quarta-feira, 15 de julho de 2020

Efeitos da pandemia no mercado de trabalho

Charge: John Holder
Por Fausto Augusto Junior, na revista Teoria e Debate:

Tudo indica que os impactos da pandemia do coronavírus sobre o mercado de trabalho brasileiro serão devastadores. O isolamento social, como medida de combate à Covid-19, foi decretado quando o país já estava com a economia fragilizada e o mercado de trabalho apresentava resultados pífios, com altos níveis de precarização e informalidade.

Nos últimos anos, a economia do país sofreu com uma dinâmica de baixo crescimento. Em 2017 e 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3%. Em 2019, o desempenho foi mais fraco, 1,1%. Ainda que positivos, os resultados não conseguiram anular as retrações de -3,5% e -3,3%, de 2015 e 2016, respectivamente. O PIB do primeiro trimestre de 2020, divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou que, entre janeiro e março de 2020, a economia caiu 1,5% em relação ao 4º trimestre de 2019, descontados os efeitos sazonais. Já na comparação com o 1º trimestre de 2019, a queda foi de 0,3%.

Covid: mortes de gestantes ou no pós-parto

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Nas 24 horas entre os dias 13 e 14 deste mês de julho, o Brasil voltou a registrar um número assustador de mortes e de casos pela Covid-19. Neste período foram 1.341 mortes, totalizando 74.262 óbitos no Brasil, que é o segundo país do mundo em número de casos e de mortes.

Mas neste período um outro fato chegou ao nosso conhecimento e, certamente, abalaram pessoas no mundo inteiro por sua extrema gravidade.

Pesquisadores da área da saúde, envolvendo quatro universidades brasileiras, fizeram um estudo em relação às mortes de mulheres gestantes e puérperas (mulheres no período do pós-parto) - durante a pandemia, desde o seu início até o dia 18 de junho.

Duas bombas no bolso do consumidor

Do Coletivo Nacional dos Eletricitários, no site Brasil Debate:

Neste momento singular da história, à exceção do Brasil, nenhum outro país popôs o aumento de preços e tarifas no setor elétrico, o que dirá apostou na privatização para estimular os investimentos. Numa crise econômica que se anuncia como a mais severa desde a 2ª Guerra Mundial, as medidas mais comuns têm sido reestatizações e concessões de subsídios, por vezes acompanhados de congelamento de preços e tarifas. Na contramão disso e do bom senso, o governo, sob a liderança de Paulo Guedes, põe em marcha duas medidas que irão provocar aumento nas contas de energia elétrica: a privatização da Eletrobras e a Conta Covid, um socorro às distribuidoras via Decreto 10.350.

Wassef é uma sombra sobre o clã Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Mais encrenca para Frederick Wassef, hoje, em O Globo, com a revelação de que Fabrício Queiroz esteve num apartamento em São Paulo pertencente à ex-mulher do advogado que acoitou o homem que é a caixa preta da rachadinha de Flávio Bolsonaro, o filho presidencial “01”.

A longa nota com que ele reage à notícia – que diz ser falsa – é mais um sinal de que ele continua a agir como um falastrão arrogante, que vai construindo contradições sucessivas para chamar a atenção e, possivelmente, sinalizar à família presidencial de que estaria disposto a sustentar versões suicidas se receber a solidariedade devida a “um amigo de Bolsonaro”.

No clube dos 0,0001%

Por Ricardo Musse, no site A terra é redonda:

Há um debate público intenso no âmbito da centro-esquerda e até mesmo da direita tradicional – vocalizado no que restou da opinião pública brasileira – acerca do que fazer com Jair M. Bolsonaro. Nele, quase não se ouve a palavra do setor mais poderoso da sociedade, a classe capitalista. As entidades representativas do capital agrário, industrial e financeiro (CNA, CNI, Fiesp, Fierj, Febraban etc.) mantêm um silêncio ensurdecedor, em meio aos rapapés com o ministro Paulo Guedes. Torna-se assim muito atual um ditado popular na época da ditadura militar, “quem cala, consente”.

As nossas grandes esperanças

Ilustração: HanLin
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Quando o extraordinário acontece, protocolos e ferramentas da rotina se tornam obsoletos.

Ceder à inércia agarrando-se a eles pode conduzir à irrelevância.

A lei de ferro das rupturas históricas vale para todas as instancias da vida.

Mas é particularmente implacável naquela que ecoa todas as demais: a ação política.

O século XXI sofreu um corte de consequências equivalentes ao conflito que redesenhou o mundo, após a derrota de Hitler, em 1947.

Uma pandemia castiga o planeta há seis meses.

Matou mais de meio milhão de pessoas; infectou mais de 13 milhões de seres humanos.

Assim é a vida

Por João Guilherme Vargas Netto

Com a aprovação pelo Congresso Nacional da MP 936, a nova lei de conversão foi enviada para o presidente Jair Bolsonaro que a sancionou, com vetos, transformando-a na lei 14.020.

Entre os vetos presidenciais o que derrubou a desoneração das folhas de pagamento de 17 setores até dezembro de 2021 foi o que mais protestos desencadeou na mídia, repercutindo as posições empresariais prejudicadas.

Outros dois vetos, desfavoráveis aos trabalhadores, não tiveram a mesma repercussão: o veto à ultratividade dos acordos e convenções e o veto ao auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores demitidos que não tivessem ainda as condições para obtenção do seguro desemprego.

O futuro das Forças Armadas no Brasil

STF avança na apurações das fake news

Editorial do site Vermelho:

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de atender ao pedido da Polícia Federal (PF) e autorizar o acesso aos dados da investigação do Facebook sobre a rede de contas e perfis falsos nas redes sociais ligados a integrantes do gabinete do presidente Jair Bolsonaro, a seus filhos e aliados, representa um importante avanço para a investigação da usina de fake news bolsonarista.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Leandro Narloch e a homofobia na CNN

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira passada (10), a ainda novata CNN-Brasil – que tenta convencer os telespectadores de que não é uma emissora bolsonarista, chapa-branca – demitiu o jornalista Leandro Narloch, que é conhecido por suas posições reacionárias e pelos artigos postados na revista lavajatista Crusoé.

Segundo noticiou o UOL, “os comentários associando a população homossexual à promiscuidade resultaram em sua demissão... O contrato foi rescindido unilateralmente. A partir de agora, ele está fora de todos os telejornais da emissora. Ainda não há definição sobre substituto para o posto”.

Gilmar Mendes cutuca a ferida dos generais

Por Altamiro Borges

No sábado passado (11), o ministro Gilmar Mendes pôs o dedo na ferida ao criticar, em uma live, a ocupação militar do Ministério da Saúde em plena pandemia do coronavírus. "Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio".

De imediato, os generais rancorosos reagiram. Em nota, o Ministério da Defesa repudiou “veementemente” a crítica do ministro do STF: "Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e, sobretudo, leviana... Na atual pandemia, as Forças Armadas estão completamente empenhadas em preservar vidas".

Pelos que ficaram em Pistoia!

Por Manuel Domingos Neto

Ao dizer que o Exército estaria se associando ao genocídio, o ministro Gilmar Mendes falou o que os mais informados deveriam estar gritando há muito tempo.

O governo federal menospreza a vida dos brasileiros. Como instância pública responsável por coordenar o esforço nacional contra a pandemia, não cumpre o seu papel. Desrespeita o sofrimento da sociedade, manipula estatísticas, receita remédio ineficaz, agride a ciência, atrapalha governadores e prefeitos que lutam para atenuar a catástrofe. Age em favor da morte de multidões indefesas. É genocida.

Ameaças ao Brasil que merecem manchetes

Bolsonaro e o desmatamento na Amazônia

TV Globo e meu exílio na Sibéria

Campanha 'Fora Bolsonaro' ganha corpo!

O "gabinete do ódio" perde a voz

É errado desejar a morte de Bolsonaro?

Mobilização por Fora Bolsonaro agitam o país

Como e por que Queiroz foi para casa?