domingo, 13 de outubro de 2024

Chefão do PP detona o execrável Malafaia

Por Altamiro Borges


As brigas no covil da extrema direita estão cada dia mais intensas e fratricidas. Já há quem preveja um racha entre os neofascistas nativos para breve. O barraco mais recente envolveu o mercenário da fé Silas Malafaia e o senador-jagunço Ciro Nogueira, chefão do Partido Progressista (PP), um dos herdeiros da antiga Arena da ditadura militar e sigla que aloja, entre outros, o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, e vários parlamentares bolsonaristas raivosos.

Após o “pastor” chamar o ex-presidente fujão de “covarde”, “omisso” e “porcaria de líder”, por sua postura oportunista no primeiro turno das eleições em São Paulo, o presidente do PP retrucou em entrevista ao site UOL: “O erro de Bolsonaro é ele aceitar figuras como Silas Malafaia, que é uma figura completamente execrável, que não lidera nada. Aí isso dá uma repercussão, coloca ele na frente de uma manifestação de milhões, como se ele fosse um grande líder. Ele não é líder de coisa nenhuma. É um pastor líder de internet, que não tem nem igreja representativa no país”.

Silas Malafaia não se deu por vencido e reagiu, afirmando que Ciro Nogueira é “lixo da política” e expressão da “direita prostituta”. Metido a valentão, ele completou: “Ser chamado de execrável por um cretino inescrupuloso como o senador Ciro Nogueira é até um elogio. O homem é a sua história, não sua fala. Eu tenho uma história de defesas como poucos de Bolsonaro”, jactou-se.

A briga entre o “pastor” e o jagunço do PP evidencia que o clima anda tenso no antro da extrema direita nativa. Não dá para prever ainda o futuro do chamado bolsonarismo, a expressão da onda neofascista no Brasil. Na mesma entrevista, Ciro Nogueira chegou a aventar a possibilidade de o PP apoiar a candidatura de Pablo Marçal na eleição presidencial de 2026 – o que deve ter irritado ainda mais o “pastor”, que disputa o rebanho com o ex-coach, e intrigado o clã Bolsonaro. A conferir no que vai dar essa confusão no covil neofascista. Torço, cada vez mais, pela briga!

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