domingo, 24 de julho de 2016

O terror midiático do ministro da Justiça

Por Altamiro Borges

Alexandre de Moraes, o ex-secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin que ganhou fama ao comandar a brutal repressão aos estudantes que ocuparam as escolas paulistas, adora os holofotes da mídia. Ele faz de tudo para aparecer e até chegou a sonhar em ser candidato à prefeitura de São Paulo. Agora, como ministro interino do covil golpista de Michel Temer, ele voltou a “brilhar” ao chefiar a “Operação Hashtag”, que prendeu dez pessoas acusadas de planejarem ações terroristas durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro. O seu show, porém, parece que não agradou os próprios usurpadores que assaltaram o Palácio do Planalto, conforme revelou uma notinha de Mônica Bergamo na Folha desta sexta-feira (22):

Negócios em família do governador tucano

Por Altamiro Borges

Como sempre ironizam muitos internautas, basta pertencer ao PSDB para nunca ser investigado, condenado e, muito menos, preso! A jornalista Catia Seabra publicou na Folha desta quarta-feira (20) mais uma denúncia escabrosa envolvendo um exótico grão-tucano, o governador Simão Jatene, do Pará. A denúncia não mereceu maior destaque no jornal e, logo em seguida, sumiu de suas páginas. Em outros veículos da mídia falsamente moralista, o escândalo nem sequer foi pautado. Vale conferir e arquivar a reportagem, que reproduzo abaixo em alguns dos seus trechos:

O pato da Fiesp e o liberalismo tupiniquim

Por Mauricio Moraes, na revista CartaCapital:

E eis que o empresário Laodse de Abreu Duarte, diretor da Fiesp, deve para a União R$ 6,9 bilhões. A dívida é maior que a de 18 estados brasileiros, como Bahia e Pernambuco, segundo revelou a imprensa.

O calote de Abreu Duarte diz muito sobre as relações econômicas do Brasil, um país onde os empresários adoram pregar o Estado mínimo, conquanto que seja mínimo para os outros, porque para os donos do poder a regra é sempre mamar nas tetas bem graúdas desse mesmo Estado.

Racha do PSTU lança nova organização

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

Com o manifesto “É preciso arrancar alegria ao futuro!”, 739 militantes que integravam o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), anunciaram no iníco deste julho a saída da organização e a formação de nova organização, que agora será oficialmente lançada neste sábado (23), no Club Homs, na Avenida Paulista, em São Paulo, quando também terá seu nome divulgado.

Em entrevista à Caros Amigos, Valério Arcary, historiador e militante da nova organização, explica que a separação aconteceu após longo períodos de discussões internas em que surgiram divergências sobre as posições diante das conjunturas em nível internacional e nacional.

O impeachment e o aprendiz de feiticeiro

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O senador Antonio Anastasia está perto de se tornar uma figura menor por aceitar o cumprimento de um papel que lhe subtrai a trajetória construída como servidor público e professor de direito. Está prestes a trocar a ética pela ambição; a convicção pela oportunidade; a biografia pelo opróbio. O julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, do qual é o relator, deixou a esfera jurídica para se afirmar como um julgamento político. Não há palavra mais manchada de ambiguidade que “política”. Quando deixa de ser substantiva para se tornar uma mera adjetivação, a política perde sua origem para se tornar um instrumento de manipulação. Julgamento político, no sentido estrito do termo, é um oxímoro, uma expressão composta de termos que se repelem.

Os golpistas e a precarização do trabalho

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Um dos objetivos fundamentais do golpe é elevar ainda mais a taxa de lucro dos grandes empresários, às custas dos salários dos trabalhadores. Nem bem instalado o golpe, passaram a circular versões sobre o que o neoliberalismo chama de “flexibilização” ou “informalização” das relações de trabalho.

Há uma torpe operação semântica nisso. Vocês preferem que sejamos formais ou informais? Informais. Flexíveis ou inflexíveis? Flexíveis. Assim se tenta passar uma brutal operação de expropriação dos direitos elementares dos trabalhadores por uma manobra do sentido das palavras.

Escândalo do metrô tucano sai do armário

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Os escândalos envolvendo governos tucanos funcionam no sistema "pisca-pisca" feito vagalume: acende uma luzinha aqui, outra ali, mas logo se apagam, somem de cena.

Só de vez em quando aparece com destaque e farol alto uma denúncia sobre superfaturamento de obras públicas, cartel de trens, acordos que causam prejuízos ao governo, vagões abandonados, processos esquecidos na gaveta, desvios de recursos públicos para bolsos privados no Rodoanel ou na merenda escolar, entre outros.

A hipótese do golpe dentro do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil”, teria dito Eduardo Cunha, segundo a coluna Radar, da revista Veja. O outro então é Temer mas não é novidade que , caso venha a tornar-se delator da Lava Jato, Eduardo Cunha explodirá meio mundo, podendo sobrar para o interino a quem recordou - naquela conversa numa recente noite de domingo que ele mesmo teria vazado - de “antigas parcerias” que tiveram. Uma pergunta importante sobre que pode fazer Eduardo Cunha é a seguinte: “E o segundo, para quando será?”. Pois a depender do momento, poderemos ter um golpe dentro do golpe.

Temer "raspa o tacho" até o impeachment

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha de hoje começa a acordar para a realidade e publica que “Temer queima reservas para evitar deficit maior do que a meta planejada para o ano” e, mesmo assim, vai ser difícil chegar ao final do ano sem - como dizem especialistas citados pelo jornal - um “tarifaço” que eleve os preços pelo acréscimo de impostos.

A previsão de que o governo tenha R$ 16, 5 bilhão de déficit além do previsto é de um “otimismo” que não tem base alguma nos fatos.

A globalização entrou em modo esgotamento

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O mudo ruge.

Como o vulcão prestes a explodir, sinais de alerta irrompem no noticiário de diferentes pontos do planeta

A violência e o espaçamento típicos das saturações não deixam muita margem a dúvidas.

Placas tectônicas aceleram a rota de colisão; rolos de fumaça e estremecimentos da crosta prenunciam a erupção do magma da história.

Por que defender a Eletrobras

Por Roberto Bitencourt da Silva, no site Outras Palavras:

“Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras. Mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobras foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente” (Carta-Testamento do Presidente Getúlio Vargas).

Importância estratégica e um pouco de história

A Eletrobras é uma empresa estratégica para o Brasil. Ela é fundamental para o domínio e a formação técnico-científica nacional e para a tomada de decisões soberanas sobre o desenvolvimento. Igualmente decisiva para o controle e o uso nacional dos nossos excedentes econômicos.

Terrorismo e as trapalhadas de Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Minority Report é um filme de ficção científica lançado em 2002, estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg. O roteiro é baseado no conto com o mesmo nome de Philip K. Dick.

A trama ocorre em Washington no ano de 2054. Uma “divisão pré-crime” acaba com a criminalidade no mundo; a polícia usa pessoas paranormais, os precogs, para preverem o futuro, localizar e prender futuros culpados antes que cometam crimes.

A metáfora é perfeita para definir a trapalhada marqueteira de mais um ministro “exótico” de Michel Temer, o tucano Alexandre de Moraes, quem, em lugar de combater a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo, quando foi secretário de Segurança, advogou para a facção.

Temer usa a crise para dilapidar a CLT

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Crises econômicas são uma merda. Não há outra palavra para defini-las. Principalmente para quem depende única e exclusivamente de seu salário para sobreviver. Não apenas pelas demissões e o desemprego, mas por momentos de crise serem utilizados como justificativa para redução nos direitos dos trabalhadores. Ou seja, é porcaria que gera mais porcaria.

Desculpe inundar o seu domingo com essa palavra fétida, mas não vejo outro sinônimo para descrever a situação. Pois é no momento em que os vulneráveis mais precisam do Estado para terem seus direitos garantidos é que o próprio Estado, aliado a uma parte do empresariado, torna-se vetor para derrubá-los. Sem o mínimo pudor, lança um monte de purpurina dourada em cima da merda e a rebatiza de “oportunidade''.

Terrorismo e o golpe no Brasil

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não vamos nos enganar. Não é preciso ser um admirador de Maquiavel para entender que num momento de grandes incertezas políticas como aquele que enfrentamos no Brasil a denúncia de uma possível ameaça terrorista pode ser de grande utilidade para forças que ocupam provisoriamente a presidência da República e necessitam, como é visível a cada dia, "mostrar serviço" aos olhos de uma população desconfiada de gestos e intenções para manter-se no cargo de qualquer maneira.

Vivemos uma situação de desagregação institucional em que tudo é política, como reconheceu a líder do governo Rose de Freitas, ao explicar por que o Senado afastou Dilma sem prova de crime de responsabilidade.

sábado, 23 de julho de 2016

Doria espanta tucanos e “compra” aliados

Por Altamiro Borges

As bicadas no ninho são sangrentas e o PSDB segue dividido para a disputa da prefeitura paulistana em outubro. A própria mídia tucana noticiou nesta semana que Geraldo Alckmin “convocou” quatro governadores tucanos e lideranças partidárias nacionais para a convenção que oficializará neste domingo (24) a candidatura do empresário-trambiqueiro João Doria Jr. Segundo o site UOL, o objetivo do convite foi “compensar a ausência de quadros paulistas históricos do partido... O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o chanceler José Serra, o ex-governador Alberto Goldman e o senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, anunciaram que não participarão do ato”.

Jucá segue mandando no covil de Temer

Por Altamiro Borges

Romero Jucá, presidente nacional do PMDB e primeiro ministro a ser defenestrado do governo interino de Michel Temer, segue dando ordens no covil golpista. De forma discreta, a mídia chapa-branca tem publicado fotos em que ele aparece sorridente em reuniões no Palácio do Planalto. Nesta semana, o site da revista Época, da venal famiglia Marinho, postou uma nota que explicita o poder do senador metido em vários escândalos de corrupção. Segundo a matéria, ele tem mais prestígio do que o interino no Ministério do Planejamento:

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A falácia do rombo na Previdência

Por Paulo Paim e Vilson Antonio Romero, na revista Teoria e Debate:

Chega de mentiras. É preciso passar a limpo a atual discussão sobre reforma da Previdência Social. Aliás, falar em “atual discussão” parece até brincadeira, já que é público o fato de que sucessivos governos espalham aos quatro ventos, há anos, o discurso de que o sistema é deficitário e o usam como desculpa para novas alterações. É mentira! Não há déficit e vamos comprovar.

Primeiramente, a Previdência faz parte de algo maior. Ela integra o sistema de proteção criado na Constituição Cidadã de 1988, chamado de Seguridade Social, que inclui o tripé previdência, saúde e assistência social. Pela Carta Magna, a previdência tem caráter contributivo e filiação obrigatória, a saúde é um direito de todos, e assistência social, destinada a quem dela precisar.

Médicos exigem saída do ministro da Saúde

11 perguntas sobre Temer e o Porto de Santos

Por Marcelo Auler, no blog Diário do Centro do Mundo:

1 – Qual o envolvimento de Michel Temer com o Porto de Santos?

A partir de meados dos anos 90, depois de ter exercido os cargos de Procurador Geral do Estado e de Secretaria de Segurança, ambos os cargos nos governos de Franco Monto e Luiz Antônio Fleury, exerceu mandatos por duas vezes (1987 e 1990) como suplente de deputado federal. Foi conquistar seu próprio mandato em 1995, tornando-se líder da bancada do PMDB apoiado pelo grupo quercista.

Nessas condições, passou a indicar os presidentes da Companhia de Docas do estado de São Paulo, tais como Marcelo de Azeredo (junho de 1995 a maio de 1998), Paulo Fernandes do Carmo (maio de 1998 a abril de 1999) sendo sucedido por outro peemedebista indicado por Temer: Wagner Rossi (1999/2000, por um ano e sete meses).


João Santana e o objetivo único da mídia

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Aproxima-se a votação final do impeachment no Senado e a Lava Jato volta a exercer o seu papel no golpe: subsidiar a mídia cartelizada com manchetes envolvendo o PT para manter a mobilização da opinião pública contra o partido e assim pressionar os senadores a não se atreverem a sair do script golpista.

Aqui cabe um parêntese: uma das muitas evidências de que esse impeachment é uma grande farsa é o fato de que ele não tem nada a ver com a Lava Jato. A operação é usada para mobilizar a população e os parlamentares contra o PT porque é impossível mobilizar alguém para derrubar a presidenta eleita com a justificativa oficial do impeachment - operações contábeis que não causaram prejuízo aos cofres públicos e foram realizadas sem qualquer questionamento por FHC, Lula, vários governadores e inclusive por Michel Temer no seu mandato interino, claro que agora com o aval do "órgão técnico" TCU -.