sexta-feira, 22 de março de 2019
Justiça midiática persegue reitores
Por José Carlos de Assis
É louvável que o movimento de combate à corrupção e ao desrespeito à coisa pública, iniciado nos últimos anos, tenha feito pesar o martelo da justiça sobre corruptos poderosos até então intocáveis. Mas houve excessos. É o caso da destruição de empresas e de centenas de milhares de empregos pela Lava Jato. Acontece que está havendo outro tipo de excesso, ainda pior. Magistrados não estão sabendo separar o joio do trigo. No ambiente acadêmico, a gestão das universidades públicas está sendo inviabilizada, e pessoas inegavelmente honestas e corretas são destruídas por ações do judiciário. Nesse caso, do ponto de vista moral, é o juiz, não o réu o desonesto.
É louvável que o movimento de combate à corrupção e ao desrespeito à coisa pública, iniciado nos últimos anos, tenha feito pesar o martelo da justiça sobre corruptos poderosos até então intocáveis. Mas houve excessos. É o caso da destruição de empresas e de centenas de milhares de empregos pela Lava Jato. Acontece que está havendo outro tipo de excesso, ainda pior. Magistrados não estão sabendo separar o joio do trigo. No ambiente acadêmico, a gestão das universidades públicas está sendo inviabilizada, e pessoas inegavelmente honestas e corretas são destruídas por ações do judiciário. Nesse caso, do ponto de vista moral, é o juiz, não o réu o desonesto.
Receita para destroçar um país
Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:
A assombrosa capacidade de Jair Bolsonaro – e de parte de seus ministros – de disparar estupidezes e um imenso repertorio de atitudes patéticas é o dado mais visível do que ocorre no Brasil. Bolsonaro tem Donald Trump como modelo a seguir. E em ao menos um aspecto ele conseguiu superar seu ídolo: em seus primeiros 68 dias como presidente, o primata brasileiro mentiu 82 vezes em suas declarações oficiais. Trump precisou de três longos meses para alcançar essa marca.
A assombrosa capacidade de Jair Bolsonaro – e de parte de seus ministros – de disparar estupidezes e um imenso repertorio de atitudes patéticas é o dado mais visível do que ocorre no Brasil. Bolsonaro tem Donald Trump como modelo a seguir. E em ao menos um aspecto ele conseguiu superar seu ídolo: em seus primeiros 68 dias como presidente, o primata brasileiro mentiu 82 vezes em suas declarações oficiais. Trump precisou de três longos meses para alcançar essa marca.
Previdência: Onyx fala em banho de sangue
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Numa reação reveladora sobre o grau de desorientação que atinge o governo Bolsonaro quando o assunto é reforma da Previdência, o ministro Onyx Lorenzoni chegou a ameaçar os brasileiros, ontem, com uma comparação indecente.
Referindo-se às bases da economia chilena, país pioneiro na implantação do regime de capitalização individual de aposentadorias que está no coração da proposta Guedes-Bolsonaro, o ministro disse: "No período de Pinochet, o Chile teve de dar um banho de sangue. Triste, o sangue lavou as ruas do Chile..."
Referindo-se às bases da economia chilena, país pioneiro na implantação do regime de capitalização individual de aposentadorias que está no coração da proposta Guedes-Bolsonaro, o ministro disse: "No período de Pinochet, o Chile teve de dar um banho de sangue. Triste, o sangue lavou as ruas do Chile..."
Farda e toga no poder em Brasília
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Ao mesmo tempo em que a Lava Jato prende Michel Temer e ateia fogo no circo em Brasília, o comandante militar do sudeste, general de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, está disparando convites no Twitter para a celebração em seu quartel da “Revolução Democrática de 31 de Março”, o novo nome do golpe militar de 1964.
Os fatos estão se sucedendo em tal velocidade que a reforma da Previdência, o pau da barraca do governo, já foi para o espaço, e os três poderes estão em pé de guerra.
Greve geral contra a capitalização no Chile
A rede de comunicação colaborativa ComunicaSul, integrada pelo Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé e por diversos meios alternativos, estará no Chile de 8 a 13 de abril para cobrir a greve geral - convocada para o dia 11 - e as manifestações populares contra a capitalização/privatização da Previdência, apontada como modelo pelo governo Bolsonaro.
Gallup: brasileiro nunca foi tão infeliz
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:
A infelicidade tomou conta do Brasil, segundo o ranking do Instituto Gallup em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e fundações internacionais. A crise econômica e a desconfiança em relação aos líderes da política, principalmente, fizeram o país perder 16 posições em relação ao ranking de 2015, quando era o 15º país mais feliz do mundo, na frente de Luxemburgo, Irlanda e Bélgica, entre outros. O ranking tem o objetivo de influir em políticas públicas.
Olavo de Carvalho vira profeta do apocalipse
Por Sergio Araújo, no site Sul-21:
A viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos da América não poderia ter sido mais proveitosa. Claro que não me refiro aos avanços nas relações comerciais e de comprometimento institucional, pois estes ficaram apenas nas promessas do presidente Donald Trump e nas poucas medidas objetivamente tomadas que partiram do presidente brasileiro e direcionadas aos interesses norte-americanos.
Refiro-me a translucidez provocada pela manifestação do aconselhador-mor de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, feita na antevéspera da chegada da comitiva brasileira, em evento público realizado no Trump International Hotel, em Washington, quando foi apresentado um documentário sobre suas ideias.
A viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos da América não poderia ter sido mais proveitosa. Claro que não me refiro aos avanços nas relações comerciais e de comprometimento institucional, pois estes ficaram apenas nas promessas do presidente Donald Trump e nas poucas medidas objetivamente tomadas que partiram do presidente brasileiro e direcionadas aos interesses norte-americanos.
Refiro-me a translucidez provocada pela manifestação do aconselhador-mor de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, feita na antevéspera da chegada da comitiva brasileira, em evento público realizado no Trump International Hotel, em Washington, quando foi apresentado um documentário sobre suas ideias.
A defesa da aposentadoria exige mobilização
São Paulo, 22/3/2019. Foto: Jorge Ferreira/Mídia Ninja |
Os trabalhadores estarão nas ruas de todo o país, nesta sexta-feira (22), para defender o direito à aposentadoria ameaçado pelo governo Bolsonaro e sua reforma da Previdência. A mobilização popular foi convocada de forma unitária por todas as centrais sindicais - CTB, Força Sindical, CUT, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, CGTB e Intersindical – e recebe o apoio do conjunto do movimento social, inclusive da Frente Brasil Popular, da Frente Povo Sem Medo e dos partidos progressistas que lançaram uma frente em defesa da previdência pública.
A minha Bíblia jamais será laranja
Por José Barbosa Junior, no site Jornalistas Livres:
“Ai de vocês que fazem leis injustas, leis para explorar o povo!” (Isaías 10.1)
E não é que na República Pornô Gospel Miliciana do Brasil a Bíblia voltou a ser tema de mais uma bravata ministerial? A já descartada pastora Iolene Lima, que seria a segunda pessoa mais poderosa no MEC, defendia um ensino todo “embasado na Bíblia”, segundo ela.
E segundo a Bíblia dela. Laranja.
E não é que na República Pornô Gospel Miliciana do Brasil a Bíblia voltou a ser tema de mais uma bravata ministerial? A já descartada pastora Iolene Lima, que seria a segunda pessoa mais poderosa no MEC, defendia um ensino todo “embasado na Bíblia”, segundo ela.
E segundo a Bíblia dela. Laranja.
Maia ameaça abandonar Bolsonaro
Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:
A crise entre Sérgio Moro e Rodrigo Maia ganhou um novo personagem. O presidente da Câmara não está nada satisfeito com o trato dos aliados do governo. E ameaça abandonar a frente das articulações sobre a Reforma da Previdência. O estopim da decisão, segundo interlocutores, são as declarações virtuais de Carlos Bolsonaro.
quinta-feira, 21 de março de 2019
Rumo à greve geral pela aposentadoria
Por Altamiro Borges
Essa sexta-feira, dia 22, será um dia decisivo na luta contra a “deforma” da Previdência do laranjal de Jair Bolsonaro – que elimina o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros, reduz o valor dos benefícios e prepara sua total privatização, com o chamado regime da capitalização. Estão previstos protestos, organizados unitariamente pelas centrais sindicais e movimentos sociais, em mais de 100 cidades do país. As manifestações servirão para pulsar a revolta na sociedade e para preparar o clima para a deflagração de uma greve geral nacional – com data ainda indefinida.
A prisão de Temer e o circo midiático
Por Altamiro Borges
Quando o Judas Michel Temer ocupou a liderança das forças golpistas para derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff, a mídia monopolista – uma das protagonistas do golpe, senão a principal –, evitou fustigar o político velhaco do PMDB. Na época, ele já estava metido em inúmeros rolos, mas cumpria o papel de fantoche do império ianque, da cloaca burguesa nativa e de outros setores descontentes com o "reformismo brando" do governo de centro-esquerda hegemonizado pelo PT.
Quando o Judas Michel Temer ocupou a liderança das forças golpistas para derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff, a mídia monopolista – uma das protagonistas do golpe, senão a principal –, evitou fustigar o político velhaco do PMDB. Na época, ele já estava metido em inúmeros rolos, mas cumpria o papel de fantoche do império ianque, da cloaca burguesa nativa e de outros setores descontentes com o "reformismo brando" do governo de centro-esquerda hegemonizado pelo PT.
Deus, a nação e os enganadores
Sérgio Moro, Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro têm muito mais em comum que a ânsia indomável por poder e o ódio que nutrem por quem pensa diferente.
Os 3 são seres doentes, manipuladores das pessoas inocentes e de boa fé e, em especial, implacáveis com aqueles que atravancam seus caminhos e estorvam suas ambições de poder.
São hipócritas, enganadores e demagogos que exploram deus e nação em discursos salvacionistas e pretensamente bíblicos.
Nunca fomos tão pequenos
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:
No início desta tarde (20/3), o Ibope tornou públicos os dados da primeira pesquisa de opinião sobre o governo Bolsonaro feita por um instituto relevante. O desgaste foi rápido, nos dois primeiros meses de mandato. O presidente, que já não assumiu com popularidade excepcional, perdeu 15 pontos percentuais de apoio, em 60 dias. Agora, apenas 34% consideram seu governo “ótimo” ou “bom”. No gráfico abaixo a queda fica mais nítida. Agora, a linha que representa as opiniões favoráveis, descendente já se encontra com o “regular” e se aproxima perigosamente daquela que registra a crítica, os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo”.
No início desta tarde (20/3), o Ibope tornou públicos os dados da primeira pesquisa de opinião sobre o governo Bolsonaro feita por um instituto relevante. O desgaste foi rápido, nos dois primeiros meses de mandato. O presidente, que já não assumiu com popularidade excepcional, perdeu 15 pontos percentuais de apoio, em 60 dias. Agora, apenas 34% consideram seu governo “ótimo” ou “bom”. No gráfico abaixo a queda fica mais nítida. Agora, a linha que representa as opiniões favoráveis, descendente já se encontra com o “regular” e se aproxima perigosamente daquela que registra a crítica, os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo”.
A contagem regressiva pra queda de Bolsonaro
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Peça 1 – as aventuras de um provinciano na corte do Tio Sam
A história do século 20 está coalhada de mandatários caricatos, seja no mundo real ou do cinema. Especialmente nos Estados Unidos, depois que se tornaram a economia mais poderosa do planeta, a figura do ditador (ou mandatário) terceiro mundista, deslumbrado, caricato, tornou-se um dos pratos prediletos no ramo das comédias grotescas nacionais.
Poucos personagens se igualaram ao show de ridículo de Jair Bolsonaro, El Refundador – o estadista que deu ao Brasil a refundação tão alardeada pelo Ministro Luís Roberto Barroso – nesta viagem à corte do Tio Sam.
Peça 1 – as aventuras de um provinciano na corte do Tio Sam
A história do século 20 está coalhada de mandatários caricatos, seja no mundo real ou do cinema. Especialmente nos Estados Unidos, depois que se tornaram a economia mais poderosa do planeta, a figura do ditador (ou mandatário) terceiro mundista, deslumbrado, caricato, tornou-se um dos pratos prediletos no ramo das comédias grotescas nacionais.
Poucos personagens se igualaram ao show de ridículo de Jair Bolsonaro, El Refundador – o estadista que deu ao Brasil a refundação tão alardeada pelo Ministro Luís Roberto Barroso – nesta viagem à corte do Tio Sam.
Linhas e entrelinhas da secretária da Família
Por Mariana R. Venturini, no site da Fundação Maurício Grabois:
Preocupada com as críticas que vem recebendo a “Secretaria da Família”, ligada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado pela inacreditável Damares Alves, a secretária Ângela Vidal Gandra Martins defendeu a necessidade da pasta em um texto que diz pouco nas linhas, mas muito nas entrelinhas.
Em texto publicado na sessão Opinião do jornal Folha de S.Paulo de 19 de março de 2019 intitulado “Por que uma Secretaria da Família?”, a autora, jurista ligada ao Opus Dei, se esmera em mostrar que “o serviço não é uma intromissão na vida privada”, o que, além de mentira, também é um problema. Por ora, ignoremos que a secretária apequena a noção de política pública na de “serviço”. Não se trata de um erro. O texto todo se mostrará bastante coerente com esta visão privatista, tratando o Estado como empresa e reduzindo o bem-comum a uma mercadoria. O que parece ser um deslize, revela, na verdade, uma concepção de sociedade perigosa especialmente para as mulheres, sobretudo as trabalhadoras e de extratos mais pobres.
Em texto publicado na sessão Opinião do jornal Folha de S.Paulo de 19 de março de 2019 intitulado “Por que uma Secretaria da Família?”, a autora, jurista ligada ao Opus Dei, se esmera em mostrar que “o serviço não é uma intromissão na vida privada”, o que, além de mentira, também é um problema. Por ora, ignoremos que a secretária apequena a noção de política pública na de “serviço”. Não se trata de um erro. O texto todo se mostrará bastante coerente com esta visão privatista, tratando o Estado como empresa e reduzindo o bem-comum a uma mercadoria. O que parece ser um deslize, revela, na verdade, uma concepção de sociedade perigosa especialmente para as mulheres, sobretudo as trabalhadoras e de extratos mais pobres.
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