sábado, 12 de outubro de 2024

‘Fascista falido’ do Ultraje perde processo

Charge: Gilmar
Por Altamiro Borges


No final de setembro, o vocalista Roger Moreira, da banda Ultrage a Rigor, perdeu na Justiça de São Paulo um pedido de indenização por ter sido retratado como “fascista falido” e “lambe-botas de genocida” nas charges de Gilmar Machado Carvalho, o irreverente cartunista Gilmar. Bajulador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o “roqueiro” decadente, que adora destilar ódio no programa The Noite do SBT, entrou com uma ação judicial em julho, solicitando R$ 30 mil de ressarcimento. Marcos Kleine, guitarrista do grupo, também apresentou pedido semelhante no mesmo processo.

A juíza responsável pelo caso, Andrea de Abreu, do 11º Foro Cível, rejeitou os pedidos de remoção de três charges e de indenização. Em decisão proferida em 28 de setembro, ela entendeu que as obras “permaneceram na esfera da crítica, sem abusar do direito da liberdade de expressão”, segundo postagem do site Agenda do Poder. “Além dos pedidos negados, Roger e Kleine serão obrigados a pagar as custas processuais e R$ 4,5 mil, referentes aos honorários de sucumbência”.

A magistrada também entendeu que a charge em que Roger Moreira é chamado de racista é uma “crítica mordaz, mas não gratuita”. Ela acolheu o argumento do cartunista de que a publicação foi uma resposta a uma baixaria feita pelo músico meses antes. O músico postou em uma rede social o desenho de uma pessoa preta, em um ônibus, manifestando a intenção de quebrar o dispositivo de carregamento de celulares. A imagem acompanhava a frase: “O espírito de porco que permeia nossa cultura”. Na charge, Gilmar rebateu: “O espírito racista bolsonarista covarde que permeia nosso asco”.

A decisão judicial foi festejada por Gilmar. “Ressalto a vitória da liberdade de expressão, artística e jornalística com essa decisão. Eu, como vários outros cartunistas e jornalistas, temos sofrido com uma série de tentativas de inibição, e censura por parte de apoiadores da extrema-direita usando a justiça para isso”. Já os decadentes roqueiros afirmaram que irão recorrer da decisão. O choro é livre!

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