quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Globo é o próximo alvo da Vaza-Jato

Arte: Gladson Targa
Por Plínio Teodoro, na revista Fórum:

O advogado carioca Eduardo Goldenberg, que vem antecipando as estratégias do site The Intercept para divulgar informações a respeito da Vaza Jato, afirmou nesta quinta-feira (29) pelo Twitter que a Rede Globo é a próxima a aparecer em relações comprometedoras com procuradores da Lava Jato.

“Hoje a #VazaJato mostra que a Operação Lava Jato não existe sem uma imprensa dócil, instrumento fundamental para seus discutíveis e condenáveis métodos. Hoje apareceu um diálogo com o @Estadao. Imaginem o que não há com a @RedeGlobo! Se eu pudesse lhes adiantar tudo que eu sei…”, escreve, em tom de suspense, o jurista.

'Caso Paraguai' segue ignorado pela mídia

Por Fernando Brito, em seu blog:

Sob quase total omissão da grande imprensa – e mesmo a nossa, dos blogs, que não temos meios para uma apuração internacional, ressalva feita ao GGN, de Luís Nassif, que tem acompanhado as notícias –, vão surgindo mais suspeitas de interferência de Jair Bolsonaro nos negócios com a energia de Itaipu que quase derrubaram o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

STF abrirá os olhos para abusos da Lava-Jato?

Da Rede Brasil Atual:

Na terça-feira (27), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou uma sentença do juiz Sergio Moro que condenava o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A defesa alegou que o ex-dirigente teve seu direito de defesa cerceado, pois deveria ter apresentado suas alegações finais depois dos outros réus que eram delatores.

Moratória na Argentina; marcha à ré no Brasil

Editorial do site Vermelho:

O pedido de moratória da Argentina ao Fundo Monetário Internacional (FMI) é a cena de um filme bem conhecido. É mais um fato que mostra o destino das economias com pés de barro. E um contraste com a posição da ex-presidenta argentina, Cristina Kirchner, na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2008, quando a crise mundial que eclodia foi o único tema. Na ocasião, os ricos apertaram os presidentes latino-americanos, exigindo que seus países pagassem a pendura de uma crise que eles criaram.

Amazônia: duas mentiras e nenhuma solução

Pátria Queimada, Brasil

Charge: Paolo Lombardi/Itália
Por Marcelo Zero

Bolsonaro tem um conceito sui generis de soberania.

Bate continência para a bandeira norte-americana, segue a Trump como um pequeno e submisso vira-lata, deseja entregar a Amazônia para a exploração de empresas mineradoras estrangeiras, vende a Petrobras e o pré-sal, aceita a venda da Embraer à Boeing, submete nossas Forças Armadas ao Comando Sul dos EUA, entrega a Base de Alcântara para os norte-americanos, mas se insurge contra as perigosas ONGs ambientalistas e os índios, que “não falam nosso idioma”.

Lei das fake news pode ser um tiro no pé?

Por Renata Mielli e Sérgio Amadeu da Silveira, na revista CartaCapital:

Agora sim, temos um mecanismo eficiente para proibir a divulgação das tais fake news: prisão. Calma, não fiquem muito animados. As penas de 2 a 8 anos de reclusão para quem divulgar mentiras vale apenas no período eleitoral e para os conteúdos contra candidatos e candidatas. Que vitória né! Mas, como dizemos na nova linguagem da internet: #SQN (só que não).

Nesta quarta-feira, 28, uma sessão do Congresso Nacional (reunião bicameral entre deputados e senadores) para apreciar os vetos que o Presidente da República impôs às leis aprovadas pelos parlamentares, restituiu o parágrafo 3º do artigo 2ª da Lei 13.834/2019, que atualiza o Código Eleitoral. Vamos explicar.

Mídia, Doria e MBL choram pela Argentina

Caricatura de Macri, por Tomás Müller
Por Altamiro Borges

Bajulado pelos abutres financeiros do mundo inteiro, o presidente-ricaço Mauricio Macri conseguiu destruir a Argentina, que virou um caos. Nesta quarta-feira (28), o governo do país vizinho decretou moratória de parte da sua dívida de curto prazo e anunciou que também renegociará os empréstimos de médio e longo prazos, inclusive a parcela de US$ 57 bilhões obtida do Fundo Monetário Internacional (FMI) em junho de 2018.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Doria sofre derrota e bagunça ninho tucano

Mídia aplaude "privataria" de Bolsonaro

As consequências econômicas da Lava-Jato

Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:

A Operação Lava Jato, sob o disfarce de combate à corrupção, moveu guerra de extermínio contra as empresas brasileiras dos setores de construção civil pesada, petróleo & gás e de construção naval, atingindo também a área metal-mecânica e de máquinas & equipamentos, além de toda a rede produtiva a montante e a jusante dessas cadeias longas.

Ao invés de punir com rigor acionistas majoritários e altos executivos, corruptos e corruptores, negociou com eles sentenças leves com preservação do grosso dos patrimônios pessoais, obteve “delações” e concentrou todo seu aparato bélico no destroçamento de companhias e empregos e na interferência no processo democrático nacional, particularmente nas eleições de 2018.

Bolsonarismo coloca fogo na Amazônia

Charge: Darcy/Cleveland, EUA
Por Tânia Maria Saraiva de Oliveira, no jornal Brasil de Fato:

Não podemos dizer que fomos tomados de surpresa. Todos sabíamos que Jair Bolsonaro (PSL), se eleito, buscaria alterações nas leis ambientais e a flexibilização do setor, facilitando os processos de licenciamentos.

A briga pela permanência do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na estrutura de um governo que desejava extingui-lo desde o primeiro momento foi concebida como parte de um pensamento ingênuo de que faria alguma diferença.

Não é a estrutura, mas a política que importa!

E a política do governo Bolsonaro é antiambiental, defensora do agronegócio predatório, de um pensamento que elimina fisicamente líderes rurais e das florestas, de Chico Mendes e Dorothy Stang a Dilma Silva.

A tensão entre Bolsonaro e Macron

Charge: Christo Komarnitski/Bulgária
Por Luana Forlini, no site da Fundação Perseu Abramo:

Nos últimos dias a tensão aumentou entre Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente francês, Emmanuel Macron. No centro das trocas de farpas entre em dois está o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia, ilustrados pela nuvem de fumaça escura que chegou ao Sudeste brasileiro e transformou dia em noite na capital paulista no dia 19 de agosto.

Petroleiros vão à Justiça contra privatização

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Em Ação Popular protocolada nesta terça-feira, 27, junto à 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, representantes das entidades sindicais dos trabalhadores da Petrobrás e da BR Distribuidora cobram a impugnação da Assembleia Geral Extraordinária do Conselho de Administração da estatal, que aprovou em abril mudanças ilegais no estatuto da companhia.

A alteração estatutária permite a venda do controle de subsidiárias apenas com a aprovação do Conselho de Administração da Petrobrás, sem passar pelos acionistas, o que contraria a Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6404/76). A medida foi tomada com intuito de facilitar os objetivos do atual presidente da empresa, Roberto Castello Branco, que já anunciou seu desejo de privatizar por completo a empresa.

Sim, nós temos muita vergonha...

Por Tereza Cruvinel

“As mulheres brasileiras sem dúvida têm um pouco de vergonha”, disse hoje o presidente francês Emmanuel Macron.

Sim, temos não um pouco, mas muita vergonha do presidente machista por sua ofensa grosseira e ultrajante à primeira dama Brigitte Macron. E não só por isso, mas por tudo que ele faz e diz, como o mundo inteiro pode ver neste episódio do incêndio amazônico incentivado por seu discurso permissivo em relação à preservação ambiental.

Quais perspectivas após o desastre de Macri?

Foto: Marcos Brindicci/Reuters
Por Claudio Katz, no site Carta Maior:

A Argentina em vertigem. A grande vitória contra Macri foi sucedida por outra desvalorização monetária e uma nova erosão da renda da cidadania. O governo zumbi já perdeu as rédeas da economia e enfrenta uma duvidosa subsistência até o fim do ano.

O macrismo está demolido diante de uma assustadora diferença de votos. Esperava uma distância de 3 ou 4 pontos percentuais nas eleições primárias, mas elas terminaram superando os 15 pontos. Esse veredito confirmou a total insatisfação da população com o ajuste econômico. Ratificou o castigo eleitoral que levou à antecipação das eleições provinciais – para que muitos governadores governistas pudessem evitar ter que carregar a imagem de Macri – e corroborou a inconsistência de um espaço de centro que possa canalizar essa indignação generalizada. Macri naufragou entre gritos e improvisações, apostando em um ajuste ainda maior e paliativos ineficazes. A cooptação do senador Miguel Ángel Pichetto, peronista de centro-direita que escolheu como vice, somente reforçou seu desastre.

Mídia mundial destaca queimadas na Amazônia

Árvore da vida/Marco De Angelis, Itália
Por Olímpio Cruz Neto

A crise na Amazônia continua a ter grande repercussão na imprensa estrangeira. As queimadas nas florestas brasileiras ainda são o principal assunto sobre o Brasil na mídia internacional e nos jornais mais influentes do planeta. A percepção da imagem do Brasil e do presidente Jair Bolsonaro é negativa, com prejuízos para as relações do país com parceiros comerciais e diplomáticos. Reuters informa que Bolsonaro, disse nesta quarta-feira que os países da América do Sul se reunirão para determinar uma política comum em defesa da floresta amazônica.

Merval é vítima do monstro que ajudou a criar

terça-feira, 27 de agosto de 2019

A escória da Lava-Jato

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

As revelações trazidas à tona pelo portal UOL, em parceria com o site Intercept Brasil, sobre as ironias de procuradores federais diante das mortes da esposa, do neto e do irmão do ex-presidente Lula escancaram muito mais que o ódio por trás da perseguição à liderança petista.

A força-tarefa da Lava Jato, incluindo os juízes federais de Curitiba - Sérgio Moro e Carolina Lebbos - romperam os limites que separam a humanidade da barbárie.

Não foi à toa, e agora faz ainda mais sentido, que o ex-procurador Fernando Lima dos Santos tenha confessado esta semana que o candidato à presidência da República da força-tarefa era quem hoje humilha mulheres, jornalistas, indígenas e lideranças de outras nações num baixo nível tão profundo quanto a mediocridade de um governo que em oito meses conseguiu destruir a imagem internacional do Brasil.

Carta pública aos ex-colegas da Lava-Jato

Por Eugênio Aragão

Sim. Ex-colegas, porque, a despeito de a Constituição me conferir a vitaliciedade no cargo de membro do Ministério Público Federal, nada há, hoje, que me identifique com vocês, a não ser uma ilusão passada de que a instituição a que pertenci podia fazer uma diferença transformadora na precária democracia brasileira. Superada a ilusão diante das péssimas práticas de seus membros, nego-os como colegas.