terça-feira, 3 de setembro de 2013

Os segredos do "príncipe da privataria"

O dia em que a Globo piscou

Por Luis Nassif, em seu blog:

Na sexta-feira passada, as Organizações Globo surpreenderam o país com uma autocrítica de seu apoio à ditadura militar.

Soou artificial.

Um dia antes, manifestantes jogaram merda em sua sede, em São Paulo. Nas redes sociais, com exceção da revista Veja, não existe organização capaz de despertar tanto amor e ódio.

Globo admite "erro". E o resto?

Por Pedro Ekman, na revista CartaCapital:

No sábado 31, por meio de editorial, o jornal O Globo reconheceu ter errado ao apoiar o golpe e a ditadura militar, que, ao longo de duas décadas, enterraram a democracia em nosso país, com consequências que perduram até os dias de hoje. Admitir um erro é um grande avanço, mas é preciso refletir sobre como a Globo o fez e qual o alcance dessas "desculpas".

Dilma reage à espionagem dos EUA

Editorial do sítio Vermelho:

A decisão da presidenta Dilma Rousseff, de responder em seu tradicional discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em 23 de setembro, à ofensa que significou a espionagem dela própria e de seus ministros, corresponde à gravidade daquela violação. E também à velha e reconhecida sabedoria do povo brasileiro: ofensa pública deve ser tratada publicamente. E o cenário da Assembleia Geral da ONU, ela própria também espionada pelos arapongas de Washington, é adequado para expor ao mundo a vileza do comportamento arbitrário do governo dos EUA.

A espionagem dos EUA e a Globo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Este fim de semana foi, digamos assim, curioso do ponto de vista da Globo. De um lado a emissora reconheceu que não deveria ter dado “apoio editorial” à ditadura militar, mas fez um zigue-zague imenso pra chegar nesse ponto tímido da auto-crítica depois de 39 anos do golpe. Em um dos momentos do editorial, teve a cara-de-pau de dizer que Roberto Marinho protegia os “seus comunistas”. Como se a Rede Globo não tivesse sido uma das sócias investidoras que mais recebeu dividendos de todos os horrores que foram realizados no Brasil durante mais de 20 anos.

Globo e as relações com a ditadura

Por Marco Weissheimer, no sítio Sul-21:

O jornal O Globo publicou editorial, dia 31 de agosto, admitindo que “o apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro”, ou um “equívoco” como também diz o texto. A decisão de tornar pública essa avaliação, diz ainda o editorial. “vem de discussões internas de anos, em que as Organizações Globo concluíram que, à luz da história, o apoio se constituiu um equívoco”. Quase 50 anos depois do golpe civil-militar que derrubou o governo constitucional de João Goulart, as organizações Globo vêm a público falar desse “equívoco”, lembrando que outros grandes jornais do país também aderiram ao movimento golpista (cita o Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo, o Jornal do Brasil e o Correio do Brasil, “apenas para citar alguns”) e admitindo que as vozes recentes das ruas afirmando que “a Globo apoiou a ditadura” são inquestionáveis.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Confissão da Globo é marketing

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se a Globo confessar todos os pecados, o confessionário ficará ocupado por muitos anos.

Mas é de uma confissão específica que vamos tratar: o apoio ao golpe de 1964. A confissão, expressa numa nota publicada ontem, teve ampla repercussão, como era de esperar.

Espionagem dos EUA é ato de guerra

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Diante da lei brasileira, o crime cometido pelo governo dos EUA ao espionar e-mails e telefonemas da presidenta Dilma Rousseff pouco ou nada se diferencia de um ato de guerra.

Muito embora eletronicamente, trata-se de violar as comunicações da Chefe de Estado, de Governo e a comandante-em-chefe das Forças Armadas do Brasil.

O que se quer é Justiça

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A cada dia que passa, cresce a convicção de que os embargos infringentes no julgamento do mensalão podem ser pura formalidade.

O risco é que venham a ser apresentados e rejeitados em bloco, embora o debate real esteja longe de terminado.

Será lamentável, na medida em que há pontos essenciais do julgamento que merecem uma segunda avaliação. Este direito foi assegurado aos mensaleiros do PSDB-MG. Dificilmente será negado aos colegas do DEM-DF.

A falsa "autocrítica" da Globo

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

O editorial do Globo começa mentindo: não foi um “apoio editorial”. O jornal, junto com os outros que ele cita – quase toda a mídia da época, que quase toda ainda anda por aí –, participou do bloco golpista que criou o clima favorável ao golpe, promoveu as “Marchas da Família, com Deus, pela Liberdade”, que funcionavam para tentar passar a ideia de que a população pedia um golpe militar.

Folha defende ataque à Síria

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Que fique registrado nos anais da história brasileira, que a Folha de São Paulo, jornal que tem a maior circulação no país, e que mais recebe recursos dos governos federal e de São Paulo, publicou hoje um editorial em que apoia enfaticamente o ataque estadunidense à Síria.

EUA espionam Dilma. Cadê a reação?

Por Altamiro Borges

O programa Fantástico, da TV Globo, divulgou neste domingo (1) uma grave denúncia, que exige imediata e dura reação do governo brasileiro. Documentos classificados como ultrassecretos, que fazem parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional (NSA), confirmam que a presidenta Dilma Roussef foi alvo direto de espionagem do governo dos EUA. Entrevistado pelo programa, o jornalista Glenn Greenwald, relata que recebeu os papéis das mãos de Edward Snowden - o ex-analista da CIA e da NSA que denunciou o esquema criminoso do império.

'Desculpem nossa falha': Globo piscou

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

As instituições, da mesma forma que as pessoas, cometem erros. E é salutar que – quando possível – venham a público e peçam desculpas pelas faltas cometidas. Mas o caso da Globo é estranho: o jornal da família Marinho acaba de publicar editorial reconhecendo que o apoio ao golpe de 64 “foi um erro”. O reconhecimento, diz o próprio jornal, vem após as manifestações de junho, em que as ruas do Brasil foram tomadas por gente que gritava palavras de ordem; e entre elas uma das mais ouvidas era: “a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

Estadão teme novos protestos de rua

O escravocrata "Estadão" sempre contra os trabalhadores
Por Altamiro Borges

O editorial do Estadão deste sábado (31) confirma a mudança de postura da mídia diante dos protestos de rua. Quando eles cresceram e ficaram mais difusos e confusos, os jornais e emissoras de rádio e tevê tentaram pegar carona para pautá-los. Oportunista, o Estadão foi um dos que decretou que eles seriam contra o governo Dilma e pela prisão imediata dos “mensaleiros do PT”. Aquela onda aparentemente refluiu e novos atores entraram em cena. Nesta semana, as centrais sindicais realizaram várias manifestações por uma pauta bem definida – fim do fator previdenciário e redução da jornada de trabalho, entre outros itens. Daí a mudança do Estadão. Agora, o jornalão conservador volta a exigir “um basta aos protestos abusivos” – conforme o título do editorial. A decrépita famiglia Mesquita não tergiversa sobre a sua posição de classe.

domingo, 1 de setembro de 2013

Kátia e Alvaro Dias rejeitam Serra

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Há fortes boatos de que José Serra anunciará nos próximos dias o abandono do conflagrado ninho tucano e seu ingresso no PPS, chefiado pelo servil Roberto Freire. Totalmente isolado no PSDB e motivo de galhofa de seus antigos bajuladores, ele já não acredita na realização das prévias internas para definir o candidato da sigla. A absoluta maioria da legenda está com Aécio Neves, o cambaleante senador mineiro. “Magoado”, Serra inclusive já estaria procurando um vice para compor sua chapa para as eleições presidenciais de 2014. Até agora, porém, não obteve sucesso.

Por que jogamos merda na Globo

Do sítio do Levante Popular da Juventude:

No dia 30 de agosto, realizamos protestos em sete capitais brasileiras em frente à Rede Globo e afiliadas, pela democratização da comunicação. A ação que realizamos que ganhou maior repercussão nos escrachos foi jogar merda em frente às sedes da emissora.

A suposta “autocrítica” da Globo

Do núcleo do Barão de Itararé/RJ:

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento 
Vou cobrar com juros, juro 
Todo esse amor reprimido 
Esse grito contido 
Este samba no escuro 
Você que inventou a tristeza 
Ora, tenha a fineza De desinventar 
Você vai pagar e é dobrado 
Cada lágrima rolada Nesse meu penar

(Chico Buarque)


As Organizações Globo publicaram no último dia 31 de agosto editorial onde reconhecem o apoio ao Golpe de 1964 e afirmam que essa postura foi um erro. O mesmo editorial também reconhece o que todo mundo já sabia: que o Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo, o Correio da Manhã e outros veículos também foram coniventes com a ditadura que se constituiu em um dos capítulos mais vergonhosos da história do Brasil.

Globo assume que é golpista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde que o deputado federal pelo PT de Pernambuco Fernando Ferro cunhou a sigla PIG (Partido da Imprensa Golpista) e o jornalista Paulo Henrique Amorim a popularizou – atraindo, assim, o ódio de barões da mídia que, por isso, até hoje tentam destruí-lo -, os veículos que deram causa a esse epíteto aposto ao seu caráter político-partidário, rejeitam-no.

A escalada da mídia contra o país

Por José Dirceu, em seu blog:

É preciso enfrentar e responder à altura a escalada da mídia contra o governo, porque ela é contra o país. É preciso responder com ideias e fatos, com debate político, com disputa de espaço democrático e plural na própria mídia - um direito constitucional -, utilizando todos os espaços institucionais, como o Congresso Nacional e os instrumentos de comunicação à disposição do Executivo, dos partidos e dos cidadãos.

Não há inocentes na imprensa

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

A leitura de jornais já foi no Brasil, em tempos não muito distantes, uma das mais gratificantes atividades para os espíritos curiosos. Abrir um diário era como escancarar uma janela para o mundo. Apesar de encontrar interpretações da realidade com as quais eventualmente não concordasse, o leitor ou leitora tinha a convicção de que, mesmo as parcialidades que lhe impunha a imprensa, buscavam sua legitimação num esforço de objetividade. Assim, o conservadorismo do Estado de S. Paulo e a ligeireza do Globo podiam ser comparados à afoiteza impertinente da Folha de S. Paulo e à austera obsessão do Jornal do Brasil pela acuidade, e podia-se perceber o valor simbólico de seus conteúdos.