, está tão acostumado a mentir que acredita na neutralidade da Globo.

Zé de Abreu e os "gastrofascistas"

Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

A doença infantil do antipetismo criou, no Brasil, a figura do fascista de restaurante.

É o sujeito ou grupo de sujeitos que vai ao restaurante insultar pessoas que pensam de forma diferente ou tem outra opção política-ideológica à dele.

São, quase sempre, idiotas funcionais que foram ativados pela mídia, como naquelas experiências com espiões hipnotizados atribuídas a americanos e soviéticos, durante a Guerra Fria.

Serra arrasta o PSDB para Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois da pantomima do encontro com Paulo Skaf, da Fiep, Michel Temer teve a reunião que “valeu”.

A com José Serra.

O homem que, se houver governo Temer, para lá levará o PSDB.

Ou boa parte dele.

O artigo que enfureceu a família Marinho

Jornal The Guardian
Do blog O Cafezinho:

Artigo no jornal britânico The Guardian provocou forte reação das Organizações Globo. Por meio de seu vice-presidente, João Roberto Marinho, o grupo Globo insistiu para que tivesse um direito de resposta ao texto. No entanto conseguiram apenas publicar uma carta em inglês na área de comentários da matéria.

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A razão real que os inimigos de Dilma Rousseff querem seu impeachment

Por David Miranda, no The Guardian

Zé de Abreu e a Globo golpista

Por Soninha Corrêa, em sua página no Facebook:

Quais são os interesses globais de levar o Zé de Abreu para falar do golpe, em pleno programa do Faustão, um conhecido lambe-botas da "famiglia" Marinho?

A verdade é que a imprensa internacional, mesmo veículos como o The New York Times ou a CNN internacional, já escancarou para o mundo que o que está em curso, no Brasil, é um golpe dos inconformados das urnas, em conluio com o PIG (Partido da Imprensa Golpista).

Temer: rejeição, delação e desdém tucano

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

As notícias do final de semana sobre a impopularidade do vice-presidente Temer e sobre as bombas da Lava-Jato que começam a cair sobre sua cabeça ampliaram a resistência do PSDB a embarcar na canoa do virtual futuro governo. “Temos o dever de apoiá-lo e sustentá-lo, politicamente, mas sem cargo e sem pasta. Repito: sem cargo e sem pasta”, disse ontem ao Globo o governador Geraldo Alckmin. Nem por isso o senador José Serra, que pensa o contrário, deixou de encontrar-se ontem à noite com Temer. O senador Aécio Neves não se posicionou claramente mas ele já colocou sua digital no golpe ao indicar como relator da comissão especial que o Senado elege hoje alguém que quase se confunde com ele: Antônio Anastasia, que foi seu vice, sucessor e é seu leal seguidor.

domingo, 24 de abril de 2016

STF quebra sigilos do demo Agripino Maia

Por Altamiro Borges

Sem maior estardalhaço na mídia, o Supremo Tribunal Federal autorizou na sexta-feira (22) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM e um dos mais ativos golpistas do país. Seu filhinho, o deputado Felipe Maia, que no domingo passado votou pelo impeachment da presidenta Dilma, também terá suas contas abertas. Os dois demos, que adoram se travestir de santos e de paladinos da ética, são suspeitos de integrarem um “complexo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro”. A decisão da quebra dos sigilos foi tomada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, atendendo ao pedido da Procuradoria-Geral da República.

Os 28 golpistas na planilha da Odebrecht

Por Altamiro Borges

No show de horrores da aprovação do impeachment de Dilma, o cinismo ficou estampado na cara de vários deputados. Eles falaram pela família, por Deus e contra a corrupção numa encenação grotesca para esconder os seus podres. Aos poucos, porém, fica patente a farsa destes moralistas sem moral. O Jornal do Brasil divulgou neste sábado (23) um balanço revelador: "Dos 367 deputados que votaram no último domingo (17) pela admissibilidade do impeachment da presidente Dilma, na Câmara dos Deputados, 28 deles compõem as planilhas da Odebrecht apreendidas na 26ª fase da Operação Lava Jato". Vale conferir e gravar os nomes destes "nobres" e "éticos" parlamentares:

Cunha cospe na cara dos 'midiotas'

Por Altamiro Borges

Manipulados pela mídia golpista, milhares de brasileiros foram às ruas para exigir o "Fora Dilma" e o fim da corrupção no Brasil. Muitos destes "midiotas" não tinham a dimensão de que estava em curso um "golpe dos corruptos" e de que eles eram apenas massa de manobra dos moralistas sem moral. Na prática, eles foram cúmplices do chefão do "consórcio dos bandidos", o correntista suíço Eduardo Cunha. Nos últimos dias, o presidente da Câmara Federal, que comandou a deprimente votação do impeachment de Dilma, deve estar rindo à toa. Ele já orquestra uma manobra para seguir desfrutando das ricas benesses do poder e cospe na cara dos inocentes midiotas.

A pinguela para o inferno de Michel Temer

Por Raul Carrion, no site da Fundação Maurício Grabois:

No último domingo, 17 de abril, a Câmara dos Deputados votou a admissibilidade do processo de impedimento da Presidenta Dilma Roussef, em uma sessão conduzida por um malfeitor corrupto – Eduardo Cunha – e em benefício de um traidor sem escrúpulos – Michel Temer –, sem qualquer preocupação com a existência ou não de algum “crime de responsabilidade”, sem o que qualquer impedimento é inconstitucional, configurando um golpe contra o Estado Democrático de Direito.

O Brasil inventou o golpe machista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Após cerca de duas horas batendo papo com Dilma Rousseff e colegas blogueiros na última quarta-feira (20), formei convicção de que não surpreende esse processo que ameaça destituir um governo eleito pelo voto popular com base em pesquisas de opinião levadas a cabo por empresas privadas simplesmente por conta de este país ser tão machista.

"O golpe é contra os pobres"

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia, Tereza Campello participou da criação do programa Bolsa Família, em 2003. Desde 2011 é ministra do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome. Ela conversou com o 247 sobre mudanças que podem ocorrer no Bolsa Família caso Dilma Rousseff seja afastada da presidência. Sua entrevista:

O que a senhora tem a dizer aos 50 milhões de brasileiros que recebem benefícios do Bolsa Família depois que a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff?

sábado, 23 de abril de 2016

O mundo inteiro denuncia o golpe

Por Jeferson Miola

A democracia brasileira está ameaçada de um golpe de Estado. O impeachment da Presidente Dilma Rousseff, segundo a imprensa internacional, foi aprovado por “uma assembléia de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha fazendo a destituição de uma Presidente sem qualquer base jurídica nem constitucional”.

O impeachment está numa etapa avançada: o Senado Federal deverá decidir, dentro de poucas semanas, se continua ou se arquiva o processo aprovado na “assembleia de bandidos”. Caso o Senado prossiga o processo, a Presidente Dilma, que foi eleita para governar o Brasil até 31 de dezembro de 2018, será afastada por até 180 dias até a decisão final. Na prática, porém, praticamente equivale à sua destituição.

O efeito bumerangue do 17 de abril

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O vergonhoso dia 17 de abril já é uma marca histórica do novo tipo de golpe de Estado, expressão do DNA da direita, constante na história política do Brasil. O espantoso enredo que culminou neste dia fatídico descobriu na atualidade as entranhas do conservadorismo de direita no Brasil, sua ideologia e seus métodos políticos enraizados desde a origem da casa grande, passando pelo selo do período histórico do capitalismo “retardado”, resultando no sistema político predominantemente elitista, patrimonialista e umbilicalmente subordinado ao poder econômico dominante. Nem os ares democráticos que bafejaram a Constituição de 1988, derrotando o autoritarismo ditatorial, alcançaram reverter essas dominâncias.

A imprensa brasileira e seus dilemas

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Professor de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo, Renato Janine Ribeiro tem há muitos anos contato frequente com jornalistas. Durante cinco meses, em 2015, ele experimentou essa convivência sob outra ótica, como ministro da Educação. Antes disso, de 2011 a 2013, ministrou curso de Ética na Imprensa na pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing, e acumulou reflexões sobre esse universo, que começou a conhecer de casa: seu pai, Benedicto Ribeiro, foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo entre 1959 e 1961.

O escracho na casa de Temer em Brasília

Da revista Fórum:

Um grupo de manifestantes realiza, nesta tarde de sábado (23), um protesto em frente ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), em Brasília. De acordo com os organizadores, o ato tem como objetivo alertar a população sobre o golpe executado por Temer junto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a democracia e a presidenta Dilma Rousseff.