quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Nardes e a fraude fiscal da RBS/Globo



Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A acusação de violar a Lei Orgânica da Magistratura na condução do exame das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff não é a única razão para o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), preocupar-se por estes dias. O avanço da Operação Zelotes reforça as suspeitas de envolvimento dele com o esquema fraudulento de anulação de dívidas fiscais.

No material já recolhido durante as investigações, há indícios a apontar Nardes como destinatário de pagamentos de aproximadamente 1,8 milhões de reais, divididos em três parcelas de cerca de 600 mil reais cada. Os pagamentos são suspeitos por terem na origem uma das principais empresas investigadas, a SGR Consultoria.

A pichação racista na faculdade de Direito

Da revista Fórum:

Uma pichação de cunho racista foi encontrada no final da tarde desta terça-feira (6) no banheiro da faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, uma das mais tradicionais do país. Quem denunciou o caso foram os próprios estudantes que, através das redes sociais, compartilharam a foto da parede com a inscrição “Lugar de negro não é no Mackenzie. É no presídio”.

Relator do TCU é suspeito de fraude fiscal

Do jornal Brasil de Fato:

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram indícios de que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes pode ter recebido R$ 1,65 milhão de uma empresa investigada sob suspeita de envolvimento com fraudes fiscais. Nardes é relator das contas da presidenta Dilma Rousseff (PT).

O ministro é alvo de suspeitas por ter sido sócio até 2005 da empresa Planalto Soluções e Negócios, registrada em nome de seu sobrinho, Carlos Juliano.

A atualidade brutal de Hannah Arendt

Adolf Eichmann em seu julgamento em Jerusalém,
(Julho 17, 1961), por Ronald Searle
Por Ladislau Dowbor, no site Outras Palavras:

O filme causa impacto. Trata-se, tema central do pensamento de Hannah Arendt, de refletir sobre a natureza do mal. O pano de fundo é o nazismo, e o julgamento de um dos grandes mal-feitores da época, Adolf Eichmann. Hannah acompanhou o julgamento para o jornal New Yorker, esperando ver o monstro, a besta assassina. O que viu, e só ela viu, foi a banalidade do mal. Viu um burocrata preocupado em cumprir as ordens, para quem as ordens substituíam a reflexão, qualquer pensamento que não fosse o de bem cumprir as ordens. Pensamento técnico, descasado da ética, banalidade que tanto facilita a vida, a facilidade de cumprir ordens. A análise do julgamento, publicada pelo New Yorker, causou escândalo, em particular entre a comunidade judaica, como se ela estivesse absolvendo o réu, desculpando a monstruosidade.

As contas suíças de Eduardo Cunha

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Desde 2006, a Divisão de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal encontrou operações cambiais com indícios de irregularidades atribuídas ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e diversos outros políticos. Mas parece que a necessária investigação para esclarecer os fatos ficou engavetada e acabou atropelada por investigações de autoridades suíças.

Naquele ano de 2006 foi dada entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) a Petição Avulsa de nº 193.787 tratando dessa investigação, possivelmente por haver muitos políticos com foro privilegiado. Estranhamente não consta do sistema de consultas do STF na internet o andamento dessa petição, mas sua existência é comprovada por um despacho do ex-ministro Joaquim Barbosa no Diário Oficial.

A armação do golpe do impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há duas posturas contrárias ao impeachment de Dilma Rousseff: um pequeno grupo dos que aprovam o governo em qualquer hipótese; e o grupo dos que, mesmo sendo críticos em relação a ele, encaram o impeachment como golpe contra a democracia.

De fato, significaria tirar do país o único grande diferencial positivo em relação aos demais emergentes: uma democracia que se acredita consolidada.

Como combater a intolerância na rede

Por Juliana Sada, de Barcelona, no blog de Leonardo Sakamoto:

Pode não parecer uma ideia saudável, mas um grupo de pesquisadores e ativistas espanhóis decidiu acompanhar cotidianamente os fóruns de comentários de notícias da internet no país. O resultado não surpreende quem acompanha esses espaços: o discurso intolerante está amplamente disseminado.

Mas nem tudo está perdido, segundo a pesquisa, participar de fóruns com argumentos dissonantes à lógica da intolerância e favoráveis aos direitos humanos apresenta um impacto positivo.

FHC e o pacto com o demônio

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Teixeira, no site do PT:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso insinuou recentemente em entrevista que a presidenta Dilma Rousseff “vendeu a alma ao diabo” e terá que “fazer pacto com o demônio o tempo todo” para poder governar. Em ambas as metáforas, FHC refere-se ao PMDB.

É oportuno lembrar ao entrevistado, e também aos leitores que tenham tomado conhecimento da declaração de FHC, que o PMDB foi seu aliado nos dois governos tucanos sem que o então presidente jamais demonizasse as alianças construídas. Renan Calheiros foi seu ministro da Justiça. Eliseu Padilha esteve à frente da pasta dos Transportes. Geddel Vieira Lima foi seu líder na Câmara dos Deputados.

"Veja" demite o pateta Constantino

Por Altamiro Borges

Ídolo dos fascistas mirins que rosnam pelo impeachment de Dilma e pela volta dos milicos ao poder, o "economista" Rodrigo Constantino foi defenestrado nesta terça-feira (6) pela Veja, talvez por obrar tantos detritos na revista do esgoto. Em seu perfil no Facebook, o modesto admirador do Pateta e da Disney afirmou desconhecer os motivos do pé no traseiro: "Sei que muitos de vocês levaram um susto e um baque com a notícia de hoje, de minha saída da Veja. Confesso que eu também! Mas é da vida. Não foi decisão minha, e respeito a decisão da empresa. Ela deve ter seus motivos".

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A agonia da revista "QuantoÉ"

Por Altamiro Borges

A revista IstoÉ - também apelidada nos meios jornalísticos de "QuantoÉ" pelas práticas mercenárias de seus donos - está agonizando. Isto talvez ajude a explicar porque nos últimos anos ela adotou uma linha editorial tão partidarizada e raivosa, que beira a insanidade, contra o governo Dilma. Sabe-se lá quais negociatas foram tramadas para tentar salvar a publicação editada pela falida Editora 3. O certo é que a sua decadência prejudica os planos do PSDB, que utilizou a revista como palanque nas eleições do ano passado. Nos últimos meses, a Editora 3 definhou. Nesta semana, ela encerrou mais um dos seus títulos, a revista "Status", demitiu jornalistas e atrasou novamente o pagamento dos salários.

Agripino Maia: um demo no inferno?

Por Altamiro Borges

Será que desta vez o demo José Agripino Maia vai parar no inferno - se o capeta aceitar tão péssima companhia? Nesta segunda-feira (5), a Procuradoria-Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido para investigar o presidente nacional do DEM por suspeita de combinar o pagamento de propina com executivos da construtora OAS nas obras da Arena das Dunas, estádio no Rio Grande do Norte que sediou quatro jogos da Copa do Mundo de 2014. Segundo o Estadão, o PGR encontrou vários indícios de que o senador potiguar praticou crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

A mídia chocou os ovos da serpente

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O que faz um grupo jogar panfletos dizendo que “petista bom é petista morto” no velório de um homem que nenhum mal lhes fez?

O que faz um homem com idade suficiente para não ser um guri babaca e uma senhora já com idade de dar educação aos netos se portarem sem o mínimo de respeito a uma cerimônia fúnebre?

São perguntas deprimentes, mas nenhuma delas pior do que a que vem a seguir.

A interdição do debate econômico



Do site Carta Maior:

Em respeito aos inúmeros acadêmicos cientistas e intelectuais independentes que aceitaram o convite para participar de forma plural e suprapartidária da elaboração do documento “Um Brasil Justo e Democrático”, vimos expressar nosso estranhamento com a visão deturpada que vem sendo atribuída à sua autoria no âmbito dos meios de comunicação em geral.

Velório de Dutra: fascistas serão punidos?

Por Altamiro Borges

A agressão fascista no velório de José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT, teve forte repercussão nas redes sociais. Com exceção dos robôs maníacos, com as suas provocações patéticas, a ampla maioria dos internautas condenou o gesto desumano de meia dúzia de velhacos da direita nesta segunda-feira (5) em Belo Horizonte (MG). Mas só isto não basta. Para conter a onda de intolerância - que distribui folhetos com os dizeres que "petista bom é petista morto" e com fotomontagens da presidenta sentada numa privada - é urgente que os poderes públicos tomem providências, que inclusive estão previstas nas leis. Do contrário, as cenas de ódio vão se alastrar e resultarão em episódios ainda mais violentos.

Propostas para tempos de crise

Por Danilo Sartorello Spinola e Tulio Chiarini, no site Brasil Debate:

Na crise atual da economia brasileira voltam a surgir propostas de soluções simplistas e mágicas. Surge um muro de lamentações sobre janelas de oportunidades que se fecharam e formadores de opinião diariamente insistem em argumentos de incompetência política, inabilidade cognitiva ou ideologias inadequadas.

Extremou-se o debate radical sobre questões de economia e política: mercado x estado, privatização x estatização, democracia x outras formas de governo.

O inominável aconteceu no velório em BH

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Por mais antigo e rodado que a gente seja, por mais aberrações humanas que já tenha visto, chega uma hora em que nos faltam palavras para definir certos fatos recentes.

O que aconteceu no velório de José Eduardo Dutra, ex-presidente do PT e da Petrobras, em Belo Horizonte, na segunda-feira, está entre estes casos. Não tem nem nome. É inominável. Tive que recorrer ao Dicionário Online de Português, que dá a seguinte definição:

"Diz-se do que não possui nome por não se conseguir definir nem qualificar. Figurado. Excessivamente abominável para ser nomeado; horroroso ou péssimo. (Etm. do latim: innominabilis.e).

Mais ricos devem pagar mais impostos

Por José Sergio Gabrielli de Azevedo, no site da Fundação Perseu Abramo:

Com o agravamento da crise econômica e política, o governo enfrenta três grandes desafios na gestão da economia no curtíssimo prazo: como ajustar o déficit previsto para o Orçamento de 2016, como minimizar o impacto inflacionário da disparada do dólar e como apresentar um horizonte de retomada do crescimento no médio e longo prazos.

A revolta contra as mudanças na CLT

Por Márcia Xavier, no site Vermelho:

Representantes de entidades sindicais, do Judiciário e do Ministério Público criticaram a proposta, aprovada na semana passada pela comissão mista que analisou a Medida Provisória que cria o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), permitindo que os acordos coletivos tenham prevalência sobre a legislação trabalhista.

Nesta segunda-feira (5), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado promoveu um debate sobre o assunto, quando o presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), se disse revoltado com a aprovação da matéria e fez um apelo ao relator, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), para que volte atrás e retire a emenda da medida provisória. Ele também apelou aos deputados, de um modo geral, para que rejeitem a proposta quando for à votação no plenário da Câmara.

Antecedente trabalha pelo saída de Nardes

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para quem ainda acredita que a ideia de que o ex-deputado da Arena Augusto Nardes deve ser afastado da função de relator das contas do governo Dilma no TCU é um simples exotismo cabe conhecer um episódio de 2005.

Em março daquele ano, ocorreu um caso semelhante. O ministro Lincoln Magalhães da Rocha foi forçado a renunciar à relatoria de uma representação que pedia a exoneração de parentes de deputados que foram contratados pela Câmara sem passar por concurso público.

A revolta impotente da ombudsman da Folha

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quase senti pena da última coluna de Vera Guimarães, ombudsman da Folha.

Foi um grito de revolta impotente, uma lamúria atirada num jornal que perdeu o pudor, foi tudo isso muito mais que um mero artigo para analisar o jornal.

Foi, também, uma amostra dos apuros que jornalistas honestos enfrentam hoje em redações dedicadas a minar o pensamento progressista.