domingo, 30 de agosto de 2020

Ricardo Salles, um equilibrista na devastação

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

A permanência de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente está ameaçada. Não que seu trabalho desagrade ao presidente, longe disso.

Logo após vencer as eleições de 2018, Jair Bolsonaro manifestou a intenção de extinguir a pasta e colocar fim à “indústria de multas do Ibama”. Diante da forte reação contrária à iniciativa, não apenas de ambientalistas, mas também de representantes do agronegócio preocupados com a criação de barreiras comerciais aos produtos brasileiros no exterior, o ex-capitão viu-se forçado a um recuo tático. Manteve a estrutura formalmente de pé, mas escalou a dedo um leal combatente para implodir todo o aparato de fiscalização. Fosse pelo desejo do chefe, Salles ocuparia o posto até o fim do mandato, e ainda poderia receber alguma distinção pelos serviços prestados à agenda da devastação.

Mídia não aprendeu lições do golpe de 1964

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

A jornalista Cynara Menezes, do blogue Socialista Morena, afirmou que os veículos da imprensa tradicional, no Brasil, encontraram no ódio antipetista a fórmula para alcançar o poder. O plano era substituir o PT pelos aliados do PSDB. Mas a estratégia, baseada no apoio incondicional da mídia à Operação Lava Jato, fracassou, abrindo espaço para a ascensão do atual presidente Jair Bolsonaro.

Para ela, é hora dos grandes jornais e as principais redes de televisão do país fazerem, eles mesmos, a “autocrítica” que tanto cobram dos políticos petistas. Já que essa fórmula baseada no ódio antipetista causou a destruição do país.

Bolsonaro faz farra com R$ 325 bi do Tesouro

Editorial do site Vermelho:

De quem é o Tesouro Nacional? Segundo a legislação, é seu dever, como instrumento do governo federal gerido pela Secretaria do Tesouro Nacional, administrar os recursos financeiros que entram nos cofres públicos. É o caixa-forte do Brasil. Sua função precípua seria atender às necessidades do país, priorizar as necessidades da população, função bem definida na Constituição ao estabelecer deveres e direitos do Estado.

A destruição da sacrossanta

Por Manuel Domingos Neto

Nação é comunidade complexa, formada por segmentos sociais numerosos, diferenciados e sempre em disputa uns com os outros.

As Ciências Sociais já demonstraram que tal entidade é mais que simples manifestação do instinto gregário observado em agrupamentos “tribais”. Demonstraram que não é fruto “natural” do desenvolvimento socioeconômico e a submissão dos vizinhos pela força, como acreditava Hitler. Também não é crença comum num passado mítico deliberadamente sugerido pelo romantismo. Ou ainda lastreada em “tradições” fabricadas e impostas de cima para baixo.

Nação não se fundamenta em etnias, língua ou crenças religiosas. Tampouco resulta da vontade ou da determinação do Estado, em que pese o esforço ingente do poder político para moldar a sociedade e apresentar-se como sua legítima expressão.

Vozes do silêncio: Quem é essa mulher

Um Concerto para o Guarda-Roupa

sábado, 29 de agosto de 2020

E os R$ 89 mil do Queiroz, hein?

Caso Flordelis: filme, veneno e tragédia

O madeireiro que fundou o Madero

Desafios no retorno remoto às aulas

O fim do genocida Witzel alivia Bolsonaro

O combate às fake news e a democracia

Wassef diz agenciar advogado para Bolsonaro

Witzel e Bolsonaro disputam território no RJ

Cabelo Black um diálogo fio a fio

Saúde mental no contexto da Covid-19

STF pode discutir parcialidade de Moro

Reforma tributária e a taxação das fortunas

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Mudanças na conjuntura e eleições municipais

Por Altamiro Borges

De forma telegráfica, em tópicos, algumas observações e preocupações sobre o cenário político brasileiro e a importantíssima batalha das eleições municipais deste ano:

1- Há sinais de mudança na conjuntura nacional. Essa alteração pode ser momentânea, fugaz. Pode?! Mas ela interfere na luta política nos próximos meses;

2- O “capetão” Bolsonaro estava nas cordas, correndo sério risco de até sofrer impeachment. Ele se desgastou em decorrência da prolongada crise econômica, do seu persistente piriri verborrágico e, principalmente, da sua postura criminosa, negacionista e irresponsável diante da pandemia do novo coronavírus;

3- O troglodita também se isolava celeremente, tendo comprado brigas com sua legenda de aluguel (PSL), com governadores que subiram ao seu palanque (como Doria e Witzel) e com lavajatistas subordinados a Moro. Até expoentes da cloaca burguesa já advertiam que o governo poderia deixar de ser funcional ao “deus-mercado”;

A queda de Witzel e a aposta na antipolítica

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:

O afastamento de Wilson Witzel, eleito ao governo do Rio na onda da antipolítica e do lavajatismo, vem acompanhado ironicamente de todos os ingredientes de abusos e distorções instaurados na política brasileira pela Operação curitiboca.

O governador foi afastado por ordem judicial, atropelando assim o rito que prevê a votação do impeachment na Assembleia. É uma espécie de "golpe judicial", a partir do STJ, tribunal em que o bolsonarismo parece ter aliados importantes.

O vice de Witzel, que deve assumir o poder e segue fiel ao bando de Jair, teria se encontrado com os bolsonaristas na véspera da Operação - que incluiu busca e apreensão em gabinetes da Alerj.