quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Unidade popular para derrotar a direita

Editorial do site Vermelho:

Numa entrevista publicada no último domingo (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou que é preciso restabelecer a harmonia política entre o governo, a Câmara dos Deputados e os partidos para superar a crise política.

A preocupação de Lula é correta. A crise é profunda; ela tem raízes na conturbada situação que o capitalismo enfrenta, sobretudo na Europa e nos EUA, e que afeta agora também os países emergentes. A China, que tem sido a locomotiva do desenvolvimento mundial nestes anos, dá sinais visíveis de contágio e procura soluções para equilibrar sua economia, que continua a crescer a taxas monumentais mesmo tendo apresentado recuos que se espalham por outras nações – o Brasil entre elas.

Downgrade reabre agenda do impeachment

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O dia será de estresse no mercado e de fervura política no Congresso. O rebaixamento da nota de risco do Brasil pela agência Standard & Poors, afora derrubar ações na bolsa e assoprar o câmbio, levará água para o moinho do impeachment, tese que havia perdido força com a virada de agosto. A oposição lançará na Câmara a primeira iniciativa formal, uma frente orgânica suprapartidária pró-impeachment. O tempo ficou mais curto para Dilma e seu governo. Se antes do rebaixamento falava-se no envio de um pacote fiscal para equilibrar o orçamento até o final do mês, agora será preciso acelerar estas providências, com demonstrações rápidas e convincentes de contenção do gasto e algum inevitável aumento de imposto.

Os barões e a crise da mídia

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Imprensa e democracia têm tudo em comum. Uma não existe sem a outra. É preciso liberdade para levar informações relevantes a todos os cidadãos. Por outro lado, sem informação de qualidade não se garante um ambiente efetivamente democrático.

É preciso cuidar dos dois lados. Um olho na democracia, outro no jornalismo. A onda de demissões nos grandes jornais brasileiros é, por isso mesmo, motivo de preocupação. Pode ser que, de uma só vez, se esteja atentando contra os dois lados. Abrindo o flanco para uma sociedade de pessoas desinformadas e com menos autonomia na tomada de decisões e vitaminando um jornalismo marcado por interesses particulares.

Cobrar impostos de quem tem mais

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O desequilíbrio fiscal pode afundar a economia. Trocando em miúdos, se o país continuar a gastar mais do que arrecada em breve o investidor começará a tirar dinheiro daqui e aplicar em outros países que não corram risco de, em algum lugar no futuro, quebrar, pois quem gasta mais do que ganha pode até pagar as contas enquanto tiver reservas, mas, em algum momento, essa pessoa, empresa ou país deixará de cumprir seus compromissos.

Ou é Lula ou é Levy

Por Renato Rovai, em seu blog:

Num momento em que está sob ataque intenso de agentes internos e externos, o governo Dilma acumulou uma série histórica de trapalhadas que permitiu que uma agência de risco que foi condenada em fevereiro último a pagar multa de US$ 1,37 bilhão às autoridades americanas por haver enganado investidores sobre a qualidade dos créditos imobiliários “subprimes”, anunciasse ontem que o Brasil está na roça financeira sem que o governo tivesse qualquer capacidade de reação.

O que é, afinal, a Frente Brasil Popular?

Por Breno Altman, em seu blog:

No último dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, 2,5 mil delegados vindos de 21 estados e do Distrito Federal lançaram uma nova coalizão, agrupando movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e personalidades.

Estavam presentes entidades tradicionais, como a CUT, o MST e a UNE, ao lado de PT e PCdoB, entre outras legendas.

Os jornais e os bonecos de Lula e Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:



Isto é Folha.

E a Folha, em editorial, faz uma declaração de amor aos bonecos produzidos pela ultradireita.

Eles simbolizam, segundo a Folha, a “crescente ojeriza” dos brasileiros pelo PT.

Quer dizer: Dilma teve há seis meses 54 milhões de votos e se reelegeu para mais um mandato, o quarto consecutivo do PT.

Nota de rebaixamento do Brasil é 'cascata'

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

O título deste post pode ter dois sentidos. Exploremos ambos.

Primeiro, simplesmente, cascata, no sentido de conversa fiada, sem consistência e vinda de quem não inspira credibilidade. Desde a crise de 2007/2008, que levou o mundo à recessão inacabada que começou em 2008/2009, três agências que pretendem determinar a governança dos investimentos financeiros internacionais, a Standard & Poor's (que deu a nota de rebaixamento para o Brasil), a Moody's e a Fitch Ratings, estão sob suspeita, e tentando recuperar sua credibilidade.

As ameaças de golpe via TCU

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Ando recebendo muitas mensagens de internautas que continuam preocupados com as ameaças de golpe de Estado, no caso um golpe tipo hondurenho, via tribunais altamente politizados, mancomunados, como sempre, à mídia.

Os meios de comunicação acham que podem enganar as pessoas, e talvez possam mesmo, mas não todas e não por muito tempo.

O Globo publicou, há dias, entrevista com um secretário do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Rodrigues Albernaz, no qual ele faz uma série de acusações intempestivas ao governo.

Standard & Poors e o preço da indecisão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O governo Dilma acaba de colher outro fruto amargo de sua indecisão.

O rebaixamento da nota de risco do Brasil pela Standard & Poors não tem, em si, nenhum significado econômico.

O Brasil é e continua sendo, no horizonte visível, “bom pagador” e ponha bom pagador nisso, porque paga muito além do que precisaria pagar a quem compra os títulos da dívida pública.

O churrasco do PMDB em Brasília

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Coração de galinha, asinha de frango, costelinha de porco, picanha, contrafilé, feijão-tropeiro, arroz e salada, abacaxi e queijo com goiabada de sobremesa. Estava bem sortido o menu do "churrasco de solidariedade" oferecido a Eduardo Cunha, no almoço de quarta-feira, pela bancada do PMDB na Câmara.

Denunciado na Operação Lava Jato por suposto recebimento de US$ 5 milhões em propina no esquema do petrolão, o presidente da Câmara deu ao governo mais uma demonstração de força no seu papel de comandante em chefe das tropas de oposição.