domingo, 9 de maio de 2021

Nem vidas, nem a economia

Charge: Becs/Argentina
Editorial do site Vermelho:


Desde os primeiros casos de Covid-19 no Brasil, já se sabia que a negligência do presidente Jair Bolsonaro no combate à crise não seria capaz de conter danos e salvar vidas. Ao contrário – a forma irresponsável como o governo lidou com o novo coronavírus foi o que mais contribuiu para converter o Brasil no epicentro mundial da pandemia, com uma média superior a 2 mil mortes diárias a partir de março passado.

Questão militar e perplexidades da esquerda

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Uma crítica que se deve fazer à ciência política brasileira é a de não se haver detido adequadamente no estudo das forças armadas, nada obstante o papel de sujeito por elas desempenhado no curso de nossa formação, e a preeminência que sempre exerceram sobre o poder civil em toda a história republicana, mais destacadamente na sequência do golpe de 1964. Essa lacuna, porém, não é de hoje, pois se reflete já nas obras de nossos principais “intérpretes”, omissas na consideração das forças no processo sócio-político. Manoel Domingos Neto, um dos poucos cientistas brasileiros que se têm devotado ao tema, registra, entre nós, certo menoscabo ao estudo das forças armadas, lembrando que “não se exerce poder sobre o que não se conhece”, Pode-se mesmo atribuir a essa carência de estudos e reflexões muitos dos problemas que terminaram por debilitar os governos civis, quase sempre atravancados por crises militares. 

Persistência é uma marca da ação sindical

Por João Guilherme Vargas Netto

Durante muitos anos os trabalhadores no 1º de Maio, junto com a comemoração da data, lutavam pela jornada de oito horas. Aqui no Brasil, o abono de Natal de 1945 somente virou a lei do 13º salário depois de quase duas décadas de exigências em congressos operários, de greves e de articulações políticas. E quem não ouviu falar das dez marchas em Brasília reivindicando a política de valorização do salário mínimo (conseguida e hoje abandonada)?

O neoliberalismo da morte na Colômbia

Por Amanda Harumy, no site Opera Mundi:


O tema que mobiliza a luta dos movimentos sociais na Colômbia é a paz, mas nos últimos dias vemos cenas de confronto e violência do Estado.

Já são mais de sete dias de uma série de protestos contra o projeto de reforma tributária proposto por Iván Duque.

A resposta para as manifestações foram ações orquestradas de terrorismo de Estado e o resultado é de pelo menos 19 mortes (sendo 18 civis e um policial) e 800 feridos, segundo informação da Defensoria Pública colombiana.

Mais uma vez os movimentos sociais e o povo colombiano se manifestam contra o avanço do neoliberalismo e a deterioração dos direitos dos colombianos.

O doido cada vez mais doido

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Dizem que Einstein disse o seguinte: “Há limites para tudo, exceto para duas coisas: o Universo e a estupidez humana. E devo esclarecer que, quanto ao Universo, tenho cá minhas dúvidas”.

Nesta quarta-feira, cinco de maio, Jair Messias comprovou, uma vez mais, que no que se refere à estupidez, Einstein estava certo.

Também comprovou que quando um psicopata se sente acuado reage com mais aberrações ainda, fora de qualquer controle. E que como todo bom mentiroso compulsivo, mente desbragadamente.

Entre as pérolas do dia, assegurou que seu governo é o que mais assegurou total liberdade de imprensa.

Esqueceu, com certeza, os seguidíssimos ataques que faz contra os meios de comunicação.

Que deu ordens estritas para cortar publicidade oficial, exceto nos seguidores exaltados.

As pedras no caminho do Partido dos generais

Por Jeferson Miola, em seu blog:

“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.”

Carlos Drummond de Andrade

Com a eleição do Bolsonaro, lançado por eles no pátio da AMAN [Academia Militar das Agulhas Negras] ainda em 29 de novembro de 2014, quatro anos antes da eleição presidencial de 2018, o Partido dos generais acalentava planos pretensiosos.

sábado, 8 de maio de 2021

O massacre policial no Jacarezinho

Crimes de Lava-Jato: jogo de cartas marcadas

Para entender as eleições no Peru

Chacina no Jacarezinho, racismo e democracia

Nos EUA, mais governo na economia

Bolsonaro insinua que vírus é arma biológica

Renan Calheiros, o relator da CPI da Covid

General Mourão e a chacina no Jacarezinho

Jacarezinho e o maior desafio do STF

Crise na Colômbia: neoliberalismo e violência

sexta-feira, 7 de maio de 2021

TV paga perde 500 mil assinantes em 2021

Por Altamiro Borges

A crise do modelo de negócios da mídia monopolista é violenta e ligeira. E ela não atinge, como se imaginava no passado, apenas os veículos impressos – o que foi confirmado nesta quinta-feira (6) com o anúncio do fim da revista Época. A crise também afeta as emissoras de televisão – tanto a TV aberta como a TV por assinatura.

Na terça-feira (4), o jornalista Ricardo Feltrin, especializado em mídia, postou no site UOL que a TV paga perdeu mais de meio milhão de assinantes nos últimos meses. “Segundo dados da Anatel, no mês passado ‘evaporaram’ mais 200 mil assinantes. De fevereiro para março deste ano, o setor já havia perdido mais de 150 mil. Em janeiro, outros 180 mil”.

Bolsonaro segue em queda nas redes sociais

Por Altamiro Borges

O "capetão" segue perdendo força no terreno em que ele sempre reinou – a internet. A Agência Estadão consultou vários centros de monitoramento digital e garante que "vacina e economia abalam Bolsonaro nas redes sociais". A impactante morte do ator e humorista Paulo Gustavo, vítima da Covid-19, reforçou essa queda de popularidade digital.

Segundo a matéria distribuída nesta quinta-feira (6), o abalo na imagem do presidente é significativo. "Pesquisas indicam que o desgaste de Bolsonaro vem crescendo desde o fim do ano passado não apenas pela demora na vacinação contra a covid-19, mas também por causa da crise econômica, com o aumento do desemprego".

Bolsonaro vai tentar tumultuar as eleições

Por Jair de Souza

Como que lançando uma ameaça a seus opositores políticos, Bolsonaro disse que "sem voto impresso não vai haver eleição em 2022".

Bem, como o Brasil ainda não está inteiramente regido por constituição e leis milicianas, uma ameaça de tal sorte jamais poderia ou deveria ser aceita passivamente pelas instituições constituídas do Estado. Para os que julgam válida a LSN, aqui está uma situação na qual seguramente ela poderia ser aplicada.

Porém, voltando à questão de como expressar o voto em 2022, eu acredito que o verdadeiro objetivo de Bolsonaro neste caso é começar a articular desde já os pretextos que possam servir para justificar seu rechaço a uma quase certa derrota eleitoral nas próximas eleições.

A educação pós-pandemia da Covid-19

Por Daiane Batista, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Embora haja um impacto gravíssimo e dramático na vida de crianças, adolescentes e jovens pelo necessário e imprescindível fechamento das escolas, estamos em uma situação na qual ainda não é possível haver uma reabertura. O ensino remoto como enfrentamento imediato da situação provocada pela pandemia de Covid-19, no entanto, deve ser adotado com determinados critérios, considera o cientista político Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, em entrevista em podcast gravado para o blog do CEE-Fiocruz. “O Brasil, neste momento, tem números altíssimos de infectados por 100 mil habitantes, tem uma ocupação altíssima de UTIs-Covid e tem uma situação extremamente dolorida de número de mortos. Portanto, não se pode reabrir escolas colocando em risco a vida”, avalia.