sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O economista irrelevante da 'Folha'

Por Altamiro Borges

Colunista da Folha e frequentador assíduo do Instituto Millenium - o antro conspiratório dos barões da mídia e de vários empresários que sonegam impostos -, Alexandre Schwartsman é conhecido pela agressividade dos seus artigos. Ele não polemiza, mas dá coices! Não argumenta, mas relincha. Ele adora xingar os seus oponentes: "Dona Anta", referindo-se à presidenta Dilma; "jumentinho de ouro", quando caluniava o ex-ministro Guido Mantega; entre outros rótulos maldosos. 

Com já escreveu o blogueiro Luis Nassif, "há tempos Alexandre Schwartsman converteu-se em uma espécie de Arnaldo Jabor da economia. Não solta análises: faz pregações. E com um estilo debochado que impressiona seus colegas, menos pelo conhecimento, mais pela falta de compostura em uma comunidade em geral menos disposta a brigas de botequim". 

Jesus de Nazaré ou Karl Marx?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Produzi este teste no início deste ano e ele foi um sucesso. Então, em homenagem ao aniversariante de hoje, Isaac Newton, trago-o novamente.

Você consegue identificar qual dos dois personagens históricos disse isso?

Assinale a alternativa correta:

FHC recebeu R$ 6,7 milhões via Lei Rouanet

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O jovem que se referiu a Chico Buarque como “um merda”, durante um bate boca no Leblon, Rio de Janeiro, certamente não havia nascido quando comecei a trabalhar como repórter-mirim no Jornal da Cidade de Bauru, no interior de São Paulo, em 1972.

Guilherme Junqueira Motta Luiz não pôde testemunhar, portanto, como foi construída a fortuna de sua família, que hoje controla a Usina Açucareira Guaíra, na Fazenda Rosário, perto de Guaíra.

Pelo jeito que ele se referiu a Chico - um mérrrrrrda -, acho que posso dizer que temos em comum o sotaque do interior paulista.

A mente do playboy que xingou Chico Buarque

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você tem um retrato minucioso do que vai pela mente de Guilherme Junqueira Motta em sua página no Facebook.

Motta foi há pouco identificado como o antipetista que chamou Chico Buarque de “um merda” na saída de um restaurante.

Você vê, antes de tudo, que ele acusou o golpe de Chico. Imediatamente depois do episódio, Chico postou no Facebook a seguinte música: “Vai trabalhar, Vagabundo.”

Um ano de lutas em defesa da democracia

Por Luciana Santos, no blog de Renato Rabelo:

O Brasil passa por momentos decisivos neste ano de 2015. A jovem democracia brasileira, conquistada às custas de inúmeras vidas e anos de luta, esta sendo ameaçada por uma marcha golpista que se encontra em pleno curso.

Não se trata da defesa do governo e nem de partidos, neste momento enfrentamos uma batalha em defesa da Nação brasileira, do Estado Democrático de Direito, em essência, do futuro de uma geração. Com o pedido de impeachment, contra a presidenta Dilma Rousseff, feito sem base legal, teve início um golpe de Estado. Não existe outro nome: isso é golpe!

PM, 'Veja' e as prioridades de Alckmin

Por João Quartim de Moraes, no site da Fundação Maurício Grabois:

Uma vez mais, no início de dezembro, o governador Alckmin recorreu ao argumento da força, lançando tropas de choque da PM contra a juventude estudantil, que se mobilizara para denunciar a chamada “reorganização” das escolas da rede pública. Mais do que de hipocrisia, é preciso dose cavalar de desfaçatez para dar esse nome ao fechamento sumário de noventa e quatro unidades de ensino, completado pela supressão, em 754 outros estabelecimentos estaduais, de um dos dois ciclos de ensino que eles até então ofereciam (fundamental e médio). Trata-se, pois, de uma vasta desorganização do ensino público, imposta burocraticamente, sem explicação nem conversa, que veio transtornar a vida de cerca de trezentos e onze mil estudantes. Para o PSDB, principal agência brasileira do “Consenso de Washington”, reduzir as despesas sociais do Estado é a melhor maneira de enxugar o orçamento. O resto é com a PM.

Desemprego cresce na América Latina

Da Rede Brasil Atual:

A taxa média de desemprego na América Latina e no Caribe deverá subir a 6,7% este ano, após atingir uma mínima histórica de 6,2% em 2014, aponta o informe Panorama Laboral, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). "É uma cifra moderada, em comparação com as taxas de mais de uma década atrás. Mas é o primeiro aumento significativo em cinco anos", diz a OIT. Essa variação corresponde a um acréscimo de 1,7 milhão de desempregados na região, para quase 19 milhões, com destaque para mulheres e jovens. E a expectativa é de nova alta em 2016.

O crime de racismo na TAM

Por Douglas Belchior, no blog Negro Belchior:

Na tarde de sábado (19/12) no voo TAM-JJ3705 de Brasília para Congonhas-SP, um grupo de jovens artistas sofreu ofensas racistas por parte de funcionários da TAM que seguiam no voo como passageiros. Segundo relato dos artistas, os agressores foram acobertados pelos comissários de bordo da TAM, receberam privilégios no tratamento dentro do avião e tiveram sua conduta racista apoiada por parte dos passageiros.

Os jovens artistas periféricos voltavam de Brasília, onde participaram da 3° Conferência Nacional da Juventude, que reuniu por 4 dias cerca de 5 mil jovens de todo o país e onde se discutiu, entre outras coisas, justamente a problemática da questão racial no Brasil.

E que o Chico Buarque nos resgate…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Era evidente que isso iria acontecer. O fascismo e a barbárie teriam de bater à porta do nosso maior artista vivo para consagrar-se enquanto narrativa. Uma espécie de tentativa de xeque mate dessas hordas que têm atacado a qualquer um que ouse ter opinião diferente. Desses grupos que entendem democracia como sistema do ego. Do que eu quero. Do que eu acho.

Sob cerco, Dilma se recupera

Por Luiz Manfredini, no site Vermelho:

A pesquisa Datafolha, divulgada há dias, revela um dado obviamente não explorado pela grande mídia privada, mas a meu ver dos mais relevantes: a presidente Dilma recupera pontos na opinião pública. São poucos, é verdade, mas significativos ao se considerar o cerrado bombardeio que ela vem sofrendo, desde o dia seguinte à sua eleição, por parte da oposição golpista, da mídia, de segmentos do judiciário e do uso faccioso, antipetista da operação Lava Jato.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

'Urubólogos' choram pela queda de Levy

Por Altamiro Borges

A mídia rentista e seus "urubólogos" de plantão garantem que o "deus-mercado" está apreensivo com a queda de Joaquim Levy e a indicação de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda. Logo após o anúncio da troca começou a choradeira nos jornalões, revistonas e emissoras de rádio e televisão. Enquanto os representantes dos bancos, da indústria, do agronegócio e do comércio davam as boas vindas ao novo ministro, talvez fazendo jogo de cena, os tais "analistas de mercado" da imprensa - nome fictício dos porta-vozes dos agiotas financeiros, muitas vezes mais realistas do que o rei - já davam como certo que Nelson Barbosa será um desastre para a economia brasileira. Haja abutres!

A "excrescência" do tucano Carlos Sampaio

Por Altamiro Borges

O deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara Federal, ganhou os holofotes da mídia neste ano como um dos principais articuladores do impeachment de Dilma. Sem qualquer princípio, o falso moralista virou o braço direito do correntista suíço Eduardo Cunha, participando dos conchavos de bastidores do golpe e colando a imagem da sua sigla ao lobista. Só quando as sujeiras do achacador vieram à tona é que o PSDB decidiu teatralizar um pedido de afastamento do presidente da Câmara, forçando seu líder a pronunciar, bem à contragosto, um discurso com críticas ao amigo. A encenação, porém, não durou muito tempo e Carlos Sampaio já está novamente no colo de Eduardo Cunha, como informa o jornalista Ilimar Franco, em sua coluna no insuspeito jornal O Globo desta quarta-feira (23).


Como sempre, Chico nos deu uma boa lição

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Entre humanos que relincham e outros capazes de zunir, num comportamento próprio de quadrúpedes morais, mais uma vez Chico Buarque de Holanda assegurou seu lugar na história do Brasil e dos brasileiros.

A cena vista e gravada num fim de noite no Rio de Janeiro é apenas a confirmação recente de que Chico é um artista que sabe qual é seu lugar em cada momento de nossa história.

Comporta-se dessa maneira há meio século, seja através da música, dos versos de gênio, de uma literatura cada vez mais apurada e espetacular. Age assim pela postura política de quem recusa o lugar de artista-mercadoria e sabe responder aos percalços e tragédias da conjuntura histórica com clareza, com valentia e uma auto ironia que o acompanha tanto nas horas agradáveis como nas mais difíceis, como se descobre pelo depoimento de um de seus amigos de “ Chico: um artista brasileiro”, documentário que é uma obra prima obrigatória para todo brasileiro preocupado em entender o seu país em 2015.

A fúria dos que saíram do armário

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

O que mais impressiona – e preocupa – na agressão verbal que um grupo de garotões cuja profissão principal é ser filho de pai rico lançou contra Chico Buarque na noite da segunda-feira, 21 de dezembro? Três coisas. Primeiro, a extrema fúria dessa direita desgarrada que acaba de sair do armário embutido. Segundo, a facilidade com que repetem o que dizem os grandes meios de comunicação. E terceiro, a incapacidade para qualquer gesto minimamente civilizado.

A Vale da morte e a impunidade

Por João Pedro Stédile, no jornal Brasil de Fato:

O rompimento das barragens de depósito de lixo tóxico da empresa Vale, nas localidades de Fundão e Santarém, no município de Mariana, produziu o maior desastre ambiental da história do Brasil e quiçá comparado aos maiores do mundo.

Suas consequências ainda são imensuráveis. Muitos mortos. Segundo os moradores dos dois distritos soterrados, Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, na sua contagem há mais de cem parentes desaparecidos. Ao contrário dos anúncios das estatísticas “oficiais” calculadas pela empresa que seriam 29. Milhares de pessoas perderam suas casas e fonte de trabalho.

O Petralha: um conto de Natal

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Dia de Natal na Paulista. Manjadas versões de músicas estrangeiras, canções natalinas de Frank Sinatra e o disco da Simone se revezam nas caixas de som ao longo da avenida. Pinheiros de plástico com luzes, neve artificial, trenós e renas decoram as áreas externas de bancos e prédios comerciais. Criancinhas posam para fotos ao lado de um urso polar em pleno verão brasileiro. Pela primeira vez em muitos anos não há engarrafamento de carros para ver a decoração: a avenida Paulista está aberta para os pedestres.

Chico Buarque X Manés da Elite

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

No meu primeiro dia de férias, já estou de volta para não deixar passar em branco o que aconteceu com Chico Buarque, na madrugada de segunda-feira, ao sair de um restaurante numa rua do Leblon, bairro carioca onde ele mora. Não poderia haver cena mais emblemática como fecho para o Fla-Flu insano que marcou este ano de 2015 do que o entrevero verbal entre um dos nossos maiores artistas e o patético grupo de manés, herdeiros daquilo que restou da elite da outrora Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil.

Impeachment não morreu, mas agoniza

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Foi um ano duríssimo e um fim de ano muito melhor que o esperado. O desabafo é de Jacques Wagner, Ministro-Chefe da Casa Civil.

Estava pensando no esvaziamento do impeachment.

De fato, como esperado, ontem o PSDB de Aécio jogou Michel Temer ao mar. Ao mesmo tempo, a ala fluminense do PMDB procurou Temer pretendendo apaziguar a luta e dar tranquilidade para enfrentar uma crise brava. Só com a volta do recesso haverá mais clareza sobre a nova composição de forças. Mas Wagner garante que a posição majoritária do PMDB é contra a proposta de impeachment.

Lewandowski, Cunha e o trato com bandidos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A atitude do Ministro Ricardo Lewandowski, presidente do STF, de conversar com Eduardo Cunha apenas diante dos jornalistas era a única que um juiz correto poderia tomar.

Primeiro, a de não conversar com bandidos exceto em situações públicas.

Segundo, idem com gente de comportamento psicótico.

Macri, Venezuela e a mídia tendenciosa

http://www.pagina12.com.ar/
Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Uma coisa é ter opinião, manifestar posição política e ideológica, travar a disputa de ideias.

Mas não dá para espancar a realidade. Principalmente no jornalismo em que postulados como objetividade e imparcialidade são imperativos de seu bom exercício.

Não acredito em imparcialidade de órgãos de comunicação. Sua linha editorial expressa a opinião de seus proprietários ou de sua direção.

Porém um mínimo de equilíbrio e respeito aos fatos é exigência, em especial nas reportagens.