segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Marina, um poço de contradições

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

Se tantas opiniões divergentes existem acerca da união de Eduardo Campos e Marina Silva nas eleições do próximo ano, é porque as posições políticas de ambos são eivadas de contradições.

Marina é um poço delas. As declarações que sucederam a sua inesperada decisão de aderir ao partido de Eduardo Campos apenas expressam uma personalidade política que vem se consolidando desde o início de sua tentativa de voo solo, após sair do governo Lula, rachar com o PT e mergulhar na tentativa de "tomada" de um Partido Verde que já tinha dono, e que não estava disposto a abrir mão do business da política tradicional para entregar a legenda para outra pessoa.

Greve de fome na Nestlé da Colômbia

Do sítio da Adital:

Desde quinta-feira, 10 de outubro de 2013, trabalhadores da Nestlé afiliados ao Sindicato Nacional de Trabalhadores da Indústria de Alimentos (Sinaltrainal) da Colômbia se acorrentaram na portaria da fábrica em Bugalagrande e começaram uma greve de fome. Eles reclamam o cumprimento pela multinacional dos acordos convencionados e respeito pela dignidade dos trabalhadores e do sindicato.

Grana de campanha dos escravocratas

Por Stefano Wroblesk, no sítio Repórter Brasil:

A partir do cruzamento de dados do Cadastro de Empregadores flagrados com trabalho escravo, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (mais conhecido como a “lista suja” do trabalho escravo) e as informações de doadores de campanhas eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral, organizadas pelo Portal Às Claras, a Repórter Brasil mapeou todos os candidatos e partidos beneficiados entre 2002 e 2012 por empresas e pessoas flagradas explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão. PTB e PMDB são os partidos que mais receberam dinheiro dos atuais integrantes da “lista suja” no período e o recém-criado PSD é o que mais recebeu dinheiro na eleição de 2012. Confira aqui o panorama geral dos últimos anos.

Datafolha e as falsas comemorações

Por Altamiro Borges

Cada um interpreta as pesquisas ao seu gosto. No caso da sondagem divulgada neste final de semana pelo instituto Datafolha – que alguns internautas já apelidaram de Datafalha –, as leituras dos resultados são hilárias. Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano que subiu de 16% para 21% das intenções de voto, solta rojões e garante que irá ao segundo turno. Já Eduardo Campos, que acaba de selar um midiático casamento com Marina Silva, superou a barreira de um digito e atingiu 15% dos votos, também festeja. Bem na dianteira, com 42% das intenções, mais do que o dobro dos dois adversários juntos, a presidenta Dilma Rousseff é só alegria. Mas, afinal, quem saiu ganhando na corrida presidencial?

Mídia: quarto poder ou segundo estado?

Urubólogos erraram no Dia das Crianças

Por Altamiro Borges

Os urubólogos da mídia erraram novamente. Na sua torcida contra o Brasil, eles garantiram que as vendas no Dia das Crianças seriam um total fiasco. Mas o próprio Jornal Nacional, da TV Globo, foi obrigado a constatar o inverso na noite deste sábado (12). “Os brasileiros nunca gastaram tanto com brinquedos. Serão R$ 6,5 bilhões este ano. E neste Dia das Crianças, o comércio popular em São Paulo ficou lotado”, disse o âncora do programa, destruindo as teses catastrofistas dos tais “analistas do mercado” – nome fictício dos porta-vozes dos banqueiros e dos neoliberais.

O naufrágio dos imigrantes na Europa

http://latuffcartoons.wordpress.com/
Por Altamiro Borges

Com a localização neste final de semana de mais 20 corpos, subiu para 359 o número de imigrantes africanos mortos em 3 de outubro num naufrágio perto da ilha de Lampedusa, na Itália. Já na sexta-feira (11), outros dois graves acidentes com embarcações frágeis foram registrados. No sul de Malta, um barco com cerca de 250 imigrantes afundou, causando a morte de 39 pessoas. Já na costa do Egito, a desesperada tentativa de travessia até a Europa matou ao menos 12 imigrantes.

Marina vai para o banco de reservas

Por Altamiro Borges

"A candidatura de Eduardo Campos é uma decisão já tomada. Não há problema da pessoa no banco de reservas ser forte. A Marina, ao tomar decisão de vir para o PSB, veio porque disse que queria apoiar a candidatura de Eduardo Campos". A taxativa afirmação é de Fernando Bezerra, em entrevista à Veja desta semana. Ex-ministro do governo Dilma, ele foi indicado pela direção do PSB para coordenar a elaboração do programa do presidenciável Eduardo Campos. O novo homem forte da pré-campanha do governador de Pernambuco colocou a ex-verde no seu devido lugar, apesar dos holofotes da mídia. 

A impunidade dos poderosos no Brasil

Por Altamiro Borges

O jornalista Pimenta Neves, o ex-todo-poderoso diretor do Estadão, deixou a cadeia na última sexta-feira (11). Condenado pelo assassinado de sua ex-namorada, Sandra Gomide, ele estava no presídio de Tremembé (SP). Na mesma semana, o latifundiário Adriano Chafik, mandante da morte de cinco sem-terra em Felisburgo (MG), em 2004, foi julgado e condenado a 115 anos de prisão, mas obteve o direito a recorrer em liberdade. Já em setembro, chefões do Banco Nacional condenados por fraudes também foram soltos. Estes e outros casos revoltantes provam que no Brasil os ricaços e poderosos não vão – ou ficam pouco tempo – na cadeia, que é tratada pela Justiça como lugar de pobres.

domingo, 13 de outubro de 2013

Os problemas de Campos-Marina

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Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Algumas observações iniciais sobre o acordo Marina-Eduardo Campos e as pesquisas eleitorais:

1. É fato novo relevante, não se tenha dúvida. Repõe Marina no jogo, mas não na condição de cabeça de chapa, mas evita que seus votos caiam no colo de Dilma Rousseff.

A falta de transparência da Receita

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que levou um dos principais homens da Receita Federal, Caio Cândido, a sair fora com alarido é ainda uma incógnita. O que é certo é que a Receita Federal tem que passar urgentemente por um choque de transparência. É o interesse público que está em jogo, e ele não pode se subordinar a nenhum outro – sobretudo político. O dinheiro dos impostos constrói – ou não constrói – escolas, hospitais, estradas, portos etc. A sociedade tem que saber mais, muito mais, sobre a imensa caixa preta que é a Receita Federal.

O círculo vicioso da taxa de juros

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O Brasil voltou a ter as taxas de juros mais altas do mundo. Esta incômoda posição foi retomada na última reunião do Copom realizada na última quarta-feira (09/10) que decidiu pela manutenção do ciclo de alta para 9,5%.

FHC e a impotência da mídia

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O grau de cumplicidade ideológica entre Fernando Henrique Cardoso e os barões da mídia brasileira é enternecedor. O sociólogo tem passe livre: espaço assegurado para apresentar suas ideias em colunas, entrevistas, artigos de opinião.

Esta identidade foi forjada numa suposta necessidade de “modernizar” o Brasil, “arejar suas ideias”, desfazer-se do legado estatista e atrasado do trabalhismo getulista.

A liberdade de expressão no Brasil


Chegou esta semana em Brasília, com uma agenda que envolve uma série de reuniões com representantes do poder público e da sociedade civil, o relator das Nações Unidas para a liberdade de expressão, Frank La Rue. O guatemalteco La Rue esteve no Brasil no final de 2012, a convite do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, para conhecer um pouco mais de perto a realidade atual do nosso quase monopólico sistema midiático. Desta vez, voltou numa visita oficial, organizada em conjunto com o Itamaraty.

A semana da democratização da mídia

Do sítio do FNDC:

A Semana Nacional pela Democratização da Comunicação, que acontece entre os dias 13 e 20 de outubro, contará com a articulação de entidades de diversos setores da sociedade civil para a coleta de assinaturas do Projeto de Lei da Mídia Democrática, debates sobre o direito à comunicação e a liberdade de expressão, lançamento de livros, atos públicos, passeatas, ações culturais e vários outros.

Novos cenários beneficiam Dilma

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Enganou-se o presidenciável Eduardo Campos ao prever que a sua aliança com Marina Silva provocaria um "terremoto" na campanha presidencial. Por enquanto, pelo menos, isso não aconteceu, como mostra a primeira pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, com os novos cenários para 2014.

Sem Marina, melhor para Dilma

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Após a decisão ousada e arriscada do governador Eduardo Campos (PE), presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de aceitar a filiação de Marina Silva, é melhor deixar a poeira baixar, como está baixando, para tentar ir além do barulho e dos elogios despejados sobre a aliança entre dois pré-candidatos ao comando da República.

Para ler a pesquisa do Datafolha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sem discordar do meu companheiro Miguel do Rosário, e concordando plenamente com ele de que nada é definitivo, minha visão sobre a pesquisa divulgada hoje pela Folha se volta para outros pontos.

Talvez, até, pelos anos a mais que tenho de janela – com as dores nas costas correspondentes… – assistindo o jogo das pesquisas.

Campos e Marina fazem aposta de risco

Da Rede Brasil Atual:

O analista político Paulo Vannuchi avalia que Eduardo Campos e Marina Silva adotaram uma postura arriscada ao longo da primeira semana em que selaram parceria em torno da candidatura ao Palácio do Planalto em 2014. Uma sequência de divergências foi atenuada pelo programa partidário do PSB, exibido na quinta-feira (10), quando o governador de Pernambuco e a ex-senadora subiram o tom contra Dilma Rousseff, afirmando que o governo do PT “já deu o que tinha que dar”.

Noam Chomsky e o labirinto dos EUA

Entrevista a Harrison Samphir, do Znet, no sítio Outras Palavras:

Noam Chomsky é, aos 84 anos, um dos maiores intelectuais no mundo. Seu trabalho e suas realizações são bem conhecidos – ele é linguista norte-americano, professor emérito no Massachussets Institute of Technology (MIT) há mais de 60 anos, analista e ativista político constante, crítico original do capitalismo e da ordem mundial que tem como centro os Estados Unidos