segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Imbassahy é defenestrado. ACM Neto chora!

Por Altamiro Borges

Sem estardalhaço na mídia chapa-branca, o tucano Antônio Imbassahy, que ocupava o estratégico cargo de ministro da Secretaria de Governo, entregou na sexta-feira (8) a sua carta de demissão ao usurpador Michel Temer. Hostilizado pelos partidos fisiológicos do “Centrão” e isolado em sua própria legenda, ele saiu humilhado do governo e reassumirá seu mandato como deputado federal pelo PSDB da Bahia. Em seu lugar no covil golpista, a imprensa já dá como certa a posse de Carlos Marun (PMDB-MS), o jagunço do presidiário Eduardo Cunha e um dos principais líderes da tropa de choque governista na Câmara dos Deputados.

A truculência contra as universidades

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

No mesmo dia em que o novo diretor-geral da Polícia Federal jantou com um réu do mensalão tucano em uma festa, oito membros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram conduzidos coercitivamente para a delegacia. Eles são acusados de desviar recursos públicos destinados à construção do Memorial da Anistia Política do Brasil, um projeto do Ministério da Justiça e da universidade. A ação faz parte de uma devassa que a PF tem feito desde o ano passado nas universidades públicas de todo o país.

Resistência garantiu vitória na Venezuela

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Dezoito anos depois da entrada de Hugo Chávez em Miraflores, a espetacular vitória do chavismo nas eleições municipais deste domingo mostra que a Venezuela resiste e luta. “Querem nos obrigar a trair a Revolução pela fome mas não vão conseguir”, me disse, em tom de promessa solene, a servidora Esmeralda Vasquez, 61 anos, duas filhas, duas netas, moradora no Sucre, município popular de 600 moradores nos arredores de Caracas. “Amo Chávez, apoio Maduro”, diz ela, depois de contar, em tom divertido, que há retratos de Chávez em cada aposento de sua casa, inclusive no banheiro.

Coca-Cola e o rombo de R$ 7 bilhões

Por João Peres e Moriti Neto, na revista CartaCapital:

A Receita Federal e organizações da área de saúde tentam há anos desmontar um distorcido sistema de incentivos fiscais que beneficia grandes produtores de refrigerantes. Empresas instaladas na Zona Franca de Manaus cobram créditos tributários por impostos que nunca foram pagos.

Segundo cálculos conservadores, as companhias beneficiadas deixam de repassar aos cofres públicos 7 bilhões de reais por ano, o equivalente a 84 meses de manutenção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, ameaçada de fechamento, ou um terço do orçamento anual da saúde em São Paulo. O Fisco reclama da “distorção”. Não bastasse o incentivo em si, há sinais de superfaturamento nas notas fiscais emitidas pelos beneficiários.

O que Jair Bolsonaro faz na Lista de Furnas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Lista de Furnas, dinheiro de caixa 2 que abasteceu 156 campanhas em 2000, contém os notórios Aécio, Serra e Alckmin, além de Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro.

Os seguidores do JB estão ouriçados, alegando que se trata de mais uma calúnia contra o incorruptível mito. Balela.

Em 2015, Bolsonaro acusou na Câmara que “os canalhas ligados ao PT e PSOL” forjaram o documento. É a mesma argumentação de Aécio Neves, que apenas tira o PSOL.

Como a mídia cobre as truculências da PF

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Paula Cesarino Costa é uma ombudsman à altura dos melhores que a precederam, como Marcelo Beraba e Mário Magalhães.

Sua crítica de hoje ao espaço dado às operações policiais contra Universidades, permite levantar uma característica não muito nova, mas que se estratificou nos últimos anos: a incapacidade dos jornais de se renovarem. Nos programas de qualidade existe o método PDCA, ou Planejar, Fazer, Checar e Agir. Trata-se do bê-a-bá da qualidade.

Os jornais, que tratam a questões da eficiência, da qualidade como palavras mágicas, são incapazes de reavaliar procedimentos básicos. No caso, como se comportar ante uma denúncia da polícia.

A liquidação de Natal na Previdência

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Estadão diz que há 215 votos contra a reforma da Previdência – 124 deles da base governista – e dá os nomes e rostos destes votantes.

O governo, por sua vez, diz que tem 270 votos – anônimos – e que, portanto, só lhe faltam 38 para ter o número necessário à aprovação da emenda constitucional que tira direitos dos brasileiros.

Verdade, aí, só a de que o sistema representativo parlamentar é um farsa, pois não representa: não se define voto pelo partido e nem sequer pela consonância com o sentimento público.

A terceira fase do golpe de 2016

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

O processo de secundarização da política no Brasil vem ganhando contribuições adicionais e decisivas desde a implementação do golpe de Estado que permitiu ascensão do governo Temer, em 2016. Na época da escravidão, recorda-se, o Brasil encontrava-se sob o comando dos interesses da Casa Grande e tanto fazia o partido vencedor nas eleições fraudadas da fase experimental da democracia censitária, uma vez que era a economia que governava a política.

A vitória eleitoral do chavismo na Venezuela

Do site Vermelho:

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou nesta segunda-feira (11) que o "chavismo" conquistou mais de 300 das 335 cadeiras nas câmaras municipais do país, incluindo Maracaibo, Barquisimeto, Valência, Maturim, Barcelona, Puerto La Cruz e Cidade Bolívar, nas eleições deste domingo (10). Mais de nove milhões de eleitores participaram da votação, participação histórica do povo, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE)

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) ganhou 22 das 23 capitais. A projeção é que com o resultado final vença em mais de 90 por cento das prefeituras do país. Dos já contabilizados, 9.139.564 pessoas (47,32% dos eleitores) votaram nas autárquicas, afirmou a responsável do CNE, Sandra Oblitas.

Ombudsman da Folha e a central de Fake News

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Com um atraso de mais de 10 anos, a Folha publica, através de sua ombudsman, sua primeira (e tímida) denúncia contra cobertura chapa-branca e acrítica de operações espetaculosas da Polícia Federal e seus desdobramentos judiciais.

Possivelmente, a jornalista leu alguma coisa do Cafezinho e descobriu que a grande imprensa brasileira se tornou uma central de Fake News.

As mentiras da Justiça são retroalimentadas pelas mentiras da mídia, num círculo vicioso e fascista que somente a razão neoliberal (absolutista e fanática) pode explicar.

domingo, 10 de dezembro de 2017

Aécio é vaiado em “convulsão” do PSDB

Por Altamiro Borges

A jornalista Eliane Cantanhêde, que mantém relações conjugais com o PSDB, deve estar muito triste e decepcionada. Em abril de 2010, quando os tucanos aprovaram o nome do cambaleante Aécio Neves para disputar a presidência da República, ela ficou eufórica e afirmou, em vídeo inesquecível, que o encontro da sigla reunia a “massa cheirosa”. Já neste sábado (9), a convenção que escolheu o “picolé de chuchu” Geraldo Alckmin para presidir a legenda transformou-se em uma verdadeira “convulsão”. Vaias, xingamentos, cadeiras voando, pancadaria. A “massa cheirosa” virou uma “massa fétida”, o que revela o atual estágio do partido que orquestrou o golpe dos corruptos, alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer e que agora está totalmente rachado e combalido.

Demissões na Estácio e a guerra na Justiça

Por Altamiro Borges

Em editoriais raivosos, a mídia privada – nos dois sentidos da palavra – tem confessado o seu temor diante das batalhas jurídicas que eclodirão com a vigência da “deforma” trabalhista. Ela inclusive já declarou guerra aos procuradores e juízes do trabalho, em mais uma abjeta campanha de calúnias. A suspensão temporária das 1.200 demissões na instituição privada de ensino superior Estácio, determinada pela Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (7), confirma que este será um campo privilegiado de lutas no próximo período. Apostando na mobilização das bases e nos recursos jurídicos, os sindicatos poderão travar o processo de retorno à escravidão imposto pela quadrilha de Michel Temer a serviço do capital que financiou o golpe no Brasil.

Más notícias para Jair Bolsonaro

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Esta terça-feira trouxe más notícias para os batedores de panelas e marchadeiras da avenida Paulista (lembram-se deles? por onde andarão?), que em 2016 protestaram contra a corrupção dos governos petistas e atiçaram as viúvas da ditadura militar, embalando a candidatura do capitão deputado Jair Bolsonaro.

Segundo o UOL, o Ministério Público Militar (MPM) no Rio de Janeiro denunciou três coronéis do Exército, um coronel e dois majores da ativa, além de cinco civis, pelos crimes de estelionato e violação de dever funcional num esquema de fraudes e pagamentos de propina que causou um prejuízo de pelo menos R$ 150 milhões aos cofres públicos.

A esperança ainda se equilibra

Por Joan Edesson, no Blog do Renato:

Tempos duros, estes. Além do permanente e sistemático ataque aos direitos dos trabalhadores, agora a moda é o ataque ao conhecimento. Depois da arte, dos museus, a ofensiva atual é contra a universidade pública. E não é uma ofensiva qualquer. É uma ofensiva armada, com dezenas de policiais federais vestidos como se fossem à guerra, encapuzados, com armamento pesado.

E para quê tudo isso? Para levar à força, arbitrariamente, professores que não ofereciam risco a ninguém, que não se preparavam para fugir, que sequer sabiam que havia um inquérito ou qualquer procedimento judicial contra eles. Sem que fossem intimados previamente a depor, sem que houvesse a recusa de qualquer um, foram arrancados do seu trabalho e das suas casas, e conduzidos por forte aparato policial, como bandidos de alta periculosidade.

Lula alinhava programa para 2018

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O discurso de Lula aos intelectuais e produtores culturais com quem se reuniu neste sábado no Rio foi resumido pela mídia numa frase: “Moro é do mal”. Muito mais, porém, disse o ex-presidente sobre sua caminhada para voltar à presidência da República, apontando inclusive algumas linhas de seu programa de governo, que segundo ele será elaborado com a participação e colaboração de vários segmentos sociais. “Vamos falar ao coração das pessoas, vamos falar à alma das pessoas. Eu vou descobrir o ponto G da vontade dos brasileiros para consertarmos este país”. Uma das linhas de ação apontada foi o uso de uma parte das reservas cambiais brasileiras – que hoje somam US$ 370 bilhões – para que o Estado possa retomar sua capacidade de investir. Outra novidade veio na afirmação de que, além de distribuir renda, é preciso acrescentar a distribuição de riqueza.

A capivara de Meirelles, um quase banqueiro

Por Claudio Guedes, no blog Nocaute:

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda do governo Michel Temer, é engenheiro pela POLI/USP. Uma escola pública de elite da melhor universidade brasileira. Um homem preparado, capaz, fez carreira de sucesso no setor financeiro. Atingiu o ápice e se aposentou como CEO do Bank of Boston, centenária instituição dos EUA, extinta há cerca de dez anos.

As razões do sucesso de um executivo são sempre múltiplas. Ele se destacou dirigindo a filial do banco no Brasil, a partir de São Paulo, tendo como cliente a plutocracia nacional, em grande parte porque sempre foi muito mais fácil ganhar dinheiro com bancos no hemisfério sul do mundo do que lá em cima.

Tempos tenebrosos para a universidade

Por Iago Montalvão, no site da UJS:

Na história da luta do povo brasileiro, a universidade sempre fora um foco de resistência contra os ataques das elites que por tantas vezes já atacaram nossos direitos e liberdades ou tentaram vender nossos patrimônios e acabar com a soberania de nosso país. Mas a universidade tem muito mais além a oferecer, é onde se produz a pesquisa e a inovação tecnológica, elementos necessários pro progresso e desenvolvimento das forças produtivas e dos serviços no nosso país, que vão desde as técnicas pra plantio e extração de matérias primas, até a produção de materiais com valor agregado e tecnologia, até questões ligadas à saúde, meio-ambiente, formação humana, e tantos outros avanços necessários para a consolidação de um país e uma sociedade verdadeiramente desenvolvida e igualitária.

Kadafi, Palocci, Veja e o esgoto da história

Por Eugênio Aragão, no blog Viomundo:

O ex-ministro Palocci está no desespero. Não é para menos. Há mais de ano trancafiado à disposição do juiz Sérgio Moro e assistindo companheiros do cárcere serem liberados após abrirem a boca, não aguenta mais.

Enquanto o ex-ministro José Dirceu, com sua força de vontade e retidão de caráter, lhe fazia companhia sem ceder ao canto dos torturadores, Palocci se mantinha firme.

Mas, depois que passou a ficar só, desmoronou e exibiu toda sua personalidade fraca: fala qualquer coisa que lhe pedem, implorando para aceitarem sua colaboração.

A pancadaria na convenção do PSDB

Barraco tucano prevê decadência da direita

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No último sábado (9), em convenção nacional em Brasília, o PSDB indicou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como novo presidente do partido. Em discurso logo após ser eleito, o tucano partiu para o ataque contra Lula.

“Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos, ele quer voltar à cena do crime. Fiquem certos de uma coisa, nós os derrotaremos nas urnas. Lula será condenado nas urnas pela maior recessão de nossa história. As urnas os condenarão pelos milhões de empregos perdidos, pelas empresas fechadas, pelos sonhos desfeitos”, discursou o tucano.