segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

2017 terminará com o sonho de Temer?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

2017 começa com sinais, por toda a parte, de que o “andar de cima” – para usar a expressão de Elio Gaspari – já colocou os sonhos de Temer na conta dos improváveis.

O próprio Elio diz, na sua coluna que, “o governo encastelou-se na moderna astrologia dos marqueteiros” e seu chefe, Temer “roda o país prometendo fantasias encantadoras embebidas de “pensamento positivo”.

Míriam Leitão, uma das mais ativas remexedoras do caldeirão de “retomada” que se previa para assim que Dilma fosse derrubada e que o governo parasse de atrapalhar as obras saneadoras da contração econômica com que Joaquim Levy e suas mãos de tesoura já vinham arruinando o país, também não demonstra otimismo e abre sua primeira coluna do ano dizendo que “entramos no ano sem saber se o presidente será o mesmo ao fim destes 12 meses”.

Chacina em Campinas e a onda direitista

O assassino Sidnei Ramis de Araújo
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pensamento de extrema direita brasileiro moderno produziu sua primeira chacina.

A carta do técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, que matou doze pessoas num réveillon em Campinas, é um catálogo de boçalidades bolsonarianas típicas.

A missiva é dirigida ao filho João Victor, de 8 anos - que o pai acabaria matando na festa, juntamente com a mãe Isamara Filier.

Demagogo e falastrão, Doria não terá paz!

Por Altamiro Borges

Na maior capital do país, São Paulo, o empresário e apresentador de tevê João Doria – também já apelidado de João Dólar – tomou posse neste domingo (1) afirmando que cumprirá todas as suas promessas de campanha. Mas nem a mídia chapa-branca bota fé nas bravatas do novato tucano, uma criação de laboratório do governador Geraldo Alckmin. E muitos já preveem que sua gestão será conturbada. “Pesquisas qualitativas feitas por agências de comunicação mostram que o pavio do paulistano está curtíssimo e que a lua de mel do eleitorado com João Doria pode ser curta”, informa uma notinha da Folha. Ou seja: o demagogo e falastrão não terá paz!

domingo, 1 de janeiro de 2017

Desemprego e falências. Feliz 2017?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Em sua primeira coluna do ano, o veterano jornalista Janio de Freitas, uma das poucas vozes críticas da mídia monopolista, ironizou já no título: “Desejar ‘feliz 2017’ é uma extravagância cômica”. Como aponta, as perspectivas de futuro – não só no Brasil – são bem sombrias. “Michel Temer e Donald Trump são sócios em uma excentricidade que nos onera com alcance, pode-se dizer, unânime. A voz geral é o pessimismo sobre o 2017 com Temer e seu grupo de aturdidos e corruptos. A essa desesperança convicta Trump anexa uma inquietação medrosa do quanto pode piorar as desgraças do mundo, entre as quais a nossa”.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Para "bebemorar" a passagem do ano

Por Apparício Torelly, o Barão de Itararé:

“Monólogo”

- Eu tinha doze garrafas de uísque na minha adega e minha mulher me disse para despejar todas na pia, porque se não...

- Assim seja! Seja feita a vossa vontade, disse eu, humildemente.

E comecei a desempenhar, com religiosa obediência, a minha ingrata tarefa.

- Tirei a rolha da primeira garrafa e despejei o seu conteúdo na pia, com exceção de um copo, que bebi.


Eduardo Galeano e o direito ao delírio

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A narrativa golpista da mídia privada

Do site do FNDC:

Se o golpe que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff trouxe retrocessos para o conjunto da população brasileira, no campo da luta pela democratização da comunicação não foi diferente. A mídia privada, que monopoliza a agenda e o discurso público, foi um dos pilares mais fortes do processo que destituiu o governo democraticamente eleito. A partir dessa ruptura, instalou-se também uma escalada de violações à liberdade de expressão: a classe trabalhadora e os estudantes têm sido violentamente reprimidos pelas polícias militares e até pelo Exército por ousarem denunciar as consequências do golpe.

Temer e o jogo de cena no TSE

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não nos iludamos. O que está em curso no TSE, na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, é um espetáculo farsesco destinado a manter Temer no governo, seja pela absolvição, seja pelo decurso de prazo para as providências de sua substituição. O país continuará sendo sangrado pela instabilidade e a incerteza mas, como no golpe, dane-se o país. A ação da Polícia Federal nas gráficas que trabalharam para a campanha Dilma-Temer não é indicativa de que o TSE pretenda ir fundo nas investigações e endurecer no julgamento, condenando Dilma, já deposta, e cassando Temer, o que levaria à sua substituição por um presidente biônico, eleito pelo Congresso. Ou, na melhor hipótese, à realização de eleições diretas, se a pressão popular compelir o Congresso a aprovar uma das emendas constitucionais que preveem diretas mesmo faltando menos de dois anos para o fim do mandato. Muito pelo contrário, a diligência nas gráficas vem ao encontro do plano B de Michel Temer.

É seguro matar no Metrô do Alckmin!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Economia desaba e mídia confessa: “Erramos”

Por Altamiro Borges

Não dava mais para esconder. Nem os “midiotas” iriam acreditar. Nos últimos dias do trágico 2016, o ano do “golpe dos corruptos”, a mídia chapa-branca finalmente confessou que a economia está desabando. Em manchetes nos jornais e comentários na tevê, inclusive na Globo, ela agora admite: “Com Natal fraco, vendas em shoppings caem 9% no ano”; “Contas do governo têm pior resultado para novembro desde 1997”; “Índice de Confiança da indústria registra menor patamar desde junho”. Os barões da mídia até poderiam publicar em conjunto – já que difundem o mesmo pensamento único emburrecedor – um enorme “Erramos”. O mais correto seria “Mentimos”, com o seguinte texto:

Temer pode cair como Nixon

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país obrigado a procurar caminhos para livrar-se de Michel Temer e escolher seu sucessor em urna, pelo voto direto, interrompendo um processo de destruição de direitos e ameaças crescentes a soberania do país, os brasileiros podem encontrar lições úteis na luta política que produziu a derrocada de Richard Nixon, o presidente norte-americano forçado a deixar a Casa Branca em 1974.

Ignorando, por um minuto, as imensas distâncias econômicas, políticas e geo-políticas entre os dois países e os dois personagens, é possível encontrar traços razoáveis de semelhança entre o Temer que prometeu resistir com todas as forças a toda tentativa de afastá-lo do cargo, mesmo em caso de decisão judicial, e o comportamento de Nixon no último ano de governo, quando sua permanência na presidência mostrou-se insustentável. Há muita diferença mas um razoável número de semelhanças no esforço de dois presidentes capazes de mobilizar - de qualquer maneira - o conjunto das forças do Estado para garantir a própria sobrevivência.

A engenharia brasileira está morta

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A Engenharia Brasileira está morta. Será cremada no altar da Jurisprudência da Destruição, do entreguismo e da ortodoxia econômica. Suas cinzas serão sepultadas em hora e local a serem anunciados no decorrer deste ano de 2017.

Em qualquer país minimamente avançado, a engenharia é protegida e reverenciada como o outro nome do poder, da prosperidade e do desenvolvimento. Não há países que tenham chegado a algum lugar sem apoiar soberana e decisivamente sua engenharia.

BNDES tenta inviabilizar futuro do país

Por Sandra Brandão, no site Vermelho:

O governo golpista se supera, a cada dia, em seu propósito de inviabilizar o futuro do Brasil. Na véspera do Natal, o Estadão publicou matéria relatando que estão em curso discussões sobre mudanças na taxa de juros adotada pelo BNDES. Querem, em empréstimos de longo prazo, aproximar a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) da Selic e das taxas praticadas pelo mercado que remuneram títulos da dívida pública.

Fernando Brito, do "Tijolaço", repercute a matéria e alerta que, se isto ocorrer, não haverá mais investimentos em infraestrutura no Brasil. Os estragos que esta decisão, se implementada, irá causar farão o Brasil retroceder décadas.

Tucanada poupa Temer por "Häagen Dazs"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A saída de Temer e de seus asseclas tucanos para responder às acusações de estarem incorrendo nas práticas administrativas que ao menos o PSDB e seus pistoleiros condenavam quando estavam na oposição foi insinuar na TV ou dizer claramente nas redes e no rádio que no governo Dilma os suprimentos do avião presidencial também eram caros e sofisticados.

Veio à tona nesta semana notícia de que o Palácio do Planalto abrira licitação para comprar alimentos para viagens aéreas da Presidência. O valor total da contratação: 1,748 milhão de reais. Entre os diversos itens listados, chamou a atenção o pedido por 500 unidades de “sorvete tipo premium” Häagen-Dazs, 120 potes de creme de avelã Nutella e 500 quilos de gelo seco.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O que esperar da dupla mídia/Lava Jato?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Não precisa ser vidente: mais proteção ao PSDB, simbolizado por Aécio Neves, e mais perseguição ao PT, simbolizado por Lula.

A ação do consórcio midiático/judicial nos estertores de 2016 mantém o padrão adotado desde o início da operação.

MP, Moro, PF e mídia corporativa de repente viram respeitadores dos direitos fundamentais e da privacidade do investigado quando ele pertence ao PSDB.

A venda de terras ao capital estrangeiro

Por Luiza Dulci, no site Brasil Debate:

Terra, capital e trabalho compõem a clássica tríade dos fatores de produção que embasam as análises e cálculos econômicos desde a Economia Política, não havendo, portanto, atividade econômica que prescinda da combinação destes fatores. Na atual conjuntura de mudanças que se abate sobre o Brasil e o mundo muito tem se falado dos movimentos do capital e seus impactos sobre o trabalho. Entretanto, a questão da terra – tanto rural quanto urbana – é pouco discutida, apesar de ser peça-chave para a compreensão da dinâmica capitalista contemporânea.

“Mineirinho” depõe na PF. Cadê a Globo?

Por Altamiro Borges

E ainda tem gente que acredita na imparcialidade e na neutralidade da mídia tupiniquim. Esse sujeito mal informado e alienado merece, de fato, o apelido de “midiota” – termo criado pelo jornalista Luciano Martins Costa, quando ainda editava o “Observatório da Imprensa”. Na semana passada, Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato derrotado na eleição de 2014, foi prestar depoimento na Polícia Federal, em Brasília. Bem diferente do tratamento dado ao ex-presidente Lula, não houve sequer uma equipe da TV Globo para registrar este episódio inusitado. A “cordial visita” também não foi capa dos jornalões. Ela quase passou despercebida – talvez porque o “Mineirinho”, da lista de propina da Odebrecht, ainda continue clandestino para o justiceiro Sergio Moro e para os barões da mídia.

Cai o Meirelles da Argentina. E no Brasil?

Por Altamiro Borges

Henrique Meirelles, o czar da economia do Judas Michel Temer, deve estar preocupado. O seu amigo Alfonso Prat-Gay acaba de levar um pé no traseiro do presidente argentino Mauricio Macri. O descartado ministro da Fazenda e das Finanças da nação vizinha também era exibido pela mídia rentista como “o salvador da pátria”, o homem de confiança do “deus-mercado” e o “gestor moderno” que superaria o populismo “bolivariano” da presidenta Cristina Kirchner. O Grupo Clarín – tão mafioso como o Grupo Globo – garantiu que Alfonso Prat-Gay reergueria o país, que sairia rapidamente do inferno para ingressar no paraíso, com mais investimentos, empregos e renda. Tudo mentira!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Temer suspende o sorvete do Michelzinho

Por Altamiro Borges

Michelzinho, o menino prodígio de sete anos que já acumula R$ 2 milhões em patrimônio, deve estar magoado. Depois da repercussão negativa da lista de comidinhas dos voos presidenciais, o seu pai, o Judas Michel Temer, mandou cancelar a licitação. O garoto, que não é bobo, deve ter pensado: o meu pai é realmente um "fujão", não aguenta uma pressãozinha na internet. Nas redes sociais, o edital das compras - no valor de R$ 1,75 milhão - causou alvoroço nesta terça-feira (27). O golpista virou motivo de galhofa e sobrou inclusive para o "pobre" Michelzinho. Até o site do mercenário Estadão, o jornal da famiglia Mesquita - que adora bajular o usurpador em troca de uns anúncios -, ironizou a cena: 

Mais de mil jornalistas são demitidos em SP

Por Altamiro Borges

A mídia privada, controlada por meia dúzia de famílias, continua exercendo forte influência no Brasil - não há que subestimá-la. Ela foi a principal protagonista do "golpe dos corruptos", que derrubou a presidenta Dilma e alçou o Judas Michel Temer ao poder. Contraditoriamente, porém, o seu modelo de negócios está em profunda crise. Entre outros fatores, ela decorre do crescimento da internet e da própria perda de credibilidade dos veículos partidarizados e manipuladores. O resultado é a queda de tiragem dos jornais e revistas e a perda de audiência das tevês. Outro efeito, mais trágico - inclusive para os jornalistas que ainda insistem em chamar o patrão de companheiro - é a drástica redução do número de profissionais nas redações.