domingo, 31 de maio de 2015

Como libertar o futebol da Globo?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

De repente, nos tornamos conscientes de como temos sido manipulados durante todos esses anos por institutos de pesquisa.

(Aliás, sempre é bom lembrar que a única pesquisa confiável é o voto, porque apura a opinião de 140 milhões de brasileiros, e não de apenas 2.000).

Nenhum instituto de pesquisa jamais fez as perguntas:

1) Vocês concordam em assistir jogos apenas depois da novela da Globo?

2) Vocês concordam que o futebol brasileira deve ficar em mãos de uma só emissora, que tem levado os clubes a ficarem cada vez mais endividados e esta emissora cada vez mais rica?

3) Vocês concordam com uma situação que tem acentuado a venda de nossos atletas, ainda adolescentes, para o exterior, prejudicando o futebol brasileiro?

A entrevista abaixo, do ministro do Esporte, George Hilton, sinaliza um sopro de coragem do governo para fazer alguma coisa de útil para o futebol brasileiro: libertá-lo das garras corruptas da CBF e da Globo.

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Governo já quer tirar Brasileirão da CBF

Ministro dos Esportes, George Hilton, defende que o campeonato brasileiro de futebol seja organizado por uma liga independente, e não mais pela Confederação Brasileira de Futebol; “penso que este talvez seja o grande momento de a gente discutir a organização dos clubes de futebol no Brasil como acontece no restante do mundo. Você tem a Liga que administra os campeonatos nacionais, você tem o órgão, que é a confederação, cuidando só da seleção daquele país”, diz ele; segundo Hilton, esta liga seria também responsável pela venda dos direitos de transmissão, tema que gerou o megaescândalo que envolve empresas de marketing esportivo, como a Traffic, de J. Hawilla, e também a Globo

31 DE MAIO DE 2015 ÀS 06:43

247 – Em entrevista ao jornalista Daniel Carvalho (leia aqui), o ministro dos Esportes, George Hilton, defende o esvaziamento da Confederação Brasileira de Futebol e a criação de uma nova liga para administrar o campeonato brasileiro.

“Penso que este talvez seja o grande momento de a gente discutir a organização dos clubes de futebol no Brasil como acontece no restante do mundo. Você tem a Liga que administra os campeonatos nacionais, você tem o órgão, que é a confederação, cuidando só da seleção daquele país. Ou seja, você teria o Campeonato Brasileiro sendo organizado por uma Liga e a CBF ficaria exclusivamente com a seleção brasileira”, diz ele.

Hilton tem plena consciência de que a CBF resistirá ao projeto, mas espera que o momento de crise da entidade, após a prisão do ex-presidente José Maria Marin, na Suíça, abra espaço para as mudanças. “Tenho defendido isso nas minhas idas aí pelo País. Claro que a CBF resiste a isso, mas, se você pegar os países aí, na Europa, você vai ver que quem organiza os campeonatos nacionais é a Liga.”

Segundo Hilton, esta liga seria também responsável pela venda dos direitos de transmissão, tema que gerou o megaescândalo que envolve empresas de marketing esportivo, como a Traffic, de J. Hawilla, e também a Globo. No passado, o “Clube dos 13″, que reunia os times com as maiores torcidas do País já era uma tentativa de criar esta liga e fortalecer os clubes – a iniciativa, no entanto, foi implodida pela Globo.

Atingida diretamente pelo escândalo, a Globo estuda demitir o executivo Marcelo Campos Pinto, responsável pela compra de direitos de transmissão do futebol brasileiro (saiba mais aqui).

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