quinta-feira, 15 de março de 2018

Lula, o STF e a "voz das ruas"

Lula participou nesta quinta-feira (15) do ato em Defesa das Democracias
organizado pelo Fórum Social Mundial: Foto: Ricardo Stuckert
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Os resultados da mais recente pesquisa CUT/Vox Populi nos recolocam perante a constatação da irrelevância, para a elite brasileira, da opinião das pessoas comuns. Ela vale muito pouco no Brasil.

A pesquisa mostra que a maior parte da população reprova a guerra judicial que contra Lula movem juízes, procuradores e policiais, em parceria com o grande capital, os oligopólios da mídia e um pedaço do sistema político. Apenas uma minoria a apoia.

A pesquisa também deixa claro que essa minoria é constituída, em sua quase totalidade, por pessoas que são e sempre foram contra o ex-presidente, o PT e suas políticas de governo. É o terço da população que diz “detestar” (equivalentes a 13% do total) ou “não gostar do PT” (que são 20%).

Marielle, um crime de verdade para o general

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) está destinado a se transformar num caso emblemático da intervenção militar no Rio de Janeiro. Depois de abrir mochilas de crianças e fotografar moradores de favelas em busca de antecedentes criminais, o general Braga Neto encontra-se diante de um caso sério, que deve ser apurado e esclarecido, com o julgamento e punição dos responsáveis.

Todos os indícios sobre a morte de Marielle Franco configuram um caso óbvio de execução criminosa e crime encomendado. Um automóvel emparelhou com o carro que conduzia a vereadora para casa. Foram feitos 9 disparos que ainda mataram o motorista Anderson Pedro Gomes. Também atingida por estilhaços, a assessora Fernanda Chaves chegou a ser levada para um hospital próximo, sendo liberada na madrugada.

Marielle foi assassinada pelo golpe

Arte: André Hora
Por Marcelo Zero

Alguns dirão que Marielle Franco foi provavelmente assassinada por milicianos ligados à PM do Rio de Janeiro, já que a combativa vereadora, mulher negra da favela da Maré, vinha denunciando os crimes desses grupos contra a população favelada da “cidade maravilhosa” e a intervenção militar imposta pelo governo federal.

Engano. Esses grupos foram, no máximo, os executores de Marielle. Foram apenas aqueles que dispararam 9 vezes contra a sua cabeça, numa execução bárbara, que demonstra ousadia e certeza de impunidade.

Luto pela morte de Marielle Franco

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Cafezinho está de luto, por muito tempo, pela morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL Rio, assassinada barbaramente há pouco, no Estácio, com 9 tiros, junto com seu motorista, Anderson Pedro Gomes.

Nossa solidariedade absoluta para seus parentes, amigos e correligionários.

Evitemos fazer qualquer especulação política, mas até mesmo por respeito às ideias de Marielle, não podemos deixar de observar que esse tipo de crime não será investigado pelas forças armadas. Tem de ser investigado pelo departamento de homicídios da polícia civil do estado do Rio.

Quem matou Marielle sabia atirar

quarta-feira, 14 de março de 2018

O “prefake” Doria cuspiu nos paulistanos

Por Altamiro Borges

Muitos paulistanos que votaram em João Doria em outubro de 2016 já devem estar arrependidos da besteira que fizeram. Embalado na onda conservadora e neofascista que devasta o país, o lobista da Lide – também apelidado de João Dólar – venceu a eleição no primeiro turno com a fantasia do “João Trabalhador” e com o falso discurso de que não era político. Em curto espaço de tempo, porém, o “prefake” turista se mostrou um péssimo gestor e um político da pior espécie. Usou a prefeitura como trampolim. Num primeiro momento, ele tentou trair o seu próprio padrinho, o governador Geraldo Alckmin, almejando a presidência da República pelo PSDB. Derrotado no ninho tucano, agora ele anuncia a sua candidatura ao governo de São Paulo, traindo todos os seus eleitores.

Barões da mídia implodem 'A Voz do Brasil’

Por Altamiro Borges

Na noite desta terça-feira (13), a Câmara Federal aprovou a flexibilização completa do horário de exibição do programa A Voz do Brasil – criado em 1935, durante o governo de Getúlio Vargas, como um instrumento de democratização das informações dos poderes públicos. Segundo o Portal Imprensa, que não esconde seus vínculos com os barões da mídia privada, “a decisão é considerada um momento histórico para a radiodifusão brasileira. Há 15 anos, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV) se articulava em prol do assunto, envolvendo executivos de emissoras de rádio e parlamentares da Câmara e do Senado. O projeto de lei (PL 59/5/03) segue agora para a sanção do presidente da República”.

Patrimônio de Aécio e os “otários” da Globo

Por Altamiro Borges

Após ser apoiado pela mídia golpista – tanto nas eleições presidenciais de 2014 como na cavalgada golpista que liderou para desestabilizar o país e depor Dilma Rousseff –, o grão-tucano Aécio Neves vai sendo jogado fora como bagaço. Ele não presta para mais nada, virou pó! Nesta terça-feira (13), o senador mineiro voltou à capa da Folha, que o acusou de triplicar o patrimônio nos dois últimos anos. O novo escândalo deve ter incomodado inúmeras “celebridades” midiáticas – principalmente da TV Globo – que fizeram campanha para o “ético” do PSDB e foram às ruas com suas camisetas amarelas da CBF para defender o golpe. Algumas delas já tinham confessado seu “arrependimento”, dizendo que foram “ingênuas” e “otárias”. Mas, pior do que isto, elas foram cúmplices. Sabiam da vida nababesca de Aécio Neves e até curtiram seus “jatinhos” e as badalações das noitadas.

1968: Camadas médias e a crise da ditadura

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

O ano de 1968 foi um ano emblemático. Nele, aflorou uma série de contradições que se encontravam latente na sociedade brasileira. Mais do que aflorar, diríamos que muitas delas explodiram naquele período. Este artigo procurará ajudar no desvendamento das origens da crise política que atravessou a ditadura militar naquele memorável ano. E isso não é possível sem nos determos no complexo problema da luta de classes, entendida não como simples expressão da polarização entre proletários e burgueses.

A mídia chapa-branca e a cobertura econômica

Huck e a rotina de sempre 'se dar bem'

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Dias atrás, circularam notícias sobre a venda, em 2013, de uma mansão do apresentador Luciano Huck para Joesley e Wesley Batista, na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis, pelo dobro do valor de mercado. Não chega a ser surpresa que o nome de Huck apareça em transações comerciais extremamente vantajosas. Foi em 2003 que apareceram as primeiras notícias de uma venda superfaturada envolvendo suas posses. Na época, o apresentador era dono da rádio Paradiso FM, do Rio, e da Dial Brasil, holding que, além da Paradiso FM, controlava a filial carioca da rádio Jovem Pan. Neste empreendimento seus sócios eram Alexandre Accioly, amigo e compadre do senador Aécio Neves (PSDB), João Paulo Diniz (ex-piloto da Fórmula 1 e filho do mega empresário Abilio Diniz) e Luís Calainho, que também era dono do portal Vírgula, na internet.

Elite rentista ataca interesses nacionais

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

“Estão permitindo a captura do patrimônio público através da venda de tudo o que o Brasil tiver, na área do petróleo, da energia elétrica. Agora querem vender a Eletrobrás, uma coisa impensável. É uma violência. Tudo que é contra o interesse nacional é uma violência”, diz o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira em entrevista ao Tutaméia.

Referindo-se ao grupo que hoje comanda o Planalto, diz: “É uma coisa patética. É um povo sem rumo, governado por gente que não tem absolutamente nenhum interesse nesse povo”.

Exilados cubanos nos EUA retornam à ilha


O jornal norte-americano Miami Herald publicou uma reportagem no domingo contando as histórias de alguns dos milhares de cubanos que estão fazendo o caminho de volta e indo morar de novo em sua terra natal. Uma das razões para isso, diz o jornal, é a assistência médica. Em Cuba, ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, todos os cidadãos têm acesso gratuito à saúde.

Armando, de 40 anos, contou à repórter Sarah Moreno que, ao ficar desempregado nos EUA, perdeu o seguro de saúde, e justamente quando se tratava de um câncer no estômago. Em Cuba, sua mãe pediu um visto humanitário e o levou à ilha, onde primeiro, considerado “estrangeiro”, foi atendido numa clínica que lhe cobrava em dólares. Após a repatriação, Armando se tratou gratuitamente no Hospital Oncológico em Havana e está curado.

Contra a privatização do setor elétrico

Do site da Intersindical:

A Intersindical - Central da Classe Trabalhadora tem como fundamento político a defesa do patrimônio nacional e o fortalecimento da soberania brasileira sobre os recursos estratégicos, suporte para o desenvolvimento do país e bem-estar para todo o povo.

Desde o golpe de 2016, o controle estatal sobre estes instrumentos de desenvolvimento está fortemente ameaçado.

A Agenda de Temer aponta para transferência para iniciativa privada – em especial, o capital internacional – de empresas públicas e reservas enérgicas estratégicas.

Dallagnol e a vigarice do coaching milagroso

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Primeiro, o projeto “Life Coaching” (treinamento de vida) que contratou o procurador Deltan Dallangol.

Segundo matéria da Folha, Dallagnol será um dos professores do curso “Conquer Leadership Experience” (experiência de conquista de liderança). O curso promete muito.

Funda-se em dez mandamentos, do gênero, “Eu trabalharei duro e sem mimimi”, “Eu vou falhar e falhar de novo até chegar lá”, “Eu conquistarei os meus objetivos de forma ética e honesta” e “Eu serei protagonista da minha vida”.

Diz a matéria:

Cármen Lúcia e o sapo da Fiesp

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Há uma dissonância cognitiva na bravata de Cármen Lúcia proferida em evento da Folha nesta terça, dia 13.

“Eu não lido, eu simplesmente não me submeto a pressão”, declarou a presidente do STF num encontro sobre mulheres no poder.

Uau! Que coragem!

Cármen fora questionada sobre o “lobby” em torno de Lula e da discussão sobre prisão após condenação em segunda instância.

Os negócios enrolados de Alckmin e Aécio

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

O cidadão declara à Receita que tem R$ 700 mil em cotas de uma rádio da família. Um ano depois, vende estas mesmas cotas por R$ 6 milhões a uma irmã.

Um bom negócio? Sem dúvida, mas se este cidadão é o senador Aécio Neves, ex-presidenciável tucano, que viu seu patrimônio triplicar depois da eleição de 2014, passando de R$ 2,5 milhões em 2015 para R$ 8 milhões no ano seguinte, tem alguma coisa estranha sob este angu mineiro.

O repentino enriquecimento de Aécio foi revelado após a quebra do seu sigilo fiscal no inquérito da Lava Jato que investiga o senador no caso daqueles R$ 2 milhões que pediu a Joesley Batista para pagar advogados, com áudio gravado e o vídeo da entrega do dinheiro a um parente.

Quem pressiona Cármen Lúcia?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Desconhecia-se, até agora, a natureza imperial do cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal.

Ficamos sabendo, agora, que a Ministra Cármen Lúcia é Sua Majestade e, por direito divino, coloca em votação no STF apenas aquilo que quer e não aquilo que a legislação e as regras do tribunal determinam que seja decidido pelo colegiado ou o que seus pares consideram urgente e relevante.

O habeas corpus, por definição, é o remédio mais agudo e desesperado de qualquer cidadão que esteja sofrendo ou se ache na iminência de sofrer uma violência a seu ver descabida. É a garantia do preceito constitucional da razoável duração do processo, leia-se que a demora em tomar decisões crie lesões sem reparação possível. Por isso, qualquer estudante de Direito sabe, é algo a ser decidido com a máxima urgência.

terça-feira, 13 de março de 2018

Lula e a sanha antidemocrática da direita

Foto: Ricardo Stuckert
Editorial do site Vermelho:

A classe dominante brasileira, com poucos e honrados setores, não é democrática. Nunca foi. E semeou a história, desde os tempos da Independência, de ataques contra a legalidade e a soberania nacional. Tem como divisa uma frase que o primeiro-ministro francês Odilon Barrot disse em 1849: a legalidade nos mata!

Esta é a divisa de sua ação contra o ex-presidente Lula, alvo da sanha antidemocrática. Lula é um líder popular, surgiu das greves e da luta social do final da ditadura militar de 1964, marca de origem que o torna objeto do ódio político da direita e dos conservadores. Quando foi eleito pela primeira vez, em 2002, o povo pobre do Brasil – que sempre esteve fora dos cálculos políticos e dos projetos conservadores – viu em sua ascensão como se fosse “um de nós” agora na Presidência da República.

Nobel da Paz defende Lula e a democracia