sábado, 31 de março de 2018

Gilmar Mendes e a “bunda” da Folha

Por Altamiro Borges

O ministro Gilmar Mendes, líder da bancada tucana no Supremo Tribunal Federal (STF), foi tratado durante muitos anos como um ícone pela mídia falsamente moralista. Mesmo nos seus arroubos autoritários e nos seus sinistros negócios, ele era uma figura intocável, quase um Deus. Hoje, porém, ele já não é mais uma unanimidade. Ao defender os preceitos constitucionais, numa evidente tentativa de salvar os seus amigos, ele passou a ser alvo da imprensa que adora criminalizar a política e que é inimiga da democracia. Um atrito com a Folha golpista nesta quinta-feira (29) mostra como esta relação amigável se deteriorou:

MBL acusa Alckmin de fraude no Facebook

Publicação do MBL postada com o Voxer
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:


Em seu Facebook, Pablo Ortellado, professor da USP e gerente do Monitor do debate político no meio digital, chamou atenção para uma acusação que o MBL fez a Geraldo Alckmin:

Está todo mundo curtindo o feriado, mas o jogo está sendo jogado a todo vapor. O MBL foi acusado pelo Globo de violar as políticas do Facebook, ao utilizar um aplicativo por meio do qual fazia postagens automáticas nos perfis de usuários.

De luz para todos a luz para poucos

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

O golpe impôs uma dura pauta de retirada de direitos e dilapidação da soberania e do patrimônio nacional. O próximo ataque atende pelo nome de privatização da Eletrobras. Neste, temos pautado nosso discurso em duas frentes: a preocupação com o aumento das tarifas e com o fim do regime de cotas. A primeira de fácil diálogo com a sociedade. A segunda uma bandeira que ainda não está clara para todos.

Em setembro de 2012, a presidenta Dilma assinou uma Medida Provisória (MP 579, convertida na Lei nº 12.783/13) que alterou a forma de composição das tarifas de energia. Até então a fórmula incluía uma taxa de amortização, mesmo para as concessionárias que já haviam saudado suas dívidas e, portanto, sem saldo a amortizar. Havia também uma taxa de risco hídrico que todos os consumidores, residenciais ou industriais, pagavam como forma de compensar as concessionárias em caso de crise hídrica. A medida excluiu ambas as taxas.

Juros: o marketing e os fatos

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:

Os responsáveis pelas editorias de economia dos grandes meios de comunicação estão em posição um tanto desconfortável. Receberam como missão prioritária a garimpagem refinada por notícias “menos ruins” no front econômico. A intenção explícita é estabelecer uma estratégia de convencimento da maioria da população de que as coisas “deixaram de piorar” ao longo dos últimos meses. Com isso, tenta-se cacifar as diversas pré-candidaturas à Presidência da República de figuras que se alinharam desde o início em prol do “golpeachment” de Dilma Roussef.

A guerra comercial de Trump

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Um economista inglês chamado David Ricardo escreveu no início do século 19 sobre o comércio internacional, defendendo que os países seriam mais eficientes na produção e comércio de bens para os quais possuem vantagens comparativas. Dessa forma, mesmo que fosse capaz de produzir tecidos, um país como Portugal deveria se concentrar na produção de vinho, pois a eficácia e o ganho seriam maiores devido a algumas de suas vantagens, como capacidade tecnológica, solo, clima, entre outras. Segundo o mesmo Ricardo, a Alemanha, os Estados Unidos e outros países com grandes extensões de solo fértil deveriam se dedicar à plantação e ao comércio de trigo, já a Inglaterra com suas fábricas consolidadas teria vantagem em relação a outros na produção e comércio de bens industriais.

A Batalha de Itararé de Bolsonaro

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Não se deixe enganar pela fotografia. Ao chegar ao aeroporto de Curitiba, o deputado e presidenciável Jair Bolsonaro foi cercado pela claque habitual, os chamados “bolsominions”, e carregado pelos corredores com uma faixa presidencial no peito. O ambiente fechado amplia o efeito da aglomeração e serve apenas à propaganda ligeira. Os seguidores do parlamentar não passavam de 250 no saguão do Afonso Pena.

A escalada fascista não pode prevalecer

Editorial do site Vermelho:

A medida mais preocupante da escalada da violência reacionária de direita que o Brasil assiste nos últimos meses, acentuada pelas raivosas agressões contra a caravana de Lula, é dada pelo silêncio de segmentos conservadores, pela omissão de setores do judiciário e da polícia, e pela manifestação de políticos que chegaram a defender o uso do chicote contra os manifestantes.

A disputa pelo poder real no Brasil

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A investida policial que culminou na prisão de muitos amigos, empresários e políticos do círculo de convivência íntima do Temer foi fatal para o governo ilegítimo.

Só não foram presos ele próprio, Temer, e seus comparsas protegidos pelo foro privilegiado na esplanada dos ministérios.

É de se perguntar, a estas alturas, se a promoção do ex-subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil ao cargo de ministro de direitos humanos não foi, também, uma medida preventiva para assegurar a impunidade do afilhado do Eduardo Cunha.

O nazifascismo entre nós

Por Altair Freitas, no site da Fundação Maurício Grabois:

O fascismo não é um carimbo para ser colocado na testa de quem quer que seja mas é necessário entender suas características pois ele é atemporal, é cíclico e relacionado umbilicalmente às crises do capitalismo e ascensão das lutas populares nesses períodos de crises. Como todos sabem, o capitalismo vive uma crise prolongada, já chegando a uma década e sem soluções avançadas, progressistas, o caldo de cultura para a retomada do nazifascismo ganha muita força, especialmente na Europa. E no Brasil!

Globo ameaça suspender as eleições

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A nota de Noblat, principal colunista político do Globo, menciona um “ministro muito próximo do presidente Michel Temer”.

Quanto ao “agravamento da tensão política”, é interessante como a Globo fala do problema sem mencionar que ela mesmo é a principal incitadora da violência.

As tensões sociais aumentam porque se deu um golpe no Brasil destinado a esmagar e humilhar a população pobre e os representantes políticos nos quais essa população tem votado.

Desemprego aumenta e renda empaca

Da Rede Brasil Atual:

A taxa nacional de desemprego subiu no trimestre encerrado em fevereiro, para 12,6%, ante 12% em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. São 13,121 milhões de desempregados, 550 mil a mais em três meses. Nesse período, o mercado fechou 858 mil postos de trabalho, enquanto 307 mil pessoas deixaram de procurar uma vaga.

Na comparação com fevereiro do ano passado (13,2%), a taxa está menor e o país registra menos desempregados (426 mil), mas por causa do aumento da informalidade. Em 12 meses, o país criou 1,745 milhão de vagas, mas perdeu 611 mil empregados com carteira assinada no setor privado (-1,8%), no menor nível da série histórica, iniciada em 2012. E tem mais 511 mil trabalhadores sem carteira, além de 977 mil por conta própria.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Atentado contra Lula repercute no mundo

Por Altamiro Borges

Em sua coluna no Jornal do Brasil nesta sexta-feira (29), a destemida jornalista Hildegard Angel mostra que as hordas fascistas do Brasil não estão sendo poupadas pela mídia internacional – ao contrário da imprensa nativa, que ainda tenta acobertá-las. Segundo informa, “a repercussão do atentado sofrido por Lula, com três tiros disparados contra os ônibus de sua caravana, dá uma dimensão da importância do ex-presidente no cenário internacional e da gravidade que as nações sérias atribuem ao episódio. O fato foi notícia nos jornais franceses Le Monde (o correspondente segue a caravana), Le Figaro e Libération; no inglês The Guardian; e nos americanos New York Times e Wall Street Journal; e no site Ouest France”.

Fórmula 1 atropela a TV Globo

Por Altamiro Borges

Em matéria postada no UOL na quarta-feira (28), o colunista Ricardo Feltrin informa que “a Globo já tem um problemão para resolver este ano. Um de seus produtos mais caros e expostos, a Fórmula 1, começou mal em audiência. Pela primeira vez desde 1970 não há nenhum piloto brasileiro na pista. A primeira prova, vencida por Sebastian Vettel, registrou apenas 4,4 pontos de média na Grande São Paulo – principal mercado publicitário do país. Segundo levantamento da coluna, trata-se do menor índice de todos os tempos – desde que as corridas começaram a ser transmitidas aos domingos e medidas pelo Ibope... Para efeitos de comparação, em 2000 a primeira corrida da temporada deu 26,0 pontos à Globo”.

Demóstenes, o herói da Veja, será candidato

Por Altamiro Borges

Uma notinha na revista Época informa que “o ex-senador Demóstenes Torres disputará as eleições ao Senado por Goiás neste ano. Na terça-feira (27), o ministro do Supremo Dias Toffoli concedeu liminar garantindo a possibilidade de se candidatar. Torres teve seu mandato de senador cassado em 2012 após ser acusado de ter mentido sobre suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, então investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Monte Carlo. Ele ficaria inelegível até 2027. Torres está filiado ao PTB, cujo principal nome no estado é o deputado federal Jovair Arantes. Torres afirmou que, em função das alianças da legenda em Goiás, deverá estar no mesmo palanque do governador Marconi Perillo (PSDB), que também tentará uma vaga no Senado”.

Xadrez de Temer no xadrez

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ao deter uma das acionistas do grupo Libra, finalmente Ministério Público Federal e Polícia Federal bateram em um dos mais antigos sistemas de corrupção da República, umbilicalmente ligado a Michel Temer, Eduardo Cunha e seu grupo.

Capítulo 1 – a entrada da Libra do porto de Santos

Em 1998, o grupo Libra arrendou a área do Terminal 35 da Ponta da Praia. Apresentou uma proposta imbatível, a ponto da segunda colocada entrar na Justiça, argumentando que os valores apresentados eram inexequíveis.

Prisão dos amigos de Temer: A casa caiu

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A prisão de amigos de longa data, todos próximos e relacionados a suspeitas de corrupção na área portuária, deve liquidar com as pretensões do presidente Michel Temer de concorrer à reeleição, ou mesmo de tornar-se figura de peso na disputa. Ele volta às cordas, depois da ofensiva com a agenda de segurança. Tornou-se agora realmente provável a apresentação, pela Procuradoria Geral da República, de uma terceira denúncia contra ele, que tramitaria na Câmara em ambiente político bem diferente daquele que permitiu a rejeição de outras duas. A principal diferença tem um nome: Rodrigo Maia. Ele, que comandaria a tramitação da denúncia, e seria o sucessor legal de Temer caso fosse aprovada, agora é candidato a presidente e distanciou-se muito do governo. Ele e o DEM perderiam a chance de uma disputa presidencial no cargo? O Centrão ajudaria?

Temer encurralado: cadê os patos da Fiesp?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Com esta blitz desfechada por STF, PGR e PF, na véspera do feriadão, para prender os amigos do peito do presidente Michel Temer (os que ainda estavam soltos, claro), senti falta dos barulhentos personagens que foram às varandas e às ruas dos bairros chiques das cidades para derrubar a presidente Dilma Rousseff, em nome do “combate à corrupção”, apenas dois anos atrás.

Cadê as paneleiras que não podiam ver a cara de Dilma na TV que já entravam em transe e começavam a gritar palavrões ao lado os filhos nos idos de 2016, quando Romero Jucá já queria “estancar a sangria, com o Supremo, com tudo”, e colocar Temer em seu lugar?

O padre que é vítima do ódio no Paraná

Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:

A passagem da caravana do ex-presidente Lula por Foz do Iguaçu (PR), nesta segunda-feira (26), teve um sabor agridoce para os militantes paranaenses. Se, por um lado, o ato público foi bem-sucedido e o petista foi aclamado como pré-candidato à Presidência em 2018, também houve registros de violência e manifestações de intolerância.

Uma das vítimas mais graves foi o padre Idalino Alflen, de 64 anos, que levou uma pedrada na cabeça e foi atropelado por uma motocicleta quando chegava ao Sindicato dos Eletricitários (Sinefi), minutos antes do pronunciamento de Lula.

Temer x Barroso: o duelo continua

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A justificativa de que havia “ameaça de destruição de provas” para a prisão do ex-assessores de Temer – o advogado José Yunes e o coronel João Batista Lima – e do dono da Rodrimar, Antonio Grecco, mais de um ano depois das denúncias sobre corrupção nos negócios no Porto de Santos, é claro, não se sustenta.

É evidente que o que podia ou se desejaria ver destruído teve tempo de sobra para sê-lo e, ainda que houvesse algo, bastaria um mandado de busca e apreensão, não a prisão provisória dos supostos “malas” presidenciais.

O Supremo é um campo sangrento de batalha