sábado, 12 de março de 2016

A maior de todas as corrupções

Por Venício A. de Lima, no site Carta Maior:

“Se as palavras servem para confundir as coisas é porque a batalha a respeito das palavras é indissociável da batalha a respeito das coisas”. Jacques Rancière, O Ódio à Democracia, Boitempo, 2015.

A geração do pós Segunda Grande Guerra se lembrará de que, na metade do século passado, crescemos sendo educados sobre a grande ameaça que pairava sobre o mundo ocidental cristão: o comunismo ateu.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Promotores podem levar país a uma guerra

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O pedido de prisão de Lula, feito por três promotores de primeira instância em São Paulo, parece ter sido escrito por Rodrigo Constantino, o filósofo da Flórida, ou talvez por Groucho Marx.

No fim da ditadura, Ulysses Guimarães chamava a Constituição escrita pelos militares de “A Carta dos 3 patetas”. Essa petição contra Lula é a petição dos três patetas.

O problema é que há gente na rua disposta a se matar por conta dessa irresponsabilidade jurídica. Daqui a muitos anos, isso será lido nas faculdades de direito como um exemplo de desmoralização das funções públicas de um promotor. Mas, nesse momento, a peça jurídica é um fósforo aceso num paiol de pólvora. E talvez a intenção seja essa mesmo: levar os petistas para rua, provocar o caos. E inflar a marcha do dia 13 da extrema-direita. Da mesma forma que Moro em Curitiba, o promotor Conserino gosta de camisas pretas. na Itália, eram o uniforme dos fascistas de Mussolini

O golpismo apodreceu as instituições

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                          
Estão postos sobre a mesa vários elementos que indicam que o Estado democrático de direito brasileiro definha a olhos vistos. A depender dos vínculos político-partidários do cidadão, ele pode ou não desfrutar do sistema de garantias individuais, pilar básico dos regimes democráticos.

Sob esse ponto de vista, vivemos hoje no Brasil uma ditadura. Exagero? Então anote: é ou não é marca registrada de qualquer regime ditatorial perseguir adversários políticos e proteger aliados? Também remover mandatários eleitos pela voto e legitimados pela soberania popular jamais causou quaisquer constrangimentos a ditadores de todos os matizes ao longo da história de tantos países.

Crise politica: É agora ou nunca

Por Roberto Amaral, em seu blog:

“A garantia de que não somos derrotados está em nossas próprias mãos, porém a oportunidade de derrotar o inimigo é fornecido pelo próprio inimigo” - Sun Tzu (A arte da guerra)

Não era previsível a brutalidade humana e política do espetáculo, mas a ninguém de juízo pode haver surpreendido a coação – sequestro é a definição preferida – e a ilegalidade ostensiva de que foi vítima o ex-presidente Lula no último dia 4.

De há muito ele sabia, e a militância pressentia, que era a bola da vez, a pedra incômoda no meio do caminho, posto que pouco renderia à direita a deposição pura e simples da presidente Dilma Rousseff se permanecesse de pé (como de pé permanece) a possibilidade – ameaça para ela, direita – de o governo ser recuperado pelas forças progressistas mediante eventual eleição de Lula em 2018.

'Estadão" ordenou a prisão de Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não há muito mais o que dizer. Na prática, completou-se em 10 de março de 2016 a instalação de mais uma ditadura no Brasil, a menos que o promotor midiático Cássio Conserino e aqueles outros dois (há tantos outros) seja severamente punido.

Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo afirmam que a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “imprescindível” porque ele movimentaria “toda a sua rede violenta de apoio para evitar que o processo crime que se inicia com a presente denúncia não tenha seu curso natural, com probabilidade evidente de ameaças a vitimas e testemunhas e prejuízo na produção das demais provas do caso, impedindo mesmo o acesso no ambiente forense, intimidando-as a tanto“.

O mico internacional dos promotores de SP


Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Foi uma noite de deboche, especialmente no twitter, depois que os promotores Fernando Henrique Moraes de Araújo, Cássio Conserino e José Carlos Blat pediram a prisão preventiva do ex-presidente Lula com uma bizarra argumentação.

É possível resumir com os memes que reproduzimos acima.

Prisão de Lula é uma declaração de guerra

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, pediu a prisão preventiva de Lula entre outras pessoas. É o paroxismo da provocação. É uma completa excrescência jurídica. Não se sustenta em nenhuma prova comprobatória. Em verdade, se trata de uma ostensiva ação política de combate a Lula, à esquerda e ao pensamento democrático do país.

O humor em tempos de cólera fascista

Laerte e Duvivier criticam o golpismo

quinta-feira, 10 de março de 2016

Ladrão da merenda irá à marcha golpista

Por Altamiro Borges

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o tucano Fernando Capez, adora se travestir de vestal da ética. Ex-promotor e homem de confiança do governador Geraldo Alckmin, ele já desfilou nas marchas golpistas da capital paulista trajando a camiseta preconceituosa contra Lula (a dos quatro dedos). Recentemente, porém, o falso moralista foi atingido por um petardo. Seu nome apareceu nas investigações da Operação Alba-Branca, da Polícia Civil, como sendo um dos chefões da "máfia da merenda", que fraudou centenas de contratos com cooperativas de alimentos. Será que mesmo assim ele vai comparecer ao protesto na Avenida Paulista deste domingo (13)? Os grupelhos fascistas, que promovem a marcha da hipocrisia, vão deixá-lo subir no caminhão de som?

Estado Policial arromba nossa porta

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Chegamos ao ponto em que os monstros começam a sair da barriga da crise.

O Estadão anuncia que hoje os delegados da Polícia Federal lançam a campanha por uma Emenda Constitucional que conceda autonomia à instituição para afastar ‘interferências políticas e governamentais’.

Ou seja, transformar a Polícia Federal em um órgão semelhante ao Ministério Público, desvinculado, na prática, da vontade popular manifestada no ato de eleger governos.

João Roberto Marinho virou um "aloprado"

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Durante quase três anos, entre 2006 e 2008, fiz parte do Conedit, o Conselho Editorial da Globo.

Comandado por João Roberto, o segundo filho de Roberto Marinho, o Conedit reúne os editores dos diversos veículos de mídia da Globo. As reuniões são às terças feiras às 11 horas da manhã, no prédio da Globo no Jardim Botânico, no Rio.

O objetivo é discutir e firmar as diretrizes editoriais da casa. Numa mesa retangular, João Roberto senta-se na cadeira de comando, no centro. A seu lado, quase que se encarando, estão Merval Pereira e Ali Kamel, numa disputa incessante para ver quem concorda mais com as ideias de João Roberto.

Um maluco na Casa Branca

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Mesmo com vitórias pontuais de seus concorrentes, a cada urna apurada nas prévias eleitorais norte-americanas, Donald Trump aproxima-se, cada vez mais, da condição de mais provável candidato do Partido Republicano dos Estados Unidos a disputar, provavelmente contra Hillary Clinton como aspirante a Presidente do Partido Democrata, as eleições presidenciais deste ano.

As chances de Trump ser eleito são aparentemente pequenas, mas, considerando-se a crise – quase que permanente - pela qual o capitalismo está passando e o processo de imbecilização crescente da população mundial, ligado ao crescimento de seitas mais ou menos fundamentalistas, ideias e propostas neo e ultraconservadoras – em muitos casos, simplesmente fascistas - na internet, sempre existe a possibilidade de que a loucura se imponha sobre um mínimo de razão, minguante, fazendo com que, como em um título de uma comédia de Hollywood, em breve se tenha - em caso de eventual derrota da senhora Clinton - Um Maluco na Casa Branca.

Mídia de direita faz lavagem cerebral

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Vocês já repararam como as pessoas têm se transformado em outras ultimamente, como o médico e o monstro? Cidadãos antes cordatos, educados, gentis, de repente viraram cães raivosos, espumando pela boca, prontos a atacar o próximo. E o alvo de sua ira é sempre o mesmo, a esquerda, personificada no PT e em Lula, e as minorias: negros, gays, mulheres. Eu sempre fico com a impressão que o problema dessas pessoas não é política… Mas o que aconteceu para que elas ficassem assim? Será que a mídia tem alguma responsabilidade nisso?

Aécio insufla golpistas contra Dilma

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Conhecido por dar cano nos atos que convoca, o presidente nacional do PSDB e candidato derrotado nas urnas em 2014, o senador Aécio Neves (MG) aparece em um vídeo que circula nas redes sociais convocando para o ato golpista do próximo dia 13 de março.

“Chega de governo Dilma. 13 de março, no domingo, todos nas ruas porque se você não for, ela fica”, disse Aécio no vídeo.

Lula e os 'guardas da esquina' da Justiça

Por Adriano de Freixo, no jornal Brasil de Fato:

Em 13 de dezembro de 1968, na reunião em que foi decidida a decretação do Ato Institucional 5 (AI-5), a única voz divergente foi a do então vice-presidente Pedro Aleixo. Ao ser interpelado por Gama e Souza, ministro da Justiça e redator do Ato, sobre se desconfiava das “mãos honradas” do presidente Costa e Silva, que seria o responsável pela aplicação daquele instrumento de exceção, o jurista mineiro respondeu com uma sentença que se tornaria célebre afirmando que do general presidente ele não desconfiava, mas que desconfiava, sim, do guarda da esquina.

Ato em SP denuncia abusos da Globo

Por Bruno Hoffmann, no site do PT:



A placa sobre a entrada principal do auditório Vladimir Herzog, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, avisa: “Lotação: 90 pessoas”. Mas pelo menos 200 jornalistas, advogados, militantes de esquerda e estudantes participaram do evento Globo É Censura – Ato em Defesa da Liberdade de Expressão.

Durante mais de três horas, 15 personalidades de comunicação e da vida política do País falaram sobre o monopólio da Rede Globo, a tentativa de censura da emissora contra os blogs que denunciaram supostos casos de ilegalidade da família Marinho e sobre a perseguição da mídia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por unanimidade, a condução coercitiva de Lula à Polícia Federal na última sexta-feira (4) foi definida como sequestro.

Vazamentos só para quem interessa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A notícia de que a Operação Lava Jato decidiu investigar os vazamentos de informações internas deveria ser recebida com menos naturalidade por parte da mídia grande, principal beneficiária de notícias exclusivas sobre investigações que, em princípio, deveriam ocorrer em segredo.

Toda instituição pública ou privada tem o direito de apurar responsabilidades internas pelo vazamento de informações de circulação restrita. É uma forma de defesa e proteção da imagem.

Mobilização total contra o golpismo

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Vivemos hoje no Brasil uma conjuntura política de extrema gravidade. Estamos diante de uma feroz ofensiva golpista protagonizada pelas forças conservadoras (de direita e extrema direita) que têm por alvos principais a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o maior líder popular da nossa história.

Por trás deste movimento, atuando muitas vezes nas sombras, como forças ocultas, encontram-se interesses poderosos, entre os quais sobressaem os do imperialismo estadunidense. Este atua também na Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e outros países latino-americanos e caribenhos com o mal disfarçado propósito de reverter a mudança geopolítica do continente sinalizada pela rejeição da Alca, criação da Celac, Unasul e Alba, e recompor sua hegemonia.

Como os EUA atuam na geopolítica

Por Luis Nassif e Patricia Faermann, no Jornal GGN:

Mais de cinco anos se passaram desde o início dos protestos no Oriente Médio, que ficaram conhecidos como Primavera Árabe. As revoltas foram desencadeadas contra presidentes que estavam entre 20 e 40 anos no poder. Mas as condições para os conflitos tinham motivações sociais: alto desemprego e economias estagnadas. Terreno ideal para o incentivo norte-americano, estrategista no investimento de milhões de dólares na disseminação de sua ideologia.