terça-feira, 21 de abril de 2020
segunda-feira, 20 de abril de 2020
O “QG” da subversão bolsonarista
Por Fernando Brito, em seu blog:
Magras e ralas, as milícias bolsonaristas que urram nas ruas pelo “abre tudo” que manda as pessoas à morte não teria muita importância se isso não correspondesse à vontade presidencial de provocar entre nós uma tragédia humanitária de grandes proporções.
Faz parte do seu projeto de destruição do que resta de institucionalidade no Brasil e do desaparecimento de qualquer autoridade que não seja a dele e a de seu doentio clã.
O “QG”, como o chamam, tem uma metralhadora na parede e um “1776” que não se refere à independência do Brasil, mas à do país ao qual, mentalmente pertencem, como quinta-colunas que são: os Estados Unidos.
Magras e ralas, as milícias bolsonaristas que urram nas ruas pelo “abre tudo” que manda as pessoas à morte não teria muita importância se isso não correspondesse à vontade presidencial de provocar entre nós uma tragédia humanitária de grandes proporções.
Faz parte do seu projeto de destruição do que resta de institucionalidade no Brasil e do desaparecimento de qualquer autoridade que não seja a dele e a de seu doentio clã.
O “QG”, como o chamam, tem uma metralhadora na parede e um “1776” que não se refere à independência do Brasil, mas à do país ao qual, mentalmente pertencem, como quinta-colunas que são: os Estados Unidos.
Rumo ao regime dos quartéis
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Está fora de dúvida que a participação do Bolsonaro em atividades conspirativas feitas às claras e transmitidas em tempo real pelas mídias oficiais do governo seria mais uma causa suficiente para seu afastamento imediato da Presidência da República.
Mas isso, entretanto, não deverá acontecer. Em primeiro lugar, porque o Congresso e o STF, mesmo se provocados a agir, provavelmente não farão mais que discursos grandiloquentes, laudatórios e estéreis em defesa da democracia, da harmonia entre os poderes e blá, blá, blá.
E, mesmo se congressistas e ministros da Suprema Corte decidissem agir, a estas alturas seriam amedrontados e veriam suas capacidades de decisões restringidas pela tutela dos militares.
Está fora de dúvida que a participação do Bolsonaro em atividades conspirativas feitas às claras e transmitidas em tempo real pelas mídias oficiais do governo seria mais uma causa suficiente para seu afastamento imediato da Presidência da República.
Mas isso, entretanto, não deverá acontecer. Em primeiro lugar, porque o Congresso e o STF, mesmo se provocados a agir, provavelmente não farão mais que discursos grandiloquentes, laudatórios e estéreis em defesa da democracia, da harmonia entre os poderes e blá, blá, blá.
E, mesmo se congressistas e ministros da Suprema Corte decidissem agir, a estas alturas seriam amedrontados e veriam suas capacidades de decisões restringidas pela tutela dos militares.
Medidas para evitar pilhas de cadáveres
Abrigo provisório para pessoas em situação de rua em Manaus Foto: Marcio James/Semcom/Fotos Públicas |
Muita gente parece que ainda não se deu conta do morticínio que será provocado pelo colapso dos sistemas público e privado de saúde, o que está por um triz de ocorrer. A tragédia de Manaus, com gente morrendo na maca antes do atendimento, é só a ponta do iceberg.
Não me refiro, por óbvio, aos descerebrados e psicopatas que fazem carreatas mórbidas em apoio ao genocida que ocupa a cadeira presidencial. O alerta é para a banda majoritária da sociedade que tem apreço pela vida e que respeita a medicina e a ciência. Mesmo nesta grande parcela da população ainda não caiu a ficha sobre o que está prestes a acontecer.
Bolsonaro tenta impor escalada autoritária
Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:
A pandemia do coronavírus já é um marco irreversível da nossa história e o mundo, mesmo após seu controle sanitário, seguramente não será igual.
O desfecho de uma crise dessas proporções é sempre imprevisível.
Como bem apontou a pensadora norte-americana Naomi Klein, choques como o que vivemos hoje fazem com que ideias antes tidas como impossíveis repentinamente tornem-se possíveis.
Para o bem ou para o mal.
As saídas podem caminhar para a construção de um modelo mais solidário ou para o aprofundamento da desigualdade e do autoritarismo no mundo. A sorte está lançada…
Os surtos de febre amarela e outras doenças infectocontagiosas no século 19 e início do 20 mostram a vocação histórica que nosso país infelizmente apresenta em momentos de tragédia.
O desfecho de uma crise dessas proporções é sempre imprevisível.
Como bem apontou a pensadora norte-americana Naomi Klein, choques como o que vivemos hoje fazem com que ideias antes tidas como impossíveis repentinamente tornem-se possíveis.
Para o bem ou para o mal.
As saídas podem caminhar para a construção de um modelo mais solidário ou para o aprofundamento da desigualdade e do autoritarismo no mundo. A sorte está lançada…
Os surtos de febre amarela e outras doenças infectocontagiosas no século 19 e início do 20 mostram a vocação histórica que nosso país infelizmente apresenta em momentos de tragédia.
Impeachment ou golpe!
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
As peças do impasse político começaram a se movimentar neste domingo, dia do Exército.
Ou o Brasil reage e enfrenta o impeachment de Bolsonaro, ou sofrerá o plano golpista que ele escancarou ontem.
Depois de participar de manifestação em frente ao QG, pedindo golpe militar, fechamento do STF e do Congresso, Bolsonaro teria se reunido com seus ministros militares, enquanto o STF recebia um mandado de segurança pedindo a imediata suspensão de parte de seus poderes para evitar que ele continue cometendo crimes de responsabilidade e atentando contra a democracia, face à comissão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em autorizar a abertura de seu processo de impeachment.
As peças do impasse político começaram a se movimentar neste domingo, dia do Exército.
Ou o Brasil reage e enfrenta o impeachment de Bolsonaro, ou sofrerá o plano golpista que ele escancarou ontem.
Depois de participar de manifestação em frente ao QG, pedindo golpe militar, fechamento do STF e do Congresso, Bolsonaro teria se reunido com seus ministros militares, enquanto o STF recebia um mandado de segurança pedindo a imediata suspensão de parte de seus poderes para evitar que ele continue cometendo crimes de responsabilidade e atentando contra a democracia, face à comissão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em autorizar a abertura de seu processo de impeachment.
Solidariedade ao jornalista Rodrigo Vianna
Do Centro de Estudos Barão de Itararé:
A TV Record, emissora de televisão que tem se posicionado no cenário midiático como porta voz da extrema-direita (que ocupa hoje o Planalto) e chancelado as práticas presidenciais criminosas que atentam contra a democracia, a saúde pública e a vida dos brasileiros, demitiu, na última sexta-feira (17), o jornalista Rodrigo Vianna.
Repórter premiado, com passagem por alguns dos veículos de comunicação mais renomados do país, Vianna trabalhava na TV Record há 13 anos. A alegação da emissora de Edir Macedo foi de que a empresa passa por uma “reestruturação”, por razões financeiras. No entanto, a suposta reestruturação não atingiu outros profissionais, apenas Rodrigo Vianna, jornalista que, coincidentemente, é bastante crítico ao governo de Jair Bolsonaro.
A TV Record, emissora de televisão que tem se posicionado no cenário midiático como porta voz da extrema-direita (que ocupa hoje o Planalto) e chancelado as práticas presidenciais criminosas que atentam contra a democracia, a saúde pública e a vida dos brasileiros, demitiu, na última sexta-feira (17), o jornalista Rodrigo Vianna.
Repórter premiado, com passagem por alguns dos veículos de comunicação mais renomados do país, Vianna trabalhava na TV Record há 13 anos. A alegação da emissora de Edir Macedo foi de que a empresa passa por uma “reestruturação”, por razões financeiras. No entanto, a suposta reestruturação não atingiu outros profissionais, apenas Rodrigo Vianna, jornalista que, coincidentemente, é bastante crítico ao governo de Jair Bolsonaro.
Presteza, correção e coletividade
Por João Guilherme Vargas Netto
Um grande dirigente revolucionário já disse que há dias que valem semanas e tomadas de posição que orientam toda uma conjuntura.
A nota coletiva das centrais sindicais contra a tentativa de golpe bolsonarista e a ameaça de ditadura e em defesa da democracia e da mais ampla frente de resistência marcou a jornada e orientou o campo sindical.
Ela é forte, em seus três aspectos positivos.
Em primeiro lugar pela presteza, a reação imediata a um perigo imediato. Mesmo em período de isolamento social, aproveitando-se do suporte tecnológico à disposição, os dirigentes sindicais reagiram prontamente a uma agressão desvairada do presidente da República à democracia, às instituições, ao Exército e à vida dos brasileiros.
Um grande dirigente revolucionário já disse que há dias que valem semanas e tomadas de posição que orientam toda uma conjuntura.
A nota coletiva das centrais sindicais contra a tentativa de golpe bolsonarista e a ameaça de ditadura e em defesa da democracia e da mais ampla frente de resistência marcou a jornada e orientou o campo sindical.
Ela é forte, em seus três aspectos positivos.
Em primeiro lugar pela presteza, a reação imediata a um perigo imediato. Mesmo em período de isolamento social, aproveitando-se do suporte tecnológico à disposição, os dirigentes sindicais reagiram prontamente a uma agressão desvairada do presidente da República à democracia, às instituições, ao Exército e à vida dos brasileiros.
O jogo de Bolsonaro é transparente
Por Luis Felipe Miguel
O jogo de Bolsonaro é transparente:
(1) continuar tumultuando as medidas de combate à pandemia;
(2) eximir-se de qualquer responsabilidade pelas dezenas ou centenas de milhares de mortes, porque, afinal, não baixou o tal decreto de liberação do comércio;
(3) dizer que os governadores e prefeitos são os culpados pelo desemprego e quebradeira de empresas. Daí, em 2022, ele será candidato à reeleição com discurso de oposição.
Trata-se de um caminho em que não importam vidas, não importa o país, não importa nada que não seja seu ganho político imediato.
O jogo de Bolsonaro é transparente:
(1) continuar tumultuando as medidas de combate à pandemia;
(2) eximir-se de qualquer responsabilidade pelas dezenas ou centenas de milhares de mortes, porque, afinal, não baixou o tal decreto de liberação do comércio;
(3) dizer que os governadores e prefeitos são os culpados pelo desemprego e quebradeira de empresas. Daí, em 2022, ele será candidato à reeleição com discurso de oposição.
Trata-se de um caminho em que não importam vidas, não importa o país, não importa nada que não seja seu ganho político imediato.
O cavalo arreado está passando...
Por Antonio Barbosa Filho
"O cavalo passa arreado uma vez na vida', diz o ditado popular. É falso: o cavalo arreado, significando a oportunidade de ouro, passa várias vezes à nossa frente. Os mais alertas, saltam sobre a cela e dominam a besta, conduzindo-a. Quem hesita, vê o cavalo passar e afastar-se. Lá na frente, alguém mais esperto saberá montá-lo.
"O cavalo passa arreado uma vez na vida', diz o ditado popular. É falso: o cavalo arreado, significando a oportunidade de ouro, passa várias vezes à nossa frente. Os mais alertas, saltam sobre a cela e dominam a besta, conduzindo-a. Quem hesita, vê o cavalo passar e afastar-se. Lá na frente, alguém mais esperto saberá montá-lo.
Nossas esquerdas vacilam desde antes do golpe de 2016, da farsa eleitoral de 2018, e hoje, quando a população aguarda um cavaleiro ágil que assuma as rédeas e nos conduza a um bom pasto. Mais republicana do que a Constituição e do que Maquiavel (nem falo em Lênin, que ninguém leu (ou todos se esqueceram), nossa esquerda faz cara de paisagem pela qual o cavalo arreado desfila, em lento trote, sabendo que não carregará peso algum. Talvez em ano de eleições (2020, 2022, 2050?) a esquerda anime-se a buscar um papel ativo e não pusilânime como até hoje.
domingo, 19 de abril de 2020
Redes sociais ainda sustentam Bolsonaro
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
O isolamento do presidente Jair Bolsonaro, no contexto de crescimento da pandemia de coronavírus, é claro. Mesmo assim, ele continua a desafiar atores políticos de peso e as orientações científicas e médicas mundiais para combatê-la.
Nesta sexta-feira (17), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tirou da pauta a Medida Provisória (MP) 905, sobre contrato de trabalho “verde e amarelo”, que perderá a validade se não for votada até a próxima segunda-feira (20). Pela manhã, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, presente na cerimônia de posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, declarou a jornalistas: “Está tudo sob controle, não sabemos de quem”.
O isolamento do presidente Jair Bolsonaro, no contexto de crescimento da pandemia de coronavírus, é claro. Mesmo assim, ele continua a desafiar atores políticos de peso e as orientações científicas e médicas mundiais para combatê-la.
A força do Estado em tempos de crise
Por Pedro Henrique Evangelista Duarte, no site Brasil Debate:
O momento de crise chama mais uma vez a atenção para um debate que, vez por outra, ganha destaque entre os economistas: o papel do Estado na sociedade e na economia. Mais uma vez, a situação de caos promove a rara união entre as mais diferentes escolas do pensamento econômico, todas elas certas de que neste momento cabe ao Estado a solução, ou a mitigação, dos efeitos danosos de uma crise sanitária que tem tido reflexos proeminentes sobre a atividade econômica, a ponto de considerarem que essa crise terá proporções mais amplas que a grande crise capitalista de 1929. Mas qual é a função do Estado em meio à crise?
O momento de crise chama mais uma vez a atenção para um debate que, vez por outra, ganha destaque entre os economistas: o papel do Estado na sociedade e na economia. Mais uma vez, a situação de caos promove a rara união entre as mais diferentes escolas do pensamento econômico, todas elas certas de que neste momento cabe ao Estado a solução, ou a mitigação, dos efeitos danosos de uma crise sanitária que tem tido reflexos proeminentes sobre a atividade econômica, a ponto de considerarem que essa crise terá proporções mais amplas que a grande crise capitalista de 1929. Mas qual é a função do Estado em meio à crise?
Assinar:
Postagens (Atom)