quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Relatos da violência da PM em SP

Manifestante encurralado na Rua Sergipe
(Foto no perfil de José Eduardo Bernardes/ Facebook)
Por Alceu Castilho, em seu blog:

“Neste momento, dezenas de bombas atiradas contra as pessoas, qualquer uma, manifestante, usuário de transporte, idoso, criança, ou quem quer que seja. o cenário é de guerra, pessoas feridas e presas, muita fumaça e desencontros. Estamos encurralados”. (Igor Carvalho, no Facebook)

“Estou na Paulista acabo de presenciar um massacre pela PM, muitas bombas e truculência. Estamos em meio a uma guerra! Com muitos me refugiei em uma loja asfixiados pelas bombas na porta. Só saímos pressionados e insultados pela PM, cercados de todos os lados! Liberdade de manifestação não existe em SP, foi suprimida pela Força e pelas bombas, fui alvo de várias, não há diálogo possível, tentamos tudo! Depois do Caldeirão de Hamburgo, a PM agora promove uma caçada dos manifestantes pelas ruas da cidade, os seguranças do metrô impedem a entrada, todas as ruas cercadas, manifestantes perseguidos e caçados com furor!” (Padre Julio Lancelotti, no Facebook)

Como o governo deveria tratar a imprensa?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Mino Carta escreveu, em seu editorial na última edição da CartaCapital, que o governo deveria tratar a mídia como um partido de oposição.

O mesmo ponto fora defendido, dias antes, pelo escritor Emir Sader.

Não sei exatamente o que isto significaria na vida prática. Um corte substancial no bilionário Mensalão da publicidade oficial posta nas grandes empresas jornalísticas, provavelmente.

A antipolítica, o diabo e a garrafa

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Em pleno processo de impeachment, e de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das ações envolvendo a chapa vitoriosa nas últimas eleições, a situação da República tem sido marcada pela espetacularização de um permanente “pega para capar” jurídico-policial, a ascensão da “antipolítica”, o aprofundamento da radicalização e a fascistização do país.

Políticos e empresários têm sido presos – muitos por ilações frágeis ou exagerado rigor cautelar –, enquanto outros homens públicos e bandidos e delatores premiados apanhados com milhões de dólares na Suíça circulam livremente ou estão em prisão domiciliar.

Lição da guerra contra o aedes egypt

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A leitura do primeiro volume do Diário da Presidência, de Fernando Henrique Cardoso, contém lembranças reveladoras sobre a tragédia atual de nossa saúde pública, que em 2015 pode se transformar na mais grave de nossa história - as doenças transmitidas pelo aedes egypt, muito mais preocupantes e ameaçadoras do que a mais conhecida delas, a dengue.

Pelo Diário, descobre-se que em 1996, há exatamente 20 anos, já se falava sobre a importância de dar combate ao aedes egypt. Recordando um jantar em companhia do ministro da Saúde Adib Jatene, Fernando Henrique conta que a pauta da conversa envolveu a necessidade de se organizar "um forte combate ao mosquito da dengue. Pareceu-me uma coisa de vulto e que tem um sentido social, porque é saneamento."

Temer "arrependido"; Dilma virou o jogo!

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A política é feita de sinais. Quando escreveu a insólita carta para Dilma, em dezembro, Michel Temer enviava um sinal para o PSDB de São Paulo (com quem se reunira alguns dias antes): embarquei na aventura do impeachment, contem comigo.

Ali, Temer tentou dar o bote. Mas errou o cálculo. Nos dias seguintes, as reações nas redes sociais e na sociedade transformaram o vice num personagem menor: “decorativo”, como ele mesmo escreveu na ridícula carta.

Lava-Jato chegou onde queria: acusar Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O método revela os fins.

Está mais que claro que o “vazamento” dos termos da delação premiada é muito mais do que uma simples infração funcional de algum policial ou promotor da Lava Jato que, ansioso por “colocar na roda” os nomes mencionados e as acusações aparentemente sem qualquer prova do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró tivesse entregue a um ou mais repórteres.

Justiça social e democracia caminham juntas

Editorial do site Vermelho:

É inovador, e de extrema importância, o estudo publicado em dezembro pelos pesquisadores Pedro H. G. F. Souza e Marcelo Medeiros sobre a concentração de renda no Brasil. Ele abrange o período que vai de 1928 até 2012, e tem o título de Top Income Shares and Inequality: 1928­2012 (A fatia de renda do topo e a desigualdade, em tradução livre). O estudo foi publicado no Journal of the Brazilian Sociological Society / Revista da Sociedade Brasileira de Sociologia, edição de julho/dezembro de 2015.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Argentinos rejeitam censura de Macri




Mídia abafa denúncias contra FHC

Por Altamiro Borges

No final de semana, o jornal Valor Econômico - que tem uma tiragem reduzida e atinge basicamente o mundo empresarial - publicou em primeira mão o documento sigiloso em que Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, afirma com todas as letras: "A propina no governo FHC foi de US$ 100 milhões". Os que ainda se iludem com a chamada imparcialidade da mídia apostaram que a denúncia bombástica seria capa dos principais jornais nacionais e tema de ácidos comentários nas emissoras de rádio e televisão. Pobres midiotas! Erraram feio novamente. O famoso PIG (Partido da Imprensa Golpista) não vacila na sua linha editorial.

Dilma defende a lei do direito de resposta

Por Altamiro Borges

Diante da ofensiva dos barões da mídia para rasgar a lei do direito de resposta, aprovada pelo Senado e sancionada pelo governo federal em novembro do ano passado, a presidenta Dilma Rousseff tomou uma decisão acertada. Ela não se dobrou ao terrorismo midiático e defendeu formalmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade da Lei 13.188/2015, que garante este direito básico da cidadania e é regra na maioria dos países.

As ameaças do jagunço de Eduardo Cunha

Lúcio Bolonha Funaro
Por Altamiro Borges

O correntista suíço Eduardo Cunha, frequentador assíduo de cultos religiosos e que posa de temente a Deus, parece que também é adepto da violência. Esta é, ao menos, a conclusão da "delação premiada" dos irmãos Milton e Salim Schahin, empresários investigados pela Operação Lava-Jato que apura o esquema de corrupção na Petrobras. Eles disseram aos procuradores da Justiça que foram ameaçados de morte por Lúcio Bolonha Funaro, apontado como o "operador" do ainda presidente da Câmara Federal. As denúncias foram registradas em boletins de ocorrência entregues aos investigadores.

Sem dinheiro, o SUS morre

Por Roberto Rockmann, na revista CartaCapital:

O financiamento do Sistema Único de Saúde, criado pela Constituição em 1988 para garantir atendimento público e universal aos brasileiros, está em xeque. A ascensão social das últimas décadas ampliou o mercado consumidor de remédios. A mudança demográfica elevou o envelhecimento da população. E uma modificação no perfil epidemiológico impulsiona o registro cada vez mais frequente de males comuns em países desenvolvidos como tipos variados de câncer e o diabetes. Esses três fatores pressionam o custo do sistema e provocam um déficit na conta da indústria farmacêutica nacional sem precedentes.

A corrupção do PSDB não pode ser abafada

Por Jeferson Miola, no site Carta Maior:

Um fato de alta significação política e judicial foi guardado em segredo pelo Ministério Público Federal [MP].

Nestor Cerveró, um dos ex-diretores corruptos da Petrobrás, em depoimento prestado ao MP em outubro de 2015, revelou que o governo FHC recebeu 100 milhões de dólares de propina por negócios feitos na Argentina em 2002.

É perturbador lembrar que este mesmo depoimento do Cerveró, quando vazou naquela época, selecionou a parte que incriminava o governo Dilma, mas ocultou a revelação do esquema de corrupção implantado na Petrobrás pelo governo do PSDB. Isto deixa clara a partidarização e a seletividade do vazamento.

Jaques Wagner e a dignidade da política

Por Emiliano José, na revista Caros Amigos:

“A judicialização da política alcançou patamares alarmantes no Brasil. Sob o argumento de que vivemos sob uma democracia de direitos, o sistema de justiça passou a tutelar todas as áreas, interferindo em políticas públicas, imiscuindo-se no mérito do ato administrativo, desbordando de suas competências para envolver-se com assuntos que foram tradicionalmente conjugados conforme uma organização horizontal do poder, violando assim a autonomia dos poderes políticos, tudo submetido a jurídico. Essa tentativa de colonização do mundo da vida pelo jurídico se realiza mediante um alargamento do espectro argumentativo, desligando a argumentação jurídica de qualquer vinculação à lei.” [1]

A falsa mobilidade urbana de Alckmin

Da Rede Brasil Atual:

Vendidas a cada eleição como panaceia para a melhoria das condições do Metrô e da CPTM e do transporte público como um todo, na região metropolitana de São Paulo, as chamadas "obras de modernização" da estrutura de mobilidade da capital praticamente não saíram do papel. Na semana passada, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) anunciou mais uma vez a suspensão das obras de expansão, dessa vez para a Linha 2-Verde do Metrô. A suspensão vem sendo prorrogada desde setembro de 2014, quando as obras deviam ter sido iniciadas.

Sem rebeldia não há saída

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Em uma das cenas do filme “As sufragistas”, uma personagem afirma que é melhor ser rebelde que escrava. Pode parecer uma frase banal – afinal, quem não escolheria a rebeldia à servidão? –, mas que parece nomear opções com as quais nos deparamos todos os dias. Na democracia imperfeita em que vivemos, as formas de repressão se tornaram tão naturais quanto invisíveis.

Criminaliza-se o aborto, jovens negros e pobres são perseguidos como bandidos e índios são mortos de forma covarde. O machismo se firma como gramática de relacionamento em todos os setores, os homossexuais são discriminados, revogam-se políticas humanistas de saúde mental em nome de interesses de mercado. O que era história se torna sintoma. Na sociedade higiênica, a norma é penalizar a diferença. O que é violência extrema se realiza como destino. Sem rebeldia, sobra a escravidão voluntária.

Justiça derrota Macri na 'Ley de Medios'

Do site Opera Mundi:

Uma juíza federal de San Martín e um juiz federal de Buenos Aires ordenaram nesta segunda-feira (11/01) medidas cautelares interinas e deixaram sem efeito os decretos do presidente argentino, Mauricio Macri, mediante os quais se deram a intervenção na Afsca (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), a dissolução de sua direção e da própria agência e a modificação das cláusulas antimonopólio da Lei de Meios argentina.

Os dois juízes aceitaram os recursos apresentados por uma cooperativa de comunicação popular e por uma associação de defesa dos direitos do consumidor na Justiça argentina contra os decretos do presidente que miravam a modificação do marco legislatório que regula os meios de comunicação no país.

A Venezuela à beira da tormenta

Por Luiz Arnaldo Campos, no site Outras Palavras:

Em Santa Elena de Uairén , cidade venezuelana fronteiriça com a brasileira Pacaraima, no estado de Roraima, é possível fazer cambio negro abertamente. Em média um real vale 150 bolívares e um dólar entre 700 a 800 bolívares. Como a cédula venezuelana de maior valor é a de 100 bolívares o resultado são pacotes de notas a serem transportados por quem compra o dinheiro venezuelano. Se esta é uma cena emblemática da crise econômica atravessada pela República Bolivariana a outra, sem dúvida ,são as filas de gente pobre nas primeiras horas da manhã , esperando para comprar gêneros e artigos de primeira necessidade com preço subsidiado.

Dique golpista começa a rachar

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O povo não é bobo. Ou não é tão bobo quanto a mídia pensa.

Comentário que pesquei no site do Globo, abaixo da matéria sobre Jaques Wagner, novo alvo da pistolagem política:



Porchat X Sheherazade: "Direita extrema"

Da revista Fórum:

No último sábado (9), o Programa da Sabrina, na TV Record, exibiu a participação do humorista Fábio Porchat, que fez comentários sobre famosos expostos em um painel. Ao se deparar com a figura da jornalista Rachel Sheherazade, ele teceu críticas à âncora doSBT Brasil. “Não concordo com muitas das opiniões dela. Acho muito direita extrema o que ela fala e aí não bate a ideia. Quietinha ela não vai ficar nunca, pois ela é falante”, ressaltou.