terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Com Temer, a questão indígena retrocede

Por Murilo Matias, na revista CartaCapital:

Muito cacique para pouco índio. A tradicional expressão brasileira que sugere excesso de autoridades para um reduzido número de seguidores inverte-se na realidade vivenciada pelos índios na política nacional.

Ausentes nos espaços de poder, os indígenas veem seus dramas se intensificarem, com a fragilização da Fundação Nacional do Índio (Funai), a ofensiva da bancada ruralista e o massacre de etnias impulsionado pela guerra de especuladores do agronegócio, percebida por muitos como a continuação de um genocídio.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Os abraços do afogado de Michel Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer se move no tempo em que a política manda que não se faça movimentos: em cima do laço, embaixo da crise.

Tudo o que fizer nos próximos dias tem cara de (e é) desespero.

Deu Rodrigo Maia como carta fora do baralho.

Parte de seus aliados quer “anular” a delação, o que é um delírio inimaginável, como se o STF pudesse aceitar um Renan Calheiros – 2, revisto e ampliado.

Datafolha: 63% contra golpe dentro do golpe

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para quem imaginava que o Brasil havia ingressado numa fase de conformismo político absoluto, a pesquisa do Datafolha divulgada neste fim de semana contém uma revelação essencial. Nada menos que 63% dos brasileiros estão fartos do governo Michel Temer, pedem sua renúncia e querem ir às urnas para escolher um novo presidente. São números que formam o horizonte político do próximo período e devem fazer parte de articulações, conversas de pé de ouvido e protestos de rua daqui para a frente.

A hilária tentativa da Folha de esconder Lula

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O título da matéria da Folha chega a ser hilário. Marina Silva vem despencando em queda livre nas pesquisas desde março deste ano, depois de apoiar o golpe. Saiu de 21% em março, caiu para 19% em abril, escorregou para 17% em julho e fechou o ano em 15%.

Lula, por outro lado, vem disparando após o golpe: saiu de 15% em março, e foi crescendo a cada pesquisa, até chegar aos 25% de hoje, que o deixam isolado na liderança do primeiro turno.

Globo ataca Temer, que pode renunciar

Por Renato Rovai, em seu blog:

Temer já estaria considerando a possibilidade de renunciar antes do dia 31/12 para não sair escorraçado do governo, é o que teria dito um de seus aliados a um deputado de oposição.

O que o faz tentar se agarrar ao cargo de qualquer forma é a manutenção do foro privilegiado. Não só dele, mas de muitos de seus atuais ministros.

Eles sabem que abrir mão disso agora pode levá-los a ter de forma rápida o futuro de Sérgio Cabral.

Dilma 10 X 0 Paneleiros

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Se as instituições do Estado não estivessem podres; se existisse imprensa de fato no Brasil, e não uma organização mafiosa eternamente contrária aos interesses populares e nacionais ; se os integrantes dos poderes da República fossem minimamente sérios e honrassem suas funções públicas e se as classes média e alta, além de profundamente ignorantes, não chafurdassem no pântano da intolerância e do ódio, o Brasil teria de pedir desculpas à Dilma e devolver-lhe o governo, para o qual foi eleita legitimamente com mais de 54 milhões de votos de brasileiros e brasileiras.

PEC de Temer atingirá os mais pobres

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Mais uma prova de que o governo Temer está mentindo aos brasileiros sobre os efeitos da PEC do Teto foi dada hoje pela ONU (Organização das Nações Unidas), ao alertar que a medida é incompatível com as obrigações do país em relação aos direitos humanos e terá um impacto severo sobre os mais pobres. De acordo com o relator especial da ONU para extrema pobreza e direitos humanos, Philip Alston, o efeito principal e inevitável da proposta de emenda constitucional, elaborada para forçar um congelamento orçamentário como demonstração de prudência fiscal, será o prejuízo à população carente nas próximas décadas. A PEC já passou na Câmara e poderá ser aprovada definitivamente pelo Senado no próximo dia 13 de dezembro.

Lula lidera apesar do massacre da imprensa

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se eu fosse um barão da imprensa, marcaria um encontro com meus pares para discutir um asssunto de integral interesse para todos.

Como, massacrando Lula continuamente, selvagemente, ele dispara nas pesquisas de voto e aparece sempre em primeiro lugar? Nosso jornalismo de guerra é tão incompetente assim?

Agora mesmo.

O último DataFolha mostra que Lula cresceu em todos os cenários. Bate em todos os potenciais adversários. E com facilidade.

Folha tenta esconder liderança de Lula

Do site Vermelho:

A Folha de S. Paulo bem que tentou, mas o seu gráfico abaixo da manchete mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera a preferência dos eleitores entrevistados pelo Datafolha na disputa à Presidência da República nas eleições 2018.

Apesar da campanha diária de difamação, factoides e mentiras contra o ex-presidente Lula, ele lidera a pesquisa de intenção de voto. A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (12) indica que Lula lidera todos os cenários de 1º turno. Num cenário com Marina Silva e Aécio Neves (PSDB), Lula tem 25% das intenções de voto, contra 15% da ex-senadora e 11% do tucano. Jair Bolsonaro (PSC) aparece com 9%, Ciro Gomes (PDT) tem 5%, Michel Temer (PMDB) atinge 4%, e Ronaldo Caiado (DEM) e Luciana Genro (PSol) possuem 2% cada um. Eduardo Jorge (PV) conta com 1% das menções. Brancos e nulos são 20%, e os indecisos, 6%.

Colunistas já marcam o enterro de Temer

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A mídia hegemônica foi a principal protagonista do "golpe dos corruptos" que depôs Dilma Rousseff e levou o Judas Michel Temer ao poder. Num primeiro momento, ela deixou de lado seu pessimismo crônico contra o Brasil e esbanjou otimismo diante do covil golpista. Agora, porém, alguns dos seus colunistas já reconhecem o fracasso desta aventura e preveem o seu trágico fim. O jornalista José Roberto de Toledo, um dos menos contaminados pelo vírus antidemocrático da imprensa, escreveu no Estadão desta segunda-feira (12) que "só mesmo um milagre" pode salvar o usurpador.

Temer é falso (65%) e defende os ricos (75%)

Por Altamiro Borges

A pesquisa Datafolha deste domingo (11) trouxe vários números impressionantes. Apesar da forte blindagem da mídia mercenária, que apoiou o “golpe dos corruptos” para depois garfar muita grana em publicidade da gangue que assaltou o poder, a sociedade está atenta diante da postura nefasta do Judas Michel Temer. O levantamento aponta que a população considera o “presidente” falso (65%), desonesto (58%) e defensor dos mais ricos (75%). Não há manipulação que seduza tantos “midiotas” por muito tempo. Isto talvez explique porque setores da imprensa, temendo a queda da sua precária credibilidade, já ensaiem abandonar o usurpador, “o breve”, para apostar em outras saídas golpistas.


domingo, 11 de dezembro de 2016

Datafolha implode pinguela de Temer

Por Altamiro Borges

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (11) confirma que o governo ilegítimo do Judas Michel Temer é, de fato, uma “pinguela” – como afirmou o grão-tucano FHC, um dos principais mentores do “golpe dos corruptos”. Ele não vai durar muito tempo! Segundo o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do traíra ruim ou péssima – em julho, eram 31%. O índice de ótimo e bom caiu de 14% em julho para 10%. A pesquisa foi realizada antes das primeiras delações da Odebrecht, que devem piorar ainda mais a imagem do usurpador. O pânico tomou conta do covil, que agendou uma reunião de emergência e já dá como certa a traição de vários partidos da sua base fisiológica.

Vídeo emocionante: Volta, Dilma!

Caia fora, presidenta desgraçada!

Os curiosos apelidos da lista da Odebrecht

Da revista Fórum:

O depoimento do ex-vice-presidente institucional da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, para as autoridades da Operação Lava Jato poderá até derrubar o governo Temer. A tragicomédia deixa, no entanto, um legado de apelidos hilários e pra lá de curiosos a que os políticos eram referidos nas listas de caixa dois da empresa. Confira aqui alguns deles:

Geraldo Alckmin (PSDB_SP), o “Santo”.

Romero Jucá (PMDB-RR),”Caju”.

José Carlos Aleluia (DEM-BA), o “Missa”.

José Agripino (DEM-RN), o “Pino” ou “Gripado”.

Temer derreteu. A saída é a renúncia!

Por Jeferson Miola

A delação do diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho vazada pela força-tarefa da Lava Jato é devastadora para o golpista Michel Temer e para o quartel-general do golpe. Não fica em pé uma viga do empreendimento golpista.

Temer derreteu, e o Brasil está derretendo junto. O presidente usurpador perdeu totalmente a capacidade de governar. O país está sendo jogado no precipício que pode causar uma convulsão social: depressão econômica, desemprego próximo dos 15% e calamidade financeira em Estados e Municípios que evoluirá para uma crise humanitária.

A dúvida no coração do Império

Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

O general James “Cachorro Louco” Mattis, escolhido pelo presidente eleito Donald Trump para ser o novo cabeça do Pentágono é funcionário modelo do Império do Caos. Seu bordão de trabalho é – e que outro poderia ser – “caos”. O Comando Operacional das Operações Especial dos Marines (Marsoc) até distribuiu imagem do “São Mattis de Quantico, Santo Padroeiro do Caos“.

Na encarnação pop, o santo vem completamente equipado com granada e faca. “Cachorro Louco” pode, claro, ser visto pelo mundo real como, sim, um cachorro louco: estava na linha de frente do assalto ao Afeganistão em 2001; Comandou os marines no assalto a Bagdá durante a Operação Choque e Pavor em 2003. Foi o cérebro que concebeu a horrenda destruição de Fallujah no final de 2004. Amplamente elogiado como fino estrategista, aposentou-se como chefe do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) em 2013. O santo pode ser sido disseminador de caos por todo o “Oriente Médio Expandido” expressão cunhada no regime do ex-vice-presidente Dick Cheney – algo que veio com inevitável dano colateral: a mais apavorante iranofobia. Mas a razão chave de sua indicação é que lhe caberá reconstruir o setor militar dos EUA.

Presente de Natal: a renúncia de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O fim do governo Temer foi anunciado ontem pelo vazamento da delação do lobista da Odebrecht Claudio Melo Filho. Ao invés de esperar por um descarte humilhante, seja por que via for, Temer prestaria um grande serviço ao Brasil renunciando ainda este ano, evitando mais um desastre político, a eleição indireta de um presidente pelo atual Congresso. Sua renúncia seria um presente de Natal para o Brasil, garantindo a convocação de eleições diretas sem a necessidade de um remendo constitucional em 2017. Na terça-feira os movimentos sociais farão atos em todo o país pedindo seu impeachment e diretas-já. Objetivamente, deviam pedir renúncia-já.

Odebrecht e a jurisprudência da destruição

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Responsável por ao menos dois dos programas estratégicos mais importantes do país, o da construção do submarino nuclear Álvaro Alberto, da Marinha e o do míssil ar-ar A-Darter, da Força Aérea, destinado a equipar os futuros caças Gripen NG-BR que estão sendo construídos com a Suécia, a Odebrecht está pagando caro por sua "proximidade" com os governos Lula e Dilma.

Embora seja uma das mais importantes construtoras estrangeiras a operar em Miami, o bastião do anticomunismo “morocho-cubano” norte-americano, onde construiu o metrô suspenso, o maior estádio da cidade e fez reformas no porto e a ampliação do aeroporto, e mesmo com o seu principal executivo, Marcelo Odebrecht, preso há quase dois anos, a justiça acaba de condenar também o patriarca da organização, o engenheiro Emilio Odebrecht, a quatro anos.

O assassinato político e o papel do MPF

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – as peças iniciais do jogo

É curioso a rapidez do tempo histórico nesses tempos de Internet e redes sociais. Há o lado da desestruturação das informações, pela quantidade e rapidez com que se sucedem os eventos. Mas há o lado da enorme rapidez dos diagnósticos em cima de eventos históricos ainda em andamento.

É o caso da nova estratégia da geopolítica norte-americana, montada a partir do advento da Internet e das redes sociais.

Ao longo dos últimos anos, foi possível acompanhar passo a passo esse jogo. No início, dada a aparente volatilidade dos fatos, íamos registrando o passo-a-passo, mas ainda mantendo dúvidas sobre as formas de organização: havia uma lógica, algum conhecimento sistematizado, ou apenas um ou dois eventos planejados e o resto se sucedendo de forma aleatória?

Bolsonaro e a banalização da mentira

Por Jean Wyllys, na revista CartaCapital:

Eu poderia falar, como a Universidade de Oxford o fez, em "pós-verdade", conceito interessante quando se trata de política nas redes sociais. Contudo, para ser direto, prefiro falar de mentira.

Porque disso se trata. A família Bolsonaro usou, outra vez mais, uma mentira para me difamar; e seus aliados – o deputado Alberto Fraga e o ex-corregedor da Câmara, Carlos Manato, também aliados do agora preso Eduardo Cunha – a apresentaram como "prova" para representar contra mim no Conselho de Ética, pedindo a cassação ou suspensão do meu mandato.

Porém, dessa vez, a Polícia Civil desmascarou, por meio de perícia incontestável, a mentira.

Capa da Veja faz o milagre de esconder Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eu tiro o chapéu para os editores da Veja.

Compreendem perfeitamente que a revista que editam é apenas um panfleto, um cartazete a ficar exibido por uma semana nas bancas de jornal.

Tanto é assim que, com o escândalo do dinheiro pedido por Michel Temer e entregue a seu “psicoterapeuta político” José Yunes (e daí ser parcialmente repassado a Eduardo Cunha), denunciado por um ex-dirigente da Odebrecht e ao qual ela mesma diz ter tido integral acesso sua capa não contém nem a imagem nem o nome do indigitado “pedidor de dinheiro” palaciano.

Quem é contra eleição é trouxa ou canalha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O derretimento de Michel Temer em praça pública, em função das delações da Odebrecht, tem dois efeitos cruciais para a conjuntura política e o futuro dos brasileiros.

O primeiro é acelerar de forma dramática o debate sobre a substituição de Temer. O segundo é atualizar o debate sobre a realização de eleições diretas para presidente. Com o governo Temer cada vez mais perto do fim, tudo fica claro. Quem ainda é contra diretas é trouxa ou é canalha.

Os grandes fatos do momento devem ser lidos, explicados e reinterpretados a partir do desmoronamento de Temer. Falando claramente: o funeral de Temer obriga a debater as condições para a realização de novas eleições ou apoiar um golpe dentro do golpe.

A nova delação contra Temer e a Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A notícia é do Buzzfeed (!) e foi em seguida confirmada pela Globo, de onde tirei o texto abaixo.

Diretor da Odebrecht delata entrega de dinheiro vivo em escritório de amigo de Temer

Presidente teria negociado repasse de R$ 10 milhões com Marcelo Odebrecht no Jaburu

BRASÍLIA - O ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho denunciou a entrega de dinheiro em espécie no escritório do advogado José Yunes, um dos conselheiros mais próximos do presidente Michel Temer, durante a campanha eleitoral de 2014. As cifras fariam parte de um repasse de R$ 10 milhões que Temer teria negociado com ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, numa reunião no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, dois meses depois depois do início da Operação Lava-Jato.


sábado, 10 de dezembro de 2016

Moro bem que tentou livrar Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

O juiz Sérgio Moro, aquele da foto, segundo ele, infeliz com Aécio Neves, deu uma livrada fenomenal em Michel Temer há alguns dias, como se poderá ver a seguir.

Essas três perguntas foram feitas por Cunha para que Temer respondesse como sua testemunha. Mas Moro, as censurou.

A propina de Skaf e os patos da Fiesp

Do blog Viomundo:

A empreiteira Odebrecht fazia muitos negócios nos e com os governos e os parlamentares.

Na versão apresentada pelo operador do propinoduto da empresa à Lava Jato, era uma troca explícita entre dinheiro e legislação.

Um dos “negócios”, segundo Claudio Melo, envolveu uma doação de R$ 10 milhões dividida assim: R$ 6 milhões para Paulo Skaf, o presidente da Fiesp, associação empresarial que teve papel decisivo no impeachment de Dilma Rousseff.

PEC-55 e os impactos sobre as mulheres

Por Juliane Furno, Cristina Pereira Vieceli, Priscila Von Dietrich, Marsala Maciel Machado e Anelise Manganeli, no site Brasil Debate:

A Proposta de Emenda Constitucional nº 55 visa a instituir o Novo Regime Fiscal que limita os gastos do poder executivo, supremo tribunal federal, senado federal, ministério público e defensoria pública da união. Pela nova regra definida pela PEC 55, os limites de despesas serão calculados para 2017 pela despesa primária paga no exercício de 2016 corrigida em 7,2% e, após este período, pela variação do IPCA calculado nos últimos 12 meses do exercício anterior [1].

Derretimento de Temer e a eleição de 2018

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se não levássemos em conta os retrocessos institucionais que o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff já acarreta, não seria de todo mau os brasileiros estarem tendo a oportunidade de experimentar o que é ser governado pela direita, sobretudo por uma direita tosca como a que congrega PSDB e PMDB.

O golpe se abateu sobre o Brasil em um momento em que muitos, à esquerda, já não valorizavam as conquistas sociais da era petista, atribuíam a si mesmos a melhora de vida que tiveram só a partir de 2003 e, loucura das loucuras, afirmavam que PT e PSDB seriam “a mesma coisa”.

Unidade e luta contra as maldades de Temer

Editorial do site Vermelho:

Há uma pauta política no comando da Presidência da República – a que impõe a aprovação de medidas que atendam aos interesses do capital financeiro, mesmo que para isso provoquem um verdadeiro retrocesso no desenvolvimento do país e massacrem direitos históricos conquistados pelo povo brasileiro. O pacote de maldades do governo inclui, entre outros projetos, a PEC 55, que limita os gastos sociais do governo durante 20 anos, e a reforma da Previdência, definida como cruel e injusta.

Carta da Frente Brasil Popular

Carta de Belo Horizonte

Primeira Plenária Nacional Frente Brasil Popular

Passados seis meses do ato de violência que consumou a deposição da presidenta Dilma Rousseff e deu posse a um presidente sem voto, o país vê agravados todos os problemas econômicos e sociais, e caminha para o caos e a convulsão. Todos os campos da economia estão deteriorados, a começar pelo setor industrial, o mais sensível às crises econômicas, que, entre nós, já transita da recessão para a depressão.

Odebrecht faz de Temer um morto-vivo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A enxurrada de notícias de corrupção em que o protagonista é Temer remete a uma situação que o país enfrentou há pouco tempo.

Temer é o novo Eduardo Cunha.

Chegou um momento em que não só os brasileiros se perguntavam como diante de tantas provas colossais de crime Cunha permanecia na presidência da Câmara. Também o mundo se intrigava com a impunidade. Para a imagem do Brasil perante a comunidade internacional, foi um horror.

Temer repete Cunha.

Dilma Rousseff e a América Latina

Cristina Kirchner e a América Latina

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Sergio Moro e o partido da "Lava-Jato"

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

A conjunção de forças que patrocinou o golpe conserva grande unidade em relação às medidas econômicas e sociais que aceleradamente estão implementando. Não vacilam no apoio à “PEC do congelamento”, Reforma da Previdência, desmonte do BNDES, Banco do Brasil e Petrobras. Estão unidos no programa da ofensiva neoliberal, enquanto um bloco de poder, embora comecem a travar uma intensa disputa interna sobre quem assumirá a condução política do golpe.

Alckmin, o “Santo”, recebeu propina?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Da revista Fórum:

De acordo com delação de executivos da empreiteira Odebrecht, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu dinheiro vivo para as campanhas de 2010 e 2014. Alckmin, tratado nas listas de delação da empreiteira como “Santo”, teria recebido na campanha de 2010 R$ 2 milhões por meio de seu cunhado Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin. A transação foi feita no escritório do próprio Adhemar, no centro da capital paulista. Na ocasião, o tucano venceu a eleição no primeiro turno, com 50,63% dos votos válidos.

"Golpe confirma Nostradamus: fim do mundo"

Manifestantes contra a reforma da previdência, no Rio de Janeiro,
que dá a militares e ao Judiciário privilégios
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Famoso por suas profecias ainda não concretizadas acerca do fim dos tempos, o médico e alquimista francês Michel de Nostredame (1503-1566) foi praticamente reabilitado pelo cientista político e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Wanderley Guilherme dos Santos. "Aceitei trazer a mensagem de Nostradamus porque o fim do mundo está aí", disse, durante conferência na tarde de ontem (7) no Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na capital fluminense.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Do golpe ao caos no Brasil

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

No momento em que se redige este texto, informam os noticiários, Michel Temer procura juntar cacos e encontrar uma saída “honrosa” para o conflito entre Renan Calheiros, presidente do Senado, e Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos trabalharam pela derrubada do governo eleito em 2014, mas agora entraram em conflito ácido. Mello quer afastar Renan da presidência do Senado. Para isso, brande entendimento jurídico que, se consolidado, viola direitos fundamentais e sepulta a presunção de inocência. Renan, contrariado, fez o macho: ao invés de contestar a decisão provisória do STF, decidiu ignorá-la, projetando o país no cúmulo da insegurança jurídica. Temer tenta um remendo, nas poucas horas que faltam para o final da sessão plenária do Supremo. Nada garante que será bem-sucedido.

STF salva Renan e completa-se o bananal

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O "pacto pelo alto", ou a conciliação entre as elites – feliz categoria que nos legou o historiador José Honório Rodrigues para explicar os "acordões'' entre os donos do poder – voltou a se manifestar na tarde desta quarta-feira com a decisão do STF de manter Renan Calheiros na presidência do Senado, embora afastado da linha sucessória. E com isso, completou-se a regressão do Brasil, até há pouco tempo uma jovem e promissora democracia, a um grande bananal. Nas últimas horas um ministro da suprema corte destituiu sozinho o presidente de uma casa do Legislativo, estando inconcluso um julgamento sobre o tema, interrompido quando já havia uma maioria. O intimado dobrou o erro ao ignorar a notificação e dar olé no oficial de justiça.

Roberto Freire, o ministro acidental

Por Jotabê Medeiros, na revista CartaCapital:

Maior ferramenta de estímulo à cultura no País, responsável por cerca de 80% dos recursos destinados ao setor, a Lei Rouanet terminará 2016 com um baque de dimensões gigantescas. A queda no número de projetos aprovados até agora é de 43% em relação ao ano passado. E de 53% no caso dos recursos captados (583 milhões ante 1,2 bilhão de reais).

A queda abrupta tem mais a ver com a política do que com a crise econômica. A decisão de Michel Temer, abortada posteriormente, de rebaixar o status do Ministério da Cultura provocou uma paralisia de um mês e meio.

Está sobrando dinheiro na Previdência

Por Cátia Guimarães, na revista Caros Amigos:

“As pessoas não vão aceitar. Se elas tiverem acesso a essas informações, não podem aceitar isso”. A frase é da economista Denise Gentil, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A indignação que ela aposta que mobilizará a maioria da população brasileira é com a proposta de uma nova reforma da previdência, que o governo em exercício promete apresentar e aprovar no Congresso Nacional ainda este ano.

As informações que alimentariam essa recusa são simplesmente a negação de tudo que você lê e ouve diariamente nos jornais: na pesquisa feita para sua tese de doutorado, Denise mostra, com dados oficiais, que o Brasil não tem nenhum rombo na previdência social. Mais do que isso: anualmente, sobra (muito) dinheiro no sistema público que hoje garante aposentadorias e pensões a 32 milhões de trabalhadores.

Grupo nazista é investigado no RS

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Você ainda duvida que, à sombra da histeria midiática, os cogumelos da extrema-direita neonazista não vão brotar?

Então leia a matéria publicada agora há pouco pela Rádio Guaíba, de Porto Alegre:

A Polícia Civil deflagrou hoje uma operação para combater a ação de movimentos neonazistas no Rio Grande do Sul. Conforme a investigação, os grupos estavam trabalhando para recrutar gaúchos para lutarem em uma milícia na Ucrânia.

Decisão reforça urgência de eleições-já

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A votação desta quarta-feira, no Supremo, foi uma aberração típica desses tempo de anomalias institucionais acumuladas. Não são tempos estranhos, como dizem por aí. São tempos claros, óbvios – arbitrários, onde fala o mais forte, o mais conveniente, o interesse que se impõe no momento.

Ao decidir, por 6 votos a 3, que Renan Calheiros pode permanecer na presidência do Senado, mas não pode permanecer na linha de sucessão da presidência da República, o STF reescreveu num debate superficial de poucas horas, as regras para o exercício da presidência da República. Debate não houve, na verdade. Aproveitou-se a TV Justiça para anunciar uma decisão já tomada nos bastidores.

E se fosse Lula gargalhando com Moro?

Montagem sobre foto de Diego Padgurschi
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Imaginem, apenas imaginem, a cena: em um evento da revista Carta Capital (para o paralelo ficar mais óbvio dentro dos padrões coxinhas), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citado anteriormente em cinco delações da Lava-Jato, conversa e ri às bragas soltas com o juiz Sergio Moro, comandante da operação. Suponha também que a Lava-Jato estivesse sob a desconfiança de beneficiar o PT, já que jamais atingira políticos do partido. O que diriam a direita e sua parceira, a mídia, sobre a foto? Nossa, o mundo iria cair.

Dez Questões para entender o Supremo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Como um cidadão normal, razoavelmente informado, analisaria nossa Suprema Corte.

Questão 1 – como o Supremo conseguiu esquecer que uma ordem sua foi desrespeitada e manteve Renan Calheiros no cargo de presidente do Senado?

Resposta - Através de uma gambiarra do inflexível Celso de Mello, o decano que se tornou o mais inflexível dos Ministros do Supremo mas que, também, não é de ferro. Seu argumento jabuticaba foi que Renan permaneceria no cargo, mas não poderia se habilitar à sucessão presidencial.

Um retrocesso inaceitável na Previdência

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O projeto de mudanças no sistema previdenciário protocolado pelo governo golpista segunda-feira, 5, no Congresso Nacional, é um retrocesso inaceitável para a classe trabalhadora brasileira e, por isto, é rejeitado pelo conjunto do movimento sindical brasileiro.

Além de reduzir direitos e benefícios, sempre em detrimento dos mais pobres, e manter os privilégios dos militares, a reforma pretendida ameaça a economia de milhares de pequenos municípios brasileiros, que dependem das aposentadorias e pensões, e abre caminho à privatização do sistema, cobiçado pelo sistema financeiro.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

"Coxinhas" darão chiliques nos aeroportos

Por Altamiro Borges

Durante os governos Lula e Dilma, os aeroportos viraram motivo de chilique dos tais "coxinhas" - a chamada classe média que gostaria de virar "zelite", mas não consegue e tem ódio dos pobres. Eles ficavam indignados com a popularização dos voos, com a presença de trabalhadores nestes antigos oásis dos ricaços. Eu mesmo presenciei várias cenas de preconceito e ódio de classe no check-in e no saguão de vários aeroportos no Brasil. Esta galera egoísta e tacanha foi às ruas para rosnar pelo "Fora Dilma" e pela volta do seu aparente mundinho de privilégios. Uma notícia publicada nesta quarta-feira (7), porém, produzirá ainda maiores chiliques nos "midiotas" da chamada classe média.

Falida, "QuantoÉ" bajula os golpistas

Por Altamiro Borges

A festança da revista IstoÉ nesta terça-feira (6) expôs a intimidade obscena dos golpistas. A foto do "juiz" Sergio Moro cheio de amores com o cambaleante Aécio Neves – várias vezes delatado por corrupção – evidenciou a seletividade da Lava-Jato e bombou na internet. Ela confirmou que basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, julgado e, muito menos, preso no Brasil. Outras imagens – como a do alegre José Serra, o "chanceler" das multinacionais do petróleo, e a do eterno decorativo Michel Temer – também foram alvo de chacota nas redes sociais. Mas estas e outras cenas ajudaram ainda a demonstrar a degradação do jornalismo nativo, que tem como expressão patética a revista IstoÉ – conhecida nas meios jornalísticos como "QuantoÉ" por suas práticas mercenárias.

Conduta de Moro e a queixa de Lula na ONU

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A conduta do juiz Sergio Moro fez a ONU adiar para o final de janeiro o prazo que o organismo havia dado ao governo Temer para explicar o processo do Estado brasileiro contra o ex-presidente Lula.

Explico: o que ocorre é que, conforme a Lava Jato, nas pessoas do procurador Deltan Dallagnol e do juiz Sergio Moro, vai dando seus shows antipetistas, a defesa do ex-presidente vai informando à ONU esses passos de modo a corroborar a afirmação de que a Operação e seus condutores agem com motivações político-partidárias.

Uma frente ampla pelo Brasil

Editorial do site Vermelho:

O descompasso entre o país real e o país supostamente legal voltou a ficar extremamente visível desde a o golpe midiático-parlamentar-judicial consumado com o afastamento da presidenta legítima Dilma Rousseff em 31 de agosto.

A crise não para de crescer e se aprofundar e ameaça desbordar as esferas político-institucional e econômica e se transformar num conflito social aberto, como se tem assistido nos acontecimentos do Rio de Janeiro, que nesta terça-feira (6) voltaram a conflagrar aquele estado.

A indecência de Moro e Aécio na IstoÉ

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma sociedade, para funcionar, deve ser regida pelo conceito de “common decency”, decência geral.

Foi o que escreveu o britânico George Orwell, o grande intelectual britânico autor de clássicos como 1984 e a Revolução dos Bichos.

As fotos da festa da IstoÉ que tomaram de assalto as redes sociais nas últimas horas são, simplesmente, indecentes. Revelam almas visceralmente corrompidas.