quarta-feira, 4 de março de 2020
Guedes confirma que tem ‘prazo de validade’
Por Fernando Brito, em seu blog:
Vai mal a coisa na área de economia, não só nos indicadores numéricos, mas nas indicações que vai dando o chefe da não-política econômica de Paulo Guedes.
Hoje, relata o Estadão, ele fez uma reunião com os grupos direitistas de agitação e, num almoço cheio de apelos dramáticos e lágrimas, apresentou um “calendário” de ações de 15 semanas, prazo que coincide com a “meta” que lhe teria dado Jair Bolsonaro para cumprir até o meio do ano.
A contar da semana que vem, coincide com o final de junho.
Vai mal a coisa na área de economia, não só nos indicadores numéricos, mas nas indicações que vai dando o chefe da não-política econômica de Paulo Guedes.
Hoje, relata o Estadão, ele fez uma reunião com os grupos direitistas de agitação e, num almoço cheio de apelos dramáticos e lágrimas, apresentou um “calendário” de ações de 15 semanas, prazo que coincide com a “meta” que lhe teria dado Jair Bolsonaro para cumprir até o meio do ano.
A contar da semana que vem, coincide com o final de junho.
Autoritarismo e casuísmo do ministro Moro
Editorial do site Vermelho:
A postura do ministro da Justiça, Sergio Moro, a respeito do motim de policiais militares do estado do Ceará tem enorme gravidade. Para ele, “prevaleceu o bom senso”, e não houve radicalismos. Ao mesmo tempo, provocou o que chamou de os “Gomes”, uma referência aos irmãos Cid Gomes, Ciro Gomes e Ivo Gomes (este, prefeito da cidade de Sobral).
Segundo Moro, “apesar dos Gomes” a crise “só foi resolvida pela ação do governo federal”. O ministro também distribuiu elogios aos policiais amotinados e não fez uma condenação explícita às ilegalidades cometidas. Para ele, com seus reiterados atos de afronta ao Estado Democrático de Direitos, o motim foi uma paralisação ilegal de “profissionais dedicados” que “não deveria ser feita”.
A postura do ministro da Justiça, Sergio Moro, a respeito do motim de policiais militares do estado do Ceará tem enorme gravidade. Para ele, “prevaleceu o bom senso”, e não houve radicalismos. Ao mesmo tempo, provocou o que chamou de os “Gomes”, uma referência aos irmãos Cid Gomes, Ciro Gomes e Ivo Gomes (este, prefeito da cidade de Sobral).
Segundo Moro, “apesar dos Gomes” a crise “só foi resolvida pela ação do governo federal”. O ministro também distribuiu elogios aos policiais amotinados e não fez uma condenação explícita às ilegalidades cometidas. Para ele, com seus reiterados atos de afronta ao Estado Democrático de Direitos, o motim foi uma paralisação ilegal de “profissionais dedicados” que “não deveria ser feita”.
Bolsonaro, o maior inimigo da imprensa
Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Nesta sexta-feira, 6 de março, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) e seu governo serão denunciados na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) por violar sistematicamente a liberdade de expressão e atacar jornalistas.
Curiosamente, três dias antes, publica cartilha sobre direitos humanos de jornalistas e comunicadores.
Coincidência?!
Claro que não. O governo Bolsonaro tenta limpar sua barra. Mas não vai colar. A prática é o critério da verdade.
Nesta sexta-feira, 6 de março, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) e seu governo serão denunciados na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA) por violar sistematicamente a liberdade de expressão e atacar jornalistas.
Curiosamente, três dias antes, publica cartilha sobre direitos humanos de jornalistas e comunicadores.
Coincidência?!
Claro que não. O governo Bolsonaro tenta limpar sua barra. Mas não vai colar. A prática é o critério da verdade.
terça-feira, 3 de março de 2020
Petardo: A regressão nos direitos humanos
Por Altamiro Borges
A chilena Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para Direitos Humanos, listou o Brasil entre os quase 30 países em que a situação dos direitos humanos levanta temores urgentes. Ela falou em “retrocessos significativos” no país governado pelo fascista Bolsonaro, adorador das torturas e dos ditadores.
***
"No Brasil, ataques contra defensores dos direitos humanos, incluindo assassinatos, muitos dos quais de líderes indígenas, ocorrem em um contexto de retrocessos significativos em políticas de proteção do meio ambiente e dos direitos de pessoas indígenas", afirmou Michele Bachelet.
***
Em setembro passado, a comissária da ONU já tinha criticado a situação dos direitos humanos no Brasil. Na ocasião, ela disse que havia “encolhimento do espaço democrático”. Em resposta, Bolsonaro insultou seu pai, general de brigada Alberto Bachelet, torturado e morto pela ditadura militar chilena.
A chilena Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para Direitos Humanos, listou o Brasil entre os quase 30 países em que a situação dos direitos humanos levanta temores urgentes. Ela falou em “retrocessos significativos” no país governado pelo fascista Bolsonaro, adorador das torturas e dos ditadores.
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"No Brasil, ataques contra defensores dos direitos humanos, incluindo assassinatos, muitos dos quais de líderes indígenas, ocorrem em um contexto de retrocessos significativos em políticas de proteção do meio ambiente e dos direitos de pessoas indígenas", afirmou Michele Bachelet.
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Em setembro passado, a comissária da ONU já tinha criticado a situação dos direitos humanos no Brasil. Na ocasião, ela disse que havia “encolhimento do espaço democrático”. Em resposta, Bolsonaro insultou seu pai, general de brigada Alberto Bachelet, torturado e morto pela ditadura militar chilena.
Coronavírus e a insensatez de Guedes
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
Os grandes meios de comunicação praticamente não falam de outra coisa. Afinal, o quadro de risco grave na saúde pública mundial não pode ser desprezado de modo algum. Depois de o fenômeno do coronavírus ter ultrapassado os limites da cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei, o surgimento de novos casos se dá em ritmo geométrico e alcança praticamente todos os cantos do planeta.
Em nossas terras, a identificação de novos casos suspeitos também cresce em escala assustadora, mas boa parte deles ainda estão sendo descartados logo após a realização dos primeiros exames de laboratório. O fato concreto, porém, é que o surgimento dessa nova epidemia recoloca no centro do debate alguns dos elementos essenciais da política levada a cabo pelo governo Bolsonaro.
Os grandes meios de comunicação praticamente não falam de outra coisa. Afinal, o quadro de risco grave na saúde pública mundial não pode ser desprezado de modo algum. Depois de o fenômeno do coronavírus ter ultrapassado os limites da cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei, o surgimento de novos casos se dá em ritmo geométrico e alcança praticamente todos os cantos do planeta.
Em nossas terras, a identificação de novos casos suspeitos também cresce em escala assustadora, mas boa parte deles ainda estão sendo descartados logo após a realização dos primeiros exames de laboratório. O fato concreto, porém, é que o surgimento dessa nova epidemia recoloca no centro do debate alguns dos elementos essenciais da política levada a cabo pelo governo Bolsonaro.
Bernie Sanders e a salvação do capitalismo
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Penso que estão equivocados os que de boa fé combatem Bernie Sanders como perigoso inimigo do sistema capitalista. Pode-se dizer que ele é, na verdade, inimigo do sistema do capital -tal qual ele está constituído na época da sua financeirização absoluta - quando o controle dos seus fluxos globais e a distribuição dos seus recursos para financiar guerras de conquista, empoderamento sobre fontes de energia e controle político de territórios, estão sob a tutela das redes financeiras de especulação sem produção e sem trabalho vivo. Bernie quer é a salvação do capitalismo com democracia política e menos desigualdade e os seus críticos, em geral, defendem o ressecamento do regime liberal-democrático, mesmo que ele se encaminhe para o fascismo, com todas as mazelas, violências e hierarquias sociais que ele representa. O enigma Bernie simboliza, na política americana, a dúvida recorrente da política moderna -na sua maturidade ou decadência- sobre se a democracia liberal ainda é compatível com o sistema do capital, ou não. Quero que seja, mas acho que não é.
Penso que estão equivocados os que de boa fé combatem Bernie Sanders como perigoso inimigo do sistema capitalista. Pode-se dizer que ele é, na verdade, inimigo do sistema do capital -tal qual ele está constituído na época da sua financeirização absoluta - quando o controle dos seus fluxos globais e a distribuição dos seus recursos para financiar guerras de conquista, empoderamento sobre fontes de energia e controle político de territórios, estão sob a tutela das redes financeiras de especulação sem produção e sem trabalho vivo. Bernie quer é a salvação do capitalismo com democracia política e menos desigualdade e os seus críticos, em geral, defendem o ressecamento do regime liberal-democrático, mesmo que ele se encaminhe para o fascismo, com todas as mazelas, violências e hierarquias sociais que ele representa. O enigma Bernie simboliza, na política americana, a dúvida recorrente da política moderna -na sua maturidade ou decadência- sobre se a democracia liberal ainda é compatível com o sistema do capital, ou não. Quero que seja, mas acho que não é.
O imperialismo e a dependência
Por Armando Boito, no site A terra é redonda:
A política econômica do Governo Bolsonaro sugere que devem ser revistas algumas teses consagradas sobre o capitalismo e o Estado brasileiro no período recente. Talvez, seria melhor dizer, devem ser retificadas. Escrevo este texto com a intenção de iniciar um debate sobre essa retificação.
Dois fatos ocorridos no início do mês de fevereiro servem como ponto de partida para a reflexão. O Banco Central voltou a reduzir a taxa Selic e o Ministério da Fazenda suspendeu alguns obstáculos legais que dificultavam a participação das construtoras estrangeiras em obras de infraestrutura no Brasil. Não são fatos isolados. Quem acompanha o noticiário sabe que o Governo Bolsonaro tem tomado várias medidas que não são propriamente do agrado de segmentos importantes do capital financeiro e outras tantas que atendem amplamente os interesses do capital internacional.
A política econômica do Governo Bolsonaro sugere que devem ser revistas algumas teses consagradas sobre o capitalismo e o Estado brasileiro no período recente. Talvez, seria melhor dizer, devem ser retificadas. Escrevo este texto com a intenção de iniciar um debate sobre essa retificação.
Dois fatos ocorridos no início do mês de fevereiro servem como ponto de partida para a reflexão. O Banco Central voltou a reduzir a taxa Selic e o Ministério da Fazenda suspendeu alguns obstáculos legais que dificultavam a participação das construtoras estrangeiras em obras de infraestrutura no Brasil. Não são fatos isolados. Quem acompanha o noticiário sabe que o Governo Bolsonaro tem tomado várias medidas que não são propriamente do agrado de segmentos importantes do capital financeiro e outras tantas que atendem amplamente os interesses do capital internacional.
As esquerdas precisam se entender
Por José Dirceu, no site Metrópoles:
Está na boca do povo, nos jornalões, nas redes, o debate sobre frentes, seja Democrática, Ampla ou de Esquerda.
Parte-se do pressuposto de que a Frente, qual seja ela, é imprescindível diante da ameaça real de autoritarismo e obscurantismo, de retrocesso nas liberdades democráticas conquistadas na luta contra a ditadura militar e consagradas na Constituição de 1988. As diferentes forças políticas e sociais devem se unir para impedir o avanço do autoritarismo do governo Bolsonaro.
Frente de Esquerda, na prática mais simples, torna-se mais difícil hoje. Estamos falando de aliança entre PT, PDT, PSB, PSol e PC do B. Tudo indica que não há acordo entre esses partidos sobre 2022, embora estejam do mesmo lado na oposição a Bolsonaro e concordem com os riscos que ele representa.
Está na boca do povo, nos jornalões, nas redes, o debate sobre frentes, seja Democrática, Ampla ou de Esquerda.
Parte-se do pressuposto de que a Frente, qual seja ela, é imprescindível diante da ameaça real de autoritarismo e obscurantismo, de retrocesso nas liberdades democráticas conquistadas na luta contra a ditadura militar e consagradas na Constituição de 1988. As diferentes forças políticas e sociais devem se unir para impedir o avanço do autoritarismo do governo Bolsonaro.
Frente de Esquerda, na prática mais simples, torna-se mais difícil hoje. Estamos falando de aliança entre PT, PDT, PSB, PSol e PC do B. Tudo indica que não há acordo entre esses partidos sobre 2022, embora estejam do mesmo lado na oposição a Bolsonaro e concordem com os riscos que ele representa.
Bolsonaro e um novo "punho de ferro"
Por Fernando Rosa, no blog Senhor X:
O presidente da República está convocando em suas redes sociais uma mobilização contra o Congresso Nacional, segundo informaram os jornais nesta terça-feira, 26. A manifestação prevista para o dia 15 de março foi deflagrada na semana passada por grupos de ultra-direita, com apoio público do general Heleno. Ou seja, o capitão Bolsonaro e o general Heleno parecem sonhar com os “gloriosos” e efervescentes dias pré-golpe de 31 de março de 1964.
segunda-feira, 2 de março de 2020
Petardo: Bolsonaro envenena os brasileiros
Por Altamiro Borges
O "capetão" vai envenenar o povo brasileiro. A Folha informa que "o Brasil nunca importou tantos agrotóxicos como em 2019. Quase 335 mil toneladas de inseticidas, herbicidas e fungicidas desembarcaram no país de janeiro a dezembro". Volume é recorde histórico, 16% maior do que em 2018.
***
Ainda segundo a Folha, o laranjal de Bolsonaro libera de forma acelerada o uso de agrotóxicos. No ano passado, foram registrados 474 novos pesticidas, a maior quantidade dos últimos 14 anos. Hoje, o Brasil tem 2.247 agrotóxicos registrados. Um crime para as gerações futuras.
***
A expansão sem controle dos agrotóxicos sacia o apetite dos ruralistas e das multinacionais. Empresas como a suíça Syngenta e as alemãs Bayer e Basf obtêm seus maiores lucros no Brasil. "A Syngenta menciona o país como destaque nas vendas de agrotóxicos em 2019", relata a Folha.
O "capetão" vai envenenar o povo brasileiro. A Folha informa que "o Brasil nunca importou tantos agrotóxicos como em 2019. Quase 335 mil toneladas de inseticidas, herbicidas e fungicidas desembarcaram no país de janeiro a dezembro". Volume é recorde histórico, 16% maior do que em 2018.
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Ainda segundo a Folha, o laranjal de Bolsonaro libera de forma acelerada o uso de agrotóxicos. No ano passado, foram registrados 474 novos pesticidas, a maior quantidade dos últimos 14 anos. Hoje, o Brasil tem 2.247 agrotóxicos registrados. Um crime para as gerações futuras.
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A expansão sem controle dos agrotóxicos sacia o apetite dos ruralistas e das multinacionais. Empresas como a suíça Syngenta e as alemãs Bayer e Basf obtêm seus maiores lucros no Brasil. "A Syngenta menciona o país como destaque nas vendas de agrotóxicos em 2019", relata a Folha.
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